Economia
Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP
As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.
“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.
O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.
Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.
“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.
O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.
“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.
(Com Agricultura/SP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Brasil e Índia avançam em diálogo comercial bilateral

Foto: Pixabay
Representantes dos governos do Brasil e da Índia se reuniram em Nova Délhi, na terça-feira (7), para a 7ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral Índia-Brasil (TMM). O objetivo foi aprofundar o diálogo e o comércio como trocas comerciais entre os dois países.
A delegação brasileira foi liderada pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, e contou com representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Embaixada do Brasil em Nova Délhi. O lado indiano foi chefiado pelo secretário de Comércio, Rajesh Agrawl, com a presença de representantes de diferentes órgãos do governo.
O encontro serviu para debater a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial MERCOSUL-Índia, firmado em 2004, que abrange especificações comerciais para um número restrito de produtos. A avaliação levou à aprovação, pelo Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior, da renovação do mandato para negociações de ampliação. A reunião também antecedeu a visita do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin à Índia, prevista para este mês de outubro.
Foram abordados temas relacionados ao certificado de origem eletrônico, barreiras comerciais para produtos como calçados, feijão e erva-mate, investimentos, propriedade intelectual e cooperação em áreas como energia e assuntos financeiros. Também foram tratadas questões multilaterais ligadas à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), ao comércio internacional na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30) e à atuação conjunta nos BRICS.
Criado em 2008, o mecanismo tem a função de dar tratamento ágil a questões específicas do comércio bilateral, buscando remover barreiras e diversificar o fluxo comercial.
A 6ª reunião do mecanismo foi realizada em outubro de 2023, em Brasília.
A Índia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia e apresenta potencial para expansão e fortalecimento dessa relação. Em 2024, o fluxo comercial entre os dois países somava 12,1 bilhões de dólares.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Conta de luz segue com bandeira vermelha em outubro, mas de patamar 1

Foto: Energisa/Reprodução
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (26) a bandeira vermelha patamar 1 para o mês de outubro. Isso significa que os consumidores receberão as contas de energia elétrica com adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A indicação do volume de chuvas abaixo da média e o consequente reflexo no nível dos reservatórios não são favoráveis para a geração das usinas hidrelétricas. Diante desse cenário, há necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e justificam o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para outubro. Nos meses anteriores foi acionada a bandeira vermelha patamar 2.
É importante ressaltar que a fonte solar de geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta.
Sobre as bandeiras tarifárias
Criado em 2015 pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias indica, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. As bandeiras mostram o custo variável da produção de energia, a partir da análise da disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.
A ANEEL reitera a importância do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
Ascom Aneel/com redação AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Preço do etanol hidratado se mantém praticamente estável em São Paulo, aponta Cepea

Foto: Imagem Ilustrativa
O mercado de etanol hidratado encerrou setembro sem grandes variações de preço em São Paulo. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, distribuidoras voltaram a atuar de forma um pouco mais ativa no mercado spot na última semana do mês, mas as compras seguem pontuais e em volumes insuficientes para provocar reação significativa nas cotações.
Do lado das usinas, a oferta também se manteve restrita, com agentes priorizando o acompanhamento dos resultados finais da safra 2025/26 antes de ampliar negociações.
Nesse contexto, entre os dias 22 e 26 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou a R$ 2,7416 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), registrando ligeira queda de 0,2% em relação ao período anterior.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Pecuária6 dias atrás
Melhoramento genético transforma produção de leite em Mato Grosso
-
Mato Grosso6 dias atrás
Mulheres do agro brasileiro se destacam em Summit Global na Bélgica e reforçam modelo sustentável do país
-
Mato Grosso5 dias atrás
Governador assina autorização para novo Trevão de Rondonópolis
-
Mato Grosso5 dias atrás
Governador e primeira-dama lançam Dia do SER Família Criança na Arena Pantanal nesta quarta-feira (8)
-
Mato Grosso6 dias atrás
Mulheres brasileiras do agro comandam painel inédito em cúpula global na Bélgica
-
Transporte4 dias atrás
Com 92% de casos solucionados, Rondônia fica atrás apenas do DF no ranking de homicídios esclarecidos
-
Mato Grosso7 dias atrás
Governo entrega obras de reconstrução, ampliação e modernização da sede da Secretaria de Segurança Pública
-
Agronegócio6 dias atrás
Abertura de mercado para exportação de castanha-do-Brasil para a Costa Rica