Agronegócio
Egito, Vietnã e Irã lideram compra de milho de Mato Grosso; volume exportado cai

Assessoria
As exportações de milho de Mato Grosso na safra 2023/24 totalizaram 23,48 milhões de toneladas no acumulado de julho do ano passado até o mês passado, representando queda de 17,80% em relação ao mesmo período da safra passada, constatou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
Esse decréscimo nos envios para o mercado internacional é atribuído à menor disponibilidade de milho no mercado interno mato-grossense, uma vez que a produção da safra 2023/24 registrou redução de 10,16% em comparação com o ciclo 2022/23. No que se refere aos principais compradores do cereal de Mato Grosso no acumulado da temporada 23/24, o maior destino foi o Egito, com 3,80 milhões de toneladas exportadas, seguido pelo Vietnã, com 3,05 milhões de toneladas e pelo Irã, com 2,38 milhões de toneladas.
O IMEA projeta que as exportações até junho alcancem 26,90 milhões de toneladas para a safra 23/24, representando ajuste negativo de 10,99% em comparação com a safra anterior.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Venda da safra de algodão em Mato Grosso aumenta e preço melhora

foto: arquivo/assessoria
O relatório de comercialização do IMEA referente ao mês passado constatou que as negociações da safra 2024/25 atingiram 54,72% da produção projetada, avanço de 5,67 pontos percentuais em relação a janeiro, negociada no período com preço médio de R$ 138,94/@, valorização mensal de 0,82%.
Com relação à safra 2025/26, foi observado um avanço de 6,18 pontos percentuais no último mês, alcançando 9,59% da produção comercializada, a preço médio mensal de R$ 138,39/@, aumento de 3,31% em relação a janeiro. O movimento para as safras futuras foi pautado pela cotação da pluma mais atrativa nos mercados futuros em relação ao preço do produto disponível, o que incentivou maiores avanços nas vendas.
O IMEA conclui que o cenário de preços mais baixos que vem sendo observado no início deste mês pode trazer dinâmicas diferentes para o mercado, influenciando o ritmo de comercialização do algodão em Mato Grosso.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Chuvas acima da média causam prejuízos e atrasam colheita da soja em Mato Grosso

Divulgação/cenariomt
A safra de soja 2024/25 em Mato Grosso enfrenta dificuldades devido ao volume acima do normal de chuvas, especialmente na região de Paranatinga, no sudoeste do estado. Com registros de até 3 mil milímetros acumulados, a colheita está sofrendo atrasos significativos, além de gerar prejuízos financeiros aos produtores.
As chuvas intensas provocaram alagamentos e atoleiros nos campos, dificultando o avanço das máquinas e, em muitos casos, causando danos diretos aos equipamentos agrícolas. Em alguns locais, as colheitadeiras ficaram atoladas, exigindo operações adicionais que aumentam ainda mais os custos operacionais.
Produtores locais têm sido obrigados a adotar estratégias de emergência, como auxílio mútuo entre propriedades, para tentar minimizar as perdas da safra 2024/25. Apesar do cenário desafiador, a expectativa média de produtividade ainda é superior à safra anterior, que foi marcada pela seca.
No entanto, sem melhorias estruturais imediatas, os agricultores continuarão enfrentando desafios que impactam diretamente os resultados financeiros da safra e o desenvolvimento econômico regional.
De acordo com o Sindicato Rural, o município registra acumulados de até três mil milímetros de chuvas. O volume é considerado acima da média, causando transtornos e atrasos na colheita da soja e prejuízos para o bolso do agricultor.
cenariomt
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Carne bovina: Brasil vai ao Japão discutir abertura de mercado e acordo com o Mercosul

Foto: Pixabay/ Montagem Canal Rural
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja ao Japão e ao Vietnã entre os dias 24 e 29 de março. No Japão, Lula vai negociar a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira, demanda histórica do Brasil.
Além disso, buscará avanços nas negociações para um acordo comercial entre o gigante asiático e o Mercosul.
No Vietnã, o presidente debate um plano de ação para elevar o país ao nível de Parceiro Estratégico do Brasil, tipo de relação superior ao que as duas nações mantém atualmente. Entre os países do Sudeste Asiático, apenas com a Indonésia há esse grau de proximidade.
O primeiro destino da viagem do presidente é o Japão, onde Lula chega no dia 24 de março. Esse encontro tem sido tratado pelo Itamaraty como prova do prestígio que o governo japonês concede ao país. Isso porque os japoneses restringem as visitas de chefes de Estado estrangeiros há apenas uma por ano.
Além disso, desde 2019 não havia uma visita oficial de chefe de Estado ao Japão. A última foi a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em seu primeiro mandato.
“Isso dá uma indicação da importância dessa relação que já completa 130 anos”, comentou o embaixador Eduardo Paes Saboia, atual secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O Japão é o segundo maior parceiro do Brasil na Ásia, atrás apenas da China, e o 11º maior parceiro comercial do Brasil no mundo. Além disso, o país abriga a quinta maior comunidade de brasileiros no exterior, com 200 mil pessoas. Também é o nono que mais investe no Brasil, com estoque de US$ 35 bilhões em 2023, aumento de 23% em relação ao ano anterior.
Carne bovina e Mercosul
De acordo com o Itamaraty, um dos objetivos da viagem é conseguir um compromisso político do Japão para que envie ao Brasil uma missão técnica das autoridades sanitárias japonesas para inspecionar as condições da produção de carne bovina do país. Esse seria um dos passos necessários para o Brasil acessar o mercado de carne bovina japonês.
Em maio de 2024, quando o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, esteve no Brasil, o presidente Lula reforçou a reinvindicação para ter acesso a esse mercado.
O Japão importa cerca de 70% da carne bovina que consome, o que representa cerca de US$ 4 bilhões ao ano. Desse total, 80% são importados dos Estados Unidos e da Austrália, históricos aliados do país asiático. O MRE conta que, desde 2005, o Brasil tenta, sem sucesso, entrar no mercado japonês de carne bovina.
O embaixador Eduardo Saboia acrescentou que outro objetivo da viagem é avançar nas negociações para um acordo Mercosul-Japão.
“A visita do presidente tem o interesse de avançar nessa área. Claro que não depende apenas do Brasil, depende também do Japão. Os parceiros do Mercosul têm sido bastante favoráveis a esse acordo”, acrescentou Saboia.
Missão no Vietnã
Saindo do Japão, o presidente Lula segue para o Vietnã, onde aterrissa no dia 28 de março. O país do sudeste asiático se tornou o quinto maior consumidor dos produtos agropecuários brasileiros.
Um dos objetivos da viagem é consolidar as etapas necessárias para elevar o Vietnã a parceiro estratégico do Brasil.
“A elevação das relações diplomáticas com o Vietnã ao nível de parceria estratégica possibilitará aprofundar o diálogo político, reforçar a cooperação econômica, intensificar o fluxo de comércio e os investimentos”, explicou o Itamaraty.
Desde que Lula assumiu o terceiro mandato, este é o terceiro encontro entre o presidente brasileiro e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh. Os dois se reuniram em setembro de 2023, em Brasília, e em novembro de 2024, na cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Em 2024, Brasil e Vietnã registraram um volume de comércio de US$ 7,7 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 415 milhões. Em 2002, na última visita de Lula ao país, o comércio entre as duas nações era de apenas US$ 500 milhões.
“A ideia é chegar à meta de US$ 15 bilhões em volume. A expectativa é de abertura desses mercados e isso se dá em um contexto mais amplo de aproximação do Brasil com nações do sudeste asiático”, completou o embaixador Saboia.
Victor Faverin/Agência Brasil
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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