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Agronegócio

Paraná confirma novo recorde e liderança nacional na produção de feijão: 865 mil toneladas

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O Paraná encerrou a colheita da segunda safra de feijão nesta semana com 526,6 mil toneladas. Somando-se à produção de 338 mil toneladas da primeira, o Estado estabeleceu um novo recorde, chegando próximo a 865 mil toneladas. O resultado mantém na liderança nacional, com participação aproximada de um quarto da produção brasileira. O assunto é tratado no Boletim de Conjuntura Agropecuáriareferente à semana de 11 a 17 de julho.

A segunda safra de feijão foi plantada quase toda entre janeiro e fevereiro, com semeadura de 328 mil hectares. Essa área foi 25% inferior à semeada no ano passado – 437 mil hectares. Assim, a produção também recuou quase nos mesmos percentuais – em 2024 foram colhidas 681 mil toneladas.

“Apesar desse recuo da segunda safra, a produção da primeira, ofertada especialmente em janeiro, teve um aumento expressivo de 102% em relação às 112 mil toneladas do ano anterior”, disse o agrônomo Carlos Hugo Godinho, analista da cultura no Deral. “Essas duas safras praticamente definem a oferta estadual, tendo a terceira safra uma relevância mínima”. A previsão é de 600 toneladas para essa.

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De acordo com o agrônomo, um dos reflexos da oferta expressiva é a queda nas cotações. Atualmente a saca do feijão preto está cotada em cerca de R$ 121,00, valor 44% inferior a julho do ano passado, quando estava em R$ 228,38. Mas também pode levar o produtor a plantar menos. “Com maior disponibilidade interna do produto, a tendência é de redução na área a ser plantada a partir de agosto, em relação à primeira safra 2025/26”, disse Godinho.

MILHO E MEL – O documento do Departamento de Economia Rural (Deral) também aborda a colheita de milho, a participação da horticultura no Valor Bruto de Produção, a exportação de suínos e as consequências da imposição de tarifa adicional de 50% pelos Estados Unidos na exportação da pecuária bovina e mel.

A colheita da segunda safra de milho 2024/25 alcançou nesta semana 29% da área de 2,7 milhões de hectares. O desempenho está ligeiramente acima da média registrada neste período nas últimas cinco safras, que era de aproximadamente 20%. Mas as condições das lavouras que aguardam a campo pioraram.

As áreas classificadas como em condições boas caíram de 68% para 64%. As lavouras em situação mediana foram de 18% para 20%, enquanto as consideradas ruins subiram de 14% para 15%. Provavelmente essa situação se deve às geadas ocorridas no final de junho.

Em razão das novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, o setor de mel deve ser afetado no Paraná. Os EUA absorvem 84,1% do volume total de mel exportado. No primeiro semestre de 2025 foram enviadas 16.170 toneladas, totalizando US$ 52,2 milhões. O Paraná é o terceiro maior exportador de mel natural no Brasil, atrás de Minas Gerais e Piauí. No primeiro semestre foram enviadas ao exterior 3,8 mil toneladas de mel paranaense com arrecadação de US$ 12,3 milhões. Para os Estados Unidos foram 2,9 mil toneladas por US$ 9,6 milhões.

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HORTICULTURA – O boletim também fala sobre o levantamento do Valor Bruto de Produção (VBP) de 2024 em relação à horticultura. Nesse segmento, a olericultura apresentou R$ 6,2 bilhões, com base em mais de 50 hortaliças. A batata, com R$ 1,4 bilhão, ocupa a dianteira, seguido pelo tomate, com R$ 1,1 bilhão.

Na fruticultura, a liderança ficou com a laranja, que teve valor bruto de R$ 1,2 bilhão. É seguida pelo morango, com R$ 705,3 milhões, uva (R$ 323 milhões) e banana (R$ 256,5 milhões). Já a floricultura movimentou R$ 271,7 milhões.

“Mesmo com participação acanhada na economia rural do estado, a horticultura se reveste de importância nas regiões e nos municípios onde está inserida, gerando empregos e renda tanto no campo como nas cidades nos mais diversos elos das cadeias de fornecimento e produção”, afirmou o engenheiro agrônomo do Deral Paulo Andrade.

SUÍNOS E BOVINOS – O Paraná se destacou como principal exportador brasileiro de suínos reprodutores de raça pura no primeiro semestre de 2025. Essas exportações geraram US$ 352 mil ao Estado, ou 48,8% da receita total de US$ 720 mil gerada no País. É seguido por Minas Gerais, com US$ 315 mil, e São Paulo, com US$ 53 mil. O Paraguai é o principal destino das exportações desses suínos.

Em relação à importação de suínos reprodutores de raça pura, o principal comprador foi Minas Gerais, com gasto de US$ 625 mil. É seguido por São Paulo, com US$ 173 mil, e o Paraná, que investiu US$ 164 mil.

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No setor de bovinos, a imposição de tarifas de 50% na exportação de produtos brasileiros para os Estados Unidos gera preocupação. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os próximos embarques estão sob análise. Essa preocupação é legítima porque em 2024 os Estados Unidos foram o segundo principal mercado comprador da carne brasileira. Em julho, as cotações da arroba bovina já acumulam queda de 5,29%, com negociação a R$ 300,65.

(Por AEN)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Importações de fertilizantes sobem 8,59% em 2025 e atingem recorde em agosto

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Foto: Cláudio Neves

 

As importações brasileiras de adubos e fertilizantes continuam em crescimento, mesmo diante de um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas e guerras tarifárias. De acordo com o Boletim Logístico de setembro, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta segunda-feira (29), agosto registrou o maior volume mensal já acompanhado pela série histórica.

Recorde de importações em agosto

Em agosto, o Brasil importou 5,2 milhões de toneladas de fertilizantes, contra 4,7 milhões em julho, configurando o maior volume mensal já registrado. As negociações contemplaram principalmente a segunda safra de milho de 2026 e a safra de soja 2026/27.

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Mesmo com os custos de produção pressionando a rentabilidade, a Conab destacou que as sucessivas safras recordes reforçam entre os produtores a confiança na continuidade do crescimento do agronegócio.

Acumulado de janeiro a agosto mostra alta expressiva

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o Brasil importou 29,45 milhões de toneladas de adubos, um crescimento de 8,59% em comparação com o mesmo período de 2024.

Portos e principais pontos de entrada de fertilizantes

O porto de Paranaguá se consolidou como o principal ponto de entrada de fertilizantes, recebendo 7,56 milhões de toneladas, contra 6,77 milhões no ano anterior.

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Já os portos do Arco Norte registraram 5,42 milhões de toneladas, superando as 4,91 milhões de 2024. O porto de Santos, por sua vez, movimentou 4,85 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 5,12 milhões do mesmo intervalo do ano anterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Epagri incentiva cultivo de mirtilo na Serra Catarinense e fortalece renda de pequenos produtores

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Foto: Epagri

 

A Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) reforça ações para diversificação da produção agrícola na Serra Catarinense, estimulando pequenos produtores a investirem no cultivo de mirtilo, fruta saborosa, saudável e economicamente promissora.

Dia de Campo em Palmeira mostra potencial do mirtilo

Na última quarta-feira (24), a Epagri promoveu um Dia de Campo em Palmeira, município com cerca de 2,7 mil habitantes, localizado a 40 km de Lages. Agricultores de diversas cidades participaram do evento, visitando a propriedade Palm Berries, onde Celso Claudino e o genro João Carneiro cultivam aproximadamente três mil pés de mirtilo em uma área de dois hectares.

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Cada planta produz entre cinco e dez quilos de frutas, comercializadas em todo o Brasil. O quilo do mirtilo chega a R$ 60 no varejo e R$ 30 no atacado, sem embalagem. Durante o evento, os produtores compartilharam experiências, esclareceram dúvidas e deram dicas práticas sobre manejo e cultivo.

Cultura rápida e rentável para pequenos produtores

Segundo João Carneiro, o mirtilo oferece retorno financeiro mais rápido em comparação a culturas de longo prazo, como o pinus. “Se o produtor plantar agora uma muda de qualidade, já poderá colher no ano que vem. Nosso projeto inicial prevê dez toneladas por hectare, o que representa cerca de R$ 250 mil por safra”, afirma.

Ele destaca ainda que a produção é prazerosa e de fácil manejo, especialmente em sistemas orgânicos, exigindo cuidados manuais como roçada, mas sem grande complexidade operacional.

Adaptação do mirtilo à Serra Catarinense

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A extensionista rural Maêve Silveira Castelo Branco, da Epagri em São Joaquim, ressalta que o mirtilo se adapta bem ao clima da Serra Catarinense e à convivência com florestas de pinus. “Originalmente, o mirtilo vem da América do Norte, de regiões de sub-bosque, e se desenvolve bem em áreas com ou sem pinus. É uma cultura simples, desde que haja atenção ao solo e à disponibilidade de água. É uma alternativa viável para diversificar a produção, gerar empregos e aumentar a renda local”, explica.

Sucesso da Palm Berries inspira outros produtores

O modelo de sucesso da Palm Berries tem despertado interesse de agricultores em toda a região. Pedro Donizete de Souza, secretário de Agricultura de Lages, destaca que o mirtilo é ideal para pequenos produtores e famílias, com mercado crescente e possibilidade de renda significativa.

Produtores como Ana Claudia Wawrzyniak, de Cerro Negro, percorreram mais de 200 km para participar do Dia de Campo. Atualmente, ela possui 130 pés de mirtilo e pretende expandir sua produção após aplicar os aprendizados adquiridos no evento.

Epagri reforça papel de incentivo à diversificação

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O Dia de Campo em Palmeira evidencia o papel da Epagri em levar conhecimento técnico aos produtores e mostrar alternativas de culturas adaptadas ao clima local. José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, ressalta: “O mirtilo é uma cultura nova, mas com resultados concretos. Nosso objetivo é oportunizar aos produtores a diversificação da produção, baseada no clima da região, promovendo renda e qualidade de vida”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Exportação de Açúcar do Brasil Totaliza 2,9 Milhões de Toneladas em Setembro

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As exportações brasileiras de açúcar e outros melaços registraram receita diária média de US$ 58,069 milhões em setembro de 2025, considerando 20 dias úteis, segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O valor representa uma queda de 31,6% na receita diária em comparação com setembro de 2024, quando o país havia registrado US$ 84,931 milhões por dia.

Volume exportado atinge quase 3 milhões de toneladas

No período, o Brasil exportou 2.915.946 toneladas de açúcar, com receita total de US$ 1,161 bilhão. O preço médio por tonelada ficou em US$ 398,30, indicando uma redução de 13,4% em relação aos US$ 459,70 praticados em agosto de 2024.

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O volume médio diário de exportações em setembro de 2025 chegou a 145,797 mil toneladas, 21,1% menor que as 184,738 mil toneladas embarcadas diariamente no mesmo mês do ano anterior.

Tendência de queda no setor açucareiro

Os dados refletem um cenário de retração nas exportações de açúcar, com impacto tanto no volume embarcado quanto nos preços médios. Analistas apontam que fatores como variações na demanda internacional e flutuações cambiais podem ter influenciado a queda observada em setembro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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