Agronegócio
Ministro da Agricultura anuncia saída de Neri Geller após polêmica em leilão de arroz

Crédito CenárioMT / João Ricardo
Em meio a uma controvérsia envolvendo um leilão de arroz importado que foi anulado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (11) a saída do secretário de Política Agrícola, Neri Geller.
“Hoje pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderação, quando filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de Política Agrícola”, mencionou Fávaro. O ministro se referia ao fato de Marcelo Piccini Geller, filho de Neri, ter aberto uma empresa com Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor de Geller, que foi um dos negociadores do leilão.
As denúncias apontam que os lotes de arroz foram arrematados por empresas sem histórico no mercado do cereal. A negociação de grande parte dos lotes foi intermediada pela Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e pela Foco Corretora, ambas de propriedade de Robson França. As suspeitas de conflito de interesses aumentaram devido à sociedade de França com Marcelo Piccini Geller.
Apesar das suspeitas, Fávaro declarou: “Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas, de fato, gerou transtorno, e, por isso, [Geller] colocou o cargo à disposição.” Ao ser questionado se Geller pediu demissão ou foi demitido, Fávaro esclareceu: “Ele pediu demissão e eu aceitei.”
Reações e medidas adotadas
Carlos Fávaro anunciou a anulação do leilão e sublinhou a importância da transparência no processo. “Vamos construir mecanismos para avaliar as empresas participantes e garantir que o processo seja justo”, afirmou. Edegar Pretto, presidente da Conab, declarou que um novo leilão será organizado com a participação da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria Geral da União (CGU) para assegurar a lisura do processo.
A saída de Geller afeta a agenda do Ministério da Agricultura, que atualmente está focada na elaboração do Plano Safra, uma das principais políticas do setor. Wilson Vaz de Araújo, servidor de carreira da Conab, assumirá interinamente a Secretaria de Política Agrícola.
Ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal, Geller foi um dos nomes ligados ao agronegócio que apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição. Sua nomeação como secretário de Política Agrícola, em dezembro, veio após reverter uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o impedia de ocupar cargos públicos devido a uma condenação que cassou seu mandato de deputado federal.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Panificação brasileira atinge faturamento recorde de R$ 153,36 bilhões em 2024

Faturamento recorde e adaptação às novas demandas do mercado – Divulgação
O setor de panificação brasileiro experimentou um crescimento significativo em 2024, com faturamento de R$ 153,36 bilhões, o que representa um aumento de 10,92% em relação ao ano anterior. Este desempenho reflete não apenas a recuperação do fluxo de clientes, mas também a capacidade das panificadoras de se adaptarem às novas tendências de consumo, como o aumento da demanda por produtos artesanais. O estudo do Instituto de Desenvolvimento das Empresas de Alimentação (Ideal) aponta que o aumento no número de clientes nas padarias foi de cerca de 4,57%, um indicativo da retomada desses estabelecimentos como pontos de encontro e opções práticas para o dia a dia.
Emerson Amaral, especialista em gestão empresarial e membro do conselho técnico da ABIP (Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria), destaca a versatilidade das padarias. “A padaria voltou a ser o local para refeições rápidas, encontros e até reuniões de trabalho. O crescimento deste ano foi quase quatro vezes maior que o do ano passado, o que reforça seu papel como um espaço multifuncional de serviços”, afirma.
Tendências de saudabilidade e inovação no mercado
As tendências de consumo apontadas no relatório incluem uma crescente demanda por produtos saudáveis e práticos. Um exemplo disso é o uso crescente de massa madre, ingrediente que tem se tornado cada vez mais relevante. A multinacional francesa Lesaffre, pioneira na produção de massa madre viva em grande escala no Brasil, tem contribuído significativamente para essa mudança, oferecendo pães com melhor sabor, textura e benefícios nutricionais, além de um tempo de prateleira prolongado. André Tesini, diretor Comercial e Marketing da Lesaffre Brasil, afirma que “a inovação, como a introdução da massa madre viva, está impulsionando o setor, atendendo ao consumidor moderno que busca alimentos saudáveis e de alta qualidade”.
Variações regionais e o perfil do setor
A análise regional revela que o Norte do Brasil lidera o crescimento do faturamento, com um aumento de 16,36%, enquanto o Sudeste, que concentra o maior número de empresas, registrou uma elevação de 8,87%. São Paulo é a cidade com o maior número de padarias (21.358), seguida pelo Rio de Janeiro (12.191), Belo Horizonte (4.809), Brasília (4.723) e Salvador (4.005).
O setor de panificação brasileiro é marcado pela presença significativa de Microempreendedores Individuais (MEIs), que representam 62,98% das empresas, mas as Microempresas (MEs) e Empresas de Pequeno Porte (EPPs) têm grande participação no faturamento total. Em 2024, o setor gerou cerca de 1,08 milhão de empregos diretos e 1,93 milhão de empregos indiretos, embora enfrente o desafio da escassez de mão de obra qualificada.
Indicadores de produtividade e o papel da inteligência artificial
O aumento da produtividade também é um fator relevante para o setor. Em 2024, a produtividade por funcionário cresceu 12,45%, atingindo R$ 14.080,23. Em relação aos produtos, o pão francês continua a ser uma das estrelas do setor, com um crescimento de 5,17% no volume de vendas. As padarias têm a oportunidade de se diferenciar no mercado investindo em qualidade superior e novas formulações de pães que atendam às demandas de saudabilidade e praticidade.
A inteligência artificial (IA) também tem se mostrado uma aliada importante para o setor, com aplicações que vão desde a criação de mensagens personalizadas para clientes até a automação de processos de vendas e gestão. A IA surge como uma ferramenta promissora para otimizar processos e impulsionar as vendas, contribuindo para a modernização do setor de panificação.
Esses dados demonstram como o setor de panificação no Brasil se mostra resiliente, inovador e adaptável, o que contribui para seu crescimento contínuo e sustentado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Exportações brasileiras de carne suína in natura podem crescer mais de 19% em abril

Foto: Arquivo/Agência Brasil
As exportações brasileiras de carne suína in natura seguem em ritmo acelerado em abril de 2025. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a terceira semana do mês foram embarcadas 75,03 mil toneladas do produto, o que representa uma média diária de 5,77 mil toneladas.
Considerando os 20 dias úteis do mês, a expectativa é de que as exportações totalizem 115,43 mil toneladas, o que configuraria um aumento de 19,31% em relação ao mesmo período de 2024. O bom desempenho reforça a crescente demanda internacional pela proteína suína brasileira.
Além do volume exportado, o preço médio pago por tonelada também apresentou valorização. Em abril, o valor chegou a US$ 2.490,23, representando alta de 8,24% na comparação anual. O cenário é positivo para o setor, que se beneficia tanto pelo aumento nos embarques quanto pela valorização do produto no mercado externo.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Frango vivo tem melhor preço em quase dois anos

Foto: Arquivo/Ari Dias/AEN/PR
O preço do frango vivo subiu nas principais regiões produtoras do país e atingiu o maior patamar em quase dois anos. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a valorização está ligada ao bom ritmo das vendas, tanto no Brasil quanto no exterior, e à queda nos custos de produção, como milho e farelo de soja.
No estado de São Paulo, o frango vivo está sendo vendido a R$ 6,15 o quilo, uma alta de 11% só em abril. No Paraná, outro importante polo da avicultura, o valor de referência segue estável em R$ 5,10/kg. Em Santa Catarina, segundo a Epagri, a cotação é de R$ 4,66/kg. Mesmo com essas diferenças, o cenário é positivo para o setor de corte em todo o Brasil.
Com o custo dos insumos em baixa, o poder de compra do avicultor melhorou pelo segundo mês seguido, segundo análise do Cepea. Esse equilíbrio entre preços de venda e despesas dá fôlego ao produtor, que vinha pressionado nos últimos meses.
Já no mercado atacadista, o frango abatido está com preços firmes. Em São Paulo, o valor gira em torno de R$ 8,20/kg. No entanto, os cortes congelados e resfriados tiveram leve recuo nesta semana, com o congelado sendo vendido a R$ 8,67 e o resfriado a R$ 8,68 por quilo. O movimento indica que os compradores estão mais cautelosos, avaliando o consumo e controlando estoques.
Por outro lado, quem trabalha com postura enfrenta cenário mais difícil. A queda na procura e a pressão nos custos reduziram a margem do produtor. Em Bastos (SP), maior centro de produção de ovos do país, os preços recuaram. A caixa de 30 dúzias do ovo branco caiu de R$ 203 para R$ 192, enquanto a do ovo vermelho foi para R$ 220.
Apesar das diferenças entre os segmentos, o momento geral da avicultura é de atenção aos movimentos do mercado. O frango de corte vive fase positiva, mas o setor de ovos precisa de reação nas vendas para equilibrar as contas. A expectativa para os próximos dias é de estabilidade com possíveis ajustes pontuais.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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