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Agricultura

Simpósio de pós-colheita em Mato Grosso do Sul debate qualidade na armazenagem de grãos

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Colheita de soja, agricultura Por: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A importância do armazenamento de grãos vai muito além de simplesmente guardar a produção, é um fator determinante para a qualidade e a segurança dos produtos agrícolas, influenciando diretamente a rentabilidade dos produtores e a estabilidade do mercado. Diante deste cenário, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) participa do VI Simpósio de Pós-colheita de Grãos do Mato Grosso do Sul. Nesta edição, realizada até o próximo dia 30, profissionais do setor debatem o desafio e oportunidade em inovação, segurança e sustentabilidade, a fim de garantir a qualidade na armazenagem de grãos promovendo a sustentabilidade e a segurança alimentar.

“O armazenamento dos grãos de forma adequada e segura é essencial para preservar a qualidade do produto e uma forma de proteger os investimentos feitos pelos produtores ao longo da safra. Além disso, a estocagem permite ao agricultor a possibilidade de planejar a comercialização, sendo possível escolher a melhor época para a venda do alimento de forma a buscar a melhor rentabilidade”, ponderou o superintendente de Armazenagem da Companhia, Stelito dos Reis Neto, durante apresentação realizada na Simpósio nesta quarta-feira (28).

Dentre os desafios a serem enfrentados pelo país, está a elevação da capacidade estática. Atualmente, a diferença entre o que será colhido e o que pode efetivamente ser estocado simultaneamente supera 112 milhões de toneladas, uma vez que a estimativa da safra de grãos 2024/25 está estimada em 332,9 milhões de toneladas pela Conab e a capacidade estática brasileira é de 210,1 milhões de toneladas. “No entanto, essa diferença não reflete um déficit de armazenagem real. Existe a necessidade em se aumentar a capacidade estática no Brasil, mas precisamos respeitar as singularidades de que no Brasil se planta e colhe mais de uma safra ao longo do ano, levando em consideração todo o processo de escoamento dos grãos”, reforçou o superintendente da Conab.

De acordo com dados do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm), O Mato Grosso do Sul tem a 6ª maior capacidades estatística do Brasil, com uma capacidade de armazenamento de aproximadamente 14 milhões de toneladas, sendo que mais de 40% dessa capacidade representado por prestadores deste serviço. “Esse cenário é uma vantagem para o produtor independente. Agora é importante pensar na estrutura de armazenagem como uma ferramenta de manejo da produção, tanto no caso de excesso de oferta como na retração de demanda”, destacou Stelito dos Reis Neto.

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“Precisamos lembrar que a estocagem está inserida dentro da cadeia de logística. E nesse sentido é fundamental também avançarmos em formas mais eficientes no que diz respeito ao transporte de grãos. Mas também, é preciso considerar que caso ocorra uma desaceleração no escoamento da produção, ou ainda que as vendas ao mercado externo continue crescendo, impulsionando ainda mais a produção, o controle do escoamento estará nas estruturas de armazenagem”, ponderou.

O VI Simpósio de Pós-colheita de Grãos é promovido pela Associação Brasileira de Pós-colheita (Abrapos) e realizado pela LAR Cooperativa Agroindustrial. O evento ainda tem a co-promoção da Conab, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e das cooperativas Copagril, Copasul, C.Vale, Coamo, Cooperalfa e Cocamar.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

AgriZone define o apoio do agro na luta contra as mudanças climáticas, diz ex ministro

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Foto: Embrapa Amazônia Oriental

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues definiu a Agrizone, espaço temático coordenado pela Embrapa na COP30, como a iniciativa do evento que melhor define a contribuição do agro no enfrentamento das mudanças climáticas.

Entre os destaques do local estão as vitrines demonstrativas a campo em que os visitantes podem conhecer, de perto, sobre intensificação sustentável e diversificação de sistemas produtivos, além de entender as iniciativas da Embrapa para desenvolvimento dos protocolos de agropecuária de baixo carbono e ainda as vitrines tecnológicas para agricultura familiar.

A AgriZone fica localizada na Embrapa Amazônia Oriental, na Travessa Dr. Enéas Pinheiro, no bairro Marco, em Belém, a aproximadamente 1,8 km da Blue Zone. O espaço estará aberto ao público de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h. A entrada é gratuita, com inscrição prévia ou realizada no local.

Com uma programação dinâmica, composta por exposições imersivas, painéis interativos, pavilhões com vitrines vivas, cinco auditórios para 400 atividades (palestras, workshops e painéis), espaços para alimentação, apresentações culturais, experiências gastronômicas, lançamentos de tecnologias e publicações, a AgriZone convida o público da COP30 a conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela Embrapa em parceria com governos, empresas e produtores.

A programação foi montada a partir de uma chamada pública feita pela Embrapa em que organizações relacionadas, direta ou indiretamente, à agricultura, à segurança alimentar e à mudança do clima, submeteram propostas para a organização de eventos e iniciativas dentro da AgriZone.

As 450 propostas recebidas passaram por análise de grupo de trabalho específico composto por pesquisadores e técnicos de diferentes áreas, resultando em uma programação plural e inclusiva, abrigando diversos setores, desde organizações não governamentais e entidades da agricultura familiar até instituições financeiras, ministérios, representações do agronegócio e organismos internacionais.

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Agricultura

Governo anuncia publicação de 10 portarias de demarcação indígena

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Foto: Bruno Peres/ Agência Brasil

A ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, anunciou nesta segunda-feira (17) a assinatura de dez novas portarias declaratórias de demarcação de terras indígenas pelo Ministério da Justiça nos próximos dias.

Os documentos envolvem os seguintes territórios:

  1. TI Vista Alegre (AM – Mura)
  2. TI Tupinambá de Olivença (BA – Tupinambá)
  3. TI Comexatibá (BA – Pataxó)
  4. TI Ypoí Triunfo (MS – Guarani)
  5. TI Sawré Ba’pim (PA – Munduruku)
  6. TI Pankará da Serra do Arapuá (PE – Pankara)
  7. TI Sambaqui (PR – Guarani)
  8. TI Ka’aguy Hovy (SP – Guarani)
  9. TI Pakurity (SP – Guarani)
  10. TI Ka’aguy Mirim (SP – Guarani)

“Como parte do nosso compromisso, o Brasil anuncia a regularização e proteção de 63 milhões de hectares de terras indígenas e quilombolas até 2030”, declarou a ministra durante anúncio de iniciativa global dedicada a garantir os direitos territoriais de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, com a meta coletiva de proteger 160 milhões de hectares. Ao todo, 15 países apoiaram a iniciativa.

Segundo a ministra, desse total, 4 milhões de hectares são em territórios quilombolas e os outros 59 milhões são territórios distribuídos em dez territórios indígenas com processos na câmaras de destinação de áreas pública que serão incorporados pelo Plano Integrado de Implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).

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Agricultura

Brasil conquista 50 medalhas em concurso mundial de queijos

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Foto: divulgação/biopark

O Brasil voltou a se destacar no World Cheese Awards 2025 (WCA), realizado na Suíça, trazendo para casa 50 medalhas em meio a mais de 5 mil queijos inscritos de mais de 50 países. Entre os premiados, três produtos desenvolvidos em Toledo, no Oeste do Paraná.

O World Cheese Awards é reconhecido como a maior competição dedicada exclusivamente aos queijos, reunindo desde grandes indústrias até pequenos produtores artesanais.

Nesta edição, 265 especialistas compuseram o júri, as avaliações foram realizadas às cegas, considerando critérios como sabor, aparência, aroma, corpo e textura. O evento reúne queijeiros, varejistas, compradores e alimentos de diversos países para julgar mais de 5 mil queijos provenientes de mais de 40 nações.

Medalhas brasileiras

O Brasil marcou presença entre os premiados do World Cheese Awards, com cinco queijos classificados como ouro, 19 como prata e 26 como bronze. As distinções contemplam produtores de diferentes regiões, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Paraná

Entre os queijos do Paraná, os destaques foram Abaporu, Saint Marcellin e Garoa Tropical. O Abaporu, de massa mole e casca lavada, recebeu medalha de prata ao impressionar os jurados com notas de baunilha, amêndoas e especiarias como canela e cravo. O queijo já havia conquistado ouro no Mondial du Fromage, na França.

O Saint Marcellin, também prata, é um produto comercial da queijaria Flor da Terra e já acumula diversos reconhecimentos, entre eles, estar entre os dez melhores queijos do Brasil em 2023 e garantir prata no Mondial du Fromage 2025.

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Fechando a lista, o Garoa Tropical recebeu bronze. Inspirado nas antigas técnicas que utilizavam frutas cítricas para coagulação do leite, o queijo se destaca pelo sabor diferenciado e pela textura singular resultante de enzimas naturais dessas frutas.

Vencedor

O grande vencedor do World Cheese Awards 2025 foi o Gruyère AOP Vorderfultigen Spezial, produzido pela queijaria suíça Bergkäserei Vorderfultigen. Reconhecido pelo equilíbrio entre textura, maturação e um sabor marcante típico dos queijos alpinos, o rótulo superou mais de 5 mil concorrentes de mais de 40 países.

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