Pecuária
Jornadas técnicas a campo alertam pecuaristas para o controle da mosca-dos-chifres em bovinos
Foto: Juliana Amorim/Unsplash
. Objetivo é compartilhar conhecimento e reforçar desafios sanitários impostos pelo parasita
. As cinco regiões brasileiras recebem eventos que disseminam conhecimento positivo sobre o tema
. Mesmo esperado, o retorno das chuvas pode representar a multiplicação da mosca-dos-chifres nas fazendas
A mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) é um parasita que impacta a produtividade e consequentemente a rentabilidade da pecuária brasileira. “Sabemos do desafio que é o controle eficaz da mosca-dos-chifres devido às diferentes realidades regionais, em termos climáticos e de conhecimento técnico. Para contribuir com informação de qualidade para os pecuaristas e suas equipes, estamos realizando jornadas técnicas nas cinco regiões brasileiras pelo segundo ano consecutivo”, ressalta o médico-veterinário Felipe Pivoto, gerente de serviços técnicos para animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal.
O objetivo da Jornada Fiprotag® 210 é duplo: compartilhar conhecimento em saúde animal e práticas mais eficazes no manejo sanitário. Para isso, são realizados encontros com pecuaristas levando debates importantes, além de destacar o impacto do parasita no bem-estar e na saúde dos bovinos e apresentar as melhores formas de prevenção e combate do inseto.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) destaca que a mosca-dos-chifres causa impacto de U$ 3 bilhões por ano à pecuária nacional. Como boa parte dos parasitas, sua multiplicação é intensificada por umidade e altas temperaturas – características típicas do Brasil, especialmente na primavera e no verão.
“Não há melhor momento para alertar o pecuarista sobre o mal causado pela mosca-dos-chifres e compartilhar conhecimento, além de apresentar modernas soluções para o controle do parasita. O produtor de leite e de carne deve entender que o bem-estar animal é essencial para sua atividade. Precisamos implementar, em larga escala, as tecnologias em saúde animal disponíveis”, detalha o médico-veterinário, reforçando que a Jornada Fiprotag® 210 visitou 11 estados em setembro. “Nosso objetivo é superar o resultado da Jornada Fiprotag® 210 2023, que mapeou mais de 2 milhões de bovinos e impactou de forma positiva cerca de 1.500 pecuaristas”, informa Pivoto.
O gerente de serviços técnicos da Vetoquinol reforça que a Jornada Fiprotag® 210 tem viés educacional e de serviço, portanto, vai além da comercialização de produtos para a saúde dos animais. “Levamos orientação e compartilhamos conhecimento técnico para otimizar as práticas e o manejo nas propriedades produtoras de carne e leite, beneficiando os animais e a economia, além de fortalecer a cadeia produtora de leite e carne”.
Sobre a Vetoquinol Saúde Animal
A Vetoquinol Saúde Animal está entre as 10 maiores indústrias de saúde animal do mundo, com presença na União Europeia, Américas e região Ásia-Pacífico. Em 2023, o faturamento global foi de € 529 milhões. Com expertise global conquistada ao longo de 90 anos de atuação, a empresa também cresce no Brasil, onde expande suas atividades desde 2011. Grupo independente, a Vetoquinol projeta, desenvolve e comercializa medicamentos veterinários e suplementos destinados à produção animal (bovinos e suínos), animais de companhia (cães e gatos) e equinos. Desde sua fundação, em 1933, na França, combina inovação com diversificação geográfica.
O crescimento do grupo é impulsionado pelo reforço do seu portfólio de soluções associado a aquisições em mercados de alto potencial de crescimento, como a brasileira Clarion Biociências, incorporada em 2019.
No Brasil, a Vetoquinol tem sede administrativa em São Paulo (SP) e planta fabril em Aparecida de Goiânia (GO), atendendo todo o território nacional. Em termos globais, gera mais de 2,5 mil empregos.
Irvin Dias – Texto Comunicação Corporativa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Novo caso de raiva bovina é detectado em propriedade rural de Rondonópolis
Assessoria Indea
Um novo caso de raiva bovina foi detectado em uma propriedade rural de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), nesta terça-feira (26). A presença da doença, transmitida pela mordida do morcego hematófago, foi atestada após exames feitos no laboratório do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).
Com a confirmação da presença da doença, os médicos veterinários do Indea notificaram a Secretaria de Saúde de Rondonópolis e todas as propriedades existentes em um raio de 10 quilômetros onde o foco foi detectado. O protocolo pra esse tipo de caso é notificar os produtores onde está o foco e o perifoco a vacinar os bezerros e revacinar o gado, se houver sido feito a vacinação em prazo superior a 60 dias.
A propriedade onde ocorreu a confirmação da raiva bovina terá de vacinar obrigatoriamente os animais novamente. Todas as propriedades do foco e perifoco não sofrerão bloqueio e nem estarão impedidos de realizar o trânsito de animais.
A técnica laboratorial usada pelo Indea para detectar a presença da raiva foi a metodologia de Imunofluorescência direta na qual são coletadas amostras do cérebro e o cerebelo do animal doente. Esse material é colocado em uma lâmina onde se acrescenta o reagente de Imunofluorescência diretamente sobre material, que após reação química é possível confirmar se há a presença da raiva. O resultado leva até 48 horas, porém nesse caso ocorreu no mesmo dia que o material foi recebido
Com o caso de Rondonópolis chega a 22 o número de casos confirmados de raiva bovina em Mato Grosso em 2024.
HNT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Vacas milionárias consolidam status de superestrelas no Brasil
Assessoria
No universo da pecuária brasileira, dois nomes vêm chamando atenção por cifras que rivalizam com transações empresariais de alto escalão. Carina FIV do Kado e Viatina-19 FIV Mara Móveis, duas matrizes da raça Nelore, não são apenas animais de produção, mas ícones de excelência genética e investimentos milionários.
Carina, tricampeã da raça Nelore e destaque em exposições como Expoinel e Expozebu, alcançou um valor impressionante de R$ 24,06 milhões, na última sexta-feira (22.11) . Durante o Leilão Cataratas Collection, em Foz do Iguaçu, Paraná, 25% de sua posse foram vendidos por R$ 6,015 milhões, consolidando seu lugar na história como a vaca mais valiosa do mundo. O animal, que possui 36 meses, pertence às empresas Casa Branca Agropastoril, RS Agropecuária, Nelore RFA e Syagri Agropecuária, cada uma detendo 25% de sua propriedade.
Já Viatina-19, recordista anterior e referência no Guinness Book, teve seu valor projetado em R$ 21 milhões após sucessivas negociações. Reconhecida por sua genética impecável e prêmios internacionais, como o título “Miss América do Sul” na competição bovina Champion of the World, Viatina também é símbolo de ousadia no mercado pecuário. Um dos momentos marcantes de sua história foi o leilão de 2022, quando a Agropecuária Napemo adquiriu 50% do animal por quase R$ 4 milhões.
Mais do que números astronômicos, essas vacas representam o ápice do trabalho de seleção genética no Brasil. A comercialização de partes desses animais, como óvulos ou participações societárias, alimenta um mercado dinâmico que visa perpetuar as qualidades excepcionais em novas gerações. A combinação de excelência produtiva, prêmios e estratégias de marketing — incluindo outdoors e eventos de gala — reforça a posição do Brasil como líder global na criação de bovinos de elite.
Esses animais, além de símbolos de status no setor, traduzem um modelo de negócios em que genética de ponta, ciência e tradição se encontram para moldar o futuro da pecuária de alto valor.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
ANCP consolida liderança genômica no Brasil com 400 mil animais genotipados
Arquivo
A Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP) alcança um marco histórico na genética bovina brasileira ao ultrapassar a marca de 400 mil animais genotipados, consolidando sua posição de pioneirismo e liderança no uso de tecnologias genômicas que colocam o Brasil em posição de destaque no cenário do melhoramento genético mundial.
A cada safra, a entidade registra entre 140 mil e 150 mil nascimentos entre os rebanhos de várias raças zebuínas de seus associados, sendo que cerca de metade desses animais são genotipados, demonstrando a confiança dos produtores na ferramenta. Inicialmente utilizada para aumentar o valor de venda dos animais, a genotipagem hoje é vista como um recurso essencial para a tomada de decisão e a otimização da produção.
Pioneirismo e visão de futuro
Desde 2009, quando os principais países da Europa e Estados Unidos discutiam o uso de marcadores para avaliação genética em gado de leite, a ANCP, sob o comando do professor Raysildo Lôbo, já demonstrava uma compreensão clara do potencial da genômica para revolucionar a pecuária, o que colocaria o Brasil ao lado das nações mais avançadas em genética animal.
Em meados de 2011, em parceria com a Zoetis, a ANCP implementou a genotipagem animal, utilizando os dados moleculares gerados pela empresa para enriquecer a avaliação genética dos animais. Em 2019, a entidade deu um salto tecnológico ao adotar o método de passo único genômico, o mais avançado mundialmente para avaliação genômica, alcançando o pioneirismo ao implementá-lo em larga escala no País.
Base de dados sólida e resultados concretos
A construção de uma base de dados robusta era uma das prioridades da ANCP e foi crucial para o sucesso da genômica. Essa base, com quase 40 anos de coleta de informações de alta qualidade, aliada à genotipagem, permitiu identificar animais superiores com maior precisão e agilidade, acelerando o processo de melhoramento genético.
“A informação genômica é fundamental para aumentar a confiabilidade e a robustez na identificação de animais jovens, especialmente aqueles sem fenótipos próprios ou com baixa confiabilidade, uma vez que a qualidade da DEP (Diferença Esperada de Progênie) depende da quantidade de informações”, explica Fernando Baldi, pesquisador sênior da ANCP e professor da Unesp FCAV, Campus de Jaboticabal.
O uso da genômica também permitiu encurtar os prazos. “Na fórmula do ganho genético, o tempo é inversamente proporcional ao ganho genético. Então, o tempo de espera agora é menor, já que é possível identificar mais cedo os animais superiores para serem utilizados como pais dos animais da próxima geração, se traduzindo em uma maior resposta à seleção, diminuindo o tempo de espera para saber se o animal é melhorador”, pontua Baldi.
Impacto positivo para o setor
Como resultado, a ANCP conseguiu praticamente quadruplicar o ganho genético em diversas características, o que significa que os rebanhos estão evoluindo mais rapidamente em direção aos objetivos de seleção, viabilizando também a seleção de características de difícil medição, como a eficiência alimentar e a maciez da carne.
“Nossa base de dados, com um maior número de fêmeas genotipadas, é um diferencial crucial para o avanço da genética bovina”, explica Letícia Pereira, analista sênior da ANCP. “A genômica, especialmente para características de baixa herdabilidade, típicas de fêmeas, proporciona um ganho significativo na precisão da seleção. Então, ao permitir a identificação precoce de fêmeas com maior potencial genético para essas características, a genômica acelera o progresso genético e otimiza os programas de melhoramento”, destaca.
Os benefícios da genômica também se estendem além dos rebanhos registrados no banco de dados da entidade. Criado recentemente, um projeto de pesquisa liderado pela ANCP em parceria com a Neogen tem permitido viabilizar a avaliação genômica nas raças Brahman, Guzerá e Tabapuã, por meio da avaliação multirracial.
Através da recomposição de pedigree, a genômica tem permitido a avaliação genética de rebanhos comerciais com a redução de custos de genotipagem, alcançando outras essas raças zebuínas que possuem menor número de dados, além de facilitar a seleção de características de alto custo fenotípico.
Futuro promissor
A ANCP continua investindo em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar as ferramentas genômicas e oferecer cada vez mais benefícios aos seus associados. Com a redução dos custos da genotipagem e o aumento da confiabilidade das avaliações genômicas, a expectativa é que a adoção dessa tecnologia continue crescendo nos próximos anos.
Para Cristiano Botelho, CEO da ANCP, a conquista de 400 mil animais genotipados é um marco histórico para a associação e para a pecuária brasileira. “Essa marca demonstra o nosso compromisso com a inovação e a busca por soluções que garantam a sustentabilidade e a competitividade do setor. A genômica se consolida como uma ferramenta fundamental para o melhoramento genético do rebanho nacional, trazendo benefícios para os produtores, consumidores e para toda a sociedade”, destaca.
Daniel – DS Vox
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Agronegócio7 dias atrás
Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social
-
Agronegócio7 dias atrás
96% da produção de grãos é transportada por caminhões. Foram mais de 10 milhões de viagens na safra passada
-
Transporte7 dias atrás
PF de Rondônia prende delegado da Polícia Civil que atuou em Humaitá em operação contra corrupção
-
Agronegócio7 dias atrás
Importações de fertilizantes batem recordes e refletem cenário global instável
-
Mato Grosso7 dias atrás
Curso do ifro em parceria com a deputada Sílvia Cristina para criadores de cordeiro é finalizado
-
Agronegócio6 dias atrás
Arrozeiros doam 40 mil litros de diesel para produtores da região Central gaúcha atingidos pelas enchentes
-
Pecuária6 dias atrás
ANCP consolida liderança genômica no Brasil com 400 mil animais genotipados
-
Agronegócio6 dias atrás
Déficit Global de Açúcar para 2024-2025 é Reduzido, Aponta OIA