Agricultura
Produtores driblam dificuldades e investem no cultivo do feijão em Mato Grosso

Foto: Assessoria
Altos custos, falta de energia e mosca branca. Produzir feijão em Mato Grosso não tem sido fácil para os agricultores. No entanto, muitos produtores têm conseguido driblar as dificuldades e investido no grão. Apenas na safra 2023/2024 foram 170 mil hectares plantados, com colheita de aproximadamente 300 mil toneladas. O feijão tem sido utilizado como opção para a 3ª safra, que tem sido possível por causa da irrigação.
Produtor de feijão há seis anos em Vera (458 km ao norte de Cuiabá), Rodrigo Pozzobon aliou o grão à soja, milho e arroz que já cultivava. Ele planta feijão carioca e preto, que são destinados, em sua maioria, ao mercado brasileiro, em uma área de 700 hectares.
“Com a instalação da irrigação, uma cultura viável é o feijão. É mais rentável uma 3ª safra do que a aquisição de novas áreas. O mais importante é manter a terra trabalhando e extrair o máximo potencial dela. Temos enfrentado uma rentabilidade que não está como esperávamos, então vamos aguardar mais alguns meses para comercializar o feijão enquanto ele fica guardado em uma câmara fria, sem perder a qualidade e esperando por preços mais remuneradores”, afirma Pozzobon.
“O feijão tem um ciclo rápido, de até 75 dias, então é esperado um aumento da área plantada com o aumento dos preços pagos aos produtores. Temos enfrentado muitas dificuldades, mas esse grão segue sendo muito viável para a 3ª safra. Mato Grosso é o 4º maior produtor de feijão do país, o que demonstra a viabilidade dessa cultura, mesmo com adversidades encontradas pelo caminho”, explica Hugo Garcia, que é agrônomo, produtor de feijão e presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT).
Quem também acredita no feijão é o engenheiro agrônomo e consultor agronômico Ademir Gardin, que planta o grão há 12 anos e é proprietário da AD Agronomia. Ele reclama de um problema que tem afetado a produção e, consequentemente, aumentando os custos: a dificuldade com a energia elétrica.
“A qualidade do fornecimento de energia é muito ruim. Muitos produtores estão reclamando. Tem pivô de irrigação parado durante o período que poderia trabalhar por conta da baixa qualidade da energia. Isso acaba aumentando o custo, porque tem que trabalhar nas horas em que a energia é mais cara. E ainda enfrentamos a questão da mosca branca, que trouxe dificuldades a quem produz”, explica Gardin.
Segundo o presidente da Aprofir-MT, o déficit energético no estado tem prejudicado o agronegócio, principalmente nas culturas que utilizam mais a irrigação, como o feijão. “Já há algum tempo temos buscado soluções junto à concessionária, mas a realidade vivida no campo é de não ter energia suficiente para abastecer as fazendas. São quedas, oscilações e até falta de energia que afetam diretamente na produção”, pondera Hugo Garcia.
Mesmo com essas dificuldades, que aumentam os custos do cultivo e reduzem a rentabilidade, para o engenheiro agrônomo e proprietário da Agrossistemas, Edson Pina, a tendência é que o mercado volte a se recuperar e os preços a subir.
“O feijão já teve momentos bons, mas a produção de uma forma mais ampla é recente, tem uns 20 anos. Hoje os preços não estão como gostaríamos, mas os produtores têm acreditado e investido nessa 3ª safra, especialmente com o aumento da área irrigada. Essas oscilações fazem parte, mas podem impactar a produção, principalmente para o abastecimento do mercado interno. Ainda é difícil prever a próxima safra, mas temos expectativas de que haja essa melhora no mercado em breve”, avalia o proprietário da Agrossistemas.
Redação/AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Potencial de produtividade da safra brasileira de soja pode cair, diz consultor americano

O potencial de produtividade da nova safra brasileira de soja pode estar em risco, disse em nota o consultor Michael Cordonnier.
Ele adotou uma postura mais cautelosa em relação às perspectivas para a soja que está sendo plantada agora, devido ao clima excessivamente úmido em algumas áreas e muito seco em outras.
Nas regiões mais ao norte do Brasil que estão enfrentando seca, os agricultores precisam que as previsões de chuva se confirmem, com pouca margem para erro.
“Se a previsão se confirmar, ainda não é tarde para plantar soja nessas áreas do Nordeste e do Norte, mas o clima precisará cooperar no restante da temporada de cultivo para que sejam alcançados rendimentos normais”, disse.
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Agricultura
Lula sanciona lei que transfere capital para Belém temporariamente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira (4) a lei que transfere, temporariamente, a capital brasileira de Brasília para Belém (PA).
A mudança tem validade durante o período de realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), entre 11 e 21 de novembro de 2025. A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional. A Lei 15.251 foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
De acordo com o governo, a transferência temporária tem caráter simbólico e político e “reforça a relevância da Amazônia na agenda ambiental internacional”, além de evidenciar o compromisso do país com as questões globais do clima.
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Todos os atos e despachos expedidos nesse intervalo, inclusive os do presidente da República e dos ministros, terão o registro da capital paraense. Durante o período, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderão se instalar na cidade de Belém para a condução de suas atividades institucionais e governamentais.
Caso semelhante já ocorreu em 1992, quando a capital federal foi transferida para o Rio de Janeiro, durante a realização da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92.
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Agricultura
Preço da arroba do boi em Mato Grosso do Sul se aproxima de São Paulo

O Indicador Boi Datagro, adotado pela B3 como referência para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro, mostra os preços da arroba em elevação nesta terça-feira (4).
Mato Grosso do Sul se aproxima da praça-base São Paulo nas cotações. No estado do Centro-Oeste, a indicação média ficou em R$ 321,11, enquanto em território paulista foi precificada em R$ 322,98.
De acordo com a analista de mercado da Datagro, Beatriz Bianchi, esse movimento é reflexo da maior competição das indústrias e também do reposicionamento das escalas de abate que seguem apresentando quedas cadenciadas.
“A oferta de boi gordo começa a apresentar sinais de retração, com queda na disponibilidade de fêmeas, fator já esperado pelo período do ano com a chegada da estação de monta”, detalha.
Já do lado da demanda, Beatriz ressalta que o mercado interno segue aquecido com o baixo nível de desemprego. “Mesmo com o poder de compra um pouco mais apertado, ainda há fôlego com a chegada do final do ano, com o 13º [salário] e bonificações que tendem a aquecer o consumo.”
Quanto aos embarques de carne bovina, a analista enfatiza que os resultados parciais de outubro seguem positivos, mas o câmbio se mostra um desafio para as margens da indústria exportadora.
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