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Agronegócio

Preço do trigo pode subir só em 2026

Publicado

em

Foto: Canva

 

A análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente ao período de 18 a 24 de julho, publicada na quinta-feira (24), aponta que, mesmo com o plantio da nova safra praticamente encerrado no Brasil, os preços do trigo seguem sem reação, apesar da redução expressiva na área cultivada e nas projeções de produção.

De acordo com o levantamento, as principais praças do Rio Grande do Sul mantiveram a cotação em R$ 70 por saca para o produto de qualidade superior. No Paraná, o preço também permaneceu estável em R$ 78. A preferência dos moinhos nacionais pelo trigo importado continua influenciando o mercado interno. “Os moinhos localizados no litoral brasileiro vêm recebendo trigo importado de alta qualidade a preços semelhantes aos praticados no interior do país”, destaca a Ceema.

Outro fator que aumenta a pressão sobre os preços domésticos é a antecipação da colheita no Centro-Oeste, o que elevou a oferta nacional. Ainda assim, há expectativa de melhora nos preços a partir de fevereiro ou março de 2026, especialmente se houver desvalorização do real ou recuperação nos preços internacionais. “Quem precisa vender os grãos deve manter a cautela e aguardar melhores condições. Já os compradores devem agir rapidamente para aproveitar as oportunidades atuais”, recomendam os analistas da TF Agroeconômica.

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A possível recuperação dos preços, no entanto, pode ser limitada pela safra argentina. Com projeção de 20 milhões de toneladas, a Argentina poderá exportar cerca de 13 milhões, o que pode manter o mercado brasileiro abastecido e inibir valorização do produto nacional.

No cenário global, a produção de trigo para o ciclo 2025/26 também deve crescer. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima colheita mundial de 808,6 milhões de toneladas, um aumento de 1,1% em relação ao ciclo anterior.

A Ceema observa que o mercado nacional de trigo permanece cauteloso, atento às condições climáticas e à qualidade da safra que começará a ser colhida a partir de setembro no Paraná. “Não basta apenas volume, é preciso ter qualidade do grão para que o mesmo realmente se valorize no mercado”, pontua a entidade.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Importações de fertilizantes sobem 8,59% em 2025 e atingem recorde em agosto

Publicado

em

Foto: Cláudio Neves

 

As importações brasileiras de adubos e fertilizantes continuam em crescimento, mesmo diante de um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas e guerras tarifárias. De acordo com o Boletim Logístico de setembro, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta segunda-feira (29), agosto registrou o maior volume mensal já acompanhado pela série histórica.

Recorde de importações em agosto

Em agosto, o Brasil importou 5,2 milhões de toneladas de fertilizantes, contra 4,7 milhões em julho, configurando o maior volume mensal já registrado. As negociações contemplaram principalmente a segunda safra de milho de 2026 e a safra de soja 2026/27.

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Mesmo com os custos de produção pressionando a rentabilidade, a Conab destacou que as sucessivas safras recordes reforçam entre os produtores a confiança na continuidade do crescimento do agronegócio.

Acumulado de janeiro a agosto mostra alta expressiva

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o Brasil importou 29,45 milhões de toneladas de adubos, um crescimento de 8,59% em comparação com o mesmo período de 2024.

Portos e principais pontos de entrada de fertilizantes

O porto de Paranaguá se consolidou como o principal ponto de entrada de fertilizantes, recebendo 7,56 milhões de toneladas, contra 6,77 milhões no ano anterior.

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Já os portos do Arco Norte registraram 5,42 milhões de toneladas, superando as 4,91 milhões de 2024. O porto de Santos, por sua vez, movimentou 4,85 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 5,12 milhões do mesmo intervalo do ano anterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Epagri incentiva cultivo de mirtilo na Serra Catarinense e fortalece renda de pequenos produtores

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Foto: Epagri

 

A Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) reforça ações para diversificação da produção agrícola na Serra Catarinense, estimulando pequenos produtores a investirem no cultivo de mirtilo, fruta saborosa, saudável e economicamente promissora.

Dia de Campo em Palmeira mostra potencial do mirtilo

Na última quarta-feira (24), a Epagri promoveu um Dia de Campo em Palmeira, município com cerca de 2,7 mil habitantes, localizado a 40 km de Lages. Agricultores de diversas cidades participaram do evento, visitando a propriedade Palm Berries, onde Celso Claudino e o genro João Carneiro cultivam aproximadamente três mil pés de mirtilo em uma área de dois hectares.

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Cada planta produz entre cinco e dez quilos de frutas, comercializadas em todo o Brasil. O quilo do mirtilo chega a R$ 60 no varejo e R$ 30 no atacado, sem embalagem. Durante o evento, os produtores compartilharam experiências, esclareceram dúvidas e deram dicas práticas sobre manejo e cultivo.

Cultura rápida e rentável para pequenos produtores

Segundo João Carneiro, o mirtilo oferece retorno financeiro mais rápido em comparação a culturas de longo prazo, como o pinus. “Se o produtor plantar agora uma muda de qualidade, já poderá colher no ano que vem. Nosso projeto inicial prevê dez toneladas por hectare, o que representa cerca de R$ 250 mil por safra”, afirma.

Ele destaca ainda que a produção é prazerosa e de fácil manejo, especialmente em sistemas orgânicos, exigindo cuidados manuais como roçada, mas sem grande complexidade operacional.

Adaptação do mirtilo à Serra Catarinense

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A extensionista rural Maêve Silveira Castelo Branco, da Epagri em São Joaquim, ressalta que o mirtilo se adapta bem ao clima da Serra Catarinense e à convivência com florestas de pinus. “Originalmente, o mirtilo vem da América do Norte, de regiões de sub-bosque, e se desenvolve bem em áreas com ou sem pinus. É uma cultura simples, desde que haja atenção ao solo e à disponibilidade de água. É uma alternativa viável para diversificar a produção, gerar empregos e aumentar a renda local”, explica.

Sucesso da Palm Berries inspira outros produtores

O modelo de sucesso da Palm Berries tem despertado interesse de agricultores em toda a região. Pedro Donizete de Souza, secretário de Agricultura de Lages, destaca que o mirtilo é ideal para pequenos produtores e famílias, com mercado crescente e possibilidade de renda significativa.

Produtores como Ana Claudia Wawrzyniak, de Cerro Negro, percorreram mais de 200 km para participar do Dia de Campo. Atualmente, ela possui 130 pés de mirtilo e pretende expandir sua produção após aplicar os aprendizados adquiridos no evento.

Epagri reforça papel de incentivo à diversificação

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O Dia de Campo em Palmeira evidencia o papel da Epagri em levar conhecimento técnico aos produtores e mostrar alternativas de culturas adaptadas ao clima local. José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, ressalta: “O mirtilo é uma cultura nova, mas com resultados concretos. Nosso objetivo é oportunizar aos produtores a diversificação da produção, baseada no clima da região, promovendo renda e qualidade de vida”.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Exportação de Açúcar do Brasil Totaliza 2,9 Milhões de Toneladas em Setembro

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Divulgação

As exportações brasileiras de açúcar e outros melaços registraram receita diária média de US$ 58,069 milhões em setembro de 2025, considerando 20 dias úteis, segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O valor representa uma queda de 31,6% na receita diária em comparação com setembro de 2024, quando o país havia registrado US$ 84,931 milhões por dia.

Volume exportado atinge quase 3 milhões de toneladas

No período, o Brasil exportou 2.915.946 toneladas de açúcar, com receita total de US$ 1,161 bilhão. O preço médio por tonelada ficou em US$ 398,30, indicando uma redução de 13,4% em relação aos US$ 459,70 praticados em agosto de 2024.

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O volume médio diário de exportações em setembro de 2025 chegou a 145,797 mil toneladas, 21,1% menor que as 184,738 mil toneladas embarcadas diariamente no mesmo mês do ano anterior.

Tendência de queda no setor açucareiro

Os dados refletem um cenário de retração nas exportações de açúcar, com impacto tanto no volume embarcado quanto nos preços médios. Analistas apontam que fatores como variações na demanda internacional e flutuações cambiais podem ter influenciado a queda observada em setembro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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