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Agronegócio

Perspectivas agrícolas e macroeconômicas para 2024

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O dólar deve fechar 2024 a R$ 5,32 e 2025 a R$ 5,35 – Foto: Pixabay

 

No último relatório do Rabobank, as previsões macroeconômicas indicam que o dólar deve fechar 2024 a R$ 5,32 e 2025 a R$ 5,35. O apetite por risco, impulsionado pelo diferencial de juros e pelo fluxo comercial global, está valorizando o real no curto prazo. No entanto, riscos de depreciação surgem devido à potencial alta de juros no Japão e incertezas fiscais no Brasil.

Em relação aos fertilizantes, o mercado tem permanecido estável nos últimos meses, à medida que se aproxima o período de plantio da próxima safra. Contudo, a preocupação com os altos custos do fósforo continua a limitar a entrega de fertilizantes, especialmente em 2024.

No setor de açúcar e etanol, os preços em Nova Iorque superaram os 20 USc/lp em meados de setembro, refletindo a severidade da seca no centro-sul do Brasil. Para o café, os preços no Brasil estão em alta, com o conilon superando o arábica. A valorização é impulsionada por problemas no Mar Vermelho, incertezas na oferta do Vietnã e Brasil, além de uma alta demanda pelo conilon brasileiro.

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No segmento da soja, a expectativa é de aumento nas áreas plantadas no Brasil, Argentina e EUA, o que pode contribuir para a recomposição dos estoques globais de soja até o final de 2024/25. Por outro lado, no Brasil, as margens estreitas esperadas para o milho no ciclo 2024/25 indicam uma provável redução da área plantada de milho safrinha.

Quanto ao algodão, o avanço da colheita nos Estados Unidos pode aumentar a disponibilidade da pluma, reforçando uma tendência de preços em baixa nos próximos meses. No mercado do boi, a menor oferta de fêmeas para abate desacelera a produção de carne bovina, favorecendo a valorização do boi gordo e indicando uma possível inversão de tendência.

Finalmente, os preços globais do suco de laranja (FCOJ) devem permanecer em níveis recordes no quarto trimestre, com problemas adicionais em São Paulo devido à estiagem prolongada e altas temperaturas. A oferta de leite, menor do que a esperada no terceiro trimestre, juntamente com a demanda firme, deve sustentar os preços no final do ano, mesmo com importações elevadas. Por outro lado, o mercado de celulose deve passar por um ciclo de queda de preços, impulsionado pelo aumento da oferta global e uma demanda menos dinâmica na China, com recuperação prevista apenas para o segundo semestre de 2025.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Governo do RS compra leite em pó para aliviar crise no setor lácteo

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Foto: Pixabay

Anunciada nesta quarta-feira (19/11), a compra de 2,2 mil toneladas de leite em pó pelo governo do Rio Grande do Sul marca uma tentativa concreta de amenizar a crise de excesso de oferta que atinge o setor lácteo. Segundo dados divulgados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), a medida era esperada desde o final de 2024, especialmente após os impactos causados pelas enchentes.

O valor destinado à aquisição é de R$ 86,5 milhões, conforme detalha a chamada pública nº 0004/2025, publicada no Diário Oficial do Estado. Os recursos são provenientes do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) e limitam-se à compra de produtos de cooperativas com produção local. O leite será destinado a famílias em situação de vulnerabilidade social e nutricional entre dezembro de 2025 e maio de 2026.

A operação foi vista como um passo importante para o escoamento da produção excedente, pressionada pelas importações de leite em pó do Uruguai e da Argentina. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca que a medida, embora restrita às cooperativas, beneficia todo o setor ao ajudar a reduzir os estoques no mercado interno.

O secretário de Desenvolvimento Rural do RS, Vilson Luiz Covatti, reforçou o compromisso do governo estadual: “Estamos tomando essa atitude, juntamente com o governador Eduardo Leite, para fazermos a nossa parte frente à crise”.

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A ação gaúcha reacende a expectativa por medidas em âmbito federal. Segundo o Sindilat, o setor reivindica a suspensão das licenças automáticas de importação e pleiteia compras públicas da União, além da criação de políticas de incentivo para indústrias alimentícias que adquiram leite em pó e queijo muçarela de produtores nacionais.

Mesmo com a iniciativa estadual, a pressão sobre os produtores permanece alta. A combinação de fatores como desastres climáticos e importações sem controle tem causado prejuízos e ameaçado a sustentabilidade econômica de milhares de produtores rurais no país.

AGROLINK – Aline Merladete

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Carne suína ganha força no mercado interno e externo

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Foto: Pixabay

A carne suína manteve competitividade no mercado interno em setembro, segundo a edição de novembro do informativo Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O documento aponta que o produto “tem se mostrado competitivo frente à bovina”, embora a disputa “permaneça acirrada com o frango”. A combinação entre maior demanda e oferta limitada deve pressionar os preços nos próximos meses, em um cenário em que as compras domésticas tradicionalmente aumentam no segundo semestre.

O custo de produção em Goiás registrou queda no terceiro trimestre. “O valor foi de R$ 6,25 por quilo, uma redução de 6,2% em comparação ao trimestre anterior”, informou a Embrapa. Já o Cepea destacou melhora no poder de compra dos produtores em relação ao farelo de soja, condição que “favorece o setor da suinocultura”.

No mercado externo, as exportações brasileiras de carne suína atingiram, em setembro de 2025, um marco histórico para o mês. Foram embarcadas 148 mil toneladas, alta de 25,9%, com faturamento de US$ 365,2 milhões, avanço de 30%, para 88 destinos. O desempenho reflete, segundo o informativo, “um mercado aquecido e o fortalecimento dos mercados já existentes, além do alcance de novos destinos”.

Goiás também obteve resultados expressivos, com recorde no número de compradores e o melhor desempenho para o período em sete anos. Entre janeiro e setembro de 2025, tanto a carne suína brasileira quanto a goiana registraram valorização no preço por tonelada em todos os meses, acompanhada de aumento no valor exportado. Para o estado, Singapura, Vietnã, Geórgia e Chile ampliaram as aquisições ao longo do período.

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AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Mercado do boi mantém estabilidade no país

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Foto: Divulgação

 

De acordo com a análise divulgada nesta quarta-feira (19) no informativo “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, o mercado do boi gordo em São Paulo manteve estabilidade nas cotações. A consultoria destacou que, “apesar das especulações e das incertezas momentâneas relacionadas à salvaguarda de importação chinesa, no mercado físico os preços se mantiveram estáveis”.

Segundo o levantamento, os frigoríficos continuaram as compras mesmo diante da oferta contida. As escalas de abate permaneceram, em média, em oito dias, com animais provenientes principalmente de confinamentos, o que resultou em cotações inalteradas na comparação diária.

No Pará, o informativo apontou que as ofertas seguiram enxutas, sem alteração no comportamento do mercado. Já no Tocantins, houve diminuição na oferta de bovinos, o que reduziu as escalas de abate para cerca de sete dias. Ainda assim, conforme a análise, “os preços permaneceram estáveis na comparação diária”.

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AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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