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Agricultura

Aprosoja Mato Grosso abre inscrições para visita técnica no CTECNO Araguaia

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Foto: Assessoria

As inscrições para a visita técnica do Centro Tecnológico (CTECNO) Araguaia, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), estão abertas. O evento ocorre no dia 29 de janeiro, em Nova Nazaré, e promete trazer atualizações importantes para os produtores de soja da região, abordando temas como: dinâmica da água na lavoura e estratégias de manejo e conservação do solo; construção de um programa de herbicidas eficiente; e, desafios e estratégias de plantio em solo siltoso.

No ano passado, a entidade implantou um projeto hidrológico para manejo de enxurrada e escoamento superficial. Este projeto molda a área experimental e a torna pioneira nessa temática. De acordo com o vice-presidente sul e coordenador da comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja MT, Fernando Ferri, o projeto foi necessário devido à baixa penetração de água nas áreas com alto teor de silte.

“A primeira camada rochosa é muito rasa nessas áreas, então ali exige uma atenção maior do produtor, porque a água não desce para o lençol freático. Então, um bom manejo é necessário para reter ou conter essa água, para que não cause erosões, sendo benéfico ao meio ambiente e para o produtor não ter perda de fertilidade, matéria orgânica, palhada e todo aquele investimento que ele fez no solo”, explica Ferri.

O CTECNO Araguaia é o único centro de pesquisa independente com foco em solos siltosos. As áreas com alto teor de silte representam mais de três milhões de hectares de áreas agricultáveis e careciam de informações técnicas e científicas.

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“Por ver esse gargalo dos produtores entrarem onde não há nenhuma pesquisa científica, a gente desenvolveu o CTECNO Araguaia justamente para trazer as soluções para o produtor aprender a fazer o manejo da melhor forma, trazendo mais rentabilidade”, completa o coordenador da comissão de Defesa Agrícola, Fernando Ferri.

O solo da região é composto por 30 a 44% de silte, o que torna a prática da agricultura bastante desafiadora. Em solos assim caracterizados, são curtos os momentos de umidade ideal para realizar operações mecanizadas. Outra problemática comum e importante em solos com alto teor de silte é o selamento superficial, que dificulta e atrasa o processo de emergência de plântulas, em especial a soja.

“Foi diante dessa problemática que elaboramos três ensaios de plantabilidade da soja. Nestes ensaios estamos avaliando a resposta da cultura da soja a diferentes profundidades de semeadura, com presença e ausência de palha, e ao uso de diferentes bandas cobridoras de semente. A partir disso discutiremos as melhores técnicas de plantio em solos com alto teor de silte. Além disso, no dia da visita técnica-soja nós vamos compreender como é a dinâmica da água na lavoura, quais os potenciais perdas de solo e fertilizantes; e, quais estratégias de manejo e conservação do solo são apropriadas para diferentes situações”, aponta a pesquisadora do CTECNO Araguaia, Isley Bicalho.

Durante o evento, os participantes ainda poderão acompanhar o desenvolvimento de 36 variedades de soja semeadas em duas épocas, uma no final de outubro e outra em meados de novembro.

Com a presença de pesquisadores e especialistas, o evento promete ser uma oportunidade única para os produtores debaterem os desafios e as soluções para a agricultura em áreas de solos rasos e com alto teor de silte. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas clicando aqui.

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Vitória Kehl Araujo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Mercado do boi: oferta restrita impulsiona preços e aumenta competição

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Foto: Giro do Boi

O mercado pecuário brasileiro vive um momento de valorização, impulsionado por uma oferta restrita de animais para abate e uma forte demanda internacional que impacta diretamente a disponibilidade doméstica. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP apontam que essa combinação de fatores é a principal responsável pela alta nos preços do boi gordo no campo e da carne bovina em diversos elos da cadeia, tanto no atacado nacional quanto no mercado externo.

A escassez de animais para abate, intensificada pela pujante demanda de países importadores, tem resultado em um volume de carne bovina ofertado ao consumidor brasileiro aquém do esperado. Esse cenário, conforme o Cepea, desencadeou uma sequência de aumentos nos preços da carne com osso e dos cortes comercializados no atacado da Grande São Paulo desde a última semana de março.

Competição aumenta no mercado interno

O movimento de alta nos preços da carne de boi tem gerado um efeito colateral: a perda de competitividade frente a outras proteínas animais. Levantamentos do Cepea indicam que a carne suína, o frango e até mesmo a tilápia se tornam alternativas mais atrativas para o consumidor diante do encarecimento da carne bovina. Essa dinâmica acirra a disputa por espaço no prato do brasileiro e exige atenção dos pecuaristas e frigoríficos para estratégias de mercado.

Exportações em ritmo acelerado

No cenário internacional, o Brasil demonstra um desempenho robusto nas exportações de carne bovina in natura. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, revelam que o país embarcou, até a segunda semana de abril, uma média diária de 10,9 mil toneladas do produto. Esse volume representa um expressivo aumento de 15,6% em comparação com a média diária registrada em abril de 2024, evidenciando a forte demanda externa pela carne bovina brasileira.

Desafios para o mercado do boi

O atual cenário do mercado pecuário brasileiro, marcado pela valorização e pela intensa movimentação no comércio internacional, exige um acompanhamento atento por parte dos agentes do setor. A restrição da oferta interna, combinada com a pressão da demanda externa, impõe desafios para a manutenção da competitividade da carne bovina no mercado doméstico. A capacidade do setor em equilibrar essas forças e em buscar alternativas para otimizar a produção e a oferta será crucial para definir os rumos do mercado nos próximos meses.

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Agricultura

Feijão – Tratamentos baseados em fungicida protetor com multissítio controlam doenças relevantes e elevam a produtividade

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Divulgação

 

Com um amplo portfólio de tecnologias para a proteção do feijoeiro, a equipe técnica da Sipcam Nichino Brasil, em parceria com a Planeje Consultoria, realizou, recentemente, ensaios técnicos com objetivo de avaliar o controle das doenças antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) e mancha-angular (Phaeoisariopsis griseola). A incidência de ambas pode levar ao feijão perdas de 70% a 100% de uma lavoura, conforme esclarece o engenheiro agrônomo Wellington Braz Alvarenga, da área de desenvolvimento de mercado.

A pesquisa, que comparou tratamentos à base do fungicida Fezan® Gold, da Sipcam Nichino, ao chamado tratamento padrão do produtor, ocorreu em uma área de feijão da cidade mineira de Guarda-Mor, situada em uma região referenciada na produção da cultura e com altos índices de produtividade.

Conforme Wellington Alvarenga, mesmo diante de quadros de alta severidade das doenças observados nos testes, o fungicida Fezan® Gold, associado a outros produtos do gênero da companhia, entre estes Vitene®, entregou média de produtividade 54,4 sacas por hectare, contra o máximo de 51,9 sacas por hectare do tratamento padrão.

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Para o agrônomo, esse resultado veio atrelado a alguns fatores centrais, como a composição do fungicida Fezan® Gold, uma solução protetora com multissítio. “Fezan® Gold tornou-se o primeiro do mercado a conter na mesma formulação as propriedades sistêmica e protetora com ação multissítio”, reforça Alvarenga. Ele acrescenta ainda que o produto permanece um dos poucos do mercado disponíveis com essas características. “Por isso cresce entre as opções estratégicas do produtor de feijão no controle de doenças fúngicas.”

Segundo o agrônomo, o fungicida Vitene®, por sua composição, contribui decisivamente ao bom controle da antracnose e da mancha-angular do feijoeiro. “É sistêmico, seletivo à cultura e de longo efeito residual. Rapidamente absorvido pela planta do feijão, resiste a chuvas e possibilita aplicações preventivas ou nos primeiros sintomas das doenças.”

“Vitene® ‘encaixou bem’ na estratégia de controle da antracnose e da mancha-angular do feijoeiro ao ter sua aplicação alternada aos outros fungicidas, como Fezan® Gold, com ingredientes ativos diferentes, continua Alvarenga. “O manejo de resistência dos fungos aos fungicidas constitui uma estratégia de sucesso do produtor frente a essas doenças do feijoeiro.”

A Sipcam Nichino descreve Vitene® como um fungicida multicultura, sistêmico, do grupo das estrobilurinas e dos triazois. “Aplicado corretamente, a solução penetra e é redistribuída nas folhas do feijoeiro”, ressalta Wellington. “Tem ainda entre os benefícios a seletividade associada aos ingredientes ativos azoxistrobina e difenoconazol”, ele conclui.

Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.

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Fernanda Campos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Cultivo de batata-doce e grão-de-bico no espaço?

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Foto: Blue Origin – Divulgação

 

O voo suborbital da Blue Origin, realizado em 14 de abril, contou com uma tripulação exclusivamente feminina e levou plantas de batata-doce das cultivares Beauregard e Covington, além de sementes do grão-de-bico BRS Aleppo, desenvolvido pela Embrapa.

Essas espécies são estudadas pela Rede Space Farming Brazil, uma parceria entre a Embrapa e a Agência Espacial Brasileira (AEB), para investigar a produção de alimentos em ambientes espaciais.

A inclusão de material brasileiro foi viabilizada pelo professor Rafael Loureiro, da Winston-Salem State University. Os experimentos serão conduzidos pela astronauta Aisha Bowe, ex-cientista da Nasa, em colaboração com a Odyssey. As espécies foram escolhidas por sua adaptabilidade, resiliência e benefícios nutricionais.

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A batata-doce se destaca como fonte de carboidratos e antioxidantes, enquanto o grão-de-bico é reconhecido pelo alto teor de proteínas e capacidade de adaptação.

Os pesquisadores esperam desenvolver plantas mais produtivas e adaptáveis às condições do espaço, utilizando técnicas como radiação gama para gerar variabilidade genética. Esses estudos também devem acelerar o melhoramento genético para agricultura na Terra, especialmente diante das mudanças climáticas.

A Rede Space Farming Brazil, formada por 56 pesquisadores de 22 instituições, busca soluções inovadoras para produção de alimentos em condições extremas.

O experimento com as sementes e mudas expostas à microgravidade durante o voo da Blue Origin visa contribuir tanto para a agricultura espacial quanto para avanços tecnológicos aplicáveis na agricultura terrestre. Além disso, espera-se que os chamados “spin-offs” gerem tecnologias modernas, como cultivares tolerantes à seca e sistemas de irrigação inteligente.

(Com Embrapa)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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