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Meio Ambiente

Aditivo natural reduziu mais de 1,39 milhão de toneladas as emissões de CO2 na pecuária

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A Premix reforça seu compromisso com a sustentabilidade do agronegócio nacional ao apresentar mais uma edição do Inventário de Pegada de Carbono. O documento avalia os impactos positivos da utilização de aditivo zootécnico natural na redução das emissões de gás carbônico equivalente (CO2eq) no sistema produtivo de bovinos em sistemas de pastejo.

No acumulado de 13 anos, a suplementação aditivada de 2,78 milhões de bovinos com aditivo natural Fator P evitou a emissão de mais de 1,39 milhão de toneladas de CO2eq até 2024. O dado mostrou evolução na redução de CO2eq de 10,6% em relação à edição passada do relatório. Lembrando que 1kg de metano (CH4) é igual a 28 kg de CO2 equivalente.

Esses números significam a redução da emissão de gás metano entérico para o meio ambiente, o aumento na eficiência da digestibilidade de matéria seca ingerida e o ganho de peso vivo dos animais.

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Segundo trabalhos realizados pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da Premix, em conjunto com os painéis publicados pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), cada animal tratado deixou de emitir cerca de 97kg de CO2eq por arroba produzida. Na prática, essa condição ocorre porque o uso do aditivo faz o animal emitir menos gás metano entérico e ganhar mais peso vivo.

Segundo o documento, durante os 13 anos de avaliação os resultados mostram que os benefícios do Fator P podem representar a recuperação de 102,6 mil hectares de terras degradadas. Isso equivale ao reflorestamento de 171 milhões de árvores, demonstrando o impacto positivo do aditivo em função do aumento da eficiência produtiva dos animais.

Esses cálculos utilizam como base um estudo realizado pela ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) em parceria com o Instituto Totum e a Fundação SOS Mata Atlântica, que indica que cada árvore da Mata Atlântica consegue absorver 163,14 kg de gás carbônico (CO2) equivalente ao longo de seus primeiros 20 anos de vida.

“A Premix acredita que a pecuária pode ser uma atividade produtiva e sustentável ao mesmo tempo”, destaca Lauriston Bertelli Fernandes, diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. “Com soluções inovadoras como o Fator P, a empresa contribui para a construção de um futuro mais verde para a pecuária, garantindo a produção de alimentos de forma responsável e respeitando o meio ambiente, um compromisso que reflete o nosso propósito”, finaliza.

Daniel – DS Vox

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Emissões de carbono na agricultura brasileira são estimadas em 11,54 dólares por tonelada

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revisão científica analisou 32 estudos publicados entre 2004 e 2024 sobre a precificação do carbono na agropecuária.
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  • O valor do carbono agrícola varia entre US$ 2,60 e US$ 157,50 por tonelada de CO2 equivalente, dependendo do país e do método utilizado.
  • Fatores como PIB, nível de emissões, participação da agricultura na economia e uso de fertilizantes influenciam o custo do carbono na agropecuária.
  • O preço estimado pela equipe da Embrapa pode embasar políticas públicas e programas de incentivo à sustentabilidade no agronegócio

O preço das emissões de carbono na agropecuária brasileira foi estimado em 11,54 dólares por tonelada de gás carbônico equivalente (US$ 11,54/tCO2e). Esse valor foi calculado por um estudo da Embrapa Territorial (SP) embasado em trabalhos científicos de diversos países. Foram analisados valores, métodos de cálculo e fatores que determinam o preço do carbono emitido pela agricultura ao redor do mundo. O trabalho foi publicado no primeiro número de 2025 da Revista de Economia e Sociologia Rural, editada pela Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (Sober) (leia o artigo aqui).

A economista Daniela Tatiane de Souza, analista da Embrapa, relata que poucos estudos se baseiam em critérios científicos e sistemáticos para precificar as emissões de carbono na agropecuária. “Ter uma estimativa de valor é importante para que as empresas e instituições, que queiram desenvolver programas e políticas de incentivo a práticas sustentáveis, tenham preços de referência”, explica.

Como o estudo foi realizado?

A equipe da Embrapa conduziu uma revisão sistemática de publicações científicas sobre precificação do carbono na agropecuária ao redor do mundo, a partir de fontes como Science Direct, Web of Science, Springer, Wiley Online e Google Scholar. A pesquisa considerou diferentes metodologias para a precificação, incluindo custo marginal de abatimento, modelos de avaliação integrada e preço sombra. Foram selecionados 32 estudos, abarcando o período entre 2004 e 2024. O maior número de trabalhos tem origem na China, Austrália e Reino Unido.

Os valores encontrados para a tonelada de CO2 equivalente variou bastante: de US$ 2,60 e US$ 157,50/tCO2e. Souza explica que isso é natural, já que os artigos analisados utilizam métodos distintos e tratam da agricultura em países com níveis de adoção de tecnologias diversos. O trabalho atualizou os valores monetários referentes a diferentes períodos para o equivalente no ano de 2024.

A revisão sistemática revelou os principais fatores que influenciam o custo das emissões de carbono na agropecuária. O principal deles é o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. “Qualquer variação no PIB afeta o preço do carbono. Verificou-se que economias maiores tendem a ter preços de carbono mais baixos. Se aumentar o nível de CO2 na agricultura, o que vai acontecer com o preço do carbono? Em mercados voluntários ou menos regulamentados, um aumento nas emissões de CO2 pode não resultar em preços mais altos para o carbono”, detalha a economista. Além do PIB e do nível de emissões de CO2, são considerados, principalmente, a participação da agricultura na economia e o uso de fertilizantes nitrogenados.

Para estimar o preço do carbono para a agropecuária brasileira, a equipe da Embrapa Territorial utilizou esses fatores determinantes globais. Com dados próprios do Brasil e adotando um modelo econométrico, chegou-se ao preço de US$ 11,54/tCO2e. De acordo com Souza, o valor está próximo do que tem sido observado no mercado voluntário internacional de carbono, para a agricultura.

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“É importante reconhecer que, em alguns casos, o aumento do nível tecnológico da produção pode elevar as emissões. Mas, quando pensamos na sustentabilidade de forma mais ampla, isso é compensado com ganhos na produtividade e maior sequestro de carbono nos sistemas agropecuários”, pondera o chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti. “Por isso, também temos feito pesquisas aqui para mensurar o carbono capturado, permitindo uma visão completa do balanço de carbono nos sistemas de produção do Brasil”, complementa.

Por que o precificar o carbono?

Por ser o gás de efeito estufa (GEE) mais emitido na atmosfera desde o início da industrialização, o gás carbônico tornou-se indicador ambiental. Para efeitos comparativos e uniformização no mercado, a geração de outros GEE e agentes causadores de impacto ambiental são convertidos em toneladas de CO2 equivalente para mensuração e valoração. Ao se estimar o preço do carbono de uma atividade econômica, cria-se um incentivo financeiro para se investir em tecnologias e práticas mais sustentáveis. Por exemplo, a melhoria nas práticas de adubação para diminuir o uso de nitrogênio e a emissão de óxido nitroso – outro importante GEE – para a atmosfera.

“Como a redução das emissões de GEE e a remoção de CO2 da atmosfera têm um custo (social, econômico e ambiental), a precificação é necessária para saber quanto se deve pagar por uma tonelada de CO2 equivalente que deixou de ser emitida ou que foi removida da atmosfera por uma atividade ou projeto. A precificação de carbono serve de referência para quem vai receber e para quem vai pagar por isso. É claro que ela é só uma referência, pois quando já se tem o certificado de emissão reduzida (CER), pode-se negociar valores maiores do que quem ainda vai iniciar um projeto”, detalha o pesquisador da Embrapa Lauro Rodrigues Nogueira Júnior. “Esse valor serve também para programas governamentais de redução de emissões que precisam de referências, assim como para os programas de pagamento por serviços ambientais que vêm sendo implementados no Brasil”, complementa.

 

Este é o segundo estudo publicado pela Embrapa Territorial com a precificação do Carbono no setor rural. Em 2024, o mesmo grupo de pesquisa estimou o valor para uma das principais cadeias produtivas do agronegócio nacional: a da laranja. Para a citricultura brasileira, o preço calculado foi de US$ 7,72/tCO2e. O centro de pesquisa também mensurou o estoque de carbono no cinturão citrícola brasileiro, em parceria com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), e com o apoio financeiro Fundo de Inovação para Agricultores da empresa Innocent Drinks, do Reino Unido. O volume de carbono nos pomares, no solo e nas áreas com vegetação nativa nas fazendas produtoras da fruta foi estimado em 36 milhões de toneladasAssista ao vídeo abaixo:

 

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Vivian Chies (MTb 42.643/SP)
Embrapa Territorial

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Porque a onda de calor parece não ter fim?

Publicado

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Imagem: Canva

 

O que está por trás da onde calor é um sistema que afeta hoje o tempo em grande parte da América do Sul. Trata-se de uma situação de bloqueio atmosférico que afeta uma enorme área do território brasileiro e do Atlântico Sul.

Uma grande alta pressão atua na costa do Brasil e inibe a ocorrência de chuva no Sul, no Sudeste, em áreas mais ao Leste do Centro-Oeste e em parte do Sudeste.

Com muitos dias seguidos de tempo firme, a temperatura se mantém muito alta por um período bastante longo.

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É o que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul. Depois da onda de calor da primeira metade de fevereiro, registrou-se um breve período com temperaturas menores e mais agradáveis, mas nos últimos dias do mês se instalou uma segunda onda de calor que prossegue neste começo de março.

Este mesmo padrão de bloqueio atmosférico tem trazido calor persistente também em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais com chuva muito abaixo da média na maioria das áreas.

A cidade do Rio de Janeiro enfrentou um dos meses de fevereiro mais quentes e secos já registrados.

O QUE ESTÁ POR DETRÁS DO BLOQUEIO QUE TRAZ O CALOR O padrão de chuva abaixo da média e temperatura acima da média numa extensa área do Brasil se dá por uma condição que é velha conhecida dos meteorologistas chamada de Alta Semi-Estacionária do Atlântico Sul (ASAS).

Trata-se de um dos principais sistemas meteorológicos que influenciam o clima da América do Sul, especialmente no Brasil.

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É um sistema de alta pressão atmosférica localizado sobre o Atlântico Sul, próximo à costa do Brasil, entre as latitudes de aproximadamente 20°S e 40°S. Sua posição e intensidade podem variar ao longo do ano, mas, de modo geral, a ASAS é um sistema persistente e atua como um bloqueio atmosférico que afeta os padrões de circulação do ar na região.

A ASAS é caracterizada por uma circulação de ventos no sentido anti-horário, gerando subsidência (movimento descendente do ar), o que inibe a formação de nuvens e chuvas na maior parte das áreas sob sua influência. Isso contribui para períodos prolongados de tempo seco, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil durante o inverno. Além disso, sua presença favorece dias ensolarados e temperaturas elevadas em regiões litorâneas.

BARREIRA DA ASAS LEVA CHUVA E TEMPORAIS PARA URUGUAI E ARGENTINA O bloqueio atmosférico associado à Alta Semi-Estacionária do Atlântico Sul (ASAS) e ao ar muito quente entre o Sul e o Sudeste do Brasil opera como uma barreira para o canal de umidade da Amazônia que nesta época do ano deveria estar atuando no Sudeste e em parte do Sul e do Nordeste do Brasil.

Com isso, a umidade amazônica está tomando outro caminho. Impedida de avançar pelo bloqueio para o Sul e o Sudeste do Brasil, ela tem avançado pelo interior da América do Sul de Norte para Sul até o Centro da Argentina e parte do Uruguai. Por isso, nestas áreas, nos últimos dias, tem chovido excessivamente com tempestade fortes a severas frequentes.

Os acumulados de chuva nos últimos dias em partes do Centro da Argentina passam de 300 mm e houve inundações. Somente entre ontem e hoje choveu 100 mm na Grande Buenos Aires com alagamentos.

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(Com METSUL)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Agronegócio enfrenta desafios climáticos e busca soluções sustentáveis

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Reprodução/rdmonline

 

As altas temperaturas registradas nos últimos dias têm impactado lavouras de soja, milho e arroz na Região Sul do Brasil, além de plantações de café e frutas no Sudeste. A cada safra, os efeitos das mudanças climáticas se tornam mais evidentes, exigindo que o setor agropecuário adote estratégias para minimizar as perdas e garantir a produção de alimentos.

Diante desse cenário, práticas de manejo sustentável ganham destaque como alternativa para reduzir os impactos do clima sobre a agricultura. A diversificação de culturas e a implementação de sistemas agroflorestais são apontadas como soluções viáveis, contribuindo para a conservação do solo, o uso eficiente da água e a proteção contra pragas e doenças. Modelos que combinam espécies agrícolas e árvores podem proporcionar um microclima mais favorável ao desenvolvimento das culturas, além de garantir maior resiliência diante das variações climáticas.

Além das técnicas agrícolas, especialistas defendem a adoção de políticas públicas que incentivem a captação e o armazenamento de água, bem como o uso de energias renováveis no campo. Essas iniciativas podem fortalecer a autonomia dos produtores, especialmente da agricultura familiar, permitindo que se adaptem melhor às condições climáticas extremas.

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A preocupação com a preservação das espécies nativas também é crescente. Algumas plantas endêmicas, antes consideradas altamente resistentes à seca, estão apresentando dificuldades de adaptação às mudanças climáticas. A redução da incidência de determinadas espécies reforça a necessidade de estratégias de reflorestamento e conservação ambiental como forma de proteger os biomas brasileiros.

O setor agropecuário segue atento a essas transformações e busca soluções que conciliem produtividade e sustentabilidade. O compromisso com o uso responsável dos recursos naturais e a valorização das comunidades rurais são fundamentais para garantir a segurança alimentar e a competitividade do agronegócio brasileiro no longo prazo.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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