Mato Grosso
Governo de MT doa caminhões-pipa a três municípios para fortalecer combate aos incêndios

Crédito – Sema
O Governo de Mato Grosso realizou, nesta terça-feira (14.10), a entrega de três caminhões-pipa aos municípios de Cáceres, Campos de Júlio e Boa Esperança do Norte, na sede da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá. Com investimentos de R$ 1,7 milhão, a doação foi efetivada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
“Esta ação é extremamente estratégica para o combate aos incêndios florestais e também para o fortalecimento da atuação dos municípios na agenda ambiental. É o Governo do Estado atuando de forma cooperada e integrada com os municípios para entregar ao cidadão resultados mais eficientes”, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
O prefeito do município de Boa Esperança do Norte, Calebe Francio, elogiou a visão do governo em fortalecer a atuação dos municípios. “Com a ajuda desse equipamento, nós vamos evitar muitas queimadas e realizar o cascalhamento das estradas do município e dos distritos. É uma bela iniciativa da Sema que vai engrandecer todo esse serviço que é realizado”, destacou.
O secretário municipal de Assuntos Estratégicos do município de Cáceres, Rubens Macedo, lembrou que o município tem uma extensão territorial de mais de 24 mil quilômetros quadrados e abrange boa parte do Pantanal. “Temos grandes desafios e uma serra que pega fogo todos os anos. Esse caminhão pode até não subir a serra, mas será essencial para levar a água para a manutenção do trabalho de combate aos incêndios”, observou.
O prefeito de Campos de Júlio, Irineu Marcos Parmeggiani, enfatizou que a importância da entrega vai além do enfrentamento aos incêndios. “Esse caminhão-pipa também será fundamental para molhar as ruas da cidade no período da seca e manter as nossas pavimentações”, disse.
A solenidade de entrega dos veículos aos municípios contou com a participação do deputado estadual Valmir Moretto; do chefe do Escritório de Representação do Estado de Mato Grosso (ERMAT), Leonardo Ribeiro Albuquerque; do secretário adjunto de Administração Sistêmica da Sema, Valdinei Valério da Silva; do assessor especial na Vice-Governadoria, Edu Pascoski; e da superintendente de Gestão da Desconcentração e Descentralização da Sema, Helen Farias Ferreira.
Clênia Goreth | Sema
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Roçada mecanizada: o futuro da silvicultura já começou

Assessoria
Paulo Gustavo de Souza
Durante décadas, a imagem mais comum da silvicultura brasileira esteve associada a homens com foices nas mãos, subindo e descendo encostas íngremes para cortar a vegetação que cresce entre as linhas de eucalipto. Um trabalho essencial, mas extenuante e arriscado. Hoje, esse cenário começa a mudar de forma definitiva com a chegada da roçada mecanizada em áreas de alta declividade, um avanço que reposiciona o país na fronteira tecnológica do manejo florestal.
Colocamos em operação, no Vale do Paraíba (SP), o primeiro equipamento capaz de realizar a roçada mecanizada em terrenos com inclinação de até 45° frontal e 28° lateral. O modelo, inédito no Brasil, substitui com segurança e eficiência uma das etapas mais desafiadoras do cultivo de eucaliptos, marcando um divisor de águas na mecanização das atividades silviculturais.
Mais do que um ganho operacional, a inovação representa uma transformação estrutural. A mecanização elimina a exposição de trabalhadores a áreas de risco, aumenta a produtividade e promove a precisão no manejo. Ao mesmo tempo, a operação mecanizada em declives amplia a competitividade das empresas florestais, reduz custos e eleva os padrões de qualidade da silvicultura nacional.
Essa evolução está alinhada ao novo momento do setor de árvores cultivadas no Brasil. Segundo o Relatório da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) 2024, o país ultrapassou 10,2 milhões de hectares plantados, com o eucalipto representando 76% do total. O setor é responsável por 2,69 milhões de empregos diretos e indiretos, planta 1,8 milhão de árvores por dia e gera 87% da energia que consome a partir de fontes renováveis. É uma indústria que cresce sustentavelmente, investindo em inovação, tecnologia e pesquisa.
A mecanização da roçada em terrenos complexos surge, portanto, como um passo natural e necessário nessa jornada de modernização. Se no passado a limitação técnica impunha fronteiras à expansão das operações mecanizadas, hoje o setor florestal se reinventa para vencer inclinações e desafios antes restritos ao trabalho manual.
Ao adotar o equipamento de roçada mecanizada em alta declividade, o Brasil reforça sua posição no mercado. A mecanização é a ponte entre produtividade e segurança, entre o valor econômico e o respeito à vida. Cada hectare roçado de forma mecanizada representa menos esforço humano em condições adversas e mais inteligência aplicada ao campo.
O futuro da silvicultura brasileira passa, inevitavelmente, por essa transformação. O avanço tecnológico deve caminhar lado a lado com o compromisso humano de produzir com eficiência, conservar com responsabilidade e evoluir com sustentabilidade.
Paulo Gustavo de Souza – Gerente de Silvicultura da Reflorestar Soluções Florestais
*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Midia Rural
Mato Grosso
Casal deixa vida urbana e transforma chácara em modelo de produção agroecológica com apoio da Seaf e Empaer

Casal de produtores de Tapurah, dona Márcia e seo Gebrair – Foto por: Vânia Neves
O casal Gebrair Pinheiro e Márcia Krindgies deixou a vida de servidores públicos em Lucas do Rio Verde para investir no sonho de viver da terra. Há três anos, eles adquiriram o Sítio Nossa Senhora das Graças, em Tapurah, e transformaram a antiga área de vegetação nativa em um modelo de produção agroecológica, com destaque para o cultivo de abacaxi. A propriedade é uma das 28 beneficiadas com kits de irrigação entregues pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e conta com assistência técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Instalados em uma propriedade de 4 hectares, sendo 2,4 hectares destinados ao cultivo, o casal se dedica à produção de alimentos orgânicos como abacaxi, mandioca e batata-doce. O carro-chefe é o abacaxi, que já alcançou a impressionante marca de 18 mil pés plantados.
O início foi despretensioso. “Tínhamos um dinheiro guardado e pensamos em comprar uma chácara apenas para lazer. Mas meu esposo ganhou 300 mudas de abacaxi e decidiu plantar. Aos poucos, fomos gostando e tomando gosto pela produção”, contou a Dona Márcia.
Gebrair relembra com orgulho os primeiros passos: “Aqui era tudo mato. Da primeira vez colhi, replantei e fui aumentando. Hoje temos uma produção consolidada”, destacou.
Segundo o técnico da Empaer de Itanhagá, Alfredo Neto, que atende o casal em Tapurah, a história da família é um caso de sucesso. “Eles seguem as orientações, fazemos as análises de solo e, sob nossa orientação, eles utilizam caldas agroecológicas e têm uma participação ativa. É um exemplo de como o apoio técnico e o trabalho familiar caminham juntos para o desenvolvimento rural sustentável”, ressaltou.
Os kits de irrigação entregues pela Seaf foram instalados com apoio da prefeitura, garantindo segurança hídrica e manutenção da produção durante o período de estiagem.
“Esse kit de irrigação nos ajuda muito. Produzir sem água é quase impossível. Agradecemos ao Governo do Estado e à Seaf por esse apoio. Nosso desejo é que mais famílias sejam beneficiadas”, agradeceu o casal.
Hoje, o Sítio Nossa Senhora das Graças gera uma renda média de R$ 4 mil líquidos por mês, exclusivamente da produção agrícola. Além disso, o casal participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ampliando o acesso a mercados institucionais e garantindo a comercialização de seus produtos e também do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
“Eu era motorista e já falei para minha esposa, o resto da nossa vida será aqui”, afirmou Gebrair. “Eu encontrei na agricultura familiar a realização dos meus sonhos”, completou dona Márcia.
O secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio ambiente, Marozan Ferreira Barbosa, destaca a atuação articulada entre governo estadual entre associações e cooperativas. “Temos uma cadeia produtiva muito bem organizada em Tapurah. Desde apicultura até o cultivo de frutas, os projetos têm sido atendidos com o apoio da Seaf. É gratificante ver resultados como o do casal Gebrair e Márcia, que são exemplo de que a agricultura familiar é sinônimo de desenvolvimento e sustentabilidade”, ratificou o secretário.
Investimentos do Estado na agricultura familiar de Tapurah
Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso, por meio da Seaf, investiu mais de R$ 2,6 milhões em ações voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar em Tapurah. Foram entregues máquinas, veículos, kits de irrigação, tanques resfriadores de leite, barracas de feira, além do fomento de programas como o Proleite e a distribuição de sêmen bovino, que beneficiam diretamente as famílias do campo.
O município conta com 803 propriedades rurais familiares, que representam 53% da área produtiva da agropecuária local, um indicador claro da importância da agricultura familiar para a economia e o abastecimento alimentar da região.
Vânia Neves | Seaf/Empaer
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Ferrovia avança e leva progresso ao Araguaia: FICO já cruza o rio e segue rumo a Água Boa

Fotos: Assessoria/Reprodução
O progresso começa a tomar forma no Vale do Araguaia. A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) — um dos principais projetos de infraestrutura logística do país — já avança em território mato-grossense, alcançando a cidade de Cocalinho. São 14 quilômetros de obra concluídos, com os trilhos ultrapassando o rio Araguaia e seguindo firmes em direção a Água Boa.
Durante visita ao canteiro de obras, lideranças regionais destacaram o impacto transformador do projeto. O deputado estadual Dr. Eugênio acompanhou os prefeitos Dr. Mariano (Água Boa), Reginaldo “Narizinho” Martins Del Colle (Nova Nazaré) e Márcio “Baco” Aguiar (Cocalinho) na inspeção da construção da ponte ferroviária sobre o Araguaia, uma das estruturas mais emblemáticas do empreendimento.
Segundo os gestores, a ferrovia representa não apenas uma conquista de engenharia, mas um marco de desenvolvimento para todo o Araguaia. “Estamos vendo um sonho se tornar realidade. A FICO simboliza progresso, oportunidades e uma nova era de crescimento para nossa região”, destacou o deputado Dr. Eugênio.
Com mais de 70 quilômetros de obras já executados dentro de Mato Grosso, a FICO avança em ritmo acelerado, consolidando a integração entre o estado e o restante do Centro-Oeste. A ferrovia promete gerar empregos, fortalecer o escoamento da produção agrícola e atrair novos investimentos.
“Seguimos juntos, acreditando no futuro que chega sobre trilhos”, reforçou o deputado do Araguaia, resumindo o sentimento de esperança e união que marca essa nova fase da região.
O trecho da FICO que corta Mato Grosso é parte de um ambicioso projeto de integração nacional, conectando a região produtiva do estado aos portos e centros de distribuição do país. Um passo de cada vez, o progresso já é realidade sobre os trilhos do Araguaia.
AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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