Agronegócio
Pós-desmame dos leitões: fase desafiadora que oferece importantes oportunidades para o sucesso na produção suína

Reprodução/Portal do Agronegócio
O período pós-desmame é reconhecido como uma das etapas mais críticas na criação de suínos. Nessa fase, os leitões passam por mudanças significativas, como a separação da matriz, adaptação a uma nova dieta, mudança de ambiente e convivência com novos companheiros na baia — fatores que impactam diretamente seu comportamento e desempenho.
Adaptação alimentar: desafio e oportunidade
Segundo a médica-veterinária Fernanda Laskoski, da Auster Nutrição Animal, um dos principais desafios está na adaptação rápida dos leitões aos comedouros e bebedouros. A dificuldade nesse processo pode reduzir o consumo inicial, afetando o desenvolvimento gastrointestinal, a imunidade e o crescimento dos animais.
Variabilidade no consumo e desempenho
A variação de peso entre os leitões e os diferentes manejos durante a lactação aumentam a disparidade no consumo após o desmame. Leitões que não consomem ração voluntariamente nas primeiras horas apresentam maior risco de desempenho inferior e remoção precoce por subdesenvolvimento, independentemente do peso no desmame.
Estratégias práticas para melhorar o consumo
Estudos indicam que oferecer pequenas porções de ração próximas ao comedouro nos primeiros dias pode reduzir em até 4% a taxa de retirada dos leitões na creche. Além disso, ampliar o espaço dos comedouros acelera o início do consumo pós-desmame em até 8 horas, promovendo melhores resultados.
Manejo do ambiente: além da temperatura
Fernanda ressalta que o manejo ambiental vai além da temperatura, englobando também umidade, qualidade do ar e densidade de alojamento. Ambientes com baixa qualidade do ar podem reduzir o ganho de peso diário dos leitões em até 11% e piorar a conversão alimentar em 3%, comprometendo o bem-estar e o desempenho.
Três pilares para o sucesso pós-desmame
De acordo com a especialista, o sucesso nessa etapa depende da combinação de boas práticas de manejo, nutrição adequada e equilíbrio sanitário. “O básico bem feito ainda é o maior diferencial nas granjas. O pós-desmame pode ser um desafio, mas com atenção constante, monitoramento e práticas eficazes, é possível transformar essa fase crítica em uma oportunidade para garantir saúde, desempenho e bem-estar dos leitões”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Importações de fertilizantes sobem 8,59% em 2025 e atingem recorde em agosto

Foto: Cláudio Neves
As importações brasileiras de adubos e fertilizantes continuam em crescimento, mesmo diante de um cenário internacional marcado por tensões geopolíticas e guerras tarifárias. De acordo com o Boletim Logístico de setembro, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta segunda-feira (29), agosto registrou o maior volume mensal já acompanhado pela série histórica.
Recorde de importações em agosto
Em agosto, o Brasil importou 5,2 milhões de toneladas de fertilizantes, contra 4,7 milhões em julho, configurando o maior volume mensal já registrado. As negociações contemplaram principalmente a segunda safra de milho de 2026 e a safra de soja 2026/27.
Mesmo com os custos de produção pressionando a rentabilidade, a Conab destacou que as sucessivas safras recordes reforçam entre os produtores a confiança na continuidade do crescimento do agronegócio.
Acumulado de janeiro a agosto mostra alta expressiva
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o Brasil importou 29,45 milhões de toneladas de adubos, um crescimento de 8,59% em comparação com o mesmo período de 2024.
Portos e principais pontos de entrada de fertilizantes
O porto de Paranaguá se consolidou como o principal ponto de entrada de fertilizantes, recebendo 7,56 milhões de toneladas, contra 6,77 milhões no ano anterior.
Já os portos do Arco Norte registraram 5,42 milhões de toneladas, superando as 4,91 milhões de 2024. O porto de Santos, por sua vez, movimentou 4,85 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo das 5,12 milhões do mesmo intervalo do ano anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Epagri incentiva cultivo de mirtilo na Serra Catarinense e fortalece renda de pequenos produtores

Foto: Epagri
A Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) reforça ações para diversificação da produção agrícola na Serra Catarinense, estimulando pequenos produtores a investirem no cultivo de mirtilo, fruta saborosa, saudável e economicamente promissora.
Dia de Campo em Palmeira mostra potencial do mirtilo
Na última quarta-feira (24), a Epagri promoveu um Dia de Campo em Palmeira, município com cerca de 2,7 mil habitantes, localizado a 40 km de Lages. Agricultores de diversas cidades participaram do evento, visitando a propriedade Palm Berries, onde Celso Claudino e o genro João Carneiro cultivam aproximadamente três mil pés de mirtilo em uma área de dois hectares.
Cada planta produz entre cinco e dez quilos de frutas, comercializadas em todo o Brasil. O quilo do mirtilo chega a R$ 60 no varejo e R$ 30 no atacado, sem embalagem. Durante o evento, os produtores compartilharam experiências, esclareceram dúvidas e deram dicas práticas sobre manejo e cultivo.
Cultura rápida e rentável para pequenos produtores
Segundo João Carneiro, o mirtilo oferece retorno financeiro mais rápido em comparação a culturas de longo prazo, como o pinus. “Se o produtor plantar agora uma muda de qualidade, já poderá colher no ano que vem. Nosso projeto inicial prevê dez toneladas por hectare, o que representa cerca de R$ 250 mil por safra”, afirma.
Ele destaca ainda que a produção é prazerosa e de fácil manejo, especialmente em sistemas orgânicos, exigindo cuidados manuais como roçada, mas sem grande complexidade operacional.
Adaptação do mirtilo à Serra Catarinense
A extensionista rural Maêve Silveira Castelo Branco, da Epagri em São Joaquim, ressalta que o mirtilo se adapta bem ao clima da Serra Catarinense e à convivência com florestas de pinus. “Originalmente, o mirtilo vem da América do Norte, de regiões de sub-bosque, e se desenvolve bem em áreas com ou sem pinus. É uma cultura simples, desde que haja atenção ao solo e à disponibilidade de água. É uma alternativa viável para diversificar a produção, gerar empregos e aumentar a renda local”, explica.
Sucesso da Palm Berries inspira outros produtores
O modelo de sucesso da Palm Berries tem despertado interesse de agricultores em toda a região. Pedro Donizete de Souza, secretário de Agricultura de Lages, destaca que o mirtilo é ideal para pequenos produtores e famílias, com mercado crescente e possibilidade de renda significativa.
Produtores como Ana Claudia Wawrzyniak, de Cerro Negro, percorreram mais de 200 km para participar do Dia de Campo. Atualmente, ela possui 130 pés de mirtilo e pretende expandir sua produção após aplicar os aprendizados adquiridos no evento.
Epagri reforça papel de incentivo à diversificação
O Dia de Campo em Palmeira evidencia o papel da Epagri em levar conhecimento técnico aos produtores e mostrar alternativas de culturas adaptadas ao clima local. José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, ressalta: “O mirtilo é uma cultura nova, mas com resultados concretos. Nosso objetivo é oportunizar aos produtores a diversificação da produção, baseada no clima da região, promovendo renda e qualidade de vida”.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportação de Açúcar do Brasil Totaliza 2,9 Milhões de Toneladas em Setembro

Divulgação
As exportações brasileiras de açúcar e outros melaços registraram receita diária média de US$ 58,069 milhões em setembro de 2025, considerando 20 dias úteis, segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O valor representa uma queda de 31,6% na receita diária em comparação com setembro de 2024, quando o país havia registrado US$ 84,931 milhões por dia.
Volume exportado atinge quase 3 milhões de toneladas
No período, o Brasil exportou 2.915.946 toneladas de açúcar, com receita total de US$ 1,161 bilhão. O preço médio por tonelada ficou em US$ 398,30, indicando uma redução de 13,4% em relação aos US$ 459,70 praticados em agosto de 2024.
O volume médio diário de exportações em setembro de 2025 chegou a 145,797 mil toneladas, 21,1% menor que as 184,738 mil toneladas embarcadas diariamente no mesmo mês do ano anterior.
Tendência de queda no setor açucareiro
Os dados refletem um cenário de retração nas exportações de açúcar, com impacto tanto no volume embarcado quanto nos preços médios. Analistas apontam que fatores como variações na demanda internacional e flutuações cambiais podem ter influenciado a queda observada em setembro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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