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Mato Grosso

Proteção de cultivos – Mercado de biodefensivos cresce 18%, para R$ 4,35 bilhões na safra 2024-25, aponta levantamento da Kynetec Brasil

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Valinhos (SP) – Principal empresa do mercado de pesquisas para o agronegócio, a Kynetec acaba de divulgar o levantamento FarmTrak Bioinsumos da safra 2024-25. Conforme o estudo exclusivo, anual, defensivos agrícolas de matriz biológica totalizaram R$ 4,35 bilhões em vendas no país na atual temporada, um crescimento de 18% ante 2023-24 (R$ 3,692 bilhões). “Produtores buscam meios inovadores para complementar o manejo e também registramos uma ‘enxurrada’ de novas marcas e produtos biológicos na safra”, resume Felipe Abelha, especialista em pesquisas da Kynetec.

De acordo com o FarmTrak da Kynetec, seis culturas concentram atualmente as vendas de bioinsumos no país: soja, 48% do total (R$ 2,088 bilhões), milho verão e segunda safra, 31% (R$ 1,35 bilhão), cana-de-açúcar, 12% (R$ 522 milhões), algodão, 4% (R$ 174 milhões), café, 3% (R$ 130 milhões) e hortaliças-frutíferas, 2% (R$ 87 milhões).

Felipe Abelha lembra que os bioinsumos correspondem hoje a quase 5% do total movimentado pelo setor de proteção de cultivos no país, em torno de R$ 100 bilhões anuais. Segundo o executivo, o mercado brasileiro de bioinsumos quase quadruplicou desde 2020, quando era da ordem de R$ 1 bilhão

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“Na soja, em cinco anos as vendas de bioinsumos subiram de R$ 560 milhões para R$ 2 bilhões. Outra cultura que chama a atenção pelo desempenho dos produtos, no mesmo período, é a do milho na segunda safra, na qual as transações saíram de R$ 100 milhões para R$ 1,1 bilhão”, enfatiza Abelha

Conforme Abelha, os principais impulsionadores do crescimento sustentado dos bioinsumos são o desenvolvimento de resistência de pragas e doenças a produtos químicos e a variação de preços dos insumos convencionais. Pesam ainda a favor dos defensivos biológicos a facilidade para a regulamentação de produtos e exigências específicas interpostas por órgãos internacionais, relacionadas a parâmetros de segurança na produção agrícola de exportação.

Números e destaques entre bioinsumos

Bionematicidas aparecem na primeira posição do ranking da Kynetec de bioinsumos mais comercializados no país em 2024-25. Equivaleram a 44% do mercado ou R$ 1,926 bilhão, contra R$ 1,573 bilhão do ciclo 2023-24. Bioinseticidas vêm a seguir no levantamento: 39% ou R$ 1,687 bilhão, face a R$ 1,628 bilhão da temporada anterior. Terceira categoria mais demandada, a dos biofungicidas preencheu 17% do total na última safra, R$ 735 milhões, frente a R$ 491 milhões do período passado.

“Bionematicidas permaneceram na dianteira do mercado, em linha com a série histórica. Sua utilização na temporada 2024-25 se deu principalmente sobre o grupo de organismos ‘Bacillus spp’”, comenta Abelha. “Neste caso, necessário ressaltar ainda o crescimento de vendas de R$ 711 milhões da categoria medido nos últimos cinco anos. Nematicidas biológicos se consolidaram como principal solução no controle de nematoides, à frente, inclusive, dos químicos.”

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Ainda de acordo com Abelha, o FarmTrak também mostrou crescimento significativo dos biofungicidas. Os produtos responderam por 21% ou aproximadamente 17 milhões de hectares de toda a área potencial tratada (PAT) com biológicos no Brasil, da ordem de 83 milhões de hectares. “Em valor, a categoria teve alta de 41% (R$ 735 milhões)”, reforça o executivo.

“Doenças provocadas por fungos ajudaram bastante a impulsionar o mercado de bioinsumos em 2024-25”, diz Abelha. “Esse avanço tem relação com a incorporação de manejos de doenças tais como manchas e ferrugens, principalmente ferrugem da soja”

Já entre os bioinseticidas, assinala o executivo, ganhou tração em 2024-25 o subsegmento para controle de lagartas, marcadamente o de produtos à base de ‘baculovírus’. “A pesquisa observou ‘escape’ de pragas nas grandes culturas, incluindo maior pressão de lagartas, decorrente da redução na efetividade das chamadas biotecnologias de última geração utilizadas no país.”

Conforme conclui o novo FarmTrak Bioinsumos da Kynetec, há uma tendência crescente no país de adesão de agricultores a insumos de matriz biológica.

“Nos últimos cinco anos, a área potencial tratada com esses produtos (PAT) passou de 21,9% para 46,7% nos principais cultivos, uma alta representativa. Em Goiás e no Mato Grosso, por exemplo, grandes estados produtores, os níveis de adoção já superam 50% da área cultivada”, finaliza Felipe Abelha.

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Segundo a Kynetec, o levantamento FarmTrak Bioinsumos 2024-25 resultou de 13 mil entrevistas, realizadas pessoalmente com produtores de toda a fronteira agrícola brasileira.

Sobre a Kynetec

A Kynetec é líder global em análises e insights de dados agrícolas, especializada em saúde animal, nutrição animal, proteção de cultivos, máquinas agrícolas, sementes-biotecnologia e fertilizantes. Possui equipes localizadas em 30 países e fornece dados provenientes de 80 países. No Brasil, a Kynetec Brasil adquiriu o controle das consultorias Spark Inteligência Estratégica e MQ Solutions. https://www.linkedin.com/showcase/kynetec-brasil/

Fernanda Campos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mato Grosso

Citricultura – Programa ‘Eloos Citros’ aborda alta efetividade de inseticidas sobre o ‘greening’ e outras pragas relevantes dos pomares

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Fotos: Assessoria

 

São Paulo (SP) – O Programa ‘Eloos Citros’ reuniu nas últimas semanas consultores e produtores do setor citrícola, na capital Goiânia e na paulista Mogi-Mirim. Iniciativa da Sipcam Nichino Brasil, Eloos Citros é formado por especialistas independentes que têm por objetivo impulsionar um fórum permanente de discussão sobre os principais desafios fitossanitários da citricultura. Nos dois encontros, foram amplamente debatidas medidas efetivas para controle do psilídeo-dos-citros, vetor do ‘greening’ e também dos principais ácaros da cultura.

Na capital Goiânia, o pesquisador e professor Pedro Yamamoto, da USP e da consultoria SmartMip, abordou com base em novos estudos a efetividade dos inseticidas Fiera® (buprofezina), Fujimite® (fenpiroximato) e Trebon® (etofenprox) no manejo dos citros. O mesmo tema foi explorado a partir de experiências a campo do consultor Sergio Camargo no ‘Eloos’ de Mogi-Mirim.

Segundo explica o engenheiro agrônomo Marcelo Palazim, coordenador de marketing e especialidades da Sipcam Nichino, os trabalhos apresentados nas reuniões técnicas trataram de uma estratégia inovadora para controle do ‘psilídeo-dos-citros’ (Diaphorina citri), ancorada nos inseticidas Fiera® e Fujimite®. “O inseto que transmite o ‘greening’ aos pomares de laranja mostrou-se altamente suscetível aos dois ingredientes ativos”, revela Palazim

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“Os inseticidas agem sobre as fases adulto e ninfa (fase jovem) do ‘psilídeo-dos-citros”, continua o agrônomo. “Aplicações isoladas ou combinadas entregam eficácia de 75% a 100%”, ele destaca. “São dados significativos diante da capacidade reprodutiva do ‘psilídeo’. A combinação dos ativos permite a quebra efetiva do ciclo de desenvolvimento da praga.”

Ácaros e agentes polinizadores

Conforme mostraram os consultores Yamamoto e Camargo, o inseticida Fujimite® (fenpiroximato) continua sendo empregado com sucesso no controle de pragas de relevância econômica, entre estas o ácaro-da-leprose e ácaros desfolhadores. “Este produto se consolidou entre as referências no controle de ácaros e, recentemente, também teve seu registro expandido ao manejo do ‘psilídeo-dos-citros’”, destaca Palazim.

Já o inseticida Trebon®, segundo ressaltaram os consultores do ‘Eloos Citros’, constitui um eficaz produto de contato com amplo espectro de ação. “Trebon® tornou-se ferramenta estratégica para manejo dos pomares, sobretudo em virtude de sua ação de choque e da alta seletividade a inimigos naturais de pragas e agentes polinizadores”, finaliza Marcelo Palazim.

Criada no Brasil em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.

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Fernanda Campos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mato Grosso

Saca de café atinge recorde nacional ao ser vendida por R$ 200 mil

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Imagem: FEagro

O 13º Prêmio Região do Cerrado Mineiro registrou nesta semana o maior valor já pago por uma saca de café em leilão nacional. Uma saca da categoria Cereja Descascado produzida por Eduardo Pinheiro Campos na Fazenda Dona Nenem, em Presidente Olegário (MG), foi arrematada por R$ 200 mil, superando todas as marcas anteriores no país. O resultado demonstra o enorme potencial de valorização dos cafés especiais brasileiros, especialmente aqueles produzidos no Cerrado Mineiro, principal região produtora do Estado.

O segundo maior lance ficou na casa dos R$ 100 mil, com a saca campeã da categoria Natural, produzida pela Agropecuária São Gotardo Ltda. No total, o leilão solidário realizado durante o prêmio movimentou R$ 562 mil, valor que será parcialmente destinado ao projeto Escola de Atitude, que fomenta a formação cidadã de jovens nas comunidades produtoras.

Fim do tarifaço: Prejuízos acumulados exigem negociações

O recorde brasileiro de R$ 200 mil por saca supera em muito os valores médios praticados no mercado comum, em torno de R$ 2.200 para a saca de café arábica. No cenário internacional, alguns lotes selecionados em leilões internacionais atingem preços elevados, mas dificilmente se aproximam desse patamar no Brasil, o que reitera a força do café do Cerrado Mineiro e o reconhecimento da alta qualidade do produto aqui produzido.

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Eduardo Pinheiro Campos, maior vencedor da história do prêmio com 11 troféus em 13 edições, destaca o trabalho consistente da Fazenda Dona Nenem: “São 20 anos focados em qualidade e inovação. Esse recorde reforça a importância da indicação geográfica da região e o empenho coletivo de produtores, cooperativas e parceiros para promover o café brasileiro no mercado especial”.

No âmbito nacional, a produção de café em 2025 deve alcançar entre 55,2 e 55,7 milhões de sacas, consolidando o Brasil na liderança mundial do setor. A produção concentra-se principalmente no café arábica, o tipo mais valorizado no mercado internacional, e o Cerrado Mineiro segue na vanguarda da qualidade e da valorização dos cafés com indicação geográfica.

Para os produtores rurais, o novo marco no leilão reforça a importância de investir em práticas que assegurem qualidade e certificação, pois o mercado de cafés especiais representa um caminho promissor para agregar valor à produção e ampliar a rentabilidade. A valorização crescente dos cafés do Cerrado Mineiro espelha uma tendência que ajuda a fortalecer todo o agronegócio brasileiro.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mato Grosso

MT Hemocentro traz programação especial para o Dia Nacional do Doador de Sangue nesta terça-feira (25)

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O MT Hemocentro vai abrir normalmente, das 7h30 às 18h, sem pausa para o almoço, para realizar a coleta de sangue – Crédito – Secom-MT

 

O MT Hemocentro, único banco de sangue público de Mato Grosso, traz uma programação especial para o Dia Nacional do Doador de Sangue, nesta terça-feira (25.11), a partir das 9h.

Os voluntários serão recebidos com um coffee-break, apresentações culturais, personagem de animação infantil para entreter as crianças e sorteio de brindes para os doadores de novembro.

“Essa data é um dia especial para agradecer a todos os mato-grossenses que dedicam um pouco do seu tempo para comparecer ao MT Hemocentro e doar sangue, que vai salvar a vida de várias pessoas”, destacou o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo.

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O diretor do MT Hemocentro, Fernando Henrique Modolo, acrescenta que a unidade trabalha o ano inteiro para sensibilizar a população a se tornar um doador.

“O 25 de novembro é um dia que, tradicionalmente, conseguimos coletar mais sangue do que o normal, porque é um dia de valorizar a vida dos doadores de sangue e dos parceiros do MT Hemocentro, que fazem questão de comparecer para comemorar com a gente. O Dia do Doador de 2023 gerou a coleta de 103 bolsas de sangue e, em 2024, foram 131 bolsas. Então, esperamos ainda mais voluntários na festa deste ano”, informou.

O grupo de siriri Associação Cultural Coração Atalaiense e os cantores Jomar Brittes e Thiago Araújo, do projeto “O Rock Alivia”, vão se apresentar na comemoração. Um instituto parceiro vai oferecer um show acústico do cantor Edmilson Maciel, da Banda Terra. Além disso, uma doadora fidelizada vai se vestir de Emília, do Sítio do Picapau Amarelo, para animar a criançada.

A empresária Amanda Chagas, 28 anos, contou que se veste de Emília para chamar a atenção para causas sociais de impacto, como a causa ambiental e a da doação de sangue. “Eu estarei no MT Hemocentro como a Emília. Vou fazer algumas brincadeiras com as crianças. Acredito que incentivar a doação de sangue é uma tarefa muito importante para nós. Eu sou doadora desde 2022 e é uma causa que eu abraço: sou doadora de sangue e de medula e, agora, eu vou me candidatar para ser doadora de plaquetas também”, afirmou Amanda.

Localizada na Rua 13 de Junho, 1.055, no bairro Centro Sul, em Cuiabá, a unidade vai abrir normalmente, das 7h30 às 18h, sem pausa para o almoço, para realizar a coleta de sangue por ordem de chegada.

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O MT Hemocentro tem 91.577 doadores cadastrados em seu sistema aptos a doar sangue. “Precisamos que eles voltem à unidade regularmente. Nossa equipe está sempre à disposição para receber os voluntários com muito carinho e acolhimento”, finalizou o diretor.

Quem pode doar?

O voluntário que quiser doar sangue precisa apresentar um documento oficial com foto, pesar 50kg ou mais, estar em bom estado de saúde e ter feito uma refeição equilibrada: o doador deve estar bem alimentado para poder efetuar a doação e não pode estar em jejum.

Podem doar pessoas com idade entre 16 e 69 anos, 11 meses e 29 dias. Quem tem entre 60 e 69 anos só poderá doar sangue se já tiver doado antes dos 60 anos. Adolescentes de 16 e 17 anos devem levar uma autorização dos pais ou do responsável legal para fazer a doação.

Em um período de 12 meses, homens podem doar até quatro vezes e, mulheres, até três vezes. São coletados até 450 ml de sangue por doação, e recomenda-se evitar exercícios físicos e consumo de álcool após a doação.

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O banco de sangue fornece o comprovante de comparecimento ao doador. Para quem compareceu e, por algum motivo, não pôde doar, o MT Hemocentro dá um comprovante de comparecimento e, para quem efetuou a doação de sangue, é entregue o atestado de doação de sangue para justificar a ausência no trabalho.

Secom-MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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