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Agricultura

Semeadura de soja avança em Mato Grosso, mas ainda está atrasada em relação à safra anterior

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Na semana passada, a semeadura de soja da safra 2024/25 em Mato Grosso apresentou um avanço significativo de 16,27 pontos percentuais em comparação à semana anterior. Até a sexta-feira (18/10), 25,08% dos 12,66 milhões de hectares previstos já haviam sido cultivados, resultado favorecido pela maior distribuição de chuvas na maior parte do estado. Esse cenário permitiu que os produtores acelerassem o ritmo do plantio, essencial para o bom desenvolvimento da safra.

Apesar do progresso, o percentual de áreas semeadas ainda está atrasado em 34,92 pontos percentuais em relação ao mesmo período da safra anterior. Além disso, o índice está 19,32 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos, refletindo o menor volume de áreas semeadas nesse período nos últimos três anos. A região Norte de Mato Grosso apresentou o maior percentual de áreas cultivadas, com 35,97%, enquanto a região Nordeste teve o menor avanço, com apenas 10,71%.

As previsões para a próxima semana são animadoras para os produtores, com volumes de chuvas entre 35 e 45 mm esperados para a maior parte de Mato Grosso. Esse cenário tende a impulsionar ainda mais o ritmo da semeadura, o que pode ajudar a diminuir o atraso acumulado e garantir uma boa perspectiva para o desenvolvimento da safra 2024/25. Mesmo assim, o desafio climático e o atraso atual reforçam a necessidade de atenção redobrada dos agricultores na fase inicial do cultivo.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Tarifas de Trump colocam mercado da soja em alerta; preços recuam no Brasil

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Soja. Foto: Embrapa

O mercado global de soja foi abalado nesta semana pelo acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A crise começou após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar um pacote de tarifas abrangente, atingindo diferentes parceiros comerciais e sendo especialmente duro com os chineses.

Segundo informações fornecidas pela consultoria Safras & Mercado, em resposta, a China anunciou nesta sexta-feira (4) a imposição de uma tarifa adicional de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, incluindo a soja.

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A medida impacta diretamente o comércio global do grão e já trouxe consequências para os preços tanto no mercado brasileiro quanto na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), nos Estados Unidos.

De acordo com Fernando Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, o Brasil pode se beneficiar dessa nova configuração comercial. “Se essas tarifas se mantiverem por mais tempo, o Brasil tende a ganhar espaço no mercado chinês, que hoje é o maior comprador mundial de soja”, afirma.

Rafael Silveira, também analista da Safras & Mercado, avalia que os embarques dos EUA devem sofrer forte queda no segundo semestre. “A China deverá intensificar suas compras no Brasil, principalmente com o avanço da colheita por aqui”, projeta.

Apesar dessa perspectiva positiva para os produtores brasileiros no médio prazo, o impacto imediato das medidas foi negativo. “A política externa de Trump é baixista para todo o complexo soja”, observa o analista Gabriel Viana. “Essas tarifas atingem quase todos os países, e isso pressiona os preços das commodities negociadas nas bolsas norte-americanas”, completa.

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Ritmo da colheita de soja no Brasil

A colheita no Brasil já está praticamente encerrada, e a Argentina dá início à sua safra. Segundo os analistas, a demanda global deve, portanto, se deslocar para a América do Sul nos próximos meses.

Enquanto isso, os preços recuaram nos principais mercados do país. O contrato futuro de soja com vencimento em maio caiu 2,44% na semana, cotado a US$ 9,98 por bushel em Chicago, abaixo da marca simbólica de US$ 10.

No mercado físico brasileiro, a desvalorização também foi sentida. Confira os preços da saca de 60 quilos:

  • Porto de Paranaguá (PR): de R$ 133,00 para R$ 131,00
  • Passo Fundo (RS): de R$ 130,00 para R$ 128,00
  • Cascavel (PR): de R$ 126,00 para R$ 124,00
  • Rondonópolis (MT): de R$ 115,00 para R$ 112,00

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Agricultura

Projeto libera o FGTS para compra de máquinas agrícolas

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Foto: Fendt/ Divulgação

Um projeto em análise na Câmara dos Deputados prevê o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra de máquinas e implementos agrícolas. O texto altera a Lei do FGTS.

Atualmente, a legislação já permite sacar o FGTS em algumas situações, como na demissão sem justa causa, na concessão da aposentadoria, para quitação de financiamento imobiliário ou em casos de câncer (trabalhador ou dependentes).

O Projeto de Lei 4515/24 tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Trabalho; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

“A mudança na lei contribuirá para a subsistência do trabalhador rural e de sua família”, disse o autor da proposta, deputado Defensor Stélio Dener (Republicanos-RR), ao lembrar que o agronegócio representa hoje quase 27% das ocupações no Brasil.

Para virar lei, a proposta que libera saque do FGTS para compra de máquinas agrícolas tem que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Sobre o FGTS

Segundo o governo, o FGTS foi criado para proteger o trabalhador que fosse demitido sem justa causa, criando para ele uma reserva financeira. Portanto, esse é um benefício social em prol do trabalhador celetista. O benefício foi instituído pela Lei nº 5.107 de 1966 e conta com mais de 50 anos de história.

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Agricultura

Avocado brasileiro ganha novos mercados internacionais

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São Paulo passa a exportar avocado para novos mercados internacionais Foto: divulgação/ Secretaria de Agricultura e Abastecimento SP

Maior produtor nacional de avocado – o abacate da variedade Hass -, sendo responsável por mais de 40% da produção brasileira, São Paulo está iniciando a exportação da fruta para Chile e Japão após missões desses países visitarem o estado e validarem os requisitos fitossanitários para a importação.

O Chile é o 2º maior consumidor per capita de avocado no mundo, representando uma ótima oportunidade de negócio para o avocado paulista. “O consumo chileno é altíssimo, com cerca de 8kg por pessoa/ano, e vem subindo. É um país que nos gera altas expectativas. Esse ano será experimental, mas no futuro esperamos importantes ganhos”, destaca Lígia Carvalho, produtora e pioneira no desenvolvimento do abacate Hass no Brasil.

Outra vantagem é que o Brasil está na contra-safra do avocado chileno, que produz até agosto, enquanto aqui se produz, aproximadamente, de fevereiro até junho e julho.

Apesar do Japão ser o maior importador de avocados da Ásia, o tamanho da exportação para o país é uma incógnita. “A distância, a grande exigência do mercado japonês e a necessidade de envio aéreo trazem incertezas. Por enquanto, vamos aprender a atender esse mercado”, afirma Lígia.

“A abertura de mercados internacionais para os produtos paulistas reforça a qualidade e a competitividade da fruticultura do Estado. São Paulo se destaca não apenas pelo volume, mas pela excelência em atender os mais rigorosos padrões fitossanitários internacionais. Esse avanço representa a atração de novos investimentos para a agricultura paulista em cenário global”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

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Em 2024, o estado de São Paulo produziu mais de 223 mil toneladas de abacate, principalmente nas regiões de Ourinhos, Mogi Mirim e São João da Boa Vista, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.

Consumo do avocado no Brasil

No mercado nacional, a demanda pelo avocado tem crescido, mas o Brasil ainda está distante do consumo mundial. Em média, o brasileiro consome 1,3kg de abacate – tropical e avocado – por ano. Se tratando apenas de avocado, o consumo cai para 300 gramas anuais. “Há um caminho a trilhar que envolve muitos desafios: comunicação, marketing, ensinar sobre o avocado, quais as possibilidades de consumo, e principalmente, não ter ruptura do produto no supermercado, entrando na lista de compras, na rotina dos brasileiros”, finaliza a diretora da fazenda Jaguary.

Abacate ou avocado?

O Avocado é uma variedade surgida na Califórnia, nos Estados Unidos da América, e hoje é cultivado mundialmente por suas características, como a alta concentração de vitaminas, minerais, proteínas e fibras. Apresenta grande versatilidade, podendo ser utilizado para pratos salgados e doces, e popularizado pela culinária mexicana.

Foto: Luiz Fernando da Silva/ EPAMIG

O avocado tem forma mais arredondada e é um pouco menor que o abacate, que costuma ter quase o dobro de tamanho. A casca do avocado é enrugada e, ao longo do amadurecimento, se torna roxa, enquanto a do abacate costuma ser verde.

Garantia das exportações

Com a abertura dos mercados do Japão e Chile, a Defesa Agropecuária iniciou, em 2025, os cadastros e acompanhamento do abacate variedade Hass nas propriedades e casas de embalagem que processam o fruto. Atualmente estão cadastradas 05 propriedades e 05 casas de embalagem.

“A exigência vai depender do país e da praga que é restritiva, contudo, jamais é esperado o envio de vegetais ou partes de vegetais com pragas de qualquer esfera, mesmo as que não constam em requisitos fitossanitários”, disse a engenheira agrônoma Cristina Abi Rached Iost, gerente do Programa Estadual de Certificação Fitossanitária e do Programa Estadual de Exportação de Produtos Vegetais.

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