Pecuária
Gripe aviária pode se tornar uma ameaça global, dizem especialistas

Reprodução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 889 casos de gripe aviária em seres humanos em 23 países, resultando em 463 mortes, uma taxa de mortalidade alarmante de 52%. Os especialistas alertam que, sem uma vigilância adequada e uma resposta rápida, a gripe aviária pode se tornar uma ameaça global. significativa.
O H5N1, chamado também de “gripe aviária”, vem evoluindo em câmera lenta, mas de forma constante. A possibilidade de que a gripe aviária possa se transformar em uma pandemia transmitida entre humanos e alcançar proporções mundiais é real, embora os especialistas ainda não possam precisar quando isso pode ocorrer.
Cientistas que monitoram a disseminação da gripe aviária estão cada vez mais preocupados com as lacunas na vigilância, que podem impedir uma resposta rápida a uma nova pandemia. Em entrevistas à Reuters, mais de uma dúzia de especialistas em doenças expressaram suas preocupações sobre a atual situação.
Scott Hensley, professor de microbiologia na Universidade da Pensilvânia, destacou a seriedade da situação: “Parece quase uma pandemia se desenrolando em câmera lenta. Agora mesmo, a ameaça é bem baixa… mas isso pode mudar num piscar de olhos.” A prontidão para uma possível transmissão entre humanos é crucial para que as autoridades de saúde global possam iniciar rapidamente o desenvolvimento de vacinas, testes em larga escala e medidas de contenção.
A vigilância sobre a gripe aviária nos EUA apresenta sérias limitações. Atualmente, o monitoramento federal de vacas leiteiras está restrito a testes realizados antes do transporte entre estados. No entanto, os esforços de teste variam amplamente entre os estados, e os testes em pessoas expostas a gado infectado são escassos. Ron Fouchier, virologista da gripe no Erasmus Medical Center em Roterdã, enfatizou a necessidade de dados mais detalhados: “É preciso saber quais são as explorações positivas, quantas vacas são positivas, quão bem o vírus se espalha, durante quanto tempo estas vacas permanecem infecciosas, a via exata de transmissão.”
A Dra. Jeanne Marrazzo, diretora do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, também expressou preocupações sobre a vigilância humana: “A vigilância em humanos é muito, muito limitada.” Ela descreveu a rede de vigilância da gripe humana dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA como “um mecanismo passivo de relato e apresentação”. Embora o Departamento de Agricultura dos EUA seja mais proativo em testar vacas, não divulga publicamente quais fazendas são afetadas.
Desde 2020, muitos cientistas têm monitorado a nova cepa de gripe aviária H5N1 em aves migratórias. No entanto, a disseminação do vírus para 129 rebanhos leiteiros em 12 estados dos EUA indica uma mudança preocupante, aproximando-o da possibilidade de transmissão entre humanos. Infecções também foram identificadas em outros mamíferos, incluindo alpacas e gatos domésticos.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Oferta limitada e demanda firme sustentam preços no mercado pecuário

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O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada” de animais para abate e pela demanda externa aquecida, que enxuga a disponibilidade doméstica. Segundo pesquisadores do Cepea, essa combinação justifica a valorização dos animais no campo e da carne tanto no atacado doméstico quanto no mercado internacional – influenciado também por outros fatores.
Como resultado, conforme o Centro de Pesquisas, o volume posto à disposição do consumidor brasileiro se mostra abaixo da demanda, cenário que vem resultando, desde a última semana de março, em sucessivas altas nos preços da carne com osso e de cortes negociados no atacado da Grande São Paulo.
Esse comportamento tem reduzido a competitividade da carne bovina frente às principais concorrentes, a carne suína e de frango, e também diante da tilápia, ainda conforme levantamentos do Cepea.
No front externo, o Brasil embarcou até a segunda semana de abril, 10,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, média 15,6% superior à de abril/24, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Manejo e produção leiteira serão destaques no Dia do Búfalo

Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Estudantes e pesquisadores que se dedicam a estudar os búfalos terão um dia especial para se aprimorarem sobre questões técnicas e de manejo. O 3º Dia do Búfalo, organizado pelo Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS), Estação Experimental Agronômica (EEA) e Grupo de Estudos de Bubalinos (Gebu), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), será realizado no dia 25 de abril, na EEA, em Eldorado do Sul (RS). Com apoio da Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos (Ascribu), o evento contará com mesa redonda, palestras e visitas técnicas.
A ordenha das búfalas será um dos temas do Dia do Búfalo. Conforme uma das organizadoras, Vitória Di Domênico, parceria firmada com uma consultoria permitiu a criação de um projeto piloto denominado Tambo EEA. “É uma empresa que faz projetos de sala de ordenha, de assistência e de consultoria para a pecuária leiteira. Consolidamos essa parceria no ano passado e eles desenvolveram um projeto de sala de ordenha específico para búfalos que vai ser aplicado na Estação Experimental”, detalha. A Estação Experimental conta com um rebanho de 42 búfalos. Destes, até julho, 20 fêmeas estarão em lactação.
A presidente da Ascribu, Desireé Möller, também destacou a parceria da entidade com o Gebu e a importância dos participantes acompanharem a exposição sobre o projeto Tambo EEA. “Para quem não sabe, as búfalas da Ufrgs compõem o quarto rebanho produtor de leite de búfala a fornecer para o Laticínios Kronhardt”, conta a dirigente.
A professora Amanda Motta conta que o Dia do Búfalo também terá um momento onde os estudantes serão o centro das atenções. “A mesa redonda terá a participação dos alunos de graduação e pós-graduação que vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa e de extensão dentro da Estação Experimental, mais especificamente com o rebanho de búfalas que nós temos ali, seja voltado à produção leiteira, à sanidade, reprodução ou manejo nutricional”, observa a professora.
A Estação Experimental possui, hoje, oito alunos de graduação e cinco de pós-graduação envolvidos diretamente com a bubalinocultura e que compõem a comissão organizadora do evento. Também fazem parte dois professores da universidade, uma médica veterinária e um engenheiro agrônomo da Estação Experimental.
Confira a programação abaixo:
9h30min – Credenciamento
9h45min – Abertura – Prof. Rafael Dionello
Das 10h às 11h – Palestra – Caren Ghedini, zootecnista e professora UFRGS
Das 11h às 12h – Mesa Redonda Compartilhando experiências com o búfalo dentro e fora da universidade – Zootecnistas, Médicos Veterinários, graduandos de Zootecnia e de Medicina Veterinária da UFRGS
Das 12h às 12h15min – Palestra UFRGS x Ascribu – Desireé Möller, presidente Ascribu
Das 12h15min às 12h30min – Apresentação AJAGRO Agroconsultoria – Projeto Tambo EEA
12h30min – Almoço
Das 13h30min às 16h – Visita técnica: produção e manejo de bubalinos na Estação Experimental Agronômica da UFRGS (Nutrição, Sanidade, Reprodução, Ordenha e Qualidade do Leite)
16h – Encerramento
Texto: Ieda Risco/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Búfalos afogam carrapatos e dispensam controle químico de pragas nos rebanhos

Foto: Ascribu/Divulgação
Muito se fala sobre a carne de búfalo ter menos gordura e ser mais saudável em comparação à de bovinos. Um dos fatores que influenciam é a forma com que a espécie lida com uma das mais significativas pragas dos rebanhos: o carrapato. E tudo começa com a forma com que os búfalos lidam com a regulação da temperatura corporal.
São nos meses quentes que o carrapato se prolifera. Pequeno e em grande quantidade no pasto, ele infecta os animais com muita facilidade. É com facilidade, também, que os bubalinos se livram da praga. Entrar num açude para regular sua temperatura corporal nas altas temperaturas, é fator essencial para isso. E conforme o criador e médico veterinário Antônio Carlos Trierweiller, búfalos possuem menos glândulas sudoríparas que os bovinos e por isso acabam afogando os carrapatos quando vão se banhar por cerca de quatro a cinco horas, fazem a ruminação e chegam a cochilar nos açudes. “Ele faz o seu descanso para as quatro, cinco horas da tarde sair e começar o pastoreio novamente. Com esse hábito de ficar dentro da água por várias horas, ele mata afogado os ectoparasitas, sejam carrapatos, piolhos, bernes e inclusive bicheira, que é a miíase”, explica. Ele complementa relatando que o búfalo só é acometido por carrapato quando ele não tem acesso a água para se banhar, apenas para beber, e que, em sua propriedade, onde cria búfalos desde 1980, nunca precisou de produtos químicos para controle do carrapato ou de piolho.
Trierweiller salienta que a carne do búfalo é 100% sem resíduo de nenhum ectoparasiticida. “Porque simplesmente ele não precisa, o produtor não precisa usar isso”, ressalta. O veterinário ainda alerta que o produtor não pode usar produtos à base de organofosforado no búfalo porque sua absorção é muito rápida e pode levar o animal a óbito. Destaca, também, uma vantagem: quando criados junto com bovinos, ajudam a limpar o pasto e a reduzir a infestação, beneficiando a outra espécie.
Também criador e Secretário Geral da Associação Gaúcha de Criadores de Búfalos (Ascribu), Guilherme Aydos conta que iniciou sua criação na década de 1990. Assim como Antônio Carlos Trierweiller, Aydos nunca fez aplicação de produtos químicos para o controle de pragas em seu rebanho. Ele ressalta que no Rio Grande do Sul, conforme números da Secretaria da Agricultura, o carrapato causa um prejuízo de cerca de R$ 300 milhões ao ano aos pecuaristas, seja de forma direta, ou seja, com a queda de produtividade, de carne ou de leite, ou prejuízos indiretos, pois como o animal fica mais debilitado, acaba tendo um sistema imune menos eficiente e contraindo outras doenças e problemas secundários como a tristeza parasitária bovina, transmitida pelo carrapato, que é a principal causa de morte de bovinos por doenças infecciosas no Brasil.
Contabilizando custos e ganhos com a produção, Guilherme Aydos destaca que o búfalo é uma excelente opção para produtores até mesmo diversificarem suas propriedades. “Porque isso torna a produção muito mais lucrativa, uma vez que a gente não tem esses custos, tanto com o combate do carrapato, quanto os custos do carrapato em si, quer dizer, da perda de produtividade, quanto o custo das doenças indiretas que vem com o carrapato, como em especial a tristeza parasitária bovina”, explica. Ele complementa que não é só a forma com que o animal lida com as pragas, mas o búfalo tem outras características produtivas que são bastante importantes, como, por exemplo, a precocidade, a alta taxa de ganho de peso, a longevidade de matrizes, uma ótima conversão alimentar, especialmente quando se fala de pastos mais rústicos, uma conversão alimentar bem melhor do que no bovino. Estas condições se somam à dupla aptidão, que é a possibilidade de explorar tanto a produção de leite quanto a produção de carne.
Texto: Ieda Risco/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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