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Agronegócio

Levantamento indica redução nos preços de fertilizantes para a safra de inverno

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FOTO: Divulgação / Epagri

 

Foram disponibilizados, nesta semana, os dados do novo levantamento do custo de produção referencial calculado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Nesta atualização, os números abrangem os principais produtos cultivados em Santa Catarina na safra de inverno: alho, cebola, aveia e trigo. De maneira geral, os custos dos fertilizantes e dos agrotóxicos tiveram redução na comparação com o registrado no ano passado, isso em termos de valores nominais (sem correção pela inflação do período).

Dados da Epagri/Cepa apontam diminuição nos preços na comparação com o ano anterior

Os custos de produção referenciais têm como base o levantamento feito pela Epagri/Cepa dos preços de insumos, serviços e demais componentes necessários para a produção agropecuária. Três vezes ao ano, nos meses de abril, julho e outubro, a equipe de agentes de mercado, distribuída por todas as regiões de Santa Catarina, levanta os preços de mais de 700 itens. É a partir dos dados da última coleta, feita em abril, que os custos de produção referenciais, para as culturas de inverno, foram calculados.

Trigo e aveia

O custo de produção referencial para o trigo, principal cereal de inverno cultivado em Santa Catarina, apresentou uma redução na comparação com os registrados na safra passada. Isso se deve à redução nos preços dos insumos (-11%), categoria que abrange fertilizantes (-26%), agrotóxicos e sementes. Já no caso da aveia, embora os fertilizantes e agrotóxicos também tenham registrado preços menores do que na safra anterior, o aumento no preço das sementes fez com que o custo total apresentasse aumento.

De acordo com o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, João Alves, mesmo que o custo de produção do trigo tenha apresentado redução, o valor recebido pelo produtor pela saca caiu significativamente na comparação com o mesmo período do ano passado. Com isso a relação de troca, ou seja, quantas sacas do produto são necessárias para adquirir uma saca de fertilizante, por exemplo, não está vantajosa aos produtores.

Alho e cebola

O custo de produção referencial para as hortaliças (alho e cebola) tiveram crescimento. No caso do alho, na comparação dos dados coletados em abril de 2024 com abril de 2023, os principais componentes do custo de produção tiveram acréscimo nos preços. Insumos, mão-de-obra, serviços mecânicos e o seguro da produção apresentaram incremento no valor.

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No caso da cebola, embora os insumos tenham reduzido de preço, na comparação com a última safra, a mão-de-obra, os serviços mecânicos e o seguro da produção tiveram aumento, o que fez com que, no geral, o custo de produção referencial ficasse mais elevado em abril de 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Um dado que chama a atenção é que a mão-de-obra passou a ser o principal componente do custo de produção do cultivo da cebola neste ano, ultrapassando os insumos, que até então eram o item no qual os produtores despediam maior investimento.

Custo referencial

Conforme explica João Alves, o custo referencial é diferente do custo real, que é aquele que cada produtor registra ao longo da safra. O custo referencial é calculado a partir de coeficientes técnicos que levam em consideração a produtividade média estadual para cada cultura. Ou seja, é o custo estimado da adoção dos procedimentos técnicos adequados para que o produtor atinja a produtividade média estadual. Com isso, o custo calculado pela Epagri/Cepa funciona como um balizador. “Para o produtor avaliar se seu custo real está muito aquém ou acima do custo de produção referencial”, explica João.

Os preços dos insumos individualizados e dos custos de produção calculados estão disponíveis no site do Observatório Agro Catarinense, nos painéis da área temática de Mercado Agropecuário. Lá também estão detalhados os levantamentos anteriores que, para alguns produtos, são realizados desde 2019. Os dados da última sondagem estão disponíveis, ainda, no site do Infoagro.

Redação Sou Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Produtores apostam no sorgo como alternativa eficiente à seca

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Foto: Pixabay

 

A cultura do sorgo tem ganhado relevância no Oeste baiano como uma alternativa estratégica na diversificação da produção agrícola. De acordo com o Boletim de Safra da Aiba, publicado em 21 de julho de 2025, a colheita do sorgo segue em andamento, principalmente nas áreas destinadas à segunda safra, com bons índices de produtividade.

Utilizado amplamente como alimento para ruminantes e como opção de rotação com culturas como soja e milho, o sorgo se destaca por sua tolerância à seca e pela adaptação ao clima do cerrado baiano. Essa resistência tem garantido bons resultados mesmo em condições menos favoráveis de umidade.

A produção regional de sorgo atende, sobretudo, a demanda da pecuária local, funcionando como alternativa para silagem e ração. A valorização do sorgo no mercado interno também tem incentivado os produtores a investir na cultura, como forma de ampliar a sustentabilidade econômica das propriedades.

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Segundo o boletim, as colheitas têm ocorrido de forma sincronizada com o feijão, milheto e capins forrageiros, compondo um sistema produtivo integrado e eficiente. Essa diversificação aumenta a resiliência das propriedades e contribui para o uso racional dos recursos naturais.

O apoio técnico da Aiba e das instituições parceiras também tem sido fundamental para orientar os produtores quanto ao manejo do sorgo, desde a escolha das cultivares até a colheita. As capacitações em boas práticas agrícolas têm promovido ganhos de produtividade e qualidade do grão.

Com o avanço da colheita e a estabilidade climática na região, as perspectivas para o sorgo na Bahia seguem positivas.

AGROLINK – Aline Merladete

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Chuva e frio comprometem algodão em Mato Grosso

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Foto: Pixabay

 

As condições climáticas adversas registradas nas últimas semanas em Mato Grosso acenderam o alerta entre os produtores de algodão do estado. O excesso de chuvas e as ondas de frio ocorridas entre junho e julho já causam impactos na produtividade e na qualidade da fibra, especialmente nas lavouras plantadas mais cedo, exigindo ajustes no manejo agrícola nesta reta final da safra 2024/25.

Segundo informações divulgadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), ensaios de campo vêm sendo realizados em diferentes regiões produtoras para avaliar os danos causados pela umidade e pelas baixas temperaturas. Em Sapezal, uma das principais áreas produtoras de pluma no estado, foram registrados 108 milímetros de chuva entre os dias 23 e 24 de junho — volume considerado fora do padrão para a época. Nessas lavouras, parte dos capulhos já estava aberta, expondo a pluma ao excesso de água e favorecendo a deterioração da fibra.

Outros polos importantes como Primavera do Leste e Sorriso também tiveram registros de chuva no mesmo período, com volumes de 35 e 33 milímetros, respectivamente. Além da umidade, o frio prolongado — com madrugadas que chegaram a marcar 11,7°C em Sapezal — afetou o metabolismo das plantas, provocando atrasos no desenvolvimento e postergando a colheita.

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“A baixa temperatura desacelera o ciclo fisiológico do algodoeiro, exigindo mais tempo no campo. Isso interfere diretamente no planejamento da colheita e exige ajustes criteriosos no uso de maturadores e desfolhantes, para garantir uniformidade e preservar a qualidade da fibra”, explica a pesquisadora Daniela Dalla Costa, da Fundação MT.

Com o clima adverso, cresce a importância de práticas eficientes de manejo na reta final da safra. A escolha de cultivares adaptadas, o controle rigoroso de pragas e doenças e o uso estratégico de reguladores de crescimento são pontos-chave para reduzir perdas e garantir um produto com qualidade exigida pelo mercado internacional.

AGROLINK – Aline Merladete

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Precisamos de uma metodologia que padronize o vigor das sementes, diz Aprosmat

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O vigor de uma semente está interligado com a germinação. Quanto maior o vigor, maior será o potencial germinativo. O Brasil possui hoje uma metodologia que atesta a eficiência da germinação das sementes, contudo, ainda carece de uma que padronize o vigor da semente, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat), Nelson Croda.

Entrevistado do Direto ao Ponto desta semana, ele comenta sobre os trabalhos desenvolvidos pela entidade quanto a qualidade das sementes que garante 90% de germinação, do vigor e a importância das unidades de distribuição das sementeiras mais próximas ao produtor rural.

Hoje, o volume produzido de sementes por Mato Grosso é de aproximadamente 12 milhões de sacas. Contudo, diante da demanda, precisa adquirir cerca de cinco milhões de toneladas de outros estados.

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De acordo com Croda, a produção de sementes evoluiu muito no estado e no Brasil. No dia 10 de junho a Aprosmat completou 45 anos e a sua criação, frisa o presidente, ocorreu diante das dificuldades na época quanto a cultivares e tecnologia.

“Basicamente começamos do zero e a Aprosmat foi um sonho de poucos e hoje transformou-se no sucesso de muitos. Foi com este início de muita dificuldade e pioneirismo que a soja aos poucos foi se introduzindo. É uma associação que está sempre na vanguarda”.

Nelson Croda comenta, ao programa do Canal Rural Mato Grosso, que a Aprosmat realizou recentemente um workshop com todos os laboratórios do estado e de outras unidades da federação com foco em criar uma metodologia para a padronização do vigor das sementes, assim como hoje existe quanto a metodologia que atesta o percentual de germinação das mesmas.

“É uma padronização do conhecimento, da metodologia para você ser mais assertivo no quantificar e qualificar essa qualidade. Por que vamos na germinação? Porque a germinação já tem uma padronização mais eficaz para dizer: isso aqui está com 90%”.

O presidente da Aprosmat pontua que o sementeiro está ciente da necessidade de uma metodologia que padronize o vigor das sementes.

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“Ele trabalha com vigor, só que eu falar hoje ‘eu te garanto vigor’ fica complicado com essa questão de metodologia, porque hoje não tem essa calibração. Nós estamos trabalhando, o Ministério da Agricultura, a Embrapa. Mas, nós precisamos dessa calibragem para oferecer ao produtor”.

canalrural

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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