Transporte
Polícia Civil indicia 19 pessoas em esquema de lavagem de dinheiro do tráfico liderado por criminoso de dentro da cadeia

Polícia Civil-MT
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste concluiu o inquérito da Operação La Catedral e indiciou 19 pessoas envolvidas em um esquema, liderado por um preso que estava na cadeia pública do município, que incluiu lavagem de dinheiro obtido com o tráfico de drogas, e ainda associação criminosa, corrupção passiva e ativa, tráfico e associação para o tráfico. O inquérito foi encaminhado nesta semana ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual.
Diante dos indícios reunidos na investigação e nos materiais apreendidos na Operação La Catedral, deflagrada em maio deste ano, a Derf de Primavera do Leste dividiu o inquérito em duas partes, uma apurou os crimes de lavagem de dinheiro, tráfico e associação para o tráfico, com quatro indiciados.
O outro grupo teve 15 indiciados e foi investigado por corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, entre eles o diretor da cadeia pública de Primavera do Leste.
Esquema de dentro da cadeia
Jandeson dos Santos Lopes, líder do esquema criminoso, foi indiciado junto com a esposa por lavagem de capitais, tráfico e associação para o tráfico de drogas. Outros dois investigados, que atuavam como sócios da empresa de transportes da qual Janderson tinha procuração, foram indiciados pelos mesmos crimes.
Quando estava na cadeia de Primavera do Leste, cumprindo pena de 39 anos de reclusão por tráfico e lavagem de capitais, Janderson agia com liberdade para continuar as atividades criminosas, inclusive, saía da unidade conduzindo seu próprio veículo para administrar o patrimônio adquirido ilicitamente, como uma transportadora, loja de materiais de construções e propriedade rural e construções imobiliárias. Ele passava o dia fora da cadeia e retornava apenas no período noturno.
A Operação La Catedral cumpriu 132 ordens de prisões preventivas, buscas, sequestro e bloqueio de bens e afastamento de função pública. A Polícia Civil apurou a existência de uma associação criminosa formada para comprar facilidades e movimentar dinheiro obtido ilegalmente, lavagem de capitais e oferta de vantagens ilícitas a servidores públicos.
Janderson foi alvo de duas operações anteriores da Polícia Civil – Três Estados e Red Money – que investigaram os crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele e a esposa tiveram os bens confiscados nas operações e foram condenados.
Porém, após pouco mais de um ano de sua transferência para a cadeia de Primavera do Leste, Janderson adquiriu um considerável patrimônio, incluindo empresas e a compra de uma frota de caminhões com reboques e semirreboques para formar a Transportadora Lopes; imóveis em Cuiabá, Primavera do Leste e Poxoréu; gado e veículos de luxo para ele e a esposa.
O período investigado pela Polícia Civil, conforme dados analisados do relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), comprovou transações realizadas entre os investigados, corroborando, assim, os vínculos típicos de associação criminosa. Entre fevereiro de 2022 e novembro do ano passado foram feitas movimentações bancárias em valores que vão de R$ 485 mil a 24 milhões de reais. Além das transações entre si, os investigados também receberam créditos e efetuaram depósitos em contas bancárias de presos ou familiares de presos.
O esquema liderado por Janderson Lopes contou com a participação do diretor da cadeia pública, que foi afastado do cargo por decisão da justiça e alvo de busca e apreensão e bloqueio de valores e sequestro de bens. As atividades ilícitas incluíam a venda de benefícios dentro da unidade prisional e, principalmente, a autorização de trabalho externo e alojamento privilegiado na cadeia. Janderson tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar a faculdade em Primavera do Leste. No entanto, foi constatado que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Transporte
Frete é um dos principais causadores do abandono de carrinhos no e-commerce

A logística está no centro das decisões do e-commerce brasileiro. Cinco em cada dez empresas que atuam no setor consideram grande o impacto do custo do frete nos carrinhos abandonados, de acordo com o estudo Panorama da Gestão Logística no E-commerce Brasileiro, realizado pela Nstech em parceria com a Frete Rápido.
O levantamento mostra que, embora o setor seja digital, a gestão logística ainda enfrenta entraves estruturais, falta de integração tecnológica e altos custos operacionais, fatores que impactam diretamente a conversão e a lucratividade das vendas.
“O e-commerce já nasceu digital, mas a logística ainda carrega muitos desafios. Falta integração entre sistemas, o rastreamento nem sempre é preciso e muitos processos ainda são manuais”, afirma Mário Rodrigues, CEO e fundador da Frete Rápido.
Entre as principais dificuldades apontadas pelas empresas no gerenciamento do transporte estão:
- gestão de tabelas e cálculo de fretes (27,7%)
- prospecção e integração de transportadoras (26,8%)
- comprovação de entrega e auditoria (16,1%)
- rastreabilidade (15,8%)
- indicadores e KPIs (13,5%)
O estudo também revela que 24,2% das empresas já perderam oportunidades comerciais por limitações nos sistemas logísticos.
A forte dependência de serviços terceirizados para as entregas é outro destaque. Cerca de 72,9% das lojas utilizam transportadoras terceirizadas, 21,3% operam com um modelo híbrido que combina frota própria e terceiros, enquanto apenas 5,8% contam exclusivamente com frota própria.
Gestão de fretes
Três em cada dez empresas analisadas ainda fazem a gestão de fretes manualmente, enquanto apenas 20,3% utilizam soluções como Gateway ou TMS de forma integral. Já o modelo híbrido (manual e tecnologia) é adotado por 27,7% das operações.
A falta de controle sobre custos, visibilidade em tempo real e integração com parceiros afeta não só a experiência do cliente, mas também as margens de lucro, já pressionadas pela escalada dos preços logísticos.
“A logística deixou de ser uma função de retaguarda para se tornar protagonista, impactando diretamente indicadores como conversão, recompra e lucratividade. Com consumidores cada vez mais conectados e exigentes, a entrega precisa ser rápida, rastreável e flexível — com opção de escolha de dia e horário”, destaca Diego Gonçalves, COO de embarcador da Nstech.
Expectativas para os próximos anos
O relatório traça uma visão de futuro para a logística no e-commerce, destacando investimentos em automação, omnichannel e novos modelos operacionais. Entre os entrevistados:
- 38,7% consideram fundamental implantar um novo sistema de gestão logística já no próximo ano
- 20% planejam trocar de sistema e revisar processos
- 31,3% pretendem expandir para marketplaces
- 29,7% adotam ou planejam operar com multiorigem ou dark store
- 24,8% querem ampliar o uso de ship from store
Quanto às projeções de crescimento para 2025 e 2026, 43,5% esperam expansão de 10% a 30%, 27,4% de 30% a 50%, 6,5% até 100% e 4,8% mais de 100%. Com a chegada de grandes datas do varejo, como Black Friday e Natal, a preparação logística torna-se ainda mais estratégica.
Imagem: Envato
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Transporte
Sema apreende trator Sema apreende trator e toras de madeira ilegal durante ação em Marcelândia

Sema – MT
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apreendeu, nesta quarta-feira (8.10), um trator de rodas e cerca de 100 toras de madeira durante fiscalização no município de Marcelândia. A atuação faz parte das ações da Operação Amazônia, que será realizada até sexta-feira (10.10).
A ação se deu depois de alertas de desmatamento serem emitidos pela plataforma de monitoramento por satélite Planet, que demonstrou a extração recente de aproximadamente 50 hectares de madeira para degradação, com o objetivo de abrir uma estrada. O desmate foi realizado sem autorização.
Em campo, a equipe flagrou a atividade ilegal e constatou a grande quantidade de madeira já em toras. Não havia ninguém no local.
Tanto o trator quanto a madeira serão encaminhados à Prefeitura de Terra Nova do Norte.
Operação Amazônia
A Operação Amazônia foi colocada em prática por órgãos estaduais e federais sob a coordenação da Sema. As equipes contam com auxílio de equipamentos de monitoramento em tempo real por satélite de todo o território de Mato Grosso e mantêm fiscalização contínua no local onde é identificado o crime ambiental.
A ferramenta, contratada pelo REM, age de forma preventiva, minimiza os danos, aumenta a celeridade na resposta, facilita a responsabilização e permite o embargo da área de forma imediata por meio do monitoramento diário e alertas semanais de desmatamento.
Os agentes também apreendem e removem maquinários flagrados em uso para o crime, efetivando a responsabilização, já que a apreensão de bens promove a descapitalização do infrator.
Denúncias
Os crimes ambientais devem ser denunciados à Ouvidoria Setorial da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, pelos números 3613-7398 e 98153-0255 (por telefone ou WhatsApp), pelo e-mail [email protected], pelo Fale Cidadão da CGE ou em uma das regionais da Sema.
Com supervisão de Clênia Goreth
Yasmin Yegros* | Sema – MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Transporte
Com 92% de casos solucionados, Rondônia fica atrás apenas do DF no ranking de homicídios esclarecidos

© Arthur Amaral
Rondônia voltou a se destacar no cenário nacional pela eficiência no combate à impunidade. O estado alcançou 92% de esclarecimento dos homicídios registrados no período analisado pelo relatório “Onde mora a impunidade? — Indicador Nacional de Esclarecimento de Homicídios (2025)”, elaborado pelo Instituto Sou da Paz. O desempenho garantiu a segunda colocação no ranking nacional, ficando atrás apenas do Distrito Federal (96%). A média brasileira é de 36%.
O governador Marcos Rocha atribuiu o resultado aos investimentos em estrutura, tecnologia e capacitação das forças de segurança, além do trabalho técnico da Delegacia de Homicídios, que tem se tornado referência pela agilidade na resolução de casos complexos.
Papel do DHPP
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil é apontado como peça central nesse avanço. A unidade atua com métodos modernos de investigação, cruzamento de dados, ferramentas de inteligência e integração com outras instituições, como a Polícia Técnico-Científica, a Polícia Militar e o Ministério Público. Essa articulação tem permitido elucidar a maioria dos casos em curto prazo, garantindo resposta rápida às famílias das vítimas.
Integração e investimentos
O secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Felipe Vital, destacou que o índice é resultado de planejamento e dedicação das equipes. “A Delegacia de Homicídios tem sido protagonista nesse avanço nas investigações. Os investimentos em viaturas, armamentos, equipamentos e tecnologia reforçam a qualidade do trabalho policial e tornam Rondônia uma referência nacional em resolução de homicídios”, afirmou.
Rondoniagora
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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