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Ciopaer retorna a Mato Grosso após missão no Rio Grande do Sul

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Ciopaer esteve em operações no Rio Grande do Sul por 20 dias.

A equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) que viajou em missão humanitária ao Rio Grande do Sul voltou para Mato Grosso. Os servidores foram enviados pelo Governo do Estado para ajudar nas operações de salvamento de pessoas e animais vítimas das enchentes iniciadas no final de abril.

Foram enviados cinco servidores de helicóptero no dia 3 de maio e mais dois por terra na semana seguinte.

A equipe composta pelos policiais militares Ênio Teixeira da Silva (comandante e piloto), Hildebrando Ribeiro, Jair Ramos e Silva, Honey Alves de Oliveira, pelos bombeiros Jefferson dos Santos Neto e Gilvan Nunes de Faria, possui ampla experiência em buscas, resgates e salvamentos em todo o Estado. A missão também contou com um mecânico aeronáutico, o policial civil Jhonny Wanderson Sena Lima, garantindo o trabalho da aeronave sem interrupção.

Ao todo, os agentes resgataram 40 vítimas das enchentes em áreas de difícil acesso, além de seis animais. Realizaram 11 voos para transporte de equipes médicas, removeram seis vítimas para tratamento de saúde, efetuaram 15 voos para transporte de suprimentos e seis voos de reconhecimento. Foram cerca de 50 horas de voo dedicadas a essas missões.

Os policiais e bombeiros iniciaram os trabalhos no dia 5 de maio, realizando missões na região de Porto Alegre. Eles também atuaram em Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba, Ilhas Marinheiro, Pelotas, Porto do Conde, Rio Grande, São Gerônimo, São José do Norte e São Leopoldo.

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Durante os 20 dias em que estiveram no Rio Grande do Sul, os policiais e bombeiros se dedicaram a ajudar as pessoas afetadas pela tragédia, conforme pontua o tenente-coronel Ênio Teixeira. “Colocamos todo nosso esforço, toda a nossa técnica, nossa equipe, nossa aeronave representando bem o Mato Grosso. Era uma gota no oceano e a gente fez o que foi possível, a demandas eram muitas, mas conseguimos atuar e levar um pouco do nosso auxílio ao povo do Rio Grande Sul”.

A primeira fase da operação foi voltada ao resgate de pessoas e animais isoladas, em situação de risco. Depois, seguiu-se para voos de monitoramento de área, elevação de água e identificação de pessoas e animais que precisavam ser removidos. Na terceira etapa eles levaram alimento, cobertores e outros suprimento as pessoas necessitadas.

“Eu conseguia ver nos olhos das pessoas a gratidão por toda a solidariedade e nosso esforço em levar alimentos e cobertores para o frio. Estávamos em uma situação de meteorologia degradada, temperatura baixa, chuva, nevoeiros, condições bastante precárias. Mesmo assim, a alegria que víamos nessas pessoas, que nos recebiam de coração aberto, era comovente. O calor humano era visível. Eles entendiam que faríamos o possível para amenizar seu sofrimento”, cita.

O Ciopaer também proporcionou momentos de lazer e alegria em meio ao caos. “Os olhares das crianças, mesmo naquele momento crítico, eram indescritíveis. Elas mantinham sorrisos no rosto, se aproximavam, queriam conhecer a equipe e tirar fotos conosco. Houve muitos momentos gratificantes, mesmo naquele cenário de crise. Isso nos deixa um grande ensinamento para crescermos como seres humanos e como pessoas”, lembra o piloto.

Entre várias missões executadas, o comandante lembra do salvamento de três pessoas isoladas em um telhado. Aplicando a técnica de McGuire (resgate por meio de uma corda suspensa pelo helicóptero), eles socorreram um idoso, uma mulher com problema de mobilidade e um jovem com deficiência mental.

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“O Corpo de Bombeiros já tinha feito o primeiro atendimento, e cuidadosamente, fizemos a remoção neste local de difícil acesso, onde nem barco chegava. Eram três pessoas em situação crítica que precisavam ser removidas e fizemos a retirada com a técnica no MCGuire, auxiliada por uma aeronave e equipe da PRF. Essa técnica exigiu bastante da gente, para tirarmos essas pessoas através de cordas e colocá-las na Arena do Grêmio para que depois fossem levadas ao Centro Médico e depois em abrigos”, cita.

A missão pelo Rio Grande do Sul também incluiu o resgate em uma área de condomínio. “Pousamos na área social de um condomínio, perto das piscinas, em um local restrito e difícil de operar. Assumimos os riscos e removemos cerca de 30 pessoas, dentre elas alguns enfermos, idosos, crianças, as pessoas mais frágeis tiramos de lá”.

Houve também resgate de um homem e um cachorro encontrados em cima de um colchão inflável à deriva. O homem tentava ir para casa caminhando, mesmo com a água na altura do peito. Ele viu um colchão inflável e conseguiu subir, contudo, no caminho encontrou o cachorro que estava quase se afogando e parou para ajudar. Ao ser resgatado, os integrantes do Ciopaer observaram que o homem já estava sem força, debilitado e com escoriações pelo corpo.

Para o comandante do Ciopaer, tenente-coronel Ernesto Xavier de Lima Júnior, os servidores demonstraram atos de heroísmo. “As ações foram de risco elevado. Eles levaram as suas vidas para prestar esse apoio, se colocaram a todo momento em operações de alto risco para salvar vidas. Eles são verdadeiros heróis que estiveram na região salvando vidas, representando o estado de Mato Grosso através do Ciopaer”.

“A atuação da Ciopaer foi de extrema importância, resultando no salvamento de muitas vidas graças ao apoio do Governo do Estado. Além disso, a Ciopaer prestou assistência a milhares de pessoas ao transportar água, medicamentos e profissionais de saúde. Essa ação representou uma ajuda humanitária e foi valoroso para minimizar os impactos do desastre ocorrido na região”.

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O secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri destacou o empenho de Mato Grosso na missão humanitária à população do Rio Grande do Sul.

“O Governo de Mato Grosso, através da Secretaria de Segurança Pública, enviou agentes do Ciopaer e do Corpo de Bombeiros. A equipe do Ciopaer retornou, mas as equipes dos Bombeiros continuam lá. Além disso, o Estado destinou R$ 50 milhões para auxílio nas obras de reconstrução das cidades e realizou campanhas de arrecadação de agasalhos, alimentos, água, entre outros produtos”, lembra Roveri.

Na avaliação do secretário Roveri, a participação de Mato Grosso e da população mato-grossense está sendo significativa diante dessa tragédia, sem precedentes na história do Rio Grande do Sul, no momento em que os gaúchos mais precisam da solidariedade do povo brasileiro.

Fabiana Mendes | Sesp-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Foragido por roubo é preso pela Polícia Civil em Rondonópolis

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PJC

 

A Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis (220 km de Cuiabá), cumpriu, nessa segunda-feira (9.6), um mandado de prisão definitiva contra um homem, de 32 anos, condenado pelo crime de roubo.

O mandado foi expedido pela Vara Única da Comarca de Araputanga (330 km de Cuiabá), onde o crime, um roubo a carro, foi praticado, em 2018.

A prisão ocorreu após a Delegacia de Polícia de Araputanga informar que o foragido da Justiça estaria residindo em Rondonópolis. A partir das informações recebidas, os investigadores da Derf iniciaram investigações e localizaram o suspeito, condenado a mais de 10 anos de reclusão, em frente à sua residência.

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O homem foi abordado, informado sobre a ordem judicial e detido no local. Em seguida, foi encaminhado à sede da Derf e apresentado à autoridade policial. Ele permanece agora à disposição da Justiça.

Assessoria | Polícia Civil – MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Transporte

Vigia Mais MT recupera 350 veículos em dois anos e devolve mais de R$ 17 milhões às vítimas

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Veículo identificado por câmeras do Vigia Mais MT – Foto por: Sesp/MT

O Vigia Mais MT auxiliou na recuperação de mais de 350 veículos com queixas de roubo e furto desde a sua implantação em março de 2023 até maio de 2025.

Segundo números da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o programa de videomonitoramento do Governo de Mato Grosso proporcionou a devolução de R$ 17,6 milhões em patrimônio devolvido às vítimas e de prejuízo às facções criminosas.

A empresária Letícia Almeida de Moraes, proprietária de uma distribuidora de gás e água no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, foi uma das beneficiadas pelo programa Vigia Mais MT. Ela teve sua motocicleta furtada em abril, mas foi recuperada em Nobres no mês seguinte.

“Esse veículo era nosso único meio de trabalho, ‘nosso ganha pão’. Tivemos que pegar uma moto emprestada com a família para poder continuar trabalhando e atender os clientes. Eu teria que comprar outra moto e não tínhamos condições”, destacou a comerciante.

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Além de ter a placa adulterada, o veículo estava sendo conduzido por um homem com mandado de prisão em aberto, que foi preso pela equipe da Polícia Militar e encaminhado para à Delegacia de Nobres.

O Vigia Mais MT prevê a instalação de câmeras com alta tecnologia, por meio da assinatura de termos de cooperação entre o Governo do Estado e prefeituras ou entidades privadas dos 142 municípios mato-grossenses, para videomonitoramento das vias públicas de interesse público.

O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, destacou que, além de prevenir crimes e auxiliar na produção de provas, as câmeras se tornaram fundamentais na recuperação de veículos roubados ou furtados, independentemente da cidade onde ocorreu o crime.

“Nós temos altos índices de recuperação de veículos, o que proporciona a devolução do bem ao cidadão com a ajuda da tecnologia e da inteligência artificial. Esta foi uma iniciativa do governador Mauro Mendes, que criou esse programa com dedicação das forças de segurança que estão fazendo o programa funcionar”, destacou.

Para o coordenador do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), tenente-coronel PM Manoel Bugalho Neto, o Vigia Mais é uma ferramenta que otimiza e torna eficientes as ações de busca a veículos que são roubados e furtados em Mato Grosso ou outros Estados e que são levados para a faixa de fronteira.

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“O programa otimiza nossas atividades aqui na fronteira, uma vez que a análise de inteligência, por meio das imagens do Vigia Mais MT, possibilita uma ação mais assertiva das equipes na localização do veículo, então temos menos abordagens aleatórias e mais resultados, gerando economia e sobrando tempo para nos dedicarmos a outras ações de segurança”, considerou.

Vigia Mais MT

Até o momento, 128 municípios já aderiram ao programa, além de mais de 100 empresas e associações. São cerca de 13.800 câmeras integradas ao sistema de videomonitoramento. O montante inclui equipamentos entregues às prefeituras, empresas, associações e escolas estaduais.

A partir da instalação dos equipamentos, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), os gestores e policiais têm acesso às imagens captadas e podem acompanhá-las em tempo real, cada um dentro do seu âmbito de atuação.

Os equipamentos são instalados para monitorar ruas, avenidas, praças e outros espaços públicos. Os critérios para definição do número de câmeras destinadas a cada município levam em conta a população, renda per capita e os índices criminais.

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Já os pontos de instalação são definidos a partir de estudo e análises de dados criminais e planos de ações estratégicas feitos pelos órgãos de segurança pública – Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil e Corpo de Bombeiros.

Willian Silva | Sesp-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Polícia Civil esclarece homicídio brutal de adolescente e autores são condenados a mais de 20 anos de prisão

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PJC

 

Dois homens, indiciados pela Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Barra do Bugres (165 km de Cuiabá), pela prática de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, cometidos contra o adolescente José Renato de Souza Santos, em 2021, e por corrupção de menor e integrar facção criminosa, foram condenados pelo Tribunal do Júri realizado nessa segunda-feira (9.6).

O corpo da vítima foi localizado enterrado em área de mata no bairro Jardim Alvorecer, após denúncia anônima que motivou buscas da equipe de investigação. Exames periciais confirmaram que o jovem foi morto com requintes de crueldade, por meio de agressões na região da cabeça, e, posteriormente, teve o corpo ocultado.

Durante as investigações, a equipe da Polícia Civil obteve um vídeo da execução, no qual a vítima aparece amarrada e sem possibilidade de defesa. No mesmo vídeo, um dos autores profere ameaças e faz alusão a uma facção criminosa atuante no Estado.

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A apuração técnica permitiu identificar que o crime foi praticado por integrantes do grupo criminoso, que agiam como um verdadeiro “tribunal do crime”, sob o pretexto de que a vítima integraria uma facção criminosa rival.

Com base em diligências de campo, elementos de inteligência e provas técnicas, incluindo o reconhecimento de voz e movimentação dos investigados, a equipe policial comprovou o envolvimento direto dos réus J.P.S. e B.F.C. nos fatos.

Ao final da sessão de julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu a autoria e materialidade dos crimes, resultando nas seguintes penas: J.P.S., 23 anos e 23 dias de reclusão, com pagamento de 23 dias-multa; B.F.C., 20 anos e 20 dias de reclusão, com pagamento de 21 dias-multa.

A Polícia Civil destaca que a elucidação do delito representa o compromisso com a justiça e o enfrentamento das facções criminosas, assegurando que crimes bárbaros não fiquem impunes.

A ação está inserida no programa do Governo do Estado do Tolerância Zero Contra as Facções Criminosas, reafirmando o papel essencial da investigação policial na defesa da sociedade.

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Karina Cabral | Polícia Civil – MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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