Economia
Cotações Agropecuárias: Vendedor firme e safra perto do fim sustentam preços do etanol

FOTO: Mairinco de Pauda
Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos etanóis no mercado paulista encerraram a semana passada em alta. Segundo o Centro de Pesquisas, a sustentação veio sobretudo da postura firme de vendedores.
Além disso, a proximidade do encerramento da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul reforça o suporte às cotações.
Do lado comprador, muitos continuaram afastados das aquisições, preferindo acompanhar os movimentos do mercado, após a redução do preço da gasolina A por parte da Petrobras, anunciada no último dia 20.
Entre 20 e 24 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7527/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,59% em relação ao período anterior.
Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ subiu 1,07%, a R$ 3,1411/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Pesquisadores ressaltam que, apesar da desvalorização do petróleo, o etanol ainda deve seguir competitivo em SP.
Os preços médios do açúcar cristal no mercado spot do estado de São Paulo seguiram em queda ao longo da última semana, apontam levantamentos do Cepea.
No dia 22 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa 130 a 180) fechou a R$ 112,02/saca de 50 kg, o menor patamar nominal das últimas quatro safras (mais precisamente, desde o encerramento de abril de 2021).
Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem da maior flexibilidade das usinas em reduzir os valores de suas ofertas, especialmente quando a negociação envolve o tipo cristal Icumsa 180. Pesquisadores ressaltam que projeções indicando excedente global têm resultado em queda nas cotações internacionais do açúcar demerara.
(Com Cepea)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
SSP em Queda Livre no Brasil: Produtores Antecipam Compras para 2026/27

Divulgação
O mercado de fertilizantes está passando por uma forte correção, com o superfosfato simples (SSP) em uma verdadeira “queda livre” nos últimos três meses e meio, registrando uma queda expressiva nos preços no Brasil. Essa movimentação tem incentivado os produtores a anteciparem suas compras para a safra 2026/27, aproveitando condições mais vantajosas em comparação ao ano anterior.
Embora a relação de troca não seja a melhor da história, o cenário atual é considerado mais confortável. A queda no preço do SSP abriu espaço para negociações estratégicas, com produtores buscando garantir seus volumes antes de uma possível retomada das cotações. O analista Jeferson Souza destaca, contudo, que o comportamento futuro do preço ainda é incerto e está sendo acompanhado de perto pelo mercado.
Souza explica que há uma preocupação adicional relacionada ao enxofre, cuja recente alta significativa gerou confusão entre agentes do setor. Segundo ele, muitas análises têm superestimado o impacto do insumo sobre os custos de produção dos fosfatados, criando falsas premissas.
Por isso, reforça a importância de separar a influência real do enxofre dos fatores pontuais que têm pressionado os preços no curto prazo. A combinação de preços baixos do SSP e incertezas sobre o comportamento do enxofre deve manter o mercado em alerta.
Para Souza, o momento é oportuno para planejamento, mas exige cautela e atenção constante às variações diárias que moldam o custo final dos fertilizantes.
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Corte orçamentário ameaça seguro da soja e produção agrícola no Brasil.

Ilustração
Um bloqueio de R$ 354,6 milhões no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), correspondendo a quase um terço da verba total de R$ 1,06 bilhão prevista para o ano, coloca em risco a proteção da próxima safra de soja brasileira.
Sem recursos para subsidiar a principal cultura agrícola do país, a expectativa é que a área total de outras culturas com auxílio federal fique abaixo de 3 milhões de hectares.
Este número representa menos da metade dos 7,1 milhões de hectares segurados em 2024 e configura um dos menores índices registrados desde o início da série histórica do programa em 2006. A redução drástica na cobertura de seguro rural pode deixar grande parte da produção agrícola brasileira desprotegida contra perdas.
A matéria, publicada em 27 de outubro de 2025, por Rafael Walendorff, destaca a gravidade da situação para o agronegócio, que é um pilar da economia brasileira. A falta de subvenção pode levar agricultores a não segurarem suas lavouras, aumentando a vulnerabilidade do setor a intempéries climáticas e outros riscos.
A redução orçamentária afeta diretamente a capacidade do governo de oferecer suporte financeiro para a aquisição de apólices de seguro rural, tornando o custo para os produtores mais elevado e, consequentemente, menos acessível. Isso pode ter um impacto significativo na produção de alimentos e nas exportações do país.
Assessoia
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Porto de Paranaguá é concedido ao Consórcio Canal Galheta Dragagem

Foto: Governo do Estado do Paraná
O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) venceu o leilão de concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR), realizado na tarde de quarta-feira (22) na B3, a bolsa de valores de São Paulo. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o governador do Paraná, Ratinho Júnior, estiveram em São Paulo para acompanhar o leilão.
A empresa ofereceu 12,63% de desconto na tarifa de referência para leilão, o valor máximo estipulado. Depois de uma disputa. em viva-voz. de 18 lances, o consórcio saiu vencedor com a oferta de R$ 276 milhões, batendo três concorrentes. O desconto na tarifa de referência foi um dos critérios para determinar a proposta vencedora. O modelo de licitação previa o híbrido, que incluiu a competição por maior outorga (valor fixo pago ao governo) e o menor valor de tarifa a ser cobrada dos usuários.
A maior disputa do leilão, que considerou o valor de outorga, ocorreu entre a vencedora do leilão e a chinesa China Harbour Engineering Company (CHEC) Dredging. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
O leilão começou com o desconto de tarifa de referência, com valor máximo fixado em 12,63%. A DTA Engenharia ofereceu desconto de tarifa de referência no valor de 1,29%; a Jan de Nul, ofertou 0,34%; a Chec Dredging ofertou 10,30%; e o Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) ofertou 10,73%;
Como mais de uma concorrente participou desta etapa do leilão, os lances foram levados para a disputa por viva-voz. As três primeiras colocadas puderam participar do viva-voz, mas a Jan de Nul, que fez a menor oferta, ficou de fora. A DTA Engenharia, por sua vez, decidiu não fazer lances no viva-voz, deixando a disputa entre a Chec Dredging e o Consórcio Canal Galheta Dragagem, que ofereceram o mesmo valor máximo em disputa: 12,63%.
Como houve empate na primeira etapa, o leilão passou a avaliar o valor de outorga, que também foi levado a uma disputa por viva-voz. Depois de 18 lances, o leilão acabou vencido pelo Consórcio Canal Galheta Dragagem, que ofertou R$ 276 milhões como valor de outorga.
A concessão do acesso Aquaviário do Porto de Paranaguá (PR), realizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), representa um marco inédito para o setor portuário nacional, por se tratar do primeiro canal de acesso brasileiro a ser leiloado. A concessão é pelo prazo de 25 anos, com possibilidade de prorrogação contratual por até 70 anos.
Segundo o governo do Paraná, o leilão é iniciativa inédita no Brasil, pois é o primeiro canal de acesso portuário a ser arrendado no país, além de ser inovadora, pois a responsabilidade de dragagem, que hoje é do porto público, passará a ser da arrendatária, ou seja, a concessionária que assumir o contrato ficará responsável por ampliar a profundidade do canal.
Esta foi a primeira licitação desse tipo no mundo, segundo o ministério, e prevê repassar à concessionária serviços hoje realizados pela Autoridade Portuária Portos do Paraná, como dragagens, sinalização, batimetria e monitoramento das embarcações nas operações de embarque e desembarque. O leilão deverá servir de modelo para as concessões dos portos de Santos (SP), Itajaí (SC), Salvador (BA) e Rio Grande (RS).
Para o leilão, as empresas concorrentes tiveram que apresentar descontos na taxa Inframar, paga pelos navios para acessarem os portos. A taxa cobre os custos das dragagens necessárias para garantir as manobras dos navios de forma segura. Atualmente, essa manutenção é feita pela Autoridade Portuária, mas, com o leilão, passará para a empresa vencedora.
O vencedor do leilão do Porto de Paranaguá terá que investir R$ 1,22 bilhão nos cinco primeiros anos de concessão, pagando uma outorga fixa anual de R$ 86 milhões ao longo de 25 anos. Uma das obrigações é ampliar a profundidade do canal e garantir que o porto passe dos atuais 13,5 para 15,5 metros de calado [que é a distância entre o ponto mais profundo da embarcação e a superfície da água). Isso deverá possibilitar a operação de navios de contêineres de grande porte, de até 366 metros, e de graneleiros com capacidade para 120 mil toneladas.
“Dois metros de calado representam, em média, mil contêineres a mais no navio ou 14 mil toneladas a mais de algum produto em uma embarcação, sem que o usuário pague mais por isso. A depender do resultado do leilão, teremos até um preço menor do que se paga hoje”, explicou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, por meio de nota.
Hoje, o Porto de Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano, com destaque para granéis sólidos, como soja e proteína animal. Segundo a Antaq, o Porto de Paranaguá foi a segunda instalação portuária pública que mais movimentou cargas no primeiro semestre de 2025. Foram 30,9 milhões de toneladas no período, um crescimento de 2,6% em comparação com os primeiros seis meses do ano passado.
Situado ao sul da Ilha do Mel, o Canal de Acesso, que tem parte do seu trecho conhecido como Canal da Galheta, é o principal acesso aquaviário ao porto e aos terminais da Baía de Paranaguá desde a década de 1970, quando a demanda de navios de maior porte exigiu a dragagem do Banco da Galheta e a consequente criação do canal.
Outros leilões
Mais cedo, o ministro participou de outros dois leilões portuários: um no Rio de Janeiro e outro em Maceió (AL). O Terminal RDJ07 é destinado à movimentação de cargas de apoio logístico offshore, voltadas às atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. O investimento previsto para o período contratual de 25 anos é estimado em R$ 99,4 milhões.
Já o TMP de Maceió é um terminal de passageiros e deve impulsionar o turismo de cruzeiros marítimos no Nordeste. O leilão permitirá a modernização e expansão do porto e terá investimentos estimados em R$ 3,75 milhões ao longo de um contrato de 25 anos.
AGENCIABRASILEBC
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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