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Operação Cerco Verde mira fazendeiro que financiava organização criminosa especializada em furto de defensivos

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em

Polícia Civil-MT

 

 

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpre, na manhã desta segunda-feira (30.09), ordens judiciais contra um fazendeiro, apontado como financiador e colaborador de grupo criminoso especializado em furtos de defensivos agrícola, em mais uma fase da Operação Cerco Verde, deflagrada em investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCC0).

São cumpridos um mandado de prisão preventiva, três de busca e apreensão, além de sequestro de bens e bloqueio de valores no montante de mais de R$ 1,7 milhão. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá e são cumpridas nas cidades de Itumbiara (GO) e em Canarana (MT).

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O fazendeiro alvo da investigação responde pelos crimes de receptação qualificada e integrar organização criminosa.

Os integrantes do grupo criminoso que atuava com furtos de defensivos agrícolas em propriedades rurais em diversas regiões de Mato Grosso foram presos em outra fase da operação, deflagrada em agosto deste ano.

Três furtos investigados pela GCCO ocorreram em 2021, em fazendas dos municípios de Ribeirão Cascalheira e Ipiranga do Norte, e outro em dezembro do ano passado, em Araguaiana.

Durante a investigação, evidenciou-se que após o furto na propriedade rural de Ribeirão Cascalheira, de onde foram subtraídos mais de R$ 864 mil em defensivos agrícolas, os produtos foram entregues na fazenda do investigado na cidade de Itumbiara (GO). Após receber os defensivos furtados, fazendeiro realizou depósito de valores nas contas bancárias dos autores do furto.

 

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Financiamento e colaboração

Com avanço das investigações, foi comprovado que o fazendeiro também integrava de forma livre e consciente, estável e permanente, a organização criminosa, desempenhando papel central e contínuo na organização criminosa voltada ao furto e receptação de defensivos agrícolas.

Evidências mostram que, desde 2021, suas propriedades rurais em Canarana/MT e Itumbiara/GO eram utilizadas como locais de apoio logístico para o grupo criminoso, que frequentemente se hospedavam e escondiam defensivos nas propriedades.

Além disso, o investigado oferecia ainda informações privilegiadas ao grupo, como alertas sobre operações policiais, bem como indicava os alvos de furtos. Em dezembro de 2023,  um veículo suspeito de envolvimento em um furto, bem como os defensivos subtraídos de Fazenda vizinha foram encontrados na fazenda do investigado em Canarana.

Além de fornecer suporte logístico, o investigado financiava as operações do grupo conforme vultuosas e constantes transferência de recursos direcionadas a todos membros do grupo, antes e depois dos crimes, sendo o destinatário contumaz dos defensivos subtraídos, adquirindo os produtos subtraídos por valores muito inferiores ao preço de mercado, gerando lucros extraordinários.

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Valores

As investigações da GCCO apontam que a carga adquirida pelo fazendeiro pode ter alcançado a soma de aproximadamente R$ 12.964.556,91 (doze milhões e novecentos e sessenta e quatro mil e quinhentos e cinquenta e seis reais e noventa e um centavos).

Conforme análise dos dados bancários, entre os anos de 2021 a 2024, o investigado teria transferido aos integrantes do grupo criminoso, pelo menos, um total de R$ 863.439,49 (oitocentos e sessenta e três mil quatrocentos e trinta e nove reais e quarenta e nove centavos).

O delegado responsável pelas investigações, Antenor Pimental, ressaltou que por meio das investigações ficou claro que o fazendeiro não atuava apenas um receptador de defensivos agrícolas furtados, mas sim um colaborador ativo na organização criminosa, prestando apoio de informações, logístico e financeiro ao grupo criminoso, antes e depois dos crimes.

“A produção agrícola é o grande motor econômico do Estado de Mato Grosso, o que atrai a atenção de grupos criminosos. Os defensivos agrícolas, por serem insumos de alto valor agregado, fomentam um mercado paralelo ilícito, que depende de um nicho muito específico para dar vazão a mercadoria subtraída. As investigações continuam para identificar outros receptadores, que são os principais fomentadores e pessoas que lucram com esse tipo de crime”, frisou o delegado.

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Assessoria | Polícia Civil-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Operação apreende 900 toneladas de farinha “batizada”

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Foto: Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Polícia Militar do Estado do Paraná (PM/PR) deflagraram a Operação Ronda Farinha Batizada, visando combater a produção e comercialização clandestina de farinhas de origem animal para alimentação de diversas espécies. A ação foi coordenada pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) e contou com o apoio de servidores do 8º SIPOA.

A operação ocorreu no município de Arapongas-PR, onde foram fiscalizados dois endereços suspeitos de fabricar e comercializar produtos destinados à alimentação animal com falsificação do selo de inspeção federal, operando sob condições higiênico-sanitárias inadequadas.

Durante a ação, foram apreendidos matérias-primas e produtos acabados em situação irregular perante o Mapa. A equipe flagrou a utilização de produtos de estabelecimentos sem registro no Mapa, misturas irregulares e diluições não permitidas.

Ao todo, foram emitidos dois termos de suspensão de atividades, um auto de infração e um termo de apreensão, resultando na apreensão de 933.600 kg de produtos, causando um prejuízo aos infratores de aproximadamente R$ 2.334.000,00.

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A auditora fiscal federal agropecuária (Affa), Andréa Mônica Moretti Barbosa, que participou da ação, alerta as indústrias de alimentação animal e os consumidores, especialmente produtores rurais, sobre os riscos do uso desses produtos na alimentação dos animais. “A utilização de produtos provenientes de estabelecimentos sem registro no Mapa pode comprometer a saúde do rebanho e causar efeitos deletérios na saúde humana devido à possível presença de resíduos nos produtos de origem animal”, destacou Andréa.

O Ministério da Agricultura e Pecuária também ressalta a importância de que os produtos destinados à alimentação animal sejam provenientes de estabelecimentos registrados junto ao Mapa, com o número de registro informado através do carimbo de fiscalização federal impresso na embalagem. Consumidores que se depararem com produtos sem o referido carimbo podem encaminhar denúncias pelo canal oficial Fala.BR e consultar a veracidade do número de registro do estabelecimento no site do Ministério.

A Operação Ronda Farinha Batizada contou com o apoio da Polícia Militar de Arapongas e teve como objetivo combater a prática criminosa de falsificação de selo de inspeção e fiscalização federal, bem como a produção clandestina e fraudulenta de produtos destinados à alimentação animal. Essas ações são essenciais para coibir práticas de concorrência desleal e garantir a segurança alimentar dos animais e, consequentemente, dos seres humanos.

Além dos riscos sanitários, a operação visa coibir a concorrência desleal praticada por empresas que operam na clandestinidade, prejudicando aquelas que buscam cumprir rigorosamente as normas de produção e comercialização estabelecidas pela legislação.

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Polícia Civil cumpre mandados contra faccionados envolvidos com tráfico de drogas em Araguainha

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PJC

 

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Alto Araguaia, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16.4), a Operação Prainha para cumprimento de seis ordens judiciais contra uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas na cidade de Araguainha.

As ordens judiciais foram expedidas pela Primeira Vara Criminal de Alto Araguaia e são cumpridas na cidade de Araguainha, menor estado do Estado, com população pouco superior a mil habitantes. A operação contou com o emprego de 20 policiais civis e seis viaturas.

As investigações iniciaram no final do ano de 2024, logo após o Festival de Praia e Costelão, evento anual que acontece na cidade, que atrai centenas de pessoas da região. Ele é realizado às margens do rio Araguainha, no local conhecido como “prainha”.

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Na última edição do evento, um visitante foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e posse de entorpecentes (cocaína e maconha). O suspeito confessou que tinha adquirido a droga na cidade e deu informações acerca dos traficantes locais.

A partir das informações levantadas, a Polícia Civil intensificou as investigações e chegou aos responsáveis pelo tráfico na cidade, alvos da operação de hoje.

Nas investigações, foi apurado que os alvos, com vasto histórico criminal, se conhecem e atuam em “parceria” no recebimento, distribuição e venda dos entorpecentes na cidade, chegando a “emprestar” porções de drogas entre eles.

Durante o cumprimento dos mandados, três pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e porte ilegal de munição. Entre os materiais apreendidos, estão cinco aparelhos celulares, 30 pinos de cocaína, porções de maconha e R$ 870 em dinheiro.

“Não há espaço para aqueles que insistem no caminho da criminalidade. As investigações prosseguem e ações como esta serão intensificadas, no âmbito do Programa Tolerância Zero, em toda a região, visando trazer paz para os cidadãos de bem”, afirmou o delegado Marcos Paulo, que coordenou a operação e é responsável também pelas cidades de Alto Araguaia e Ponte Branca.

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A operação integra as ações de planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação das facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo do Estado.

Assessoria | Polícia Civil-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Alvos da operação usaram veículo de faccionado e almoçaram em churrascaria antes da fuga

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PJC

 

Os dois criminosos que fugiram do Centro de Reabilitação Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, e o policial penal L.M.S.S., alvos da Operação Shadow deflagrada pela Polícia Civil, na segunda-feira (14.4), se reuniram em uma churrascaria da capital, momentos antes de concretizar a fuga. Duas mulheres, que também participaram do almoço, integram o grupo criminoso investigado e deram apoio ao esquema para a fuga dos presos.

A investigação, conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Gerência Estadual de Polinter (Gepol), desvendou o plano de fuga que contou com apoio de dois policiais penais que atuavam na penitenciária e também de pessoas externas à unidade prisional.

A execução do plano arquitetado pelo grupo para fuga dos criminosos consta na documentação reunida no inquérito policial que embasou a operação. A investigação desvendou o esquema envolvendo assinaturas para saídas ilegais, trocas de veículos, demora intencional e omissão de informações na comunicação da fuga às autoridades.

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Saída do presídio e troca de veículos

Nas investigações, a Polícia Civil apurou que no dia da fuga ocorreu uma movimentação atípica dentro da penitenciária, quando o reeducando T.A.F.O e o policial penal A.E.J., diretor da unidade à época, se encontraram em uma sala não monitorada, onde possivelmente foi realizado o acordo e assinatura do termo de saída dos dois detentos da unidade prisional.

Devido à sua alta periculosidade, o líder da facção G.R.S., conhecido como “Vovozona” não deveria ter permissão para sair da unidade prisional, porém, após a autorização assinada, o criminoso se escondeu atrás de uma parede onde ficam os presos que trabalham extramuro, até o momento em que entrou na caminhonete F-250 acautelada do Sistema Penitenciário.

A caminhonete, conduzida pelo policial penal L.M.SS, que saiu com os dois detentos do presídio, apresentava problemas mecânicos no dia dos fatos. Foi decidido durante o trajeto que o trio trocaria de veículo, buscando uma caminhonete Toyota Hilux pertencente ao criminoso G.R.S., com o fim de dar continuidade ao plano.

A troca de veículos seria para que policial penal deixasse a caminhonete do Sistema Penitenciário na oficina e ainda tivesse um veículo para realizar os trabalhos da unidade prisional, no período da tarde, a fim de despistar a fuga.

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Os criminosos buscaram a caminhonete Hilux na residência do faccionado, em um prédio nas proximidades do Shopping Goiabeiras. Naquela ocasião, os dois reeducandos seguiram sozinhos no veículo. Em seguida, foram até a oficina, onde encontraram novamente com o policial penal e seguiram para uma churrascaria na Avenida Miguel Sutil, na Capital.

Almoço na churrascaria

Após a chegada dos presos na churrascaria, duas mulheres também compareceram ao local, em uma caminhonete Mistsubishi Pajero, e almoçaram com o trio. Uma delas pagou integralmente a conta.

Depois do almoço, o líder da facção criminosa deixou o estabelecimento com as duas mulheres na caminhonete Mitsubishi. O policial penal e o outro reeducando deixaram juntos a churrascaria, porém, em seguida à saída do estacionamento, o detento desceu do veículo e se juntou ao trio que estava na Pajero, concretizando, neste momento, a fuga.

Comunicação às autoridades

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Durante a tarde da data da fuga, o policial penal realizou sozinho os serviços de busca de mercadorias para o presídio e posteriormente retornou à oficina mecânica, onde transferiu as compras da caminhonete Hilux do criminoso para a F-250.

Somente após todos os afazeres da tarde, o policial penal comunicou o diretor sobre a suposta fuga, em uma conversa em local isolado, que demorou aproximadamente 40 minutos.

Após o lapso temporal, os dois investigados registraram boletins de ocorrência distintos, com intuito de eximir-se das responsabilidades, contudo, com várias omissões e inconsistências de informações, como a indicação do local da fuga – a churrascaria.

A investigação deixou clara que a atuação dos agentes públicos, se fosse feito o fiel registro dos fatos, permitiria o acionamento das forças de segurança para recaptura dos foragidos, assim como a abordagem das mulheres que auxiliaram na fuga. Entretanto, o fato não era de interesse dos servidores.

Operação Shadow

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A operação foi deflagrada na manhã de segunda-feira (14.4) para cumprimento de 35 ordens judiciais contra um grupo criminoso envolvido na fuga do líder de uma facção e de outro detento,  do Centro de Ressocialização Industrial Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, ocorrida em 2023.

As investigações identificaram um plano estratégico que contou com apoio de agentes públicos para a fuga dos criminosos.

Os alvos, entre eles dois policiais penais, são investigados pelos crimes de facilitação de fuga de pessoa legalmente presa e integração de organização criminosa.

Assessoria | Polícia Civil-MT

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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