Economia
Consumo de arroz e feijão recua no Brasil, enquanto pratos prontos e saladas ganham espaço

Divulgação
Consumo de arroz e feijão registra queda no 1º semestre de 2025
Dois dos alimentos mais tradicionais da mesa brasileira estão perdendo espaço. Entre janeiro e junho de 2025, o consumo de arroz caiu 4,7% e o de feijão, 4,2%, mesmo diante de uma forte queda nos preços: o arroz ficou 14,2% mais barato e o feijão, 17,5%, de acordo com dados da Scanntech.
Praticidade dita o novo comportamento do consumidor
A principal explicação para essa redução está nas mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros. Segundo Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech, a rotina acelerada tem levado os consumidores a priorizarem praticidade e conveniência nas refeições.
“Os shoppers buscam opções mais rápidas, fáceis e financeiramente acessíveis. A busca por uma alimentação mais saudável também vem mudando o consumo de itens antes essenciais na dieta do brasileiro”, destacou Ariani.
Pratos prontos e alimentos saudáveis ganham destaque
A venda de pratos prontos avançou 6,5% no varejo alimentar no primeiro semestre. Além disso, houve crescimento na procura por receitas com saladas, proteínas e alimentos congelados, que passaram a substituir preparações tradicionais, como o clássico arroz com feijão.
Mudança no perfil familiar e situação financeira influenciam consumo
Outro fator que colabora para essa mudança é a transformação no perfil das famílias. O aumento no número de pessoas morando sozinhas e o crescimento do endividamento familiar — agravado, em parte, por gastos com apostas online — também impactam o padrão de compras.
Tendência de longo prazo: queda no consumo per capita
Dados da Embrapa mostram que a queda no consumo de arroz e feijão não é pontual. De 1985 a 2023, o consumo per capita de arroz caiu de 40 kg para 28,2 kg, enquanto o de feijão passou de 19 kg para 12,8 kg no mesmo período, reforçando a tendência de longo prazo.
Hortaliças ganham espaço; carnes perdem participação
A mudança de hábitos também impactou o consumo de outros alimentos. No primeiro semestre, o consumo de legumes e verduras cresceu 10,9%, enquanto o de carnes caiu 3,2%. O fator preço foi determinante: as hortaliças ficaram 22,8% mais baratas, enquanto carnes e peixes subiram 18,4% em média.
Cesta de perecíveis tem nova composição
A participação de frutas, legumes e verduras (FLV) na cesta de perecíveis cresceu de 45,8% em 2024 para 48,0% em 2025. Em contrapartida, a de açougues e peixarias caiu de 27,7% para 26,1%. Alimentos como a batata, que teve queda de 41% no preço, ganharam destaque, enquanto a carne bovina, com alta de 24%, perdeu espaço nas compras dos brasileiros.
As mudanças revelam um consumidor cada vez mais atento ao custo-benefício, à praticidade e à alimentação saudável, apontando caminhos importantes para a indústria de alimentos e o varejo adaptarem suas ofertas a um novo perfil de consumo no país.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Brasil e Índia avançam em diálogo comercial bilateral

Foto: Pixabay
Representantes dos governos do Brasil e da Índia se reuniram em Nova Délhi, na terça-feira (7), para a 7ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral Índia-Brasil (TMM). O objetivo foi aprofundar o diálogo e o comércio como trocas comerciais entre os dois países.
A delegação brasileira foi liderada pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, e contou com representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Embaixada do Brasil em Nova Délhi. O lado indiano foi chefiado pelo secretário de Comércio, Rajesh Agrawl, com a presença de representantes de diferentes órgãos do governo.
O encontro serviu para debater a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial MERCOSUL-Índia, firmado em 2004, que abrange especificações comerciais para um número restrito de produtos. A avaliação levou à aprovação, pelo Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior, da renovação do mandato para negociações de ampliação. A reunião também antecedeu a visita do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin à Índia, prevista para este mês de outubro.
Foram abordados temas relacionados ao certificado de origem eletrônico, barreiras comerciais para produtos como calçados, feijão e erva-mate, investimentos, propriedade intelectual e cooperação em áreas como energia e assuntos financeiros. Também foram tratadas questões multilaterais ligadas à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), ao comércio internacional na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30) e à atuação conjunta nos BRICS.
Criado em 2008, o mecanismo tem a função de dar tratamento ágil a questões específicas do comércio bilateral, buscando remover barreiras e diversificar o fluxo comercial.
A 6ª reunião do mecanismo foi realizada em outubro de 2023, em Brasília.
A Índia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia e apresenta potencial para expansão e fortalecimento dessa relação. Em 2024, o fluxo comercial entre os dois países somava 12,1 bilhões de dólares.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Conta de luz segue com bandeira vermelha em outubro, mas de patamar 1

Foto: Energisa/Reprodução
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (26) a bandeira vermelha patamar 1 para o mês de outubro. Isso significa que os consumidores receberão as contas de energia elétrica com adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A indicação do volume de chuvas abaixo da média e o consequente reflexo no nível dos reservatórios não são favoráveis para a geração das usinas hidrelétricas. Diante desse cenário, há necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e justificam o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para outubro. Nos meses anteriores foi acionada a bandeira vermelha patamar 2.
É importante ressaltar que a fonte solar de geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta.
Sobre as bandeiras tarifárias
Criado em 2015 pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias indica, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. As bandeiras mostram o custo variável da produção de energia, a partir da análise da disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.
A ANEEL reitera a importância do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
Ascom Aneel/com redação AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Preço do etanol hidratado se mantém praticamente estável em São Paulo, aponta Cepea

Foto: Imagem Ilustrativa
O mercado de etanol hidratado encerrou setembro sem grandes variações de preço em São Paulo. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, distribuidoras voltaram a atuar de forma um pouco mais ativa no mercado spot na última semana do mês, mas as compras seguem pontuais e em volumes insuficientes para provocar reação significativa nas cotações.
Do lado das usinas, a oferta também se manteve restrita, com agentes priorizando o acompanhamento dos resultados finais da safra 2025/26 antes de ampliar negociações.
Nesse contexto, entre os dias 22 e 26 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou a R$ 2,7416 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), registrando ligeira queda de 0,2% em relação ao período anterior.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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