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Greve do Ibama provoca crise econômica no setor florestal de Mato Grosso

Fotos: Assessoria
Indústrias do setor de base florestal de Mato Grosso estão enfrentando uma crise sem precedentes devido à greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). A paralisação que completa 42 dias está causando sérios prejuízos econômicos, com mais de 220 contêineres retidos na região portuária, aguardando a liberação de documentação essencial para a comercialização, como a LPCO (Licença de Produtos Controlados pelo Ibama). Sem a autorização oficial, as indústrias mato-grossenses ficam impedidas de exportar.
O caos que se abateu sobre as empresas do setor florestal está demonstrado nos indicadores de exportação. De janeiro a junho, as indústrias madeireiras de Mato Grosso registraram saldo negativo, 22% menor que no mesmo período do ano passado, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) tem recebido inúmeras reclamações de seus associados. Muitos empresários relatam que a situação se tornou insustentável, com a greve levando à perda total de suas receitas.
De acordo com o presidente do Cipem, Ednei Blasius, os empresários do setor florestal de Mato Grosso estão enfrentando um colapso financeiro. “Hoje, o empresário exportador só recebe a receita, o faturamento, quando os contêineres são liberados no navio, mediante um documento chamado BL (Bill of Lading). E isso não está acontecendo. Temos mais de 220 contêineres retidos. Com isso, os empresários perderam completamente sua capacidade de receita e geração de faturamento, impossibilitando o cumprimento de compromissos financeiros, inclusive com o quadro de funcionários”, afirma Blasius.
A paralisação das atividades dos serviços ambientais federais tem provocado um efeito dominó negativo na economia, levando ao atraso nos pagamentos bancários e na arrecadação de impostos. Muitos empresários consideram suspender as operações e demitir funcionários como medidas paliativas. “Os créditos tomados em banco estão começando a ser atrasados. Muitos já falam sobre iniciar o processo de paralisação e demissão, porque não vão conseguir honrar os compromissos. Não estão conseguindo mais pagar fornecedores”, desabafa Blasius.
Outro problema que se apresenta no horizonte das exportações são as recentes inclusões de espécies na Lista da Cites (Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção), condicionando sua comercialização à emissão do NDF (Non Detriment Findings), Parecer de Extração Não Prejudicial.
“Faltam 3 meses para o início da vigência da inclusão na Cites e o procedimento do NDF sequer foi estabelecido, mesmo com todo o rigoroso regramento já existente da produção madeireira e da sua autorização para exportação. Frise-se que há anos o setor de base florestal reivindica uma padronização de análises de licenças pelo Ibama, para que tenha procedimentos claros, transparentes e exequíveis, porém, sem sucesso”, conclui o presidente do Cipem.
Cipem solicita medidas urgentes
O Cipem apresentou oficialmente, por meio de ofício, as dificuldades enfrentadas pelos empresários de base florestal ao Ministério dos Portos e Aeroportos. No ofício dirigido ao ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Serafim Costa Filho, o Cipem destacou os desafios enfrentados pelo setor desde 2020 para exportar cargas de madeira legal, sendo a morosidade e a falta de padronização nas análises e na emissão de licenças os principais obstáculos. A entidade solicitou apoio para encontrar uma solução junto aos órgãos envolvidos, em especial o Ibama, em relação à greve dos servidores.
Além disso, o Cipem pediu que sejam formadas equipes em regime de “força-tarefa” para proporcionar a devida celeridade nas análises, sob pena de colapso no setor de base florestal brasileiro, que é tão importante para a geração de emprego e renda no país.
O Cipem representa 8 sindicatos de indústrias do segmento da madeira e móveis de Mato Grosso, entidades filiadas também à Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e à Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Gabriela Carvalho/AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Expectativa positiva marca contagem regressiva para os julgamentos do Mundial Braford

Foto: Gustavo Rafael/Divulgação
Com a proximidade do 9º Congresso Mundial da Raça Braford, a expectativa dos jurados que irão avaliar os animais durante o evento cresce a cada dia. A programação começa no dia 28 de abril com a Gira Técnica por propriedades selecionadas e segue até 4 de maio no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), reunindo criadores, técnicos e representantes de diversos países envolvidos no desenvolvimento da raça.
Entre os jurados da exposição está Ciro Manoel Canto Freitas, que compartilha a responsabilidade com Celina Maciel. Para Ciro, a honra de compor a mesa de julgamento do Mundial representa um reconhecimento importante. “É uma satisfação muito grande ser convidado para julgar essa exposição do Mundial, juntamente com a Celina. Me sinto muito honrado pela confiança da associação e dos criadores de nos designarem essa tarefa tão significativa que é classificar os animais da raça Braford”, afirma. Segundo ele, a expectativa é de uma exposição com excelente representatividade. “Acho que teremos um grande número de animais e, principalmente, uma qualidade muito boa. O Braford é uma raça que vem crescendo, melhorando, evoluindo e buscando espaço em todo o Brasil”, reforça.
Celina Maciel, que tem mais de quatro décadas de envolvimento direto com a raça, também projeta uma edição histórica do evento. “Nossa expectativa é de uma grande exposição, tanto em volume quanto em qualidade genética, já que estarão presentes os melhores criatórios da raça. Foi uma grata satisfação ser convidada junto com o Ciro para compor a dupla de jurados do Congresso Mundial da Raça. Convidamos a todos para estarem conosco nesse grande evento”, convida.
Os julgamentos do Mundial Braford contarão com a arbitragem de Paulo Azambuja. A programação completa do Congresso inclui, além da Gira Técnica e da Exposição, painéis técnicos, atividades de campo, ações de promoção da carne e momentos de confraternização entre os criadores brasileiros e estrangeiros. O Mundial Braford é promovido pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e contará com a participação de delegações da Argentina, Uruguai, Paraguai, Austrália e Estados Unidos, consolidando o evento como um dos principais do calendário internacional da pecuária de corte.
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Remate Crioulos JA e Cabanha Mais Um fecha com média de R$ 27,9 mil e liquidez

Foto: Divulgação
O remate Crioulos JA e Cabanha Mais Um, ambas de São Lourenço do Sul (RS), realizado de forma virtual no dia 16 de abril, atingiu liquidez total. Com a batida do martelo do diretor e leiloeiro da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, o leilão teve 33 lotes de cavalos e éguas Crioulas em oferta.
Conforme Silva, o remate atraiu compradores de Santa Catarina, Paraná, Piauí, Maranhão, Amazonas, além de criadores do Rio Grande do Sul. Com média de R$ 27,9 mil, o leilão também registrou a marca de R$ 80 mil com a comercialização da égua JA Havaiana para a Estância da Liberdade, de Rolante (RS).
O remate foi transmitido pela Trajano Web e pelo Lance Rural. Com o sucesso de vendas do remate, a leiloeira e os gestores da Crioulos JA e Cabanha Mais Um já organizam nova venda para o mês de outubro.
Texto: Ieda Risco/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Temporada de Outono promete reaquecimento e reabilitação na pecuária gaúcha

Foto: Caco Loureiro de Souza/Divulgação
A temporada de outono da pecuária gaúcha já se desenha como um período de reaquecimento no setor. Tradicional época de comercialização de terneiros e reprodutores, o primeiro semestre de 2025 chega marcado por uma demanda equilibrada e um cenário de recuperação de preços, movimentando produtores, leiloeiras e criadores em todo o Rio Grande do Sul.
De acordo com o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, há uma expectativa de grande procura no mercado. “A temporada de outono está se antevendo muito otimista. O terneiro bom, de primeira classe, está valendo R$ 15,00 o quilo”, afirma. Segundo ele, parte dessa movimentação se deve à migração de alguns agricultores que, diante de dificuldades climáticas consecutivas e de preços das culturas como soja e arroz, vêm substituindo parte de áreas de lavoura pela pecuária. “Acredito em números satisfatórios”, projeta.
Para o diretor comercial da GAP Genética, João Paulo Schneider, o Kaju, o setor vive um período de reabilitação e reaquecimento. “Ingressando agora em abril, vemos uma pecuária se reerguendo. Há muitos eventos acontecendo, como o Mundial Braford, e ações já em andamento para o Mundial Brangus de 2026. A intensa agenda de julgamentos, leilões e atividades em Esteio agita o mercado gaúcho e ajuda a dar fôlego aos negócios”, comenta. Ele destaca ainda o papel de eventos estratégicos como a Expoutono, em Uruguaiana (RS), que chega ao seu terceiro ano consolidada como referência no calendário do outono. “A raça Brangus teve papel decisivo para consolidar essa feira, que consegue reunir interesses de todo o Estado”, ressalta.
Um dos grandes destaques dessa movimentação será o leilão da GAP Genética, nos dias 7 e 8 de maio, que deve balizar os preços do mercado. A marca inova ao oferecer um volume inédito de 600 fêmeas com prenhez confirmada, reforçando a confiança do setor na liquidez do momento. “É um semestre de bastante movimento, de recuperação do mercado e da comercialização. Estamos bastante confiantes e, junto com a Trajano, acreditamos que será um grande leilão”, completa Kaju.
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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