Agronegócio
Famato alerta para impacto da tarifa de Trump e cobra reação firme do Brasil

Foto: Mapa / Divulgação
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) manifestou preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A entidade destaca que a medida representa uma ameaça direta ao agronegócio mato-grossense, especialmente à cadeia da carne bovina, uma das principais forças econômicas do estado.
“Como maior produtor de carne bovina do país, com rebanho superior a 30 milhões de cabeças, Mato Grosso pode ser diretamente afetado pela medida, que traz insegurança ao comércio internacional e pressiona o custo de produção no campo”, aponta a Famato em nota.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apenas em 2024 Mato Grosso exportou 39.039 toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, de um total de 303.149 toneladas embarcadas pelo Brasil. Até junho de 2025, o estado já soma 26,55 mil toneladas enviadas ao mercado norte-americano, o que reforça a importância da relação comercial entre as duas nações.
Para a Famato, a imposição da tarifa pode provocar reflexos em toda a cadeia produtiva, desde o produtor rural até os frigoríficos, e comprometer o desempenho das exportações em um momento de instabilidade econômica global.
A entidade cobra uma postura firme por parte do governo brasileiro, com foco na preservação da competitividade do agro nacional e na garantia da segurança jurídica nas relações comerciais internacionais. “É essencial uma resposta diplomática à altura, que assegure previsibilidade e estabilidade ao setor produtivo”, reforça a federação.
A fala da Famato se soma a outras manifestações de entidades mato-grossenses, como a Fiemt e lideranças políticas, entre elas o governador Mauro Mendes e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Todos compartilham a preocupação com os efeitos da decisão americana e defendem ações institucionais para proteger os interesses brasileiros no comércio exterior.
Alline Marques
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Ibraoliva forma grupo técnico para conectar pesquisa e prática no campo da olivicultura

Foto: Nestor Tipa Júnior
Nova estratégia para fortalecer a olivicultura nacional
O Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) acaba de criar um grupo técnico com o objetivo de aproximar a pesquisa científica da realidade do campo. A equipe é composta por engenheiros agrônomos e especialistas de diversas regiões do país e tem como foco principal a troca de informações técnicas para melhorar a produção e o manejo nas plantações de oliveiras.
Integração entre ciência e prática no campo
Segundo o diretor técnico do Ibraoliva, André Sittoni Goelzer, o grupo foi estruturado para analisar trabalhos acadêmicos desenvolvidos no Rio Grande do Sul e em outras regiões do Brasil, especialmente pesquisas de mestrado e doutorado. “Nosso objetivo é compilar essas pesquisas e identificar o que pode ser colocado em prática no campo, visando melhores resultados em produção, manejo de plantas, controle de doenças e outros fatores agronômicos fundamentais para a olivicultura”, explica Goelzer.
Troca de experiências regionais e acesso ao conhecimento
A metodologia adotada pelo grupo se baseia na troca de experiências entre os técnicos, que compartilham práticas e resultados obtidos em suas regiões de atuação. Esses dados serão organizados e disponibilizados aos associados do Ibraoliva, promovendo uma base de conhecimento acessível e aplicada.
Fórum técnico-científico com palestras gratuitas
Entre as ações do grupo, está a criação de um fórum técnico-científico, que contará com palestras online e gratuitas a cada mês e meio ou dois meses. Os encontros terão duração de 45 minutos a uma hora e abordarão temas variados — desde o manejo agronômico até boas práticas de fabricação, extração, processos industriais e funcionamento dos lagares. “Queremos ampliar a troca de informações em toda a cadeia produtiva da olivicultura”, ressalta Goelzer.
Desafios climáticos e busca por regularidade na produção
A iniciativa também pretende debater os impactos das condições climáticas sobre a produtividade dos olivais. Goelzer destaca que a proposta é minimizar os efeitos das intempéries e alcançar uma produção mais estável. “Com mais regularidade, o consumidor encontra produto na prateleira e com preços menos suscetíveis a oscilações. No entanto, não acreditamos que o azeite brasileiro vá competir em preço com os importados nos próximos anos, pois são produtos com perfis distintos. Enquanto muitos azeites importados são virgem ou lampante, buscamos sempre o extravirgem, de maior valor agregado”, pontua.
Suporte técnico para o desenvolvimento sustentável do setor
O grupo técnico tem como missão oferecer suporte técnico tanto para produtores iniciantes quanto para os mais experientes. “Queremos entregar conhecimento e boas práticas que contribuam para a regularidade da produção e a viabilidade econômica da olivicultura no Brasil. É uma cultura de longo prazo, e o nosso desafio é construir resultados consistentes que fortaleçam o setor de forma sustentável”, conclui Goelzer.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Nova tarifa dos EUA gera incertezas nas exportações brasileiras de mel, com impacto no Paraná

Reprodução/ Portal do Agronegócio
Tarifa de 50% dos EUA preocupa exportadores de mel
O anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, com início previsto para 1º de agosto, tem gerado apreensão entre exportadores, especialmente do setor de mel. A informação consta no Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).
Estados Unidos: principal destino do mel brasileiro
Os EUA são o principal mercado para o mel brasileiro, respondendo por 84,1% do volume exportado no primeiro semestre de 2025. Neste período, o Brasil embarcou 16.170 toneladas para o país norte-americano, gerando receita de US$ 52,2 milhões.
Impactos práticos já são sentidos no setor
O boletim destaca que o impacto da tarifa pode ser significativo na cadeia produtiva do mel. Um exemplo é o Grupo Sama, do Piauí, uma das maiores exportadoras mundiais de mel orgânico, que teve o cancelamento imediato de um carregamento de 585 toneladas para os EUA. Parte da carga estava pronta para embarque nos portos de Pecém e Mucuripe (CE). A empresa informou que o custo extra devido à tarifa chegaria a aproximadamente US$ 6 milhões.
Outra exportadora nordestina, a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), teve 95 toneladas liberadas no dia 13 de julho, antes da vigência da tarifa, após negociações com compradores norte-americanos.
Clima desfavorável pode agravar situação
Além dos entraves comerciais, a Casa Apis alertou para os efeitos da estiagem prolongada no semiárido, que pode reduzir a produção de mel em até 40% em 2025. A combinação dos fatores climáticos e tarifários coloca em risco a sustentabilidade da apicultura na região.
Crescimento nas exportações brasileiras no primeiro semestre de 2025
Dados da Agrostat indicam que o Brasil exportou 19.219 toneladas de mel in natura nos seis primeiros meses do ano, um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2024. A receita cambial chegou a US$ 62,2 milhões, com preço médio de US$ 3.237,47 por tonelada, 27,1% maior do que no ano anterior.
Paraná é o terceiro maior exportador do país
Minas Gerais lidera as exportações com 4.621 toneladas e US$ 15,2 milhões em receita, seguido pelo Piauí, com 3.796 toneladas e US$ 12 milhões. O Paraná aparece na terceira posição, com 3.814 toneladas exportadas e faturamento de US$ 12,3 milhões. Santa Catarina e São Paulo completam o ranking nacional.
Mercados alternativos e riscos à viabilidade econômica
Além dos Estados Unidos, o mel brasileiro também é exportado para países como Canadá, Reino Unido, Países Baixos, Austrália, Bélgica e Israel, porém em volumes menores.
O boletim reforça que os efeitos da nova tarifa devem ser monitorados de perto, pois podem comprometer a viabilidade econômica dos produtores e exportadores, especialmente nas regiões que dependem fortemente do mercado externo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportações sustentam alta nos preços do arroz no Sul, mesmo com baixa liquidez

Divulgação
Os preços do arroz em casca seguem em alta no Rio Grande do Sul, sustentados pela combinação de oferta restrita, demanda firme e a postura cautelosa dos produtores. Mesmo com a liquidez ainda limitada, o mercado continua estável, já que muitos agricultores optam por segurar o produto à espera de valores mais vantajosos.
Compradores elevam ofertas, mas negócios seguem com volumes reduzidos
e acordo com dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), houve um movimento de alta nas ofertas por parte dos compradores, numa tentativa de atrair novos vendedores. No entanto, a maioria das negociações fechadas na última semana envolveu pequenos lotes, refletindo a resistência dos produtores em liberar grandes volumes.
Exportações ganham protagonismo e ajudam a manter os preços em alta
Um dos principais fatores que têm dado suporte às cotações é o desempenho positivo das exportações. O volume embarcado em junho foi considerado expressivo pelo Cepea, contribuindo para um clima de otimismo no setor.
Além disso, a demanda internacional aquecida tem se mostrado mais eficiente na redução dos estoques internos do que as medidas adotadas pelo governo federal.
Confiança do produtor cresce com perspectiva de novos embarques
A boa performance no mercado externo fortalece a confiança dos vendedores, que veem nas exportações uma alternativa viável de escoamento da produção. Caso o interesse internacional se mantenha elevado, há expectativa de que os preços internos sigam em trajetória de valorização nas próximas semanas.
Cenário externo influencia diretamente a formação de preços
Apesar de o consumo interno permanecer estável, o mercado externo tem sido o principal fator de influência nos preços atuais. Com isso, estratégias de comercialização bem estruturadas tornam-se ainda mais importantes para os produtores que buscam maximizar os ganhos diante de um cenário de oferta ajustada e demanda seletiva.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Pecuária4 dias atrás
Metodologia promete aumentar rendimento de queijo muçarela
-
Agronegócio7 dias atrás
MT puxa alta na estimativa de produção agrícola e consolida liderança nacional
-
Agronegócio4 dias atrás
Cotações Agropecuárias: Importações chinesas de soja do Brasil aumentam em 9% em junho
-
Mato Grosso3 dias atrás
Secel publica resultado preliminar de seleção do edital Viver Cultura 2025
-
Agronegócio7 dias atrás
MT lidera produção nacional de arroz de sequeiro, aponta Anuário Brasileiro do Arroz 2025
-
Agricultura7 dias atrás
Mirtilo pode ser nova estrela da fruticultura mato-grossense com rendimento de até R$ 1,5 milhão por hectare
-
Transporte6 dias atrás
Corpo de Bombeiros socorre vítimas após colisão de carro em poste em Cuiabá
-
Mato Grosso6 dias atrás
Quatro rodovias estaduais sob concessão passam por obras de recuperação