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Agricultura

Trump retira tarifa de 40% sobre café, carnes e frutas do Brasil

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Foto: The White House/ Andrea Hanks

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou comunicado nesta quinta-feira (20) retirando a tarifa de 40% que incidia sobre produtos brasileiros desde 30 de julho.

A decisão publicada pela Casa Branca abrange 212 produtos, incluindo carne bovina in natura e processada, café, legumes, frutas como manga, abacaxi, mamão, abacate, goiaba, bem como alguns fertilizantes químicos e outros itens agrícolas.

“Após considerar as informações e recomendações que me foram fornecidas por funcionários e o andamento das negociações com o governo do Brasil, entre outros fatores, determinei que é necessário e apropriado modificar o escopo dos produtos sujeitos à alíquota adicional ad valorem imposta pelo Decreto Executivo 14323″, diz Trump em trecho do comunicado.

Ao contrário da ordem de semana passada, que retirava tarifa adicional de 10% a todos os países que haviam sido taxados, a decisão de agora é endereçada exclusivamente ao Brasil.

A ordem também estabelece que as isenções serão retroativas e válidas a partir do último dia 13 de novembro, data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

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Assim, o documento cita que as taxas de importação pagas por exportadores brasileiros serão reembolsadas pelo governo de Trump. “Na medida em que a implementação desta ordem exigir restituição de tarifas cobradas, os reembolsos serão processados de acordo com a legislação aplicável e os procedimentos padrão da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA para tais restituições”, diz a ordem.

Trump cita conversa com Lula

Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático – ASEAN. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em trecho da ordem, Trump diz: “Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento”.

Em nota enviada ao G1, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que a decisão desta quinta é uma “excelente notícia” para o Brasil, que agora volta a ter acesso competitivo ao mercado dos Estados Unidos.

Setor do café comemora

Abordado pela imprensa ao voltar da COP30, em Belém, o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, disse que agora o setor tem o desafio imediato de reconquistar espaços perdidos no mercado norte-americano e que a suspensão do tarifaço foi um “presente de Natal antecipado”.

Segundo ele, o setor brasileiro estava vendo a sua participação nos Estados Unidos, maior mercado consumidor do mundo, ser ocupado por outros fornecedores, notadamente Colômbia e Vietnã.

Abiec celebra

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) divulgou nota em que celebra a decisão dos Estados Unidos de retirar as tarifas sobre a proteína bovina.

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“A medida demonstra a efetividade do diálogo técnico e das negociações conduzidas pelo governo brasileiro, que contribuíram para um desfecho construtivo e positivo”, destaca.

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Agricultura

União Europeia não aceita rascunhos finais de acordo da COP30

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Foto: Pixabay

Um adversário de peso se mostra contra os rascunhos do acordo final da 30ª Conferência de Mudanças Climáticas (COP30): a União Europeia.

O bloco dos países do continente critica o fato de os textos prévios não mencionarem um plano de ação com prazos e metas para o fim do uso de combustíveis fósseis (mapa do caminho), como petróleo, gás natural e carvão, notadamente a principal causa do aquecimento global.

De acordo com reportagem do G1, o comissário europeu do Clima, Wopke Hoekstra, afirmou em reunião fechada nesta sexta-feira (21) que o texto da conferência “não tem ciência, não tem transição e mostra fraqueza”.

“Em nenhuma circunstância nós vamos aceitar isso. E nada que chegue sequer perto disso — e digo isso com dor no coração — nada que se aproxime do que está na mesa agora”, disse.

O posicionamento de Hoekstra se soma à manifestação de mais de 30 países, como Colômbia, França, Reino Unido e Alemanha, na noite de quinta-feira (20), que pressionaram a Presidência da COP30 afirmando que não apoiariam um texto final que não estivesse amparado na transição global energética limpa.

Por outro lado, organizações da sociedade civil tecem críticas à atuação da União Europeia na COP30. Elas afirmam que o discurso do bloco cita liderança climática, mas, no fundo, dificulta avanços nas negociações.

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Tais organizações ressaltam que enquanto os países do Sul Global — nações da África, América Latina, Ásia e Oceania — precisam lidar periodicamente com desafios climáticos extremos, como secas e enchentes, o bloco europeu estaria focado em apenas proteger seus próprios interesses.

Resistência em ampliar recursos para países vulneráveis e falta de clareza sobre compromissos já existentes são os principais pontos destacados pelas entidades, que pedem que a União Europeia seja mais cooperativa nas horas finais da COP30.

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Agricultura

Confira como a alta do dólar impactou os preços da soja

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Foto: Daniel Popov/ Canal Rural
O mercado brasileiro de soja registrou um dia de pouca movimentação. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Rafael Silveira, o mercado foi bem lento hoje, quase sem ofertas, só lotes pontuais, com muitos players fora de mercado.

Silveira acrescenta que o dólar subiu forte, mas houve pouco efeito nos preços do dia, que ficaram entre estáveis a mais altos.

“Poucas novidades foram observadas, com o cenário ainda pautado pelo avanço do plantio, que avançou melhor essa semana, com o retorno das chuvas no Nordeste, pegando o MAPITO [Maranhão, Piauí e Tocantins], e o produtor segue focado em avançar no plantio. Em Goiás também houve boas chuvas favorecendo o avanço da semeadura”, avaliou.

Preço médio da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): elevou de R$ 135 para R$ 136
  • Santa Rosa (RS): foi de R$ 136 para R$ 137
  • Cascavel (PR): permaneceu em R$ 135
  • Rondonópolis (MT): aumentou de R$ 125 para R$ 126
  • Dourados (MS): passou de R$ 126 para R$ 126,50
  • Rio Verde (GO): manteve-se em R$ 126
  • Porto de Paranaguá (PR): aumentou de R$ 141 para R$ 142
  • Rio Grande (RS): subiu de R$ 141 para R$ 142

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sessão de hoje com cotações mistas.

O dia foi marcado por volatilidade, com o mercado oscilando entre os territórios positivo e negativo diversas vezes.

De acordo com Silveira, parte dos preços foram pressionados pelo ceticismo do mercado diante da promessa chinesa de comprar 12 milhões de toneladas, mesmo após o USDA confirmar a aquisição de 462 mil toneladas na quarta-feira (20). A queda do petróleo e a maior aversão ao risco no financeiro também pesaram sobre a oleaginosa.

“Por outro lado, houve um movimento de recuperação técnica, após dois pregões consecutivos de baixa. Na semana, a posição janeiro/26 registrou ganho acumulado de 0,04%”, pontua o analista.

Contratos futuros da soja

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro de 2026 fecharam com alta de 2,50 centavos, ou 0,22%, a US$ 11,25 por bushel. A posição março de 2026 teve cotação de US$ 11,34 1/4 por bushel, avanço de 2,25 centavos ou 0,19%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 1,1 ou 0,35%, a US$ 315,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,26 centavos de dólar, com baixa de 0,40 centavo ou 0,78%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,19%, sendo negociado a R$ 5,4010 para venda e a R$ 5,3990 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3506 e a máxima de R$ 5,4326. Na semana, a moeda teve valorização de 1,98%.

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Preço do boi gordo: veja como a arroba fechou a semana

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Foto: Raquel Brunelli/Embrapa

O mercado físico do boi gordo se depara com tentativas de compra em patamares mais baixos em estados como Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins e Pará. Já em São Paulo, uma ou outra negociação foi realizada acima da referência média.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado futuro volta a conviver com euforia em função da revogação das tarifas adicionais para a carne bovina brasileira pela administração Trump.

“Essa decisão acontece em um momento importante, com a China apresentando um menor apetite durante o mês de novembro e tentando impor preços mais baixos pela carne bovina brasileira”, enfatiza.

De acordo com ele, a retomada das vendas para os Estados Unidos tende a resultar em ampliação das exportações, o que pode oferecer algum fôlego aos preços da arroba durante o mês de dezembro.

Média de preços da arroba do boi

  • São Paulo: R$ 324,92
  • Goiás: R$ 316,25
  • Minas Gerais: R$ 314,71
  • Mato Grosso do Sul: R$ 318,64
  • Mato Grosso: R$ 301,65

Mercado atacadista

O mercado atacadista fechou a semana ainda contando com acomodação em seus preços. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade do movimento de alta no curtíssimo prazo, considerando o auge do consumo no mercado doméstico, com a incidência do 13º salário, criação de postos temporários de emprego e confraternizações inerentes ao período.

  • Quarto traseiro: R$ 26,00 por quilo;
  • Quarto dianteiro: R$ 19,50 por quilo;
  • Ponta de agulha: R$ 19,00 por quilo

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,19%, sendo negociado a R$ 5,4010 para venda e a R$ 5,3990 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3506 e a máxima de R$ 5,4326. Na semana, a moeda teve valorização de 1,98%.

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