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Carrapatos nos Equinos: Desafios e Cuidados na Estação de Verão

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Com o aumento das temperaturas e da umidade típicos do verão em grande parte do Brasil, as condições tornam-se favoráveis para a proliferação de carrapatos, moscas e outros parasitas no campo. No caso dos equinos, os carrapatos representam uma ameaça silenciosa, comprometendo tanto o bem-estar quanto a saúde dos animais e, consequentemente, sua performance. Esses ectoparasitas não apenas se alimentam do sangue dos equinos, mas também são transmissores de doenças graves e podem atuar como ponto de entrada para larvas de moscas que causam berne e bicheira.

Espécies de Carrapatos e Seus Efeitos

Os equinos são particularmente suscetíveis a duas espécies de carrapatos: Anocentor nitens, que costuma ser encontrado na base da crina, no períneo e nas orelhas, e o Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato estrela. Ambas as espécies podem causar sérios transtornos aos equinos, levando ao desenvolvimento de anemias, infecções secundárias e até a morte do animal, dependendo do nível de infestação.

Além dos efeitos diretos, como o enfraquecimento do animal, esses carrapatos são conhecidos por transmitirem doenças como a Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE) e a Babesiose Equina, também chamada de Piroplasmose ou Nutaliose.

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Anaplasmose Granulocítica Equina (AGE)

A Anaplasmose Granulocítica Equina é uma doença sazonal, mais comum durante períodos de temperaturas elevadas. Ela é causada pela bactéria Anaplasma phagocytophilum, transmitida por carrapatos, afetando equinos, cães e até humanos. Os sintomas da doença nos equinos incluem letargia, febre alta e intermitente, anorexia, edema nos membros, hemorragia petequial, icterícia e dificuldade para se locomover. A doença pode ser confundida com infecções virais em seu estágio inicial, mas cerca de 50% dos animais infectados não apresentam sinais clínicos. O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais, como microscopia óptica, sorologia e biologia molecular. O tratamento envolve o uso de antibióticos, com tetraciclinas sendo o medicamento de escolha, além de suporte com anti-inflamatórios e protetores gástricos.

Babesiose Equina (Piroplasmose ou Nutaliose)

A Babesiose é uma doença bem conhecida no meio equestre e tem o potencial de se tornar crônica caso não seja tratada adequadamente em sua fase inicial. A doença é provocada pelos protozoários Babesia caballi e Babesia equi, que são transmitidos através da picada de carrapatos e se instalam nos glóbulos vermelhos do sangue.

Nos animais afetados, os sintomas incluem picos febris ao final da tarde, anemia, icterícia e urina de coloração acastanhada (hemoglobinúria), além de perda de apetite, depressão e desconforto abdominal. Se não tratada, pode causar queda de desempenho e perda de peso. Nos equinos atletas, a Babesiose pode impedir a participação em competições internacionais devido às restrições sanitárias. O tratamento é realizado com antiparasitários, como o Dipropionato de Imidocarb, e o uso de suplementos de ferro, ácido fólico e vitamina B12 para ajudar na recuperação.

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Prevenção e Controle

Embora as doenças transmitidas por carrapatos possam ser tratadas na maioria dos casos, a prevenção continua sendo o melhor caminho. Reduzir ou até eliminar a presença de carrapatos nos equinos é essencial para manter a saúde e o desempenho dos animais. O controle dos carrapatos deve ser realizado não apenas nos animais, mas também nas áreas em que eles frequentam, como baias, piquetes e redondéis.

A pulverização de carrapaticidas nas pastagens e a eliminação de materiais que possam servir de abrigo para os parasitas são medidas essenciais. Os tratamentos acaricidas devem ser intensificados na primavera e no verão, quando os níveis de infestação são mais elevados. A aplicação dos carrapaticidas deve abranger todo o corpo dos equinos, incluindo a região auricular, com intervalos de 7 dias, por um período de pelo menos 4 meses.

Além disso, o manejo adequado das pastagens, incluindo roçadas periódicas, ajuda a prevenir o estabelecimento de carrapatos e plantas invasoras. A mistura de pastagens e a presença de vegetação densa favorecem a infestação, enquanto a roçada, realizada principalmente no verão, pode contribuir para a redução da população de carrapatos.

O controle efetivo de carrapatos envolve um programa contínuo de monitoramento, tratamentos regulares e um manejo eficiente das pastagens, minimizando o impacto desses ectoparasitas na saúde e no desempenho dos equinos.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Praia é interditada após ataques de peixes

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Foto: Praia da Figueira/Reprodução

Bonito, reconhecido como um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil, enfrenta um momento de atenção devido a ataques de tambaquis na Praia da Figueira. O local foi interditado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) após relatos de mordidas em banhistas, incluindo o caso de uma professora aposentada que perdeu parte de seu dedo ao ser atacada por um tambaqui.

A lagoa artificial, principal área de banho do balneário, permanece interditada, e o Imasul exige a instalação de barreiras físicas e ações educativas para evitar o contato dos visitantes com a água. Enquanto isso, atividades terrestres no complexo foram liberadas, oferecendo opções como trilhas e áreas de lazer.

A prefeitura de Bonito, em nota oficial, destacou a implementação de um Sistema de Gestão de Segurança (SGS) em seus atrativos turísticos, como forma de aprimorar a experiência dos visitantes e reduzir os riscos. Além disso, o município tem acompanhado de perto os relatos de ataques e reforça que está comprometido em garantir a segurança dos turistas.

Os tambaquis, espécie exótica introduzida artificialmente na lagoa, são conhecidos pela força de sua mordida e têm alarmado especialistas e autoridades ambientais. Medidas adicionais, como barreiras para contenção dos peixes e orientações mais rigorosas aos turistas, foram tomadas pela Praia da Figueira para aumentar a proteção no local.

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As paisagens deslumbrantes e águas cristalinas continuam a atrair visitantes de todo o mundo, mas o município se empenha para que os turistas desfrutem da beleza de Bonito com segurança e responsabilidade.

Com Diário Digital

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Vazamento de herbicidas hormonais reduz produção de olivas no Rio Grande do Sul

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Foto: Ibraoliva/Divulgação

 

Entidades representativas dos produtores, governo estadual e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) debateram, nesta quinta-feira, 3 de abril, o uso de herbicidas hormonais e a deriva em sua aplicação durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A reunião foi proposta pelo deputado Elton Weber (PSB) e realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da casa.

O presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, participou da reunião e destacou que o azeite gaúcho recebeu 500 premiações nos últimos cinco anos, mas que há quedas de produtividade e produtores que pensam em desistir. “Pessoas que pretendem entrar no setor estão preocupadas se tem área de soja próxima à sua propriedade. Isso nos traz uma grande preocupação com o nosso futuro, o que que pode acontecer para uma cultura que é uma cultura de médio e longo prazo, se teremos possibilidade de dar continuidade. Será que a fruticultura poderá ser implementada dentro de um bioma que é o bioma Pampa? Aliás, o Rio Grande do Sul tem um bioma que é só seu e também o bioma menos protegido”, relatou.

Fernandes destacou que o Brasil, hoje, não tem uma produção de azeite que atenda toda a população brasileira, sendo mais de 100 milhões de litros consumidos e que os olivicultores esperavam produzir algo próximo de um milhão. Na safra de 2023, foram produzidos cerca de 600 mil litros. Em 2024, houve redução para 192 mil litros e esse ano, provavelmente, não chegará a 300 mil litros. Ele garante que isto também tem a ver com a deriva. “Um nome tão bonito que eu prefiro traduzir de uma maneira mais fácil para que a opinião pública entenda de vez a gravidade desse problema e, no meu entendimento, não é nada mais e nada menos do que vazamento de veneno para as nossas frutas”, declarou. O dirigente concluiu dizendo que é preciso sair do discurso, das normativas.

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Na sequência o presidente do Ibraoliva concedeu seu tempo de fala ao professor de Fruticultura da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Vagner Brasil. Ele salientou que há estudos não só sobre as ações decorrentes da deriva de 2,4-D, tema da audiência pública, mas também do Dicamba e Tripoyr. “Em mudas de oliveira, nós tivemos diminuição de assimilação de CO2 e fotossíntese líquida dentro da aplicação de 2,4-D. Ou seja, a planta diminui em fotossíntese e, se ela diminui em fotossíntese, principalmente para a oliveira, ela está atrapalhando toda uma produção para o próximo ano, onde temos frutos e ramos se desenvolvendo para a próxima safra. Se teve essa deriva, nós já estamos comprometendo, além da safra atual, também a safra do ano anterior”, detalhou.

Brasil também citou outro estudo em laboratórios onde foi aplicada diferentes doses de herbicida no pólen da oliveia. “Isso diminuiu na cultivar arbequina tamanho de tubo polínico, 44% para arbequina e para a koroneiki, 38%. Disse ainda que, em relação à viabilidade de pólen, dependendo da dosagem, 100% do pólen se tornou inviável para o processo de polinização”, esclareceu.

Texto: Ieda Risco/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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Gato por lebre? Não, galo por papagaio!

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Um caso inusitado chamou atenção nas redes sociais: um vendedor tentou enganar compradores ao pintar um galo de verde e anunciá-lo como papagaio em uma plataforma de comércio online.

A ave foi colocada à venda por 6.500 rúpias (cerca de R$ 150), mas a fraude foi rapidamente descoberta.

Especialistas destacam que a venda de animais silvestres sem autorização pode configurar crime, alertando consumidores sobre a importância de verificar a procedência dos produtos antes da compra.

No Paquistão e em outros países, práticas fraudulentas como essa podem resultar em sanções legais, reforçando a necessidade de maior fiscalização em ambientes digitais.

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No Brasil já aconteceu algo parecido, o que chamamos de comprar ‘gato por lebre’: há alguns anos uma família carioca foi atraída por um anúncio na internet que oferecia dois filhotes de cães da raça yorkshire por R$ 700.

Os animais ainda teriam pedigree comprovado. A família levou um dos animais e ao chegar na casa, o cãozinho começou a passar mal e foi levado a um veterinário. O filhotinho, na verdade, era um vira-lata e tinha sido pintado para parecer um cachorro de raça.

Nesse caso, a família foi prejudicada por um anúncio falso. O Código de Defesa do Consumidor estabelece pena de três meses a um ano de detenção, além de multa, para quem praticar propaganda enganosa.

Caso o consumidor perceba discrepâncias entre as características, preço ou origem do produto ou serviço ofertado e o anunciado, é fundamental informar os órgãos competentes, como o Procon local, para que as providências cabíveis sejam tomadas.

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com

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