Notícias
Remate do Mancha Crioula atinge média superior a R$ 25 mil

Foto: Kauê Cariolato/Divulgação
A Trajano Silva Remates realizou neste domingo, 30 de março, o Leilão Virtual do Mancha Crioula, com transmissão da Trajano Web e Lance Rural. Foi o primeiro ano que o remate foi realizado de forma virtual e após a exposição e julgamentos do Mancha Crioula, que ocorreram entre 27 e 30 de março, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
Foram ofertados 24 lotes de machos e fêmeas da raça Crioula com elevado padrão de linhagem, genética e morfologia com prêmios tanto no Brasil como no exterior. A média do leilão ficou em R$25.416 mil. O lote mais valorizado do leilão foi o do garanhão El Picazo Cahuel, com uma cota de 5% de R$1.000 e que totalizou R$ 50 mil, valorizando o exemplar em R$ 1 milhão. El Picazo Cahuel foi o Grande Campeão do Mancha Crioula 2024. O oveiro importado da Argentina sagrou-se lá o Terceiro Melhor Macho Outono 2022 e Campeão Adulto Menor Palermo 2022. No Brasil, além de Campeão do Mancha Crioula 2024, ganhou o 1º Prêmio na Expointer 2024 e “passaporteado” na Expointer 2025.
O remate foi conduzido pelo leiloeiro da Trajano Silva Remates, João Leonardo Cassani Jr. No final do leilão foram sorteadas duas coberturas. Quem pagou parcelas a partir de R$500 concorreu a uma cobertura de Don Gonçalo Melchor e Pintasilgo da Cabanha Rio Bonito. Já quem pagou parcelas a partir de R$300, concorreu a uma cobertura de Marconi Xeque Mate-TE e Algo Tengo do Purunã.
Texto: Artur Chagas/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
StoneX projeta cenário complexo para commodities em meio a tensões comerciais e desafios climáticos

Montagem/Portal do Agronegócio
Soja: tarifas impulsionam demanda por produto brasileiro
A nova rodada de tarifas impostas pela China sobre produtos norte-americanos, decorrente da intensificação da guerra comercial, tende a enfraquecer a competitividade da soja dos EUA. Essa conjuntura favorece a demanda pela soja brasileira, cuja exportação pode ultrapassar as 100 milhões de toneladas em anos de safra positiva — cenário esperado para o ciclo 2024/25.
Ainda que a China amplie suas compras do Brasil, haverá uma redistribuição dos fluxos globais, com outros importadores se voltando para os Estados Unidos. Isso não significa, necessariamente, uma sobreoferta norte-americana, uma vez que a demanda global permanece estável. Diferente do período entre 2018 e 2019, quando a peste suína africana reduziu fortemente as importações chinesas, o atual cenário não aponta para uma retração no consumo.
Mesmo assim, a menor demanda chinesa tende a pressionar os preços em Chicago, ao passo que os prêmios pagos no Brasil se fortalecem — movimento já observado mesmo com o aumento da disponibilidade no país, em decorrência do fim da colheita.
Milho: mercado doméstico norte-americano limita impacto da guerra comercial
Ao contrário de culturas mais dependentes da exportação, como soja e algodão, o milho dos Estados Unidos é majoritariamente consumido internamente, o que o torna menos suscetível a flutuações causadas por conflitos comerciais.
A demanda global segue firme, e isso pode levar a um aumento de área cultivada no hemisfério Norte para a safra 2025/26. Apesar de não haver risco iminente de escassez, os estoques de passagem não são amplos, e qualquer revés na safrinha brasileira ou na safra norte-americana de verão pode apertar a relação estoque/uso — o que geraria alta nos preços.
Entretanto, a política tarifária dos EUA pode lançar dúvidas sobre a competitividade do milho norte-americano, reduzindo o impacto direto desses fundamentos nas cotações em Chicago.
Pecuária: exportações seguem fortes apesar de tensões geopolíticas
Mais de 30% da produção brasileira de carne bovina foi destinada ao mercado externo nos últimos meses. Em 2024, as exportações somaram 2,55 milhões de toneladas — 27% acima do recorde anterior, registrado em 2023.
Mesmo com investigações chinesas sobre importações e com a guerra comercial envolvendo os EUA e seus principais parceiros, o desempenho segue positivo em 2025. Fevereiro registrou embarques históricos, e as vendas para os EUA mais que dobraram em relação ao ano anterior.
Países como Argélia e Emirados Árabes Unidos também ampliaram suas compras. Tanto China quanto EUA enfrentam déficits na produção interna de carne bovina. O Brasil, que foi o principal fornecedor da China e o terceiro dos EUA em 2024, deve manter o protagonismo nas exportações nos próximos meses.
Café: estoques reduzidos e clima adverso pressionam preços
Desde 2020, a indústria de café — tanto no Brasil quanto internacionalmente — tem operado com estoques enxutos, adotando o modelo Just-In-Time. Em 2024, o Brasil exportou mais de 50 milhões de sacas, o que reduziu ainda mais os estoques em um momento em que a indústria precisa recompor seus volumes, elevando os preços.
Além disso, a cadeia global de suprimentos sofreu com gargalos logísticos, e qualquer interrupção no sistema pode agravar o desabastecimento, levando empresas a buscar café no mercado interno.
A produção brasileira também foi afetada. Após chuvas regulares no primeiro semestre de 2024, o segundo semestre trouxe geadas leves, ondas de calor e estiagens, comprometendo a florada do arábica. Em novembro, a StoneX estimou uma queda de mais de 10% na produção de arábica, para 40 milhões de sacas. Em abril de 2025, a projeção foi revisada para 38,7 milhões de sacas, enquanto o robusta foi ajustado para 25,8 milhões, resultando em uma estimativa total de 64,5 milhões de sacas — retração de 2,1% em relação à temporada anterior.
O aumento dos preços ameaça o ritmo das importações, especialmente nos EUA, onde o valor médio por libra atingiu recorde histórico. Na União Europeia, a inflação do café voltou a subir. Embora o balanço global aponte um leve excedente, ele deve ser decisivo nas próximas movimentações, principalmente após os novos relatórios do USDA.
Fertilizantes: mercado enfrenta incertezas e oferta limitada
Tradicionalmente, o segundo trimestre oferece boas oportunidades para compradores de fertilizantes no Brasil. A demanda nos EUA e na China tende a recuar após o pico da adubação, enquanto Brasil e Índia se preparam para o período de compras mais intenso.
No entanto, a atual conjuntura dificulta o estabelecimento de uma tendência de baixa nos preços. A demanda pelo cloreto de potássio permanece firme, impulsionada por relações de troca favoráveis, e a oferta de fosfatados segue restrita.
Outros fatores de atenção incluem a alta do enxofre, essencial para os fosfatados, que atingiu em março patamares vistos apenas em 2022, ano marcado pela guerra na Ucrânia. Também há incertezas em torno da demanda indiana, cujas licitações influenciam rapidamente os preços dos nitrogenados.
Além disso, práticas protecionistas dos EUA e eventuais retaliações da China podem impactar os fluxos globais de grãos e fertilizantes, gerando volatilidade nos preços.
Petróleo: volatilidade marca início de 2025 e incertezas persistem
O mercado de petróleo iniciou o ano com forte volatilidade. Após alcançar máximas de USD 81/barril em janeiro, impulsionado por sanções norte-americanas contra a Rússia, os preços oscilaram nos meses seguintes. A instabilidade decorreu de preocupações com a demanda global e do aumento dos riscos de oferta no Oriente Médio e Leste Europeu.
No início de abril, a confirmação de que a OPEP+ reduziria os cortes voluntários a partir de maio, somada ao anúncio da nova política tarifária dos EUA, fez os preços despencarem para menos de USD 65/barril — o menor patamar em três anos.
As expectativas para 2025 indicam um mercado menos pressionado, com projeções de superávit. A oferta deve crescer com o avanço da produção norte-americana, maior participação de produtores secundários e retomada de parte da produção da OPEP+.
Por outro lado, a guerra comercial entre China e EUA e as novas tarifas podem frear o crescimento econômico e a demanda por petróleo. Fatores como estímulos chineses, negociações comerciais e tensões geopolíticas também serão determinantes para o equilíbrio do mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
Aprosoja resgata história do pixé e importância do milho em Cuiabá

Reprodução/Folha Max
A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) celebra, nesta terça-feira (08.04), os 306 anos de Cuiabá, capital matogrossense. Para homenagear a cidade, a entidade destaca a importância das tradições locais e recorda uma das primeiras sobremesas típicas da região, o Pixé, conhecido também como paçoca cuiabana. A iniciativa da Aprosoja MT reforça a valorização da identidade local e a conexão entre a agricultura e a gastronomia tradicional com essa iguaria que é feita com milho.
A santo-antoniense de coração, Maria Aparecida de Jesus Rodrigues, conta que há mais de 30 anos veio morar em Cuiabá e aprendeu com sua sogra a arte de produzir o pixé, também conhecido como “paçoca cuiabana”, preparada com milho torrado, açúcar e canela, sendo apreciado por gerações.
“O biché é feito do milho de pipoca com açúcar e canela. Primeiro você seleciona, lava, torra ele no fogo baixo para depois você moer e aí agregar os outros ingredientes que são açúcar, canela e uma pitadinha de sal. Esses são os produtos que vão junto com o milho torrado e moído”, contou Maria.
Além do processo produtivo, Maria Aparecida também conta que por muitos anos ela utilizou o pixé como fonte de renda para sua família. E, na história cuiabana, ele surgiu da necessidade dos viajantes de levarem alimentos naturais e perecíveis em longas viagens.
“Os viajantes percorriam longas distâncias. Não tinha uma refeição no horário certo. Então eles levavam o pixé como uma tola. O pixé era um dos alimentos que eles carregavam para comer com uma bananinha ou com outras frutas. Porque é um produto forte, natural e não é perecível. O pixé dura meses com o mesmo sabor, textura e qualidade quando bem guardado”, relembra.
Para o vice-presidente Leste e produtor rural, Lauri Jantsch, o milho é de extrema importância tanto para os seres humanos, quanto para os animais. Isso porque, pode ser encontrado em diversos alimentos e consumido diariamente.
“O milho pode ser encontrado em diversos tipos de alimentos para ser usado no dia dia e também como fator secundário, como na alimentação de bovinos, suínos e aves. Também é uma excelente opção para nós trazer uma energia renovável. Além de ser encontrado em alternativas renováveis nos setores industrial,
alimentício e cosméticos”, disse Lauri.
O cantor e apresentador, Pescuma Morais, destaca que a culinária cuiabana carrega fortes influências das culturas africana e indígena, o que a torna rica em sabores e tradições, como é o caso do pixé — uma guloseima antiga e deliciosa. “O pixé, essa iguaria cuiabana, estava esquecida. A letra da música nada mais é do que uma receita. Foi ela que ajudou a resgatar esse doce feito com milho, um ingrediente típico da nossa terra. Mato Grosso é um dos maiores produtores de milho do país”, ressaltou Pescuma.
Morando há 41 anos em Cuiabá, o artista expressa seu carinho pela cidade: “Considero Cuiabá uma mãe calorosa, que acolhe, abraça e cuida de seus filhos. Devemos valorizar nossa mãe Cuiabá, pois ela é um presente para todos nós que vivemos nesta terra abençoada. Parabéns, Cuiabá!”.
Já a vice-presidente sul e produtora Laura Nardes pontuou que a produção de milho em Mato Grosso é de extrema importância, uma vez que o Estado é o maior produtor de milho do Brasil. Além de destacar, também, que o milho é um produto complexo, pois pode ser consumido in natura e transformado em inúmeros produtos derivados, fomentando assim o comércio e a produção industrial.
“O milho tem uma importância fundamental na economia mato-grossense, uma vez que o Estado tornou-se o maior produtor de milho no Brasil. Isso significa que esse produto oferece inúmeras vantagens de produção, tanto na lavoura como nas indústrias, alavancando o mercado interno brasileiro e a exportação em
grande escala”, pontuou Laura.
Folha Max
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
Preço médio do frete sobe 2,35% em janeiro e terá alta também em fevereiro
O preço médio do frete por quilômetro rodado em janeiro foi de R$ 6,97 no País, uma alta de 2,35% ante dezembro, segundo o Índice de Frete Edenred Repom (IFR). O aumento foi puxado pelo impacto do preço do diesel, que no mês passado teve alta média de 0,48% na comparação com a média do mês anterior.
Para fevereiro, quando houve aumento duplo sobre o diesel – do ICMS e da Petrobras a partir do dia 1º -, a expectativa é que a tendência de alta do frete permaneça.
O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas oito milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil.
“O aumento do preço médio do frete por quilômetro rodado em janeiro reflete principalmente o impacto do preço do diesel comum que, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), teve em janeiro valor médio de R$ 6,23, registrando alta de 0,48% na comparação com a média do mês anterior, e do tipo S-10, que registrou preço médio de, que R$ 6,31 no primeiro mês de 2025, após alta de 0,64% na mesma comparação”, disse em nota o diretor da Edenred Repom, Vinicios Fernandes.
Segundo ele, o cenário macroeconômico também influenciou os custos do transporte, uma vez que a elevação da taxa básica de juros (Selic) encarece o crédito e pressiona o valor de outros insumos fundamentais para as operações de transporte.
Fernandes ressaltou que, a partir de fevereiro, a expectativa é de manutenção da tendência de alta no preço médio do frete, impulsionado pelo aumento da demanda por transporte no agronegócio, reflexo do atraso na Safra 2025, que tende a concentrar o escoamento da produção em um período mais curto. Além disso, houve alta da alíquota do ICMS e a Petrobras reajustou o preço do diesel em R$ 0,22 por litro, o que também vai pesar no bolso do caminhoneiro.
“Fatores como a tributação sobre o setor, principalmente o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e a revisão para cima da tabela de frete também devem pressionar ainda mais os custos do transporte nas próximas semanas”, disse Fernandes.
Com informações de Estadão Conteúdo (Denise Luna)
Imagem: Shutterstock
O post Preço médio do frete sobe 2,35% em janeiro e terá alta também em fevereiro apareceu primeiro em Mercado&Consumo.
-
Economia6 dias atrás
Agro emprega mais de 28 milhões em 2024, 26% das ocupações do Brasil
-
Pecuária7 dias atrás
Estiagem prolongada e calor intenso ameaçam produção de leite
-
Pecuária7 dias atrás
Tratamento Vip: Conheça vacas que não ficam no pasto e tomam banho todos os dias
-
Pecuária6 dias atrás
“Suplementação animal impulsiona pecuária sustentável no Brasil”, diz presidente da ASBRAM
-
Agronegócio7 dias atrás
Logística e infraestrutura travam exportação de frutas no Brasil
-
Transporte7 dias atrás
Polícia apreende 215 animais exóticos em cativeiro
-
Agronegócio7 dias atrás
Começa a colheita de pinhão!
-
Agronegócio6 dias atrás
Brasil está próximo de exportar DDG para a China, diz Fávaro