Agronegócio
Exporta Mais Brasil chega em Alta Floresta para impulsionar o manejo florestal sustentável nacional
Assessoria
Chegou a hora de compartilhar nossas práticas de manejo florestal com o mundo. Para isso, até esta quinta-feira, 20 de junho, o Exporta Mais Brasil, programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) que visa conectar o comércio exterior a empreendedores de todo o país, está em Alta Floresta, região norte de Mato Grosso. O evento começou segunda-feira (17). Dessa vez, o objetivo é impulsionar as exportações do setor de processados de madeira sustentável.
Ao longo de quatro dias, 10 compradores internacionais de sete países farão visitas técnicas às indústrias locais e participarão de rodadas de negócios com 30 empresas brasileiras do setor. Rodando o país desde agosto de 2023, o Exporta Mais Brasil tem como foco desta nova etapa uma grande aliada da preservação ambiental: o manejo florestal sustentável de madeira processada.
“Quando o comprador conhece de perto o processo produtivo, o contexto em que o produto é desenvolvido e as práticas sustentáveis, a relação com a compra e com o negócio é outra”, explica a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. “Com as visitas, a gente consegue melhorar a percepção dos produtos e a compra internacional, baseados também nos nossos atributos de sustentabilidade”, reforça Repezza.
Os compradores convidados — oriundos da África do Sul, Alemanha, Bélgica, França, México, Polônia e Uruguai — buscam empresas brasileiras produtoras de madeira beneficiada para serem comercializadas em seus respectivos mercados. Com as visitas técnicas, eles poderão entender melhor a sustentabilidade da cadeia, o funcionamento do mercado local e todo seu potencial.
O evento tem correalização do Fórum Nacional de Atividade de Base Florestal (FNBF), do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e parceria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).
“Começamos uma importante rodada de negócios. O setor de base florestal mato-grossense está mostrando ao mercado mundial que temos bons produtos e protegemos o meio ambiente com responsabilidade”, pontua Frank Rogiere Almeida, presidente do FNBF e vice-presidente da Fiemt.
O manejo florestal também contribui para a redução de queimadas e do desmatamento ilegal, certificando-se que o móvel ou objeto de madeira que chega até a casa do consumidor foi produzido conforme a lei e de forma sustentável.
Mato Grosso: referência em manejo florestal
Conforme o FNBF, só no estado do Mato Grosso, existem hoje mais de 5 milhões de hectares de florestas manejadas. Isso significa que, na região, é dada uma forte atenção à identificação de árvores aptas para corte, incluindo o monitoramento de áreas por satélite, a adoção de técnicas de rastreabilidade, bem como a limitação de abates por hectare.
Não por acaso, Cuiabá, a capital de Mato Grosso, foi incluída como uma das cidades-sede da próxima reunião do G20, em setembro de 2024. O evento será uma oportunidade para compartilhar com o mundo nossas práticas e a contribuição do estado para mitigação das mudanças climáticas.
De acordo com estudo realizado pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) o manejo florestal sustentável na região contribui para a redução estimada de 16% das emissões de gases de efeito estufa. Até 2030, a expectativa é que sejam alcançados 6 milhões de hectares de florestas manejadas no Mato Grosso.
Manter a floresta em pé está entre as prioridades da atual gestão da ApexBrasil, que também tem trabalhado para promover e posicionar o país como referência mundial nas práticas de manejo florestal sustentável.
“Queremos aproximar o empresariado amazônico dos mercados internacionais, organizando o setor produtivo em torno de desafios comuns e trazendo os compradores do mundo todo para conhecer o potencial dos produtos da floresta, que apresentam alto valor agregado”, afirma o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.
Programas como o Exporta Mais Amazônia e as Mesas Executivas de Exportação de produtos de alto valor agregado e compatíveis com a floresta, como a castanha do Brasil, estão em pleno desenvolvimento pela Agência, promovendo o desenvolvimento da região Norte de forma sustentável.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Indea capacita técnicos para impedir entrada em MT de fungo que afeta plantações de mandioca
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules – Foto por: Divulgação/Embrapa
O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT) preparou o quadro técnico de servidores que atuam na defesa sanitária vegetal da autarquia para evitar a entrada do fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), conhecido popularmente como vassoura-de-bruxa da mandioca.
Esta doença fitossanitária foi detectada em agosto deste ano pela primeira vez no Brasil, e está atualmente presente no território do Amapá. Lá tem causado prejuízos, principalmente para a comunidade indígena e integrantes da agricultura familiar, nas plantações de mandioca, ao deixar os ramos das plantas secos e deformados.
Em Mato Grosso, o Indea, para proteger o território desse fungo e outras pragas que aqui ainda não adentraram, realizou nos meses de outubro e novembro reuniões regionalizadas com a participação de fiscais e agentes fiscais. Nesses encontros foram demonstradas as características do fungo que atinge a planta da mandioca, além de outras que também requerem igual atenção nos trabalhos de vigilância. As reuniões, que envolveram todo o quadro integrante da Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), passaram pelas cidades de Cuiabá, Água Boa, Lucas do Rio Verde e Alta Floresta.
“Nesses encontros foram apresentadas as características da doença para que durante as atividades de inspeção, realizadas nas fiscalizações volantes e de campo, sejam identificadas de pronto e adotadas medidas para a contenção da proliferação do fungo”, explica o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele.
Além disso, ele acrescenta que a Instituição vai avançar no cadastramento de todas as propriedades produtoras e reforçar as fiscalizações do trânsito de mudas (ramas) e tubérculos nas regiões de divisa do Estado.
Para evitar a entrada vassoura-de-bruxa da mandioca, a população pode colaborar, da seguinte forma:
– não trazer mandioca ou mudas (ramas) oriundas do Estado do Amapá para Mato Grosso; comunicar ao Indea caso encontre sintomas suspeitos da doença, como amarelecimento das folhas, superbrotamento, enegrecimento dos vasos e morte das plantas.
O Indea está presente em 139 dos 142 municípios de Mato Grosso.
Características
A planta de mandioca atingida pelo fungo apresenta ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. A infestação pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água.
Produção
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso conta com 15 mil estabelecimentos comerciais plantando mandioca, produziu em 2023 mais de 265 mil toneladas e tem a cidade de Paranatinga como o maior produtor.
Luciana Cury | Indea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção agropecuária brasileira deve alcançar R$ 1,31 trilhão diz o Mapa
Imagem Ilustrativa
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária brasileira para a safra 2024/2025 foi estimado em R$ 1,31 trilhão, representando um crescimento de 7,6% em relação ao ciclo anterior. Divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a projeção aponta que as lavouras contribuirão com R$ 874,80 bilhões (67,7% do total), enquanto a pecuária será responsável por R$ 435,05 bilhões (32,6%).
O desempenho positivo reflete avanços em diversas culturas e atividades pecuárias. Na agricultura, o destaque ficou para a soja e o arroz, cuja alta na produção foi determinante para o aumento do VBP. Já para a laranja e o café, o principal fator foi a valorização dos preços. No setor pecuário, a recuperação dos preços teve o maior impacto nos resultados, indicando uma melhora significativa na rentabilidade dos rebanhos.
Os dados, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e preços coletados de fontes oficiais, também mostram avanços em relação à safra 2023/2024, que teve crescimento de 6,7% nas lavouras e 9,5% na pecuária. O estudo abrange 19 culturas agrícolas e cinco atividades pecuárias, oferecendo um panorama detalhado da economia rural brasileira.
O VBP, divulgado mensalmente, é um indicador essencial para avaliar o desempenho do setor agropecuário e projetar tendências econômicas no campo. Com esses números, o Brasil reforça seu papel de liderança na produção global de alimentos, destacando-se não apenas pela quantidade, mas também pela diversificação e eficiência produtiva.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Pedido de desculpas: declaração de Bompard colocaram em risco as operações do Carrefour no Brasil
Assesoria
Com faturamento de R$ 95 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil é o segundo maior mercado do Carrefour no mundo, atrás apenas da França. Esse é o tamanho do problema gerado pelas declarações do CEO global do grupo, Alexandre Bompard, que orientava a suspensão da compra de carne do Mercosul.
A declaração de Bompard foi publicada no dia 20 e a reação foi imediata: grandes frigoríficos como JBS e Marfrig interromperam o fornecimento de carne à rede varejista no Brasil. Nas últimas horas, cerca de 40 empresas declararam oficialmente a suspensão de negociações com o grupo. Políticos brasileiros também entraram na discussão, com deputados expressando apoio a ações contra as lojas Carrefour, Atacadão e Sam’s Club.
“Infelizmente, a decisão pela suspensão do fornecimento de carne impacta nossos clientes, especialmente aqueles que confiam em nós para abastecer suas casas com produtos de qualidade e responsabilidade”, afirmou o Carrefour Brasil em comunicado.
A empresa citou que está em busca de “soluções que viabilizem a retomada do abastecimento de carne nas nossas lojas o mais rápido possível, respeitando os compromissos que temos com nossos mais de 130 mil colaboradores e com milhões de clientes em todo o Brasil”.
Diante da escalada do problema, a empresa trabalha na elaboração de uma carta de retratação. A expectativa é que o próprio Bompard assine o documento, no qual deve reconhecer os equívocos da declaração e reafirmar a parceria histórica com o setor de carnes brasileiro. Fontes indicam que o texto será previamente submetido ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar novos desgastes.
A embaixada francesa no Brasil participa das negociações para entregar oficialmente a retratação, seja por meio do embaixador Emmanuel Lenain ou do presidente do Carrefour Brasil, Stéphane Maquaire. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o governo brasileiro só aceitará um pedido de desculpas se for considerado suficientemente claro e enfático.
Enquanto isso, os impactos começam a ser sentidos nas gôndolas dos supermercados da rede, com relatos de desabastecimento de carne. Além disso, o risco de perda de competitividade cresce: especialistas apontam que o Atacadão, maior bandeira do grupo no Brasil, pode perder a liderança para o Assaí caso a crise não seja resolvida rapidamente.
Com o Brasil representando uma fatia tão significativa dos negócios do Carrefour global, a resposta a essa crise se tornou prioridade para a empresa. A resolução do impasse pode determinar não apenas a continuidade da parceria com o agronegócio brasileiro, mas também a reputação e a posição da marca no mercado nacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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