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Agronegócio

Açúcar: Brasil segue como importante fornecedor internacional, de olho no clima durante o inverno

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Na semana passada, os preços do açúcar bruto foram influenciados pela especulação, especialmente em reação ao relatório da Unica de sexta-feira (14). A Hedgepoint Global Markets aborda os impactos da divulgação no mercado.

De acordo com Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da Hedgepoint, “o mercado antecipou uma perspectiva mais altista antes da divulgação do relatório, com os preços subindo de terça a quinta-feira (19,59 c/lb), mas caindo ligeiramente na sexta-feira (19,46 c/lb). A maior surpresa foi o nível do mix de açúcar, abaixo do ano passado, apesar dos investimentos em cristalização sugerirem que deveria ter sido maior. Além disso, o ATR foi pior do que o esperado, devido à moagem de cana bisada (sobra) e imatura”, explica.

Considerando os fundamentos, não houve muita mudança. Independentemente de o mix de açúcar ser de 52,7% ou 51%, a produção total do adoçante no Centro-Sul variaria apenas ligeiramente entre 42 e 41,5 Mt.

“Isso significa que o Brasil ainda teria seu segundo melhor ano e continuaria sendo um fornecedor importante no curto e médio prazo, apoiando a recente faixa de preço apertada”, diz.

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Além dessa perspectiva, o mês de maio registrou fortes resultados de exportação, e a região Centro-Sul tem robustas nomeações para junho. A desvalorização do real brasileiro também impulsiona a participação da região nos fluxos de comércio internacional.

Apesar de algumas flutuações, os preços permaneceram dentro da faixa estabelecida no início de maio. Conforme mencionado anteriormente, o piso de preço atual é percebido como sendo em torno de 18 c/lb. Esse nível representa um ponto de resistência significativo, pois algumas regiões da China, principalmente as não produtoras, ainda podem estar inclinadas a importar, mesmo com um prêmio.

“Sempre que o mercado se aproxima desse nível, surgem rumores de compras chinesas. No entanto, fundamentalmente, a redução da necessidade de importações pelo país, tende a empurrar a arbitragem de importação para mais perto do nível do ZCE sem prêmio, atualmente em 17-17,5 c/lb. Isso também é visto como o ponto máximo de alta para os preços do etanol no Brasil”, considera.

À medida que o período de entressafra do Brasil se aproxima, aumenta a dependência do mercado internacional em relação à oferta do Hemisfério Norte. Consequentemente, o mercado deve incentivar as exportações de açúcar dessa região. Com os preços atuais, isso significaria um aumento para cerca de 21 c/lb para estimular as exportações indianas e tornar realidade nossa expectativa de 1,5 Mt exportadas em 24/25.

“No entanto, esses preços podem diminuir um pouco à medida que a Índia aumenta seus estoques e os preços domésticos começam a se ajustar. Se o clima for mediano, provavelmente estaríamos falando de um aumento para 20 c/lb durante a entressafra do CS”, observa.

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Para que os preços permaneçam dentro dessas faixas, o clima precisa ser “médio”. Poderemos ver uma alteração dessa faixa caso à medida que as tendências futuras de precipitação se tornarem mais claras. Os principais pontos a serem monitorados incluem:

*Clima de curto prazo no Brasil: Condições mais secas podem aumentar o teor de sacarose, mas danificar a cana no final da temporada, dificultando a obtenção de um mix de açúcar mais elevado.

*Evolução do ENSO: Um La Niña ativo durante o verão do Centro-Sul pode afetar a temporada 25/26, especialmente se for muito forte, embora esse evento climático geralmente tenha pouca correlação com a precipitação na região. Para obter mais detalhes, consulte nosso relatório sobre La Niña.

*Desenvolvimento da safra do Hemisfério Norte: O clima também influencia significativamente esse aspecto, com a atual temporada de monções afetando a produção potencial da Índia.

“É importante observar que a maioria dos principais impulsionadores do mercado está relacionada ao clima, o que sugere que, embora bastante monótono no momento, esse é um mercado que carrega grandes incertezas”, acredita.

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E prossegue: “Portanto, notícias como uma monção pior do que o esperado no centro-norte da Índia tendem a ter um impacto de alta nos preços do açúcar. Entretanto, a menos que haja um efeito tangível ou, pelo menos, uma forte confirmação, esses impactos podem se dissipar no curto prazo, uma vez que não alteram os fundamentos atuais. É provável que uma real tendência mais altista seja observada nos contratos de 2025, já que se espera que o Brasil tenha outro excelente resultado em 2024”.

Em resumo, na semana passada, os preços do açúcar bruto foram impulsionados pela especulação, especialmente com relação ao relatório da Unica de sexta-feira (14). Apesar dos investimentos, o nível do mix de açúcar foi surpreendentemente mais baixo do que no ano passado, e o ATR foi pior do que o esperado devido à moagem de cana imatura e bisada.

No entanto, os fundamentos permanecem praticamente inalterados, com o Brasil ainda no caminho certo para seu segundo melhor ano, mantendo uma faixa de preço apertada. Contudo, o clima continua sendo a maior fonte de volatilidade; qualquer desvio significativo em relação a uma previsão de precipitação média pode atrapalhar o desenvolvimento das safras futuras e alterar a faixa de preço atual.

HEDGEpoint Global Markets

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Indea capacita técnicos para impedir entrada em MT de fungo que afeta plantações de mandioca

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A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules – Foto por: Divulgação/Embrapa

 

 

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.

Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.

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Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.

“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.

Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.

Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:

– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.

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O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.

Características

A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.

Produção

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.

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Luciana Cury | Indea

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa

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Imagem Ilustrativa

 

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).

O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.

Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.

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O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil

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Assesoria

Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.

A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.

“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.

A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.

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Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.

A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.

Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.

Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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