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Grupo de fiscalização inspeciona cadeias de Vila Rica, Porto Alegre do Norte e São Félix do Araguaia

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Fotos: Alair Ribeiro
O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF-MT) realizou uma visita técnica no município de Vila Rica (1.320Km de Cuiabá). A equipe técnica, liderada pelo supervisor, desembargador Orlando de Almeida Perri, conversou com os recuperandos e conheceu projetos como artesanato com produção de tapetes, madeira, pneus e oficina de arte em couro cru.
A unidade tem sala para 20 pessoas privadas de liberdade, aula no período da manhã e tarde com ensino fundamental. Atualmente, são 78 recuperandos e apenas dois trabalhando extramuros. Para ampliar esse número, foi realizada uma reunião na sede da prefeitura municipal. “É a primeira vez que viemos em visitação à unidade desta cidade, precisa de alguns reparos que vamos providenciar junto a SAAP e uma reunião aqui com o vice-prefeito, pois temos apenas dois reeducandos trabalhando extramuros na prefeitura e queremos elevar o número para, pelo menos, 20 trabalhando aqui”, ressaltou o desembargador Orlando Perri.
O magistrado também destacou o potencial humano na unidade. “Vimos lá, por exemplo, profissionais que trabalham com arte em couro. Então estamos planejando a montagem de uma oficina de selaria, além de outras, como as de concreto em parceria com a Prefeitura de Vila Rica”, pontuou.
O vice-prefeito do município, Júlio Borges, enalteceu a presença do GMF na região. “Várias ideias alinhadas aqui e desejamos montar ali na cadeia algumas fábricas e vamos ampliar essa parceria porque a gente sabe que dá resultado. Digo por experiência própria, hoje pessoas que já passaram pelo presídio trabalham comigo atualmente porque receberam uma nova chance para mudar de vida”, afirmou.
O diretor da Cadeia Pública de Vila Rica, Rivelino Pereira, também avaliou a inspeção do GMF na unidade prisional de forma positiva. “É de suma importância esse trabalho do GMF para aquelas pessoas que às vezes não tiveram uma oportunidade no decorrer da vida. Então isso traz mais dignidade para as pessoas privadas de liberdade por meio do trabalho, religião, estudo, para tentarem mudar a história da vida deles”, ressaltou.
Porto Alegre do Norte – Depois de Vila Rica, a equipe partiu para Porto Alegre do Norte, onde visitou a cadeia pública municipal acompanhada pelo diretor do Fórum, juiz Caio Martins. Em seguida reuniram-se com autoridades locais e representantes da sociedade civil organizada na sede do Fórum da Comarca, com a finalidade de discutir propostas para o fomento da ressocialização na região.
São Félix do Araguaia – No dia seguinte, foi a vez de São Félix do Araguaia receber a comitiva. O grupo visitou a cadeia municipal da cidade, que tem 60 recuperandos, sendo que três trabalham intramuros (limpeza, entrega alimentação e manutenção da unidade), quatro extramuros pela Fundação Nova Chance em parceria com a Prefeitura de São Félix (mecânico, pedreiros e serviços-gerais).
A unidade tem uma sala de aula (ensino fundamental e ensino médio, com aulas nos períodos matutino, vespertino e noturno), num total 24 alunos matriculados. Conta também com projeto do Ministério Público desenvolvido com apoio do Judiciário, o Reconstruindo Sonhos, com 20 pessoas privadas de liberdade participando. O objetivo é reduzir a reincidência criminal e fortalecer a ressocialização.
Em São Félix do Araguaia, também foram realizadas reuniões com autoridades locais na sede da prefeitura e, por fim, uma reunião na sede do Ministério Público.
“Nós ficamos muito contentes com o abraçamento de todos os juízes do estado de Mato Grosso, os promotores e defensores, representantes de prefeituras que participaram conosco, a OAB, enfim, todos engajados nessa luta tão importante, que é garantir uma reinserção social e uma sociedade mais justa, mais perfeita e também, sem violência”, enfatizou o juiz coordenador do GMF, Geraldo Fidélis.
A maior missão do GMF é trabalhar para que recuperandos e recuperandas passem pelo processo de ressocialização, alcançando novamente um lugar na sociedade. “É minha primeira cadeia, nunca fui preso e essa oportunidade que estão me dando é muito importante pra mim, pra eu mudar e ter no futuro uma nova chance”, afirmou um recuperando.
Para o secretário adjunto de administração penitenciária, Gean Gonçalves, as visitas servem para conhecer a realidade local. “É o trabalho que a gente vem desenvolvendo, buscando parcerias para empregabilidade dos privados de liberdade”, frisou.

Eli Cristina Azevedo/TJMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Foragido por roubo é preso pela Polícia Civil em Rondonópolis

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PJC

 

A Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis (220 km de Cuiabá), cumpriu, nessa segunda-feira (9.6), um mandado de prisão definitiva contra um homem, de 32 anos, condenado pelo crime de roubo.

O mandado foi expedido pela Vara Única da Comarca de Araputanga (330 km de Cuiabá), onde o crime, um roubo a carro, foi praticado, em 2018.

A prisão ocorreu após a Delegacia de Polícia de Araputanga informar que o foragido da Justiça estaria residindo em Rondonópolis. A partir das informações recebidas, os investigadores da Derf iniciaram investigações e localizaram o suspeito, condenado a mais de 10 anos de reclusão, em frente à sua residência.

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O homem foi abordado, informado sobre a ordem judicial e detido no local. Em seguida, foi encaminhado à sede da Derf e apresentado à autoridade policial. Ele permanece agora à disposição da Justiça.

Assessoria | Polícia Civil – MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Vigia Mais MT recupera 350 veículos em dois anos e devolve mais de R$ 17 milhões às vítimas

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Veículo identificado por câmeras do Vigia Mais MT – Foto por: Sesp/MT

O Vigia Mais MT auxiliou na recuperação de mais de 350 veículos com queixas de roubo e furto desde a sua implantação em março de 2023 até maio de 2025.

Segundo números da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o programa de videomonitoramento do Governo de Mato Grosso proporcionou a devolução de R$ 17,6 milhões em patrimônio devolvido às vítimas e de prejuízo às facções criminosas.

A empresária Letícia Almeida de Moraes, proprietária de uma distribuidora de gás e água no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, foi uma das beneficiadas pelo programa Vigia Mais MT. Ela teve sua motocicleta furtada em abril, mas foi recuperada em Nobres no mês seguinte.

“Esse veículo era nosso único meio de trabalho, ‘nosso ganha pão’. Tivemos que pegar uma moto emprestada com a família para poder continuar trabalhando e atender os clientes. Eu teria que comprar outra moto e não tínhamos condições”, destacou a comerciante.

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Além de ter a placa adulterada, o veículo estava sendo conduzido por um homem com mandado de prisão em aberto, que foi preso pela equipe da Polícia Militar e encaminhado para à Delegacia de Nobres.

O Vigia Mais MT prevê a instalação de câmeras com alta tecnologia, por meio da assinatura de termos de cooperação entre o Governo do Estado e prefeituras ou entidades privadas dos 142 municípios mato-grossenses, para videomonitoramento das vias públicas de interesse público.

O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, destacou que, além de prevenir crimes e auxiliar na produção de provas, as câmeras se tornaram fundamentais na recuperação de veículos roubados ou furtados, independentemente da cidade onde ocorreu o crime.

“Nós temos altos índices de recuperação de veículos, o que proporciona a devolução do bem ao cidadão com a ajuda da tecnologia e da inteligência artificial. Esta foi uma iniciativa do governador Mauro Mendes, que criou esse programa com dedicação das forças de segurança que estão fazendo o programa funcionar”, destacou.

Para o coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), tenente-coronel PM Manoel Bugalho Neto, o Vigia Mais é uma ferramenta que otimiza e torna eficientes as ações de busca a veículos que são roubados e furtados em Mato Grosso ou outros Estados e que são levados para a faixa de fronteira.

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“O programa otimiza nossas atividades aqui na fronteira, uma vez que a análise de inteligência, por meio das imagens do Vigia Mais MT, possibilita uma ação mais assertiva das equipes na localização do veículo, então temos menos abordagens aleatórias e mais resultados, gerando economia e sobrando tempo para nos dedicarmos a outras ações de segurança”, considerou.

Vigia Mais MT

Até o momento, 128 municípios já aderiram ao programa, além de mais de 100 empresas e associações. São cerca de 13.800 câmeras integradas ao sistema de videomonitoramento. O montante inclui equipamentos entregues às prefeituras, empresas, associações e escolas estaduais.

A partir da instalação dos equipamentos, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), os gestores e policiais têm acesso às imagens captadas e podem acompanhá-las em tempo real, cada um dentro do seu âmbito de atuação.

Os equipamentos são instalados para monitorar ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos. Os critérios para definição do número de câmeras destinadas a cada município levam em conta a população, renda per capita e os índices criminais.

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Já os pontos de instalação são definidos a partir de estudo e análises de dados criminais e planos de ações estratégicas feitos pelos órgãos de segurança pública – Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros.

Willian Silva | Sesp-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Polícia Civil esclarece homicídio brutal de adolescente e autores são condenados a mais de 20 anos de prisão

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PJC

 

Dois homens, indiciados pela Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Barra do Bugres (165 km de Cuiabá), pela prática de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, cometidos contra o adolescente José Renato de Souza Santos, em 2021, e por corrupção de menor e integrar facção criminosa, foram condenados pelo Tribunal do Júri realizado nessa segunda-feira (9.6).

O corpo da vítima foi localizado enterrado em área de mata no bairro Jardim Alvorecer, após denúncia anônima que motivou buscas da equipe de investigação. Exames periciais confirmaram que o jovem foi morto com requintes de crueldade, por meio de agressões na região da cabeça, e, posteriormente, teve o corpo ocultado.

Durante as investigações, a equipe da Polícia Civil obteve um vídeo da execução, no qual a vítima aparece amarrada e sem possibilidade de defesa. No mesmo vídeo, um dos autores profere ameaças e faz alusão a uma facção criminosa atuante no Estado.

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A apuração técnica permitiu identificar que o crime foi praticado por integrantes do grupo criminoso, que agiam como um verdadeiro “tribunal do crime”, sob o pretexto de que a vítima integraria uma facção criminosa rival.

Com base em diligências de campo, elementos de inteligência e provas técnicas, incluindo o reconhecimento de voz e movimentação dos investigados, a equipe policial comprovou o envolvimento direto dos réus J.P.S. e B.F.C. nos fatos.

Ao final da sessão de julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu a autoria e materialidade dos crimes, resultando nas seguintes penas: J.P.S., 23 anos e 23 dias de reclusão, com pagamento de 23 dias-multa; B.F.C., 20 anos e 20 dias de reclusão, com pagamento de 21 dias-multa.

A Polícia Civil destaca que a elucidação do delito representa o compromisso com a justiça e o enfrentamento das facções criminosas, assegurando que crimes bárbaros não fiquem impunes.

A ação está inserida no programa do Governo do Estado do Tolerância Zero Contra as Facções Criminosas, reafirmando o papel essencial da investigação policial na defesa da sociedade.

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Karina Cabral | Polícia Civil – MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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