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Economia

Terras improdutivas viram oportunidade para agtechs e investidores

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Divulgação

 

Em um momento em que o agronegócio brasileiro precisa crescer sem abrir novas fronteiras agrícolas, um novo movimento começa a ganhar força: a regeneração de terras degradadas.

De acordo com o relatório “Áreas de Pastagens Degradadas e Potencial de Conversão” do Itaú BBA, o país tem cerca de 28 milhões de hectares de pastagens improdutivas que podem ser convertidas em lavouras de alta produtividade, especialmente em estados como Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará.

A conversão dessas áreas para lavouras pode gerar até R$ 904 bilhões em valorização fundiária, além de aumentar em até 52% a produção nacional de grãos, sem a necessidade de desmatamento. Isso representa uma oportunidade única de aliar retorno financeiro, impacto ambiental positivo e segurança alimentar global.

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Frente a essa tendência, a Arara Seed, plataforma de equity crowdfunding especializada no agro e que ientegra o SNASH, está de olho em uma nova vertical para através do investimento coletivo, não só financiar as startups, mas também a restauração de áreas degradadas.

“O Brasil já conta com tecnologias acessíveis para transformar áreas improdutivas em sistemas agrícolas de alta performance, com rastreabilidade, retorno financeiro e impacto positivo”, afirma Henrique Galvani, CEO da plataforma.

Financiamento: o elo essencial para destravar a restauração

Apesar do enorme potencial produtivo, climático e fundiário, transformar os 28 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas agrícolas exige um esforço financeiro de grandes proporções.

De acordo com o Itaú BBA, esse investimento pode variar de R$ 188 bilhões a R$ 482 bilhões, dependendo do nível de degradação e da infraestrutura disponível.

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Estudos da Embrapa estimam que cerca de 57% das pastagens no Brasil apresentam algum grau de degradação, e mais da metade dessas áreas ainda são recuperáveis com investimentos em tecnologias já disponíveis. No entanto, muitos produtores rurais, especialmente os de médio porte, não têm acesso a linhas de crédito compatíveis com o ciclo de retorno desses investimentos, que é de médio a longo prazo (geralmente de 3 a 5 safras para retorno pleno da produtividade).

O financiamento climático voltado ao uso da terra e agricultura regenerativa representa menos de 2% do volume total de recursos financeiros privados e públicos para clima no Brasil, evidenciando um gargalo grave, como aponta o relatório da Climate Policy Initiative (CPI) Brasil, publicado em 2023, o

Isso revela que há um enorme descompasso entre o potencial de impacto da restauração e a escala dos recursos disponíveis. Além disso, levantamento do MAPA dentro do Plano ABC+ indica que, em 2022, apenas R$ 3,5 bilhões foram efetivamente direcionados para tecnologias de recuperação de pastagens via crédito rural, número muito aquém da necessidade estimada.

Neste contexto, novos mecanismos de financiamento, como o investimento coletivo, CRA verde, CPR verde, blended finance e fundos de impacto, tornam-se fundamentais para destravar essa agenda.

Plataformas como a Arara Seed vêm atuando justamente para democratizar o acesso ao investimento em agricultura regenerativa, permitindo que investidores individuais participem da transformação de terras degradadas em ativos de alta produtividade e baixo carbono.

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“Com o mercado global cada vez mais exigente em relação à origem e ao impacto ambiental dos alimentos, transformar terras degradadas em ativos produtivos de alto valor é uma das estratégias mais inteligentes para o futuro do agro, e também para o planeta”, conclui Henrique Galvani.

Fonte: Arara Seed

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Carapreta – empresa brasileira referência na produção de proteínas de origem animal de alto padrão.

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Fotos: Assesoria

 

Com fazenda no Norte de Minas, a marca atua com processos de excelência do campo ao abate, priorizando sustentabilidade e manejo responsável. Hoje, conta com lojas próprias em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, oferecendo cortes premium de ovinos, bovinos e tilápia.

Temos porta-voz disponível para comentar o mercado, apresentar dados sobre a produção e compartilhar mais informações sobre os produtos e diferenciais da empresa.

Assessoria

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Agosto encerra com alta nas exportações do agro gaúcho

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Foto: Divulgação

A Farsul divulgou, nesta quarta-feira (10/9), os resultados das exportações gaúchas de agosto de 2025. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve um aumento de 5% no valor exportado (um total de US$ 1,4 bilhão em comparação com US$ 1,3 bilhão no ano anterior) e de 53% no volume, um total de 2,4 milhões de toneladas. Em agosto de 2024, o estado exportou 1,9 milhões de toneladas.O valor total embracado pelo Estado no período foi de US$ 1,9 bilhão, com o agronegócio sendo responsável por 73% deste montante. Em termos de volume, o agronegócio representa 90% do total estadual no período. No acumulado do ano, entre janeiro e agosto de 2025, foram exportados US$ 8,9 bilhões.

Houve um aumento significativo nas exportações de soja em grão e de carne bovina na comparação com o período de 2024. A China comprou 1,540 milhão de toneladas de soja, e 3,9 mil toneladas de carne no período. Os Estados Unidos, que estão em guerra tarifária com o Brasil, aumentaram suas importações de carne bovina em 256%, para um total de 756 mil toneladas.O embate comercial, entretanto, já respinga nos resultados do período. Apesar da alta na carne bovina e outros grupos como calçados, houve quedas nas exportações de fumo, pescados, madeira e suco, entre outros. No total, pode-se perceber uma queda de 8% (US$ 5,4 milhões) no valor e de 39% (17,8 mil toneladas) no volume entre 2024 e 2025.A carne de frango, que sofreu com a gripe aviária e doença de Newcastle, começa a apresentar recuperação, com aumento de 8% no valor e de 18% no volume. EAU, Japão e Filipinas foram os principais destinos do produto.

As Filipinas se mostram um parceiro comercial importante para a carne suína, assim como o Chile, segundo principal destino dessa proteína.O arroz apresentou o terceiro mês seguido de alta no volume, com um aumento de 17% no volume no acumulado janeiro-agosto.Produtos florestais em queda, principalmente madeira, com diminuição das exportações para Estados Unidos e Japão, assim como o fumo e derivados, que sofreu uma forte queda, de US$ 116 milhões para US$ 29 milhões, 18 mil toneladas para 5 mil toneladas exportadas para a Bélgica.

Os principais parceiros comerciais do estado em agosto foram a Ásia (sem Oriente Médio) que segue como o principal destino das exportações do agro gaúcho, totalizando US$ 944 milhões e 1,9 milhão de toneladas. Em segundo lugar temos a Europa, que atingiu US$ 158 milhões, sendo US$ 95 milhões para a União Europeia. Em seguida temos a América do Sul, que atingiu US$ 110 milhões.Quanto aos países, China aparece em primeiro lugar com US$ 717 milhões e participação de 49,8% no valor. Em segundo lugar temos os Estados Unidos com 4,1%, Vietnã com 3,7%, EAU com 3,1% e Filipinas com 3,1%.

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FARSUL

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Exportações do agronegócio superam US$ 82 bilhões

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Foto: Pixabay

O agronegócio brasileiro segue demonstrando resiliência em 2025, mesmo diante de um cenário desafiador. Fatores como o surto de gripe aviária registrado em maio e a imposição de tarifas pelos Estados Unidos trouxeram preocupações ao setor, mas as exportações seguem firmes e sustentando o desempenho do comércio exterior.

De acordo com informações divulgadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior (Siscomex), o faturamento das exportações do agronegócio no primeiro semestre deste ano alcançou mais de US$ 82 bilhões. O valor representa uma leve queda de 0,2% em comparação com o mesmo período de 2024. O volume embarcado recuou 2,9% no mesmo intervalo, mas o avanço de 2,7% nos preços em dólar ajudou a sustentar a receita.

Outro fator que favoreceu o setor foi a desvalorização de 5,7% do câmbio médio, o que resultou em valorização de 10% nos preços convertidos para o real. Com isso, o faturamento interno apresentou crescimento de 5%. Pesquisadores do Cepea destacam ainda que carnes bovina e suína, óleo de soja, celulose e algodão registraram alta nos embarques, enquanto café e suco de laranja se destacaram com elevação expressiva dos preços.

No caso da carne bovina, mesmo com as tarifas impostas pelos EUA, os embarques cresceram no semestre, impulsionados pelas compras da China, México, Chile e de outros países asiáticos. Já a carne de frango teve embarques temporariamente afetados pelo episódio de gripe aviária confirmado em Montenegro (RS), no dia 15 de maio. Após a rápida adoção dos protocolos internacionais, o Brasil recuperou o status de livre da doença em 18 de junho. Mesmo assim, grandes compradores como China e União Europeia só retomaram as compras no final do semestre. Ainda assim, o setor conseguiu manter os volumes estáveis e garantir crescimento de 4,5% no faturamento, favorecido pela alta de quase 5% no preço médio em dólar.

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Para os próximos meses, a expectativa é de que os preços do café e do suco de laranja permaneçam elevados, devido à oferta mundial restrita e à demanda aquecida. Já grãos como soja, milho e trigo devem ser impactados pelas colheitas do Hemisfério Norte, especialmente nos Estados Unidos e na Ucrânia.

Os especialistas do Cepea ponderam que os efeitos das tarifas norte-americanas sobre a economia global ainda são incertos, mas destacam que a ausência de retaliações mais amplas abre espaço para uma reorganização no comércio internacional. Esse cenário pode favorecer o Brasil, que tem oportunidade de ampliar parcerias e manter a expansão das exportações agrícolas, reforçando seu papel como protagonista no abastecimento mundial de alimentos, fibras e energia.

Aline Merladete / Agrolink

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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