Agronegócio
Vendas internas de açúcar cristal voltam a superar exportações, aponta Cepea

Divulgação
Na última semana, os cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicaram que as vendas internas de açúcar cristal no Brasil voltaram a proporcionar melhor remuneração aos produtores do que as exportações. Essa tendência é atribuída principalmente às recentes quedas nas cotações internacionais do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures), somadas à manutenção da taxa de câmbio em patamares elevados.
A liquidez do mercado spot, captada pelo Cepea, manteve-se praticamente estável em relação à semana anterior, com compradores ainda optando por negociar apenas quantidades reduzidas de açúcar, de acordo com a demanda imediata. Isso reflete um cenário de vendas no varejo que ainda não demonstram recuperação significativa. Segundo os pesquisadores do Cepea, esse comportamento dos compradores é uma consequência direta das condições do mercado, que permanece cauteloso e incerto.
Outro fator que influencia a dinâmica do mercado interno é o recebimento de açúcar fixado em contratos, que continua a ser uma prática comum entre os agentes do setor. Este açúcar já contratado complementa a oferta disponível no mercado spot, afetando a decisão dos compradores quanto à aquisição de volumes adicionais.
A diferença de rentabilidade entre as vendas internas e externas reforça a preferência momentânea dos produtores pelo mercado doméstico, apesar das tradicionais vantagens associadas às exportações, como a demanda constante e a possibilidade de fixação de preços em moeda estrangeira. No entanto, com a queda dos preços do açúcar demerara no mercado internacional, a atratividade das exportações foi reduzida, levando os produtores a voltarem seu foco para as oportunidades internas, onde conseguem garantir margens de lucro mais favoráveis.
Esse cenário evidencia a complexidade do mercado açucareiro brasileiro, onde a oscilação entre preferências por exportações ou vendas internas é fortemente influenciada por fatores como cotações internacionais, taxa de câmbio e condições econômicas internas. As perspectivas para as próximas semanas dependerão, em grande medida, da evolução desses fatores e da capacidade do mercado doméstico de absorver a oferta disponível de açúcar cristal.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Governo do RS compra leite em pó para aliviar crise no setor lácteo

Foto: Pixabay
Anunciada nesta quarta-feira (19/11), a compra de 2,2 mil toneladas de leite em pó pelo governo do Rio Grande do Sul marca uma tentativa concreta de amenizar a crise de excesso de oferta que atinge o setor lácteo. Segundo dados divulgados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a medida era esperada desde o final de 2024, especialmente após os impactos causados pelas enchentes.
O valor destinado à aquisição é de R$ 86,5 milhões, conforme detalha a chamada pública nº 0004/2025, publicada no Diário Oficial do Estado. Os recursos são provenientes do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) e limitam-se à compra de produtos de cooperativas com produção local. O leite será destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social e nutricional entre dezembro de 2025 e maio de 2026.
A operação foi vista como um passo importante para o escoamento da produção excedente, pressionada pelas importações de leite em pó do Uruguai e da Argentina. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca que a medida, embora restrita às cooperativas, beneficia todo o setor ao ajudar a reduzir os estoques no mercado interno.
O secretário de Desenvolvimento Rural do RS, Vilson Luiz Covatti, reforçou o compromisso do governo estadual: “Estamos tomando essa atitude, juntamente com o governador Eduardo Leite, para fazermos a nossa parte frente à crise”.
A ação gaúcha reacende a expectativa por medidas em âmbito federal. Segundo o Sindilat, o setor reivindica a suspensão das licenças automáticas de importação e pleiteia compras públicas da União, além da criação de políticas de incentivo para indústrias alimentícias que adquiram leite em pó e queijo muçarela de produtores nacionais.
Mesmo com a iniciativa estadual, a pressão sobre os produtores permanece alta. A combinação de fatores como desastres climáticos e importações sem controle tem causado prejuízos e ameaçado a sustentabilidade econômica de milhares de produtores rurais no país.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Carne suína ganha força no mercado interno e externo

Foto: Pixabay
A carne suína manteve competitividade no mercado interno em setembro, segundo a edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O documento aponta que o produto “tem se mostrado competitivo frente à bovina”, embora a disputa “permaneça acirrada com o frango”. A combinação entre maior demanda e oferta limitada deve pressionar os preços nos próximos meses, em um cenário em que as compras domésticas tradicionalmente aumentam no segundo semestre.
O custo de produção em Goiás registrou queda no terceiro trimestre. “O valor foi de R$ 6,25 por quilo, uma redução de 6,2% em comparação ao trimestre anterior”, informou a Embrapa. Já o Cepea destacou melhora no poder de compra dos produtores em relação ao farelo de soja, condição que “favorece o setor da suinocultura”.
No mercado externo, as exportações brasileiras de carne suína atingiram, em setembro de 2025, um marco histórico para o mês. Foram embarcadas 148 mil toneladas, alta de 25,9%, com faturamento de US$ 365,2 milhões, avanço de 30%, para 88 destinos. O desempenho reflete, segundo o informativo, “um mercado aquecido e o fortalecimento dos mercados já existentes, além do alcance de novos destinos”.
Goiás também obteve resultados expressivos, com recorde no número de compradores e o melhor desempenho para o período em sete anos. Entre janeiro e setembro de 2025, tanto a carne suína brasileira quanto a goiana registraram valorização no preço por tonelada em todos os meses, acompanhada de aumento no valor exportado. Para o estado, Singapura, Vietnã, Geórgia e Chile ampliaram as aquisições ao longo do período.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Mercado do boi mantém estabilidade no país

Foto: Divulgação
De acordo com a análise divulgada nesta quarta-feira (19) no informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, o mercado do boi gordo em São Paulo manteve estabilidade nas cotações. A consultoria destacou que, “apesar das especulações e das incertezas momentâneas relacionadas à salvaguarda de importação chinesa, no mercado físico os preços se mantiveram estáveis”.
Segundo o levantamento, os frigoríficos continuaram as compras mesmo diante da oferta contida. As escalas de abate permaneceram, em média, em oito dias, com animais provenientes principalmente de confinamentos, o que resultou em cotações inalteradas na comparação diária.
No Pará, o informativo apontou que as ofertas seguiram enxutas, sem alteração no comportamento do mercado. Já no Tocantins, houve diminuição na oferta de bovinos, o que reduziu as escalas de abate para cerca de sete dias. Ainda assim, conforme a análise, “os preços permaneceram estáveis na comparação diária”.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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