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Agricultura

Mercado de Trigo em 2025 tem estabilidade e perspectivas de crescimento

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O mercado de trigo no Brasil movimentou 9,48 milhões de toneladas em 2024, número que reflete o equilíbrio entre importações e exportações de um país que ainda não é autossuficiente no cereal. Com um consumo interno estimado entre 12 e 13 milhões de toneladas por ano, o Brasil registrou uma produção de aproximadamente 8 milhões de toneladas, considerada a segunda maior colheita da história. Apesar do avanço, o déficit na produção resultou em 6,65 milhões de toneladas importadas, número 59% superior ao registrado em 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A projeção para 2025 segue otimista, com expectativas de igualar ou até superar a produção de 2024, segundo análises da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, o desafio não se limita apenas ao aumento de volume, mas também à melhoria da qualidade do grão. A busca por variedades que atendam às exigências do mercado, como o trigo tipo pão, destaca a importância de investimentos em biotecnologia e melhoramento genético.

No mercado interno, os preços do trigo variaram entre R$ 1.280 e R$ 1.600 por tonelada, dependendo da região e da qualidade do produto. No Paraná, as cotações giraram entre R$ 1.400 e R$ 1.430 por tonelada FOB, enquanto no Rio Grande do Sul os valores oscilaram entre R$ 1.280 e R$ 1.360 para compradores, com vendedores mantendo pedidos ligeiramente acima, entre R$ 1.300 e R$ 1.350 por tonelada. O trigo branqueador, por sua vez, alcançou preços superiores, variando de R$ 1.550 a R$ 1.600 por tonelada FOB.

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A recente retração do dólar influenciou a formação dos preços, limitando avanços mais expressivos. Apesar disso, a demanda programada para os próximos meses sugere um mercado mais aquecido, com compradores planejando aquisições antecipadas e produtores adotando uma postura cautelosa, sem pressa para comercializar o grão.

O câmbio, os estoques ajustados e a necessidade de reposição seguem como fatores decisivos para o mercado de trigo em 2025. A previsão de uma maior movimentação nos próximos meses está diretamente ligada à dinâmica desses elementos. O planejamento estratégico, tanto por parte de compradores quanto de vendedores, será fundamental para equilibrar oferta e demanda no curto e médio prazo.

No cenário internacional, mudanças na política de exportação da Argentina podem impactar o mercado global de trigo. O governo argentino anunciou uma redução temporária nas alíquotas de exportação, válida até junho de 2025. A taxa para o trigo, que anteriormente era de 12%, foi reduzida para 9,5%. Essa medida visa aumentar a competitividade do trigo argentino e melhorar a rentabilidade dos produtores locais, que enfrentam desafios relacionados à desvalorização cambial e aos efeitos da seca.

Embora o impacto seja mais expressivo para produtos como soja e milho, o trigo também deve se beneficiar, com maior dinamismo nas vendas e preços mais atrativos. Esse cenário reforça a necessidade de o Brasil acompanhar as movimentações do mercado externo e fortalecer sua produção interna para reduzir a dependência de importações.

Fonte: Pensar Agro

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Sobretaxa do aço e alumínio: Haddad descarta retaliar os EUA

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou nesta quarta-feira (12), que o governo continuará na mesa de negociação para tentar reverter a sobretaxa dos Estados Unidos sobre o aço produzido no Brasil. Ele descartou uma retaliação neste momento, por orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós não vamos proceder assim por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou muita calma nessa hora, nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, disse Haddad, reforçando o argumento de que a tarifa de 25% sobre o aço importado será prejudicial para a indústria americana.

O Ministério da Fazenda pretende produzir uma nota técnica sobre o assunto para auxiliar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pasta que comanda as conversas com os EUA.

Haddad falou com a imprensa após se reunir com representantes do setor siderúrgico, que levaram ao chefe da equipe econômica sugestões de medidas para proteger a indústria local, tanto do ponto de vista da exportação quanto da importação de aço que chega ao Brasil.

O ministro classificou os argumentos da siderurgia brasileira como “muito consistentes” e rejeitou a acusação americana de que o país exporta aos Estados Unidos aço importado de outros países, numa espécie de revenda.

“A indústria está preocupada e, em virtude da declaração tanto do vice-presidente Alckmin, quanto do presidente Lula, quanto da Fazenda, de que nós vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação”, disse Haddad.

As negociações já estão em andamento e tiveram sucesso no passado recente – em 2018, o Brasil conseguiu evitar a sobretaxa sobre o aço ao acordar uma cota de exportação para os americanos.

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“Os empresários do setor estão imaginando formas de negociar com argumentos muito consistentes, porque o nosso comércio é muito equilibrado. O que a gente importa de aço não tem nada a ver com o que a gente exporta de aço. Nós exportamos produtos semiacabados e importamos produtos acabados, então não faz o menor sentido a ser acusado de reexportar o que nós estamos importando, não teria nem lógica esse argumento”, afirmou Haddad, segundo quem o governo começa a estudar as propostas do setor privado.

“Nós estamos acompanhando a evolução das medidas que os Estados Unidos estão tomando contra o Brasil, e na verdade não é contra o País, porque é estendido aos outros países, mas tem repercussão doméstica. Obviamente que essa taxação acaba encarecendo para o consumidor americano os produtos importados”, disse.

O ministro ainda lembrou das repercussões inflacionárias para os Estados Unidos, embora esteja sendo contratada uma redução de juros pelo Fed neste ano. “Então tem uma repercussão ruim também na inflação americana, embora esteja sendo contratada uma redução dos juros esse ano nos Estados Unidos, o que favorece por esse lado”, completou.

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Agricultura

Sebrae subsidia 70% em biotecnologia para pequenos pecuaristas

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Foto: reprodução Agência Sebrae de Notícias

O uso de biotecnologias e melhoramento genético está ajudando na produtividade, eficiência e rentabilidade de pequenos produtores da pecuária. 

A estratégia faz parte do programa Leite & Genética que se utiliza da Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) para elevar a taxa de prenhez do rebanho. O incentivo resulta em bezerros mais robustos e vacas com maior capacidade para produzir leite. 

A iniciativa, parte das ações de  tecnologias inovadoras realizadas pelo Sebrae do Rio Grande do Norte (RN), está com inscrições abertas até 30 de maio para pequenos empreendedores pecuaristas que queiram aumentar a eficiência e a rentabilidade, a partir de um rebanho mais produtivo e sustentável.

E para garantir que esses produtores tenham acesso às biotecnologias, o Sebrae/RN vai fornecer subsídio de até 70% no valor do pacote do programa.

De acordo com a instituição, a iniciativa existe desde 2013 e beneficiou mais de dois mil produtores rurais. A partir do programa Leite & Genética já nasceram cerca de 35 bezerros através das biotecnologias IATF e Fertilização in Vitro (FIV). 

“Só em 2024, o programa inseminou 7.207 animais em 72 municípios do RN com uma média geral de 46% de sucesso”, afirmou o gestor da área Pecuária do Sebrae/RN, Luis Felipe.

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Os produtores interessados devem procurar o Sebrae/RN ou acessar o site para a inscrição.

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Agricultura

Alerta! Chuva pode alcançar os 200 mm nas próximas 48 horas; veja onde

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Foto: Pixabay

Após a passagem de uma frente fria pelo sul gaúcho, um sistema de alta pressão atmosférica produz ventos marítimos que se intensificam também pela costa de Santa Catarina, estimulando um grande aumento de umidade, com possibilidade de chuva forte durante esta quarta-feira (12); as informações são da Climatempo.

O vento vindo de leste, que sopra do mar para o continente, de forma frontal à costa catarinense, é o mais eficiente para concentrar a umidade no leste de Santa Catarina. Este período com predomínio do vento da direção leste é chamado de “lestada”.

É um fenômeno conhecido da população do leste catarinense e já foi responsável por vários eventos de chuva forte e volumosa que causaram muitos transtornos em áreas do litoral de Santa Catarina, incluindo a Grande Florianópolis, e também do Vale do Itajaí.

A combinação deste acúmulo de umidade, com o relevo local e também a circulação de ventos em níveis mais elevados da atmosfera produz uma enorme quantidade de nuvens carregadas no leste catarinense.

Alerta para muita chuva

A situação é de alerta para a ocorrência de muita chuva principalmente durante esta quarta-feira, e madrugada e manhã da quinta-feira (13). Hoje a chuva deve se intensificar no decorrer do dia, ficando mais forte e volumosa no final da tarde e durante a noite.

Com a mudança natural da direção do vento durante a quinta-feira, o processo de infiltração marítima enfraquece e a chuva perde força.

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Volumes

Para a região de Florianópolis estão previstos cerca de 100 mm apenas no decorrer dos dias 12 e 13 de março. A média normal de chuva para março em Florianópolis é de aproximadamente 180 mm. Outros locais podem acumular de 150 a 200 mm de chuva um pouco mais de 48 horas.

Esses volumes de chuva muito elevados são preocupantes, pois podem causar alagamentos nos centros urbanos, deslizamentos de terra em encostos e transtornos nas rodovias do leste catarinense.

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