Agricultura
Governo de São Paulo lança pacote de R$ 10 milhões para produtores rurais afetados por incêndios
O governo do estado de São Paulo anunciou, no domingo (25), um pacote de ações no valor de R$ 10 milhões para apoiar produtores rurais que foram severamente impactados pelos recentes incêndios florestais. A medida foi lançada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado em resposta à situação de emergência que levou 41 cidades ao alerta máximo de perigo de fogo no último fim de semana.
Apoio financeiro e segurança jurídica
O pacote de ajuda inclui quatro diretrizes principais. A primeira, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), oferece aos produtores afetados um acesso emergencial de até R$ 50 mil com juro zero. Esse recurso poderá ser utilizado para despesas de manutenção e recuperação das propriedades afetadas.
A segunda frente visa a garantir segurança jurídica para os produtores rurais, com a emissão de um termo emergencial que impede a aplicação de multas ou sanções pelos órgãos fiscalizadores, considerando o estado de calamidade pública. Os produtores devem procurar a Casa da Agricultura de seus municípios para obter esse documento.
Outra ação importante do pacote envolve a colaboração com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). As propriedades rurais danificadas pelos incêndios serão incluídas nos programas habitacionais do estado, com o objetivo de recuperar as moradias atingidas.
Por último, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento está em contato com empresas de nutrição animal e de insumos agropecuários para facilitar a aquisição de itens necessários para a reconstrução das propriedades rurais. O documento emitido pela Secretaria permitirá descontos na compra desses produtos.
Subvenção ao seguro rural e ações emergenciais
Além do pacote financeiro, o governo estadual está ampliando o suporte por meio da subvenção ao seguro rural. Em 2024, foram disponibilizados R$ 100 milhões para o seguro rural, ofertados pelo Feap com subvenções que variam entre 25% a 30%, dependendo da cultura produtiva. O limite para cada produtor rural é de R$ 25 mil, e qualquer produtor prejudicado pode acessar esse crédito para aliviar os impactos das perdas causadas pelos incêndios e outras intempéries.
Decreto de situação de emergência
O governador Tarcísio de Freitas decretou estado de emergência por 180 dias em 45 municípios paulistas devido aos incêndios florestais que ocorreram entre 4 e 24 de agosto. Segundo o monitoramento da Defesa Civil, 24 cidades enfrentam focos ativos de incêndio, e 41 estão em alerta máximo devido às condições climáticas adversas, como a baixa umidade do ar e a onda de calor.
Esforços de combate e monitoramento
O governador sobrevoou as áreas mais atingidas e enfatizou o esforço conjunto para combater os incêndios, com especial atenção à situação crítica de Ribeirão Preto. A operação conta com o apoio do governo federal, Forças Armadas, Polícia Militar, Força Aérea Brasileira, e setor privado, incluindo o setor canavieiro, que está contribuindo com carros-pipa e brigadistas. Mais de 7.300 profissionais e voluntários estão mobilizados.
O pacote de ações emergenciais visa não apenas a recuperação imediata das áreas afetadas, mas também a proteção dos produtores rurais e a minimização de futuras perdas econômicas.
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Agricultura
No pódio do agro: a produtora de soja premiada que ‘abraçou’ a sustentabilidade
“Me apaixonei pelo agronegócio.” Essa é a frase que resume a trajetória de Vanessa Bomm, arquiteta de formação e produtora de soja que, por escolha, decidiu se arriscar no mundo do pai e se apaixonou pelo campo. No início, a agricultora, natural de Palotina, conciliava sua rotina entre obras e lavouras, dois universos distintos, mas ainda predominantemente dominados por homens.
Após 20 anos de profissão como arquiteta, Vanessa decidiu trocar a fita métrica pelas máquinas. “Quando entrei no mundo do plantio, sabia que estava entrando em um grupo muito masculino e estava acostumada a lidar com isso, porque nas obras a maioria eram homens”, diz a produtora.
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Aprendizado semeado
Há sete anos, Vanessa semeia a soja na propriedade de sua família, no município de Terra Roxa. Neta de italianos vindos do Rio Grande do Sul, ela sempre teve uma conexão com o campo, embora tenha iniciado sua trajetória profissional em outra área. Quando seu pai a convidou para se juntar a ele na lavoura, ela não hesitou. Ouviu o chamado do patriarca e não pensou duas vezes. Mergulhou de cabeça.
Desde então, Vanessa tem vivido e aprendido o ritmo e os desafios do agro e as coisas têm caminhado de forma promissora. Com muito trabalho e dedicação, ela ajudou a consolidar o sucesso da propriedade. “Estamos passando por anos com desafios. Nem sempre conseguimos demonstrar uma grande produção, mas sabemos que não perderemos tudo se adotarmos práticas sustentáveis e outras estratégias.”
Para ela, o segredo está em adaptar-se às dificuldades do clima e do solo, sem deixar de lado uma abordagem responsável e inovadora para garantir a produtividade e a longevidade da lavoura.
Sustentabilidade adotada pela produtora de soja
Vanessa diz que mesmo com muitos desafios, como o clima e as condições do solo, a adoção de práticas mais sustentáveis tem mostrado resultados positivos na lavoura de soja+. “Hoje, técnicas como o plantio de cobertura e a diversificação de raízes têm contribuído para reduzir os impactos no ambiente e criar um sistema produtivo mais resiliente.” Segundo a produtora, as práticas melhoram a qualidade do solo e ajudam a manter a água no solo e a reduzir a erosão, tornando o sistema agrícola mais robusto. Descarbonizacao de carbono, sequestro de carbono.
A produtora faz parte do Programa PRO Carbono, iniciativa da Bayer, voltada à inovação para uma agricultura sustentável. Algumas ferramentas, desenvolvidas em parceria com a Embrapa, se destacam pela criação de técnicas de baixa emissão e sequestro de carbono, além de quantificar os benefícios ambientais.
E o controle de pragas não fica de fora! O plantio de cobertura, com plantas como aveia, nabo, trigo mourisco, sorgo, milheto e capins braquiária e crotalária, além de controlar pragas de maneira ecológica, protege o solo contra a erosão, melhora a retenção de água e cria um ambiente mais saudável para o crescimento das culturas.
Quando Vanessa entrou para o universo do agro, pôde perceber a dimensão do setor e sua importância para o Brasi. A produtora também destacou a transformação tecnológica que a agricultura está vivendo, com o uso crescente de agricultura digital e tecnologias como o feed view para monitoramento das lavouras.
“No ano em que entrei na fazenda, pude visualizar o impacto dessas inovações no campo. Com o auxílio dessas ferramentas, consegui perceber o desempenho de cada talhão, facilitando o manejo e a tomada de decisões mais assertivas”, detalha Vanessa.
No pódio do agro
Em outubro deste ano, a produtora de soja conquistou o primeiro lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria Grande Propriedade. Essa é uma premiação que reconhece as contribuições das mulheres no setor agropecuário. O reconhecimento, que celebra o impacto feminino no agro, marca um dos maiores feitos na trajetória de Vanessa que, ao longo dos anos, tem se dedicado a transformar o campo por meio de práticas sustentáveis, inovação tecnológica e um trabalho que integra tradição e modernidade no agronegócio.
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Agricultura
Exportações de soja devem ultrapassar 2 milhões de toneladas
As exportações brasileiras de soja em grão devem somar 2,456 milhões de toneladas em novembro, segundo o levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). No mesmo mês de 2023, as exportações de soja atingiram um volume expressivo de 4,599 milhões de toneladas. Segundo a Safras & Mercado, em comparação, em outubro de 2024, o Brasil embarcou 4,443 milhões de toneladas, evidenciando uma leve redução, mas ainda mantendo um ritmo forte de exportações.
Na semana encerrada em 23 de novembro, o Brasil exportou cerca de 480 mil toneladas de soja. Para o período de 24 a 30 de novembro, a ANEC estima um aumento nos embarques, com a previsão de exportação de mais de 660 mil toneladas, o que indica uma aceleração no ritmo de embarques até o final do mês.
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Quanto ao farelo de soja, as exportações devem registrar um volume semelhante ao do ano passado, com uma leve queda em relação ao mês anterior. Em novembro, a expectativa é de embarques próximos a 1,9 milhão de toneladas, um valor inferior ao exportado em 2023, mas consideravelmente abaixo do total de outubro de 2024. Na última semana, as exportações de farelo de soja somaram pouco mais de 370 mil toneladas, com uma previsão de aumento nos embarques para o final deste mês.
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Agricultura
Ministro apoia PL da Reciprocidade, que protege exportações brasileiras de regras desiguais
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, manifestou apoio ao projeto de lei 1406/2024, o chamado PL da Reciprocidade, em declaração realizada nesta terça-feira (26). A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, busca impedir que exportações brasileiras sofram prejuízos devido a regras ambientais consideradas rigorosas e desiguais impostas por outros países.
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O projeto prevê a não aceitação de acordos internacionais que possam restringir de forma discriminatória o comércio de produtos brasileiros. Segundo Fávaro, o Brasil já adota normas sanitárias e ambientais rígidas, garantindo uma produção de alimentos sustentável e respeitosa ao meio ambiente.
“É muito cabível que a gente possa cobrar a reciprocidade”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil está preparado para discutir boas práticas ambientais, rastreabilidade e transparência em seus processos com qualquer país ou bloco comercial. O objetivo é assegurar aos consumidores a qualidade e a sustentabilidade dos produtos brasileiros.
O que diz o PL 1406/2024?
O PL propõe alterações na Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Entre as mudanças, está a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais.
O programa terá como função acompanhar as políticas ambientais de países que mantêm relações comerciais com o Brasil, garantindo isonomia e cobrando a aplicação de práticas sustentáveis globalmente.
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