Agricultura
Sanção da Lei de Bioinsumos é importante estímulo para pesquisas na área

Assessoria
A Lei nº 15.070, que dispõe sobre os procedimentos para produção de bioinsumos para uso agrícola, pecuário, aquícola e florestal, foi sancionada no último dia 24 de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um inédito e importante marco regulatório no País, posicionando o Brasil entre as lideranças na produção e uso de bioinsumos.
A contribuição da ciência foi fundamental para a construção do Projeto de Lei 658/21 que deu origem à regulamentação. A Embrapa Agroenergia, como centro de pesquisa de referência na área, está entre as instituições que contribuíram tecnicamente com o PL. A Unidade tem, atualmente, cerca de 40% da sua carteira de projetos focada no desenvolvimento de bioinsumos, dentro do portfólio de “Economia Verde” da Embrapa.
“Realizamos pesquisas que abrangem desde o isolamento, a caracterização e seleção de microrganismos até o desenvolvimento de biofertilizantes, bioestimulantes e biopesticidas que melhoram a produtividade agrícola, a saúde das plantas e do solo. Além do uso de microrganismos, temos também desenvolvido bioinsumos à base de extratos vegetais e de algas, que também contribuem para reduzir o uso de insumos sintéticos e seu impacto ambiental”, explica Bruno Laviola, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia. Para o pesquisador, a sanção desta Lei vislumbra um estímulo ainda maior à pesquisa e ao desenvolvimento de bioinsumos, contando, agora, com um marco regulatório que garante segurança jurídica e incentiva a inovação, ampliando as possibilidades de transferência de tecnologias ao setor produtivo.
Além do desenvolvimento de novos produtos biológicos, nas pesquisas da Embrapa Agroenergia, os bioprocessos têm sido otimizados para incorporar resíduos agroindustriais como matéria-prima, promovendo maior circularidade nos sistemas produtivos. Essa abordagem está em consonância com o conceito de biorrefinarias, que visa maximizar o aproveitamento dos recursos, minimizando resíduos e aumentando a eficiência de produção em toda a cadeia de valor agrícola. “Dessa forma, a adoção e o desenvolvimento de bioinsumos não só impulsionam a sustentabilidade, mas também fomentam a inovação em diversos setores, como o da bioenergia”, destaca Bruno.
Entenda o tema
Os bioinsumos são produtos ou processos agroindustriais desenvolvidos a partir de enzimas, extratos (de plantas ou de microrganismos), microrganismos, macrorganismos (invertebrados) e outros componentes utilizados para o controle biológico de insetos, bactérias e fungos, por exemplo. São tecnologias renováveis, não poluentes e que favorecem a regeneração da biodiversidade no meio ambiente, principalmente do solo.
A nova Lei dispõe sobre a produção, a importação, a exportação, o registro, a comercialização, o uso, a inspeção, a fiscalização, a pesquisa, a experimentação, a embalagem, a rotulagem, a propaganda, o transporte, o armazenamento, as taxas, a prestação de serviços, a destinação de resíduos e embalagens e os incentivos à produção de bioinsumos para uso agrícola, pecuário, aquícola e florestal. E se aplica a todos os sistemas de cultivo, incluindo o convencional, o orgânico e o de base agroecológica, como também a todos os bioinsumos utilizados na atividade agropecuária.
Uma regulamentação que segue na linha de promoção de uma economia mais verde no Brasil e no mundo. O que também vai ao encontro do que se busca quando se fala em transição energética. Nesse contexto, a regulamentação dos procedimentos de produção de bioinsumos impacta diretamente nas pesquisas com biocombustíveis, outra frente de atuação da Embrapa Agroenergia.
Laviola lembra que, em outubro passado, foi sancionada a Lei nº 14.993, conhecida como Lei do Combustível do Futuro, que instituiu programas nacionais voltados para a promoção de combustíveis sustentáveis, como o diesel verde, o biometano, combustível sustentável de aviação (SAF), além do biodiesel e etanol. A sinergia entre a Lei dos Bioinsumos e a Lei do Combustível do Futuro é um exemplo claro de como a regulamentação pode potencializar setores complementares.
“A sinergia entre essas duas leis é evidente. Ao regulamentar e incentivar o uso de bioinsumos, a agricultura brasileira torna-se mais sustentável e menos emissora de gases de efeito estufa. Culturas manejadas com bioinsumos tendem a apresentar menor pegada de carbono, fornecendo matérias-primas mais limpas para a produção de biocombustíveis. Consequentemente, os biocombustíveis produzidos a partir dessas matérias-primas possuem menor intensidade de carbono, alinhando-se aos objetivos da Lei do Combustível do Futuro de promover uma matriz energética mais limpa e sustentável”, explica Laviola.
“Na Embrapa Agroenergia, temos trabalhado intensivamente para integrar essas frentes de pesquisa, promovendo soluções tecnológicas que atendem às demandas da transição energética e da bioeconomia”, conclui.
Cristiane Vasconcelos – Embrapa Agroenergia
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Arroba do boi gordo sobe R$ 5 em apenas um dia em três estados

As demandas doméstica e internacional aquecidas e as escalas de abate mais curtas, principalmente nas indústrias de menor porte, têm impulsionado a alta da arroba do boi gordo no Brasil nas últimas semanas.
O Indicador do Boi Datagro, referência da B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro, mostra que o patamar médio de Mato Grosso do Sul já ultrapassa o da praça-base São Paulo.
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Com isso, o mercado fechou a uma média de R$ 324,07 no ente federativo do Centro-Oeste e a R$ 322,71 em território paulista.
Além disso, outros três estados tiveram elevação de quase ou até superior a R$ 5 a arroba entre ontem (4) e esta quarta-feira (5). Veja:
- Bahia: de R$ 305,46 para R$ 310,60
- Goiás: de R$ 308,47 para R$ 313,08
- Mato Grosso: de R$ 305,06 para R$ 310,12
Por outro lado, entre as praças analisadas pelo Indicador do Boi Datagro, apenas Rondônia teve retração no valor médio pago pela arroba, saindo de R$ 288,10 para R$ 287,97.
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Agricultura
Demanda por etanol pode crescer 2,4 vezes até 2040, aponta estudo

O Instituto MBC Brasil divulgou nesta semana um estudo inédito que traça um panorama sobre os desafios e oportunidades da mobilidade sustentável no país. O levantamento aponta avanços esperados nos programas de biocombustíveis e eletrificação, com destaque para o etanol, considerado um dos maiores diferenciais competitivos do Brasil na transição energética.
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Segundo o estudo, a demanda por etanol pode crescer até 2,4 vezes até 2040, impulsionada tanto pelo aumento do consumo interno quanto pela abertura de novos mercados internacionais.
Durante o lançamento, o presidente do Instituto MBC Brasil, José Eduardo Luzzi, destacou a importância do estudo e a criação do próprio instituto, voltado à mobilidade de baixo carbono.
“Estamos lançando oficialmente o Instituto MBC Brasil, ao mesmo tempo em que apresentamos esse estudo inédito elaborado junto à LCA Consultoria. O trabalho mostra as iniciativas e desafios estruturantes para impulsionar a mobilidade de baixo carbono no Brasil até 2040”, afirmou.
O levantamento faz projeções sobre a demanda futura por bioenergéticos e identifica os principais gargalos estruturais que o país precisa superar para atender às metas de descarbonização da mobilidade. Entre os pontos abordados estão a necessidade de novas políticas públicas, ampliação da infraestrutura de produção e distribuição e estímulo à eletrificação veicular.
Luzzi destacou ainda que o momento é oportuno, às vésperas da COP30, que será realizada em Belém, no Pará.
“O Brasil vai se colocar como protagonista na transição energética justa, viável, acessível e inclusiva. O país tem uma vantagem comparativa importante que é a sua experiência, tradição e conhecimento na produção de biocombustíveis”, destacou.
Com foco em uma transição energética equilibrada, o estudo reforça o papel do Brasil como referência global na produção de energia limpa e na busca por soluções sustentáveis para o transporte do futuro.
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Agricultura
Por unanimidade, Senado aprova isentar IR para quem ganha até R$ 5 mil

O Plenário do Senado aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o projeto de lei 1087/2025 que isenta do Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil mensais e aumenta a taxação de altas rendas.
Se o texto for sancionado até o final do ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a redução do IR passa a valer a partir de janeiro de 2026.
O governo calcula que cerca de 25 milhões de brasileiros vão pagar menos impostos, enquanto outros 200 mil contribuintes terão algum aumento na tributação. “É uma medida que dialoga com a vida real das pessoas”, disse o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
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Para compensar a perda de arrecadação, o projeto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil por mês). O texto também estabelece a tributação para lucros e dividendos remetidos para o exterior com alíquota de 10%.
O projeto foi encaminhado pelo governo em março ao Congresso e foi aprovado em outubro pela Câmara. O relator da proposta foi o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que acatou apenas emendas dos senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Rogério Carvalho (PT-SE).
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