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Agricultura

Abacaxi agora tem zoneamento climático

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Foto: Davi Theodoro Junghans

O cultivo de abacaxi em território brasileiro acaba de ganhar um reforço importante: o primeiro Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura com abrangência nacional. A nova ferramenta, publicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), orienta produtores de todos os municípios do País sobre as melhores condições de plantio, com base em dados científicos e históricos. Desenvolvido pela Embrapa, o novo Zarc atualiza e amplia a versão anterior, de 2012, e traz melhorias que prometem aumentar a produtividade e diminuir riscos, especialmente em regiões vulneráveis como o Semiárido.

A nova versão traz três atualizações importantes. Uma delas é a classificação em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) associados às fases de desenvolvimento de frutos, desde a floração, passando pela frutificação, até a colheita, sendo 40% o risco máximo aceitável para o cultivo. Com isso, são gerados calendários de plantio que indicam quando e onde a cultura pode ser mais produtiva e ter mais sucesso.

Outra novidade é a categorização das classes de água disponível do solo, variando de 1 a 6, e não mais de 1 a 3. Em relação a temperatura do ar, locais com probabilidades de geadas frequentes e plantios localizados em altitude superior a mil metros também foram considerados de risco climático elevado.

REDUÇÃO DE RISCOS

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“A atualização do Zarc Abacaxi é de grande relevância para o Ministério da Agricultura, pois integra o esforço contínuo de modernização das ferramentas de gestão de riscos agropecuários. Sua atualização reforça o compromisso do Mapa e da Embrapa com a sustentabilidade e a resiliência da produção agrícola nacional”, afirma o Engenheiro Agrônomo Hugo Borges Rodrigues, Coordenador-Geral de Risco Agropecuário do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa.

“O principal benefício para o produtor que segue as orientações do Zarc é a redução do risco climático no cultivo, já que a ferramenta indica os períodos mais favoráveis ao plantio com base em critérios técnicos e científicos. Além disso, o cumprimento das recomendações do Zarc é condição para o acesso a importantes políticas públicas de gestão de riscos, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR)”, lembra Rodrigues.

ATUALIZAÇÃO DOS DADOS METEOROLÓGICOS

Eduardo Monteiro, pesquisador da Embrapa Agricultura Digital (SP) e Coordenador da Rede Zarc Embrapa, destaca as mudanças no novo zoneamento, em especial as ligadas à base de dados meteorológicos. “Agora são considerados os dados meteorológicos atualizados até 2022, incluindo, portanto, dados bem mais recentes em relação ao zoneamento antigo”, salienta.

O pesquisador Domingo Haroldo Reinhardt, que coordena as pesquisas com abacaxi na região de Itaberaba – principal produtor de abacaxi do estado da Bahia – e faz parte da equipe técnica do Zarc, ratifica as melhorias da ferramenta: “A metodologia foi bastante aprimorada, principalmente quanto aos níveis de capacidade de armazenamento de água, ainda mais para a região semiárida, como é o caso de Itaberaba, onde existem variações grandes dentro do mesmo município. Sem dúvida, o produtor novo deve recorrer ao Zarc, assim como aquele produtor que quer investir em novas áreas de plantio”.

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O Zarc Abacaxi pode ser consultado de duas maneiras. Por meio da plataforma Painel de Indicação de Riscos, no site do Mapa, ou pelo aplicativo Zarc Plantio Certo, para acesso pelos sistemas operacionais Android e iOS, de forma gratuita.

(Por Léa Cunha, Agência Brasil)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Arroba do boi aumentou na 1ª quinzena de agosto; e agora, o que esperar?

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Foto: Kadijah Suleiman/Embrapa Rondônia

O mercado brasileiro de boi gordo se deparou com a manutenção do padrão de negociações em grande parte do país durante a semana.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos conseguiram realizar boas compras para o avanço das escalas de abate nos atuais patamares de preços, que se mostraram maiores frente à semana passada.

“No entanto, ao que tudo indica, um perfil mais lateralizado de preços deve ser evidenciado no restante do mês nos principais estados produtores, ou seja, sem apelos para alta ou baixa em relação aos atuais patamares”, diz.

O analista avalia que as exportações de carne bovina do Brasil seguem contundentes e com espaço para a obtenção de mais um recorde em 2025, em volume e, principalmente, em receita.

Variação de preços da arroba do boi

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 14 de agosto em comparação ao dia 8:

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  • São Paulo (Capital): R$ 315, alta de 1,61% frente aos R$ 310
  • Goiás (Goiânia): R$ 305, avanço de 3,39% perante os R$ 295
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 300, valor inalterado
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, valorização de 1,59% frente aos R$ 315
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300
  • Rondônia (Vilhena): R$ 275, avanço de 1,85% frente aos R$ 270

Mercado atacadista

O mercado atacadista voltou a apresentar firmeza em seus preços no decorrer da semana. Contudo, para Iglesias, a perspectiva é de um menor espaço para reajustes na segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.

Ele volta a frisar que a maior competitividade das proteínas concorrentes, com ênfase para a carne de frango, ainda é uma variável determinante a ser considerada no curto prazo.

O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23,30 o quilo, aumento de 1,30% frente aos R$ 23 praticado na semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18 o
quilo, avanço de 1,12% ante os R$ 17,80 registrados no período anterior.

Exportações de carne bovina

Foto: Pixabay

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 447,189 milhões em agosto (6 dias úteis), com média diária de US$ 74,531 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chega a 80,470 mil toneladas, com média diária de 13,411 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.557,20.

Em relação ao mesmo período de agosto de 2024, há alta de 70% no valor médio diário da exportação, ganho de 35,7% na quantidade média diária embarcada e valorização de 25,3% no preço médio.

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Agricultura

Ciclone provoca temporais e ventos de até 100 km nos próximos dias

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Foto: Ilustração/NASA

O aprofundamento de um sistema de baixa pressão atmosférica na altura do Paraguai no decorrer da próxima segunda-feira (18), começa aumentar a condição de vento sobre áreas do centro-sul do Brasil no início da próxima semana.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Na terça-feira (19), teremos a formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria, o que potencializa o risco para fortes rajadas de vento, principalmente no Rio Grande do Sul, no centro-oeste e sul de Santa Catarina, oeste e sudoeste do Paraná e nas cidades do sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul, com alerta para rajadas variando de 80 até 100 km/h em algumas localidades.

O risco é muito alto para problemas relacionados a ventania como queda de estruturas, principalmente as mais fragilizadas, destelhamentos, queda de árvores e interrupção da distribuição de energia elétrica.

Durante o processo de formação da frente fria, a condição de chuva aumenta e as linhasde instabilidades que se formam pelo processo de frontogênese, podem provocar temporais com granizo, sobretudo no estado do Rio Grande do Sul. A chuva pode cair forte, e com risco para temporais com raios e fortes rajadas de vento, também em Santa Catarina e no sudoeste, oeste e sul do Paraná, além das cidades do extremo sul de Mato Grosso do Sul, que ficam em alerta.

O risco para alagamentos e transtornos aumenta em decorrência do volume pontual mais elevado e a forte ventania pode provocar agitação no litoral da região Sul.

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O contraste entre a massa de ar frio e a barreira criada pelo bloqueio atmosférico no interior do país, gera a condição também para algumas rajadas fortes no norte do Paraná, interior e oeste de SP, no norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso na terça-feira (19) com rajadas de 60 até 80 km/h.

Na quarta (20), o ciclone de afasta mais para alto mar, porém, ainda teremos bastante vento presente com rajadas fortes no Sul, ainda podendo alcançar os 80 km/h, especialmente no Rio Grande do Sul.

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Agricultura

Coelhos selvagens com ‘chifres’ chamam atenção nos EUA

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Reprodução Redes Sociais

Imagens de coelhos selvagens com protuberâncias semelhantes a “chifres” na cabeça têm chamado a atenção de moradores e viralizado nas redes sociais nos Estados Unidos. Os animais foram registrados principalmente no estado do Colorado, mas também há relatos de aparições em Wyoming, Nebraska, Kansas e Dakota do Sul.

As imagens mostram crescimentos escuros ao redor da boca, dos olhos e das orelhas, o que gerou preocupação entre moradores. Muitos se referem aos animais como “coelhos mutantes” e fizeram comparações com os monstros da série The Last of Us, conhecida por retratar infecções que causam mutações físicas.

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Segundo especialistas, os coelhos não representam risco para humanos. As protuberâncias são causadas por uma infecção pelo papilomavírus de Shope,uma condição viral benigna que afeta apenas coelhos e provoca verrugas, geralmente na cabeça e pescoço.

Em entrevista ao jornal The New York Times, Kara Van Hoose, porta-voz do Colorado Parks and Wildlife, explicou que a doença não é transmissível a humanos nem a outras espécies, mas pode se espalhar entre coelhos , o que exige atenção de tutores de animais domésticos.

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Ainda de acordo com Van Hoose, os casos tendem a aumentar nesta época do ano, quando vetores do vírus, como pulgas e carrapatos, se tornam mais ativos. As verrugas podem afetar a alimentação e a visão dos animais infectados, embora a doença, em si, não seja considerada grave.

“Estamos tão acostumados a ver coelhos que, quando nos deparamos com algo assim, pensamos: ‘Meu Deus, o que é isso na cara dele? Eu sei como um coelho deveria parecer, mas isso definitivamente não é normal’”, disse a porta-voz.

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