Agricultura
Japoneses transformam cacau de Tomé-Açu, no Pará, em ‘joia da Amazônia’

Se tem uma coisa que deixa muita gente de bom humor é o chocolate, certo?
Agora, imagine um cacau especial, cultivado no meio da região amazônica, com todo o cuidado e tradição de uma comunidade japonesa.
Essa é a história do cacau de Tomé-Açu, um fruto que não só faz a alegria de chocólatras de plantão, mas também virou um símbolo de agricultura sustentável.
Os pequenos agricultores locais cultivam o cacau em meio a outros frutos típicos da região Amazônica.
Inclusive, o produto será apresentado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) como exemplo de como agricultura e sustentabilidade podem andar juntas.
Imigração japonesa e o cacau de Tomé-Açu
Tomé-Açu está localizada a quase 200 quilômetros de Belém (PA), e é um pequeno município com pouco mais de 64 mil habitantes com destaque especial à colônia japonesa.
Tudo começou há mais de 90 anos, quando imigrantes japoneses chegaram à região para trabalhar com a pimenta-do-reino.
O negócio ia bem até que, no final dos anos 60, uma doença causada pelo fungo fusoriose – que afeta plantas e animais -, devastou as plantações e deixou muita gente sem rumo.
Mas se tem algo que os agricultores de Tomé-Açu têm de sobra, resiliência. Foi então que o maracujá entrou em cena e em seguida o cacau – trazendo uma nova esperança e transformando a cidade do Pará em referência mundial.
Floresta e agricultura no mesmo terreno
Se você acha que o cacau é plantado sozinho, em fileiras organizadas, se engana!
O diferencial do cacau de Tomé-Açu está no sistema agroflorestal, onde o cacau cresce ao lado do açaí, castanha, taperebá e outras árvores.
É quase como se a floresta e a agricultura tivessem fechado um acordo de convivência pacífica. Um plantio ajuda o outro.
Esse modelo não só mantém o solo saudável e a biodiversidade intacta, mas também garante uma produção mais equilibrada.
Em vez de depender de uma única cultura (e correr o risco de perder tudo), os produtores colhem diferentes frutos ao longo do ano.
Quem sai ganhando?
Todo mundo: o meio ambiente, os agricultores e, claro, quem ama um bom chocolate.
Indicação geográfica
A joia da Amazônia não demorou para se destacar pela qualidade e sabor únicos. Em 2022, o cacau recebeu o selo de Indicação Geográfica (IG) de Procedência (IP) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
“Todo o trabalho da Indicação Geográfica, veio para abrir mercados e também para valorizar o produto que hoje é conhecido no Brasil e no mundo”, diz Fabiano Andrade, gerente do Sebrae/PA.
Em abril, o cacau da Amazônia, acompanhado pelo Sebrae, chegou ao Japão com o objetivo de atrair e conquistar novos negócios.
A presença do Brasil em uma vitrine internacional como a Expo Osaka 2025 reforçou a importância de valorizar e difundir a pluralidade cultural brasileiras.
“O país com seus seis biomas – Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa – gera oportunidades para os pequenos negócios do país, que são 95% das empresas do Brasil. Os pequenos negócios são parte da engrenagem de desenvolvimento do país”, afirmou Décio Lima, presidente do Sebrae.
A presença brasileira na Expo Osaka é ainda mais especial, pois neste ano marca a celebração dos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão.
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O papel do Sebrae e a COP30 no radar
O Sebrae tem sido um grande aliado dos produtores de Tomé-Açu. A entidade auxilia na capacitação, certificação do cacau e na abertura de novos mercados.
Na COP30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025, os agricultores, com o apoio do Sebrae/PA, querem mostrar ao mundo que é possível produzir alimentos de forma sustentável, sem desmatar a Amazônia.
“Vamos apresentar ao mundo o cacau como uma solução sustentável para a agricultura. Ou seja, é possível fazer agricultura na Amazônia de forma responsável, e os sistemas agroflorestais comprovam isso. O cacau, atualmente, respeita todo o meio ambiente. Esse diferencial é significativo. Tenho certeza de que a COP30 trará a visibilidade que o nosso produto merece e precisa”, diz Andrade.
Um cacau com sabor de história
É uma prova concreta de que tradição, inovação e respeito à natureza podem, de fato, resultar em algo verdadeiramente especial.
“Hoje, além do chocolate, estão sendo lançados produtos como licor de cacau, o ‘chá-colate’—chá feito a partir do nibs (pequenos pedaços de grãos de cacau torrados)—, o próprio nibs, manteiga, entre outros itens. Dessa maneira, agrega-se ainda mais valor à amêndoa e ao local,” finaliza o gerente do Sebrae/PA.
A dica é: ao saborear um chocolate incrível, lembre-se de que, por trás daquela delícia, há o trabalho de pequenos, médios e grandes agricultores. Mais do que isso, pode haver um pedacinho da Amazônia, especialmente se for de Tomé-Açu, um cacau cultivado com tradição pela comunidade nipônica, que soube transformar desafios em empreendedorismo.
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Agricultura
AgriZone define o apoio do agro na luta contra as mudanças climáticas, diz ex ministro

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues definiu a Agrizone, espaço temático coordenado pela Embrapa na COP30, como a iniciativa do evento que melhor define a contribuição do agro no enfrentamento das mudanças climáticas.
Entre os destaques do local estão as vitrines demonstrativas a campo em que os visitantes podem conhecer, de perto, sobre intensificação sustentável e diversificação de sistemas produtivos, além de entender as iniciativas da Embrapa para desenvolvimento dos protocolos de agropecuária de baixo carbono e ainda as vitrines tecnológicas para agricultura familiar.
A AgriZone fica localizada na Embrapa Amazônia Oriental, na Travessa Dr. Enéas Pinheiro, no bairro Marco, em Belém, a aproximadamente 1,8 km da Blue Zone. O espaço estará aberto ao público de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h. A entrada é gratuita, com inscrição prévia ou realizada no local.
Com uma programação dinâmica, composta por exposições imersivas, painéis interativos, pavilhões com vitrines vivas, cinco auditórios para 400 atividades (palestras, workshops e painéis), espaços para alimentação, apresentações culturais, experiências gastronômicas, lançamentos de tecnologias e publicações, a AgriZone convida o público da COP30 a conhecer de perto as soluções desenvolvidas pela Embrapa em parceria com governos, empresas e produtores.
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A programação foi montada a partir de uma chamada pública feita pela Embrapa em que organizações relacionadas, direta ou indiretamente, à agricultura, à segurança alimentar e à mudança do clima, submeteram propostas para a organização de eventos e iniciativas dentro da AgriZone.
As 450 propostas recebidas passaram por análise de grupo de trabalho específico composto por pesquisadores e técnicos de diferentes áreas, resultando em uma programação plural e inclusiva, abrigando diversos setores, desde organizações não governamentais e entidades da agricultura familiar até instituições financeiras, ministérios, representações do agronegócio e organismos internacionais.
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Agricultura
Governo anuncia publicação de 10 portarias de demarcação indígena

A ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara, anunciou nesta segunda-feira (17) a assinatura de dez novas portarias declaratórias de demarcação de terras indígenas pelo Ministério da Justiça nos próximos dias.
Os documentos envolvem os seguintes territórios:
- TI Vista Alegre (AM – Mura)
- TI Tupinambá de Olivença (BA – Tupinambá)
- TI Comexatibá (BA – Pataxó)
- TI Ypoí Triunfo (MS – Guarani)
- TI Sawré Ba’pim (PA – Munduruku)
- TI Pankará da Serra do Arapuá (PE – Pankara)
- TI Sambaqui (PR – Guarani)
- TI Ka’aguy Hovy (SP – Guarani)
- TI Pakurity (SP – Guarani)
- TI Ka’aguy Mirim (SP – Guarani)
“Como parte do nosso compromisso, o Brasil anuncia a regularização e proteção de 63 milhões de hectares de terras indígenas e quilombolas até 2030”, declarou a ministra durante anúncio de iniciativa global dedicada a garantir os direitos territoriais de povos indígenas, afrodescendentes e comunidades tradicionais, com a meta coletiva de proteger 160 milhões de hectares. Ao todo, 15 países apoiaram a iniciativa.
Segundo a ministra, desse total, 4 milhões de hectares são em territórios quilombolas e os outros 59 milhões são territórios distribuídos em dez territórios indígenas com processos na câmaras de destinação de áreas pública que serão incorporados pelo Plano Integrado de Implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).
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Agricultura
Brasil conquista 50 medalhas em concurso mundial de queijos

O Brasil voltou a se destacar no World Cheese Awards 2025 (WCA), realizado na Suíça, trazendo para casa 50 medalhas em meio a mais de 5 mil queijos inscritos de mais de 50 países. Entre os premiados, três produtos desenvolvidos em Toledo, no Oeste do Paraná.
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O World Cheese Awards é reconhecido como a maior competição dedicada exclusivamente aos queijos, reunindo desde grandes indústrias até pequenos produtores artesanais.
Nesta edição, 265 especialistas compuseram o júri, as avaliações foram realizadas às cegas, considerando critérios como sabor, aparência, aroma, corpo e textura. O evento reúne queijeiros, varejistas, compradores e alimentos de diversos países para julgar mais de 5 mil queijos provenientes de mais de 40 nações.
Medalhas brasileiras
O Brasil marcou presença entre os premiados do World Cheese Awards, com cinco queijos classificados como ouro, 19 como prata e 26 como bronze. As distinções contemplam produtores de diferentes regiões, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Paraná
Entre os queijos do Paraná, os destaques foram Abaporu, Saint Marcellin e Garoa Tropical. O Abaporu, de massa mole e casca lavada, recebeu medalha de prata ao impressionar os jurados com notas de baunilha, amêndoas e especiarias como canela e cravo. O queijo já havia conquistado ouro no Mondial du Fromage, na França.
O Saint Marcellin, também prata, é um produto comercial da queijaria Flor da Terra e já acumula diversos reconhecimentos, entre eles, estar entre os dez melhores queijos do Brasil em 2023 e garantir prata no Mondial du Fromage 2025.
Fechando a lista, o Garoa Tropical recebeu bronze. Inspirado nas antigas técnicas que utilizavam frutas cítricas para coagulação do leite, o queijo se destaca pelo sabor diferenciado e pela textura singular resultante de enzimas naturais dessas frutas.
Vencedor
O grande vencedor do World Cheese Awards 2025 foi o Gruyère AOP Vorderfultigen Spezial, produzido pela queijaria suíça Bergkäserei Vorderfultigen. Reconhecido pelo equilíbrio entre textura, maturação e um sabor marcante típico dos queijos alpinos, o rótulo superou mais de 5 mil concorrentes de mais de 40 países.
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