Economia
Santa Catarina prioriza ferrovias para impulsionar logística e competitividade

Reprodução/ Portal do Agronegócio
Em artigo recente, José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), destaca que o estado precisa urgentemente investir em ferrovias para acompanhar sua vocação agroindustrial e exportadora. Com uma malha rodoviária sobrecarregada, deficiente e em muitos pontos obsoleta, Santa Catarina busca alternativas logísticas que estejam à altura da sua produtividade e da complexidade das cadeias de suprimentos locais.
Criação do Sistema Ferroviário do Estado representa marco histórico
A aprovação da Lei nº 0474/2025, que institui o Sistema Ferroviário do Estado de Santa Catarina (SFE), é considerada um divisor de águas. A legislação confere ao estado autonomia para planejar, conceder e desenvolver trechos ferroviários, rompendo a dependência exclusiva da União e abrindo caminho para o protagonismo regional na gestão logística. O governador Jorginho Mello e a Assembleia Legislativa foram parabenizados pela iniciativa.
Desafio da baixa participação ferroviária no transporte de cargas
Apesar da força econômica catarinense, o estado possui apenas 4,4% da malha ferroviária nacional e responde por míseros 1,45% da carga transportada pelo modal ferroviário. Essa disparidade evidencia a necessidade urgente de conectar o Oeste catarinense ao litoral por meio de um corredor ferroviário eficiente, integrando regiões produtoras aos portos marítimos.
Expansão da malha e integração dos portos são prioridades
A expansão da Malha Sul, ligando Chapecó a Correia Pinto, é um passo importante, mas insuficiente. O projeto ideal inclui ainda a interligação ferroviária dos portos de Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Itapoá, promovendo maior sinergia entre modais, ampliando a capacidade de escoamento das exportações e gerando ganhos econômicos, ambientais e operacionais significativos.
Modernização e concessões privadas com segurança jurídica
Santa Catarina já conta com trechos consolidados, como a Malha Sul e a Ferrovia Tereza Cristina, atualmente sob tutela federal. Com o SFE, o estado poderá internalizar a gestão, modernizar a infraestrutura existente e viabilizar novos empreendimentos por meio de concessões privadas, com outorgas de até 99 anos, atraindo investimentos de longo prazo. O modelo é alinhado ao Novo Marco Legal das Ferrovias e prevê o desenvolvimento de “shortlines”, linhas ferroviárias curtas que atendem demandas locais integradas à malha nacional.
Projetos em andamento e novas rotas estratégicas
Entre os avanços, destaca-se a ligação ferroviária entre os portos de Navegantes e Araquari, com 70% da obra concluída. Além disso, o governo estadual planeja conectar a Ferrovia Tereza Cristina ao município de Aurora e criar uma ferrovia litorânea para unir os principais portos catarinenses. Essas iniciativas prometem elevar a competitividade do estado, aliviar gargalos logísticos e fornecer infraestrutura compatível com os desafios do século XXI.
Urgência de integração logística para a cadeia de aves e suínos
Um problema crítico para a agroindústria local, especialmente no setor de aves e suínos, é a dependência da importação de grãos — milho e soja — do Centro-Oeste brasileiro. A ausência de uma ferrovia ligando o Oeste catarinense a essa região eleva custos logísticos, encarece a produção, reduz a competitividade no mercado internacional e afeta a sustentabilidade do setor.
Ferrovia como solução indispensável para o futuro logístico
Com rodovias saturadas e custos crescentes no transporte rodoviário, a aposta nas ferrovias é vista como a solução necessária para garantir eficiência logística, descongestionar as estradas e integrar territorialmente o estado. Santa Catarina enfrenta uma escolha clara: investir seriamente em uma malha ferroviária moderna e funcional ou enfrentar a estagnação logística e a perda progressiva da competitividade regional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Brasil e Índia avançam em diálogo comercial bilateral

Foto: Pixabay
Representantes dos governos do Brasil e da Índia se reuniram em Nova Délhi, na terça-feira (7), para a 7ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral Índia-Brasil (TMM). O objetivo foi aprofundar o diálogo e o comércio como trocas comerciais entre os dois países.
A delegação brasileira foi liderada pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, e contou com representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Embaixada do Brasil em Nova Délhi. O lado indiano foi chefiado pelo secretário de Comércio, Rajesh Agrawl, com a presença de representantes de diferentes órgãos do governo.
O encontro serviu para debater a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial MERCOSUL-Índia, firmado em 2004, que abrange especificações comerciais para um número restrito de produtos. A avaliação levou à aprovação, pelo Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior, da renovação do mandato para negociações de ampliação. A reunião também antecedeu a visita do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin à Índia, prevista para este mês de outubro.
Foram abordados temas relacionados ao certificado de origem eletrônico, barreiras comerciais para produtos como calçados, feijão e erva-mate, investimentos, propriedade intelectual e cooperação em áreas como energia e assuntos financeiros. Também foram tratadas questões multilaterais ligadas à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), ao comércio internacional na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30) e à atuação conjunta nos BRICS.
Criado em 2008, o mecanismo tem a função de dar tratamento ágil a questões específicas do comércio bilateral, buscando remover barreiras e diversificar o fluxo comercial.
A 6ª reunião do mecanismo foi realizada em outubro de 2023, em Brasília.
A Índia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia e apresenta potencial para expansão e fortalecimento dessa relação. Em 2024, o fluxo comercial entre os dois países somava 12,1 bilhões de dólares.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Conta de luz segue com bandeira vermelha em outubro, mas de patamar 1

Foto: Energisa/Reprodução
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (26) a bandeira vermelha patamar 1 para o mês de outubro. Isso significa que os consumidores receberão as contas de energia elétrica com adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A indicação do volume de chuvas abaixo da média e o consequente reflexo no nível dos reservatórios não são favoráveis para a geração das usinas hidrelétricas. Diante desse cenário, há necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e justificam o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para outubro. Nos meses anteriores foi acionada a bandeira vermelha patamar 2.
É importante ressaltar que a fonte solar de geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta.
Sobre as bandeiras tarifárias
Criado em 2015 pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias indica, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. As bandeiras mostram o custo variável da produção de energia, a partir da análise da disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.
A ANEEL reitera a importância do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
Ascom Aneel/com redação AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Preço do etanol hidratado se mantém praticamente estável em São Paulo, aponta Cepea

Foto: Imagem Ilustrativa
O mercado de etanol hidratado encerrou setembro sem grandes variações de preço em São Paulo. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, distribuidoras voltaram a atuar de forma um pouco mais ativa no mercado spot na última semana do mês, mas as compras seguem pontuais e em volumes insuficientes para provocar reação significativa nas cotações.
Do lado das usinas, a oferta também se manteve restrita, com agentes priorizando o acompanhamento dos resultados finais da safra 2025/26 antes de ampliar negociações.
Nesse contexto, entre os dias 22 e 26 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou a R$ 2,7416 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), registrando ligeira queda de 0,2% em relação ao período anterior.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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