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Agricultura

‘O Brasil não merece essa imagem’: CNA critica organização da COP30 após incêndio

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Foto: reprodução

O incêndio registrado nesta quinta-feira (20) em uma área da Blue Zone da COP30, em Belém (PA), provocou reação imediata de representante do setor agropecuário brasileiro. O vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Comissão de Meio Ambiente da entidade, Muni Lourenço, lamentou o episódio e criticou a falta de organização na área oficial do evento, destinada às negociações entre países.

Em vídeo divulgado após o ocorrido, Lourenço afirmou que o incidente “reflete uma imagem que o povo brasileiro não merece”. Segundo ele, a população amazônica e os visitantes internacionais foram expostos a uma situação que poderia ter sido evitada com melhor planejamento.

“Lamentamos profundamente esse ocorrido. O povo brasileiro não merece essa imagem, assim como os habitantes da Amazônia não merecem ser expostos dessa forma diante do mundo”, declarou.

O dirigente destacou que esteve diversas vezes na Blue Zone e constatou, segundo suas palavras, “desorganização, falta de estrutura e ausência de profissionalismo” no espaço administrado pelo governo brasileiro durante a conferência.

Lourenço fez um contraponto direto com a AgriZone, área temática dedicada ao agronegócio e à agricultura sustentável. Ele classificou o ambiente como um exemplo positivo dentro da COP30.

“A realidade foi completamente diferente aqui na AgriZone, um ambiente construído graças à parceria sólida entre a Embrapa, o Sistema CNA/Senar e o setor privado. Foi um espaço onde o governo não interferiu, permitindo organização, bom funcionamento e debate qualificado”, afirmou.

O vice-presidente da CNA destacou ainda que, na AgriZone, prevaleceram diálogo, responsabilidade e ordem — características que, segundo ele, não foram observadas na Blue Zone e em outros setores da conferência.

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Lourenço encerrou sua manifestação prestando solidariedade aos brasileiros, aos moradores da Amazônia e aos participantes do evento que presenciaram o episódio. As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas pelas autoridades.

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Agricultura

União Europeia não aceita rascunhos finais de acordo da COP30

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Foto: Pixabay

Um adversário de peso se mostra contra os rascunhos do acordo final da 30ª Conferência de Mudanças Climáticas (COP30): a União Europeia.

O bloco dos países do continente critica o fato de os textos prévios não mencionarem um plano de ação com prazos e metas para o fim do uso de combustíveis fósseis (mapa do caminho), como petróleo, gás natural e carvão, notadamente a principal causa do aquecimento global.

De acordo com reportagem do G1, o comissário europeu do Clima, Wopke Hoekstra, afirmou em reunião fechada nesta sexta-feira (21) que o texto da conferência “não tem ciência, não tem transição e mostra fraqueza”.

“Em nenhuma circunstância nós vamos aceitar isso. E nada que chegue sequer perto disso — e digo isso com dor no coração — nada que se aproxime do que está na mesa agora”, disse.

O posicionamento de Hoekstra se soma à manifestação de mais de 30 países, como Colômbia, França, Reino Unido e Alemanha, na noite de quinta-feira (20), que pressionaram a Presidência da COP30 afirmando que não apoiariam um texto final que não estivesse amparado na transição global energética limpa.

Por outro lado, organizações da sociedade civil tecem críticas à atuação da União Europeia na COP30. Elas afirmam que o discurso do bloco cita liderança climática, mas, no fundo, dificulta avanços nas negociações.

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Tais organizações ressaltam que enquanto os países do Sul Global — nações da África, América Latina, Ásia e Oceania — precisam lidar periodicamente com desafios climáticos extremos, como secas e enchentes, o bloco europeu estaria focado em apenas proteger seus próprios interesses.

Resistência em ampliar recursos para países vulneráveis e falta de clareza sobre compromissos já existentes são os principais pontos destacados pelas entidades, que pedem que a União Europeia seja mais cooperativa nas horas finais da COP30.

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Agricultura

Confira como a alta do dólar impactou os preços da soja

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Foto: Daniel Popov/ Canal Rural
O mercado brasileiro de soja registrou um dia de pouca movimentação. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Rafael Silveira, o mercado foi bem lento hoje, quase sem ofertas, só lotes pontuais, com muitos players fora de mercado.

Silveira acrescenta que o dólar subiu forte, mas houve pouco efeito nos preços do dia, que ficaram entre estáveis a mais altos.

“Poucas novidades foram observadas, com o cenário ainda pautado pelo avanço do plantio, que avançou melhor essa semana, com o retorno das chuvas no Nordeste, pegando o MAPITO [Maranhão, Piauí e Tocantins], e o produtor segue focado em avançar no plantio. Em Goiás também houve boas chuvas favorecendo o avanço da semeadura”, avaliou.

Preço médio da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): elevou de R$ 135 para R$ 136
  • Santa Rosa (RS): foi de R$ 136 para R$ 137
  • Cascavel (PR): permaneceu em R$ 135
  • Rondonópolis (MT): aumentou de R$ 125 para R$ 126
  • Dourados (MS): passou de R$ 126 para R$ 126,50
  • Rio Verde (GO): manteve-se em R$ 126
  • Porto de Paranaguá (PR): aumentou de R$ 141 para R$ 142
  • Rio Grande (RS): subiu de R$ 141 para R$ 142

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sessão de hoje com cotações mistas.

O dia foi marcado por volatilidade, com o mercado oscilando entre os territórios positivo e negativo diversas vezes.

De acordo com Silveira, parte dos preços foram pressionados pelo ceticismo do mercado diante da promessa chinesa de comprar 12 milhões de toneladas, mesmo após o USDA confirmar a aquisição de 462 mil toneladas na quarta-feira (20). A queda do petróleo e a maior aversão ao risco no financeiro também pesaram sobre a oleaginosa.

“Por outro lado, houve um movimento de recuperação técnica, após dois pregões consecutivos de baixa. Na semana, a posição janeiro/26 registrou ganho acumulado de 0,04%”, pontua o analista.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro de 2026 fecharam com alta de 2,50 centavos, ou 0,22%, a US$ 11,25 por bushel. A posição março de 2026 teve cotação de US$ 11,34 1/4 por bushel, avanço de 2,25 centavos ou 0,19%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 1,1 ou 0,35%, a US$ 315,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,26 centavos de dólar, com baixa de 0,40 centavo ou 0,78%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,19%, sendo negociado a R$ 5,4010 para venda e a R$ 5,3990 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3506 e a máxima de R$ 5,4326. Na semana, a moeda teve valorização de 1,98%.

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Agricultura

Preço do boi gordo: veja como a arroba fechou a semana

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Foto: Raquel Brunelli/Embrapa

O mercado físico do boi gordo se depara com tentativas de compra em patamares mais baixos em estados como Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins e Pará. Já em São Paulo, uma ou outra negociação foi realizada acima da referência média.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado futuro volta a conviver com euforia em função da revogação das tarifas adicionais para a carne bovina brasileira pela administração Trump.

“Essa decisão acontece em um momento importante, com a China apresentando um menor apetite durante o mês de novembro e tentando impor preços mais baixos pela carne bovina brasileira”, enfatiza.

De acordo com ele, a retomada das vendas para os Estados Unidos tende a resultar em ampliação das exportações, o que pode oferecer algum fôlego aos preços da arroba durante o mês de dezembro.

Média de preços da arroba do boi

  • São Paulo: R$ 324,92
  • Goiás: R$ 316,25
  • Minas Gerais: R$ 314,71
  • Mato Grosso do Sul: R$ 318,64
  • Mato Grosso: R$ 301,65

Mercado atacadista

O mercado atacadista fechou a semana ainda contando com acomodação em seus preços. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade do movimento de alta no curtíssimo prazo, considerando o auge do consumo no mercado doméstico, com a incidência do 13º salário, criação de postos temporários de emprego e confraternizações inerentes ao período.

  • Quarto traseiro: R$ 26,00 por quilo;
  • Quarto dianteiro: R$ 19,50 por quilo;
  • Ponta de agulha: R$ 19,00 por quilo

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,19%, sendo negociado a R$ 5,4010 para venda e a R$ 5,3990 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3506 e a máxima de R$ 5,4326. Na semana, a moeda teve valorização de 1,98%.

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