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Economia

Produção de etanol de milho cresce no Brasil e demanda sustenta valorização do grão em Mato Grosso

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Foto: Divulgação

 

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou para cima a estimativa da safra 2025/26 de etanol de milho no Brasil. A projeção passou a 9,97 milhões de metros cúbicos, o que representa um incremento de 0,77% em relação à previsão inicial. O ajuste reflete, sobretudo, a maior demanda por etanol anidro após a elevação da mistura obrigatória na gasolina, em vigor desde agosto deste ano. No mix produtivo, a expectativa é de 37% para anidro e 63% para hidratado, consolidando um ganho de espaço do primeiro.

Mato Grosso, líder nacional na produção, deve responder por 6,07 milhões de metros cúbicos, avanço expressivo de 8% em relação ao ciclo anterior. O desempenho do estado reafirma sua posição estratégica na cadeia, sustentado pela expansão das plantas industriais e pela proximidade da matéria-prima, que garante competitividade frente a outros polos produtores.

No mercado de milho, insumo-chave da bioenergia, o cenário revela uma combinação de pressões internas e externas. Na semana encerrada em 26 de setembro, o diferencial de base entre Mato Grosso e a Bolsa de Chicago (CME-Group) recuou 3,81%, fechando em R$ -8,76 por saca. A variação foi influenciada pelo aumento do preço do cereal no mercado mato-grossense, que avançou 0,52% em relação à semana anterior, alcançando R$ 44,50 por saca. A alta reflete a firmeza da demanda doméstica, principalmente das usinas de etanol e de outros segmentos industriais que seguem consumindo em ritmo acelerado.

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Em Chicago, as cotações permaneceram praticamente estáveis no período de 22 a 26 de setembro, com leve retração de 0,28%, fechando em R$ 53,26 por saca. A manutenção dos preços espelha a cautela dos agentes diante das perspectivas para a safra norte-americana, que enfrenta riscos de cortes de produtividade durante a colheita e queda nas condições das lavouras.

A atenção do mercado segue voltada, nas próximas semanas, aos relatórios do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), cujos dados sobre avanço da colheita e produtividade podem redefinir expectativas globais e influenciar o comportamento das cotações em Chicago. Para o Brasil, a equação entre custos internos, demanda aquecida e disponibilidade de grão será determinante para calibrar tanto o ritmo da produção de etanol de milho quanto a formação de preços no curto prazo.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Economia

Brasil e Índia avançam em diálogo comercial bilateral

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Foto: Pixabay

 

Representantes dos governos do Brasil e da Índia se reuniram em Nova Délhi, na terça-feira (7), para a 7ª Reunião do Mecanismo de Monitoramento do Comércio Bilateral Índia-Brasil (TMM). O objetivo foi aprofundar o diálogo e o comércio como trocas comerciais entre os dois países.

A delegação brasileira foi liderada pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, e contou com representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Embaixada do Brasil em Nova Délhi. O lado indiano foi chefiado pelo secretário de Comércio, Rajesh Agrawl, com a presença de representantes de diferentes órgãos do governo.

O encontro serviu para debater a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial MERCOSUL-Índia, firmado em 2004, que abrange especificações comerciais para um número restrito de produtos. A avaliação levou à aprovação, pelo Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior, da renovação do mandato para negociações de ampliação. A reunião também antecedeu a visita do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin à Índia, prevista para este mês de outubro.

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Foram abordados temas relacionados ao certificado de origem eletrônico, barreiras comerciais para produtos como calçados, feijão e erva-mate, investimentos, propriedade intelectual e cooperação em áreas como energia e assuntos financeiros. Também foram tratadas questões multilaterais ligadas à reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), ao comércio internacional na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP-30) e à atuação conjunta nos BRICS.

Criado em 2008, o mecanismo tem a função de dar tratamento ágil a questões específicas do comércio bilateral, buscando remover barreiras e diversificar o fluxo comercial.

A 6ª reunião do mecanismo foi realizada em outubro de 2023, em Brasília.

A Índia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia e apresenta potencial para expansão e fortalecimento dessa relação. Em 2024, o fluxo comercial entre os dois países somava 12,1 bilhões de dólares.

AGROLINK – Seane Lennon

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Conta de luz segue com bandeira vermelha em outubro, mas de patamar 1

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Foto: Energisa/Reprodução

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (26) a bandeira vermelha patamar 1 para o mês de outubro. Isso significa que os consumidores receberão as contas de energia elétrica com adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A indicação do volume de chuvas abaixo da média e o consequente reflexo no nível dos reservatórios não são favoráveis para a geração das usinas hidrelétricas. Diante desse cenário, há necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e justificam o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para outubro. Nos meses anteriores foi acionada a bandeira vermelha patamar 2.

É importante ressaltar que a fonte solar de geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta.

Sobre as bandeiras tarifárias

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Criado em 2015 pela ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias indica, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. As bandeiras mostram o custo variável da produção de energia, a partir da análise da disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.

A ANEEL reitera a importância do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.

Ascom Aneel/com redação AguaBoaNews

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Preço do etanol hidratado se mantém praticamente estável em São Paulo, aponta Cepea

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Foto: Imagem Ilustrativa

O mercado de etanol hidratado encerrou setembro sem grandes variações de preço em São Paulo. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, distribuidoras voltaram a atuar de forma um pouco mais ativa no mercado spot na última semana do mês, mas as compras seguem pontuais e em volumes insuficientes para provocar reação significativa nas cotações.

Do lado das usinas, a oferta também se manteve restrita, com agentes priorizando o acompanhamento dos resultados finais da safra 2025/26 antes de ampliar negociações.

Nesse contexto, entre os dias 22 e 26 de setembro, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou a R$ 2,7416 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), registrando ligeira queda de 0,2% em relação ao período anterior.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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