Meio Ambiente
Alta tecnologia e sustentabilidade impulsionam conversão de pastagens no Brasil

Foto: Juliana Sussai
A conversão de pastagens em lavouras no Brasil é uma prática crescente e impulsionada por fatores econômicos, tecnológicos e ambientais. O país possui uma das maiores áreas de pastagens do mundo, o que representa uma oportunidade para o uso mais eficiente da terra por meio da agricultura.
Foto: Juliana Sussai
Segundo dados do MapBiomas referenciados em 2023, o Brasil possui 164 milhões de hectares de pastagens, dos quais uma parcela significativa é considerada degradada ou subutilizada. Essas áreas estão espalhadas por todos os biomas, com maior concentração na Amazônia, com aproximadamente 59 milhões de hectares e Cerrado, com cerca de 51 milhões de hectares, que juntos abrigam dois terços das pastagens do país. Em seguida destacam-se Mata Atlântica, com 28 milhões de hectares, Caatinga, com 20 milhões e Pampa/Pantanal que, somados, correspondem a 10 milhões de hectares. Ainda segundo o MapBiomas, 36% das pastagens nacionais apresentam alto vigor, enquanto 42% são classificadas de médio vigor e 22%, com baixo vigor.
O Pará é o estado que possui a maior área de pasto, com cerca de 22,5 milhões de hectares, seguido pelo Mato Grosso, com 21,4 milhões, Minas Gerais, com 20,6 milhões, Bahia, 15,4 milhões e Goiás, com 12,8 milhões de hectares, fechando o top 5. Depois vêm Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rondônia, Tocantins e São Paulo, completando o top 10.
Entre 1985 e 2023, mais de 40 milhões de hectares de pastagens foram convertidos em lavouras no Brasil, principalmente para soja, milho e algodão. Conforme dados do MapBiomas, os estados com maior taxa de conversão foram o Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão e Mato Grosso do Sul.
Para que as áreas de pastagens com diferentes níveis de vigor apresentem potencial de recuperação ou conversão para alguns sistemas de produção além da pecuária, elas devem possuir condições de clima, topografia e altitude adequadas, resultando em algum nível de aptidão agrícola.
Um outro fator importante a ser considerado é o nível prévio de degradação do pasto. Dependendo do grau de deterioração, as práticas a serem adotadas para a recuperação podem variar e elevar o custo da operação.
As categorias usuais de avaliação são: degradação severa (baixo vigor) – pasto ralo, muito solo descoberto; degradação intermediária (médio vigor) – pasto esparso ou com falhas, produtividade abaixo do potencial; degradação ausente/leve (alto vigor): pastagem densa e bem manejada, alta biomassa. Conforme o MapBiomas, em 2023, aproximadamente 36,2 milhões de hectares de pastagens estavam em condição severamente degradada e cerca de 69,2 milhões em condição intermediária. Os níveis de degradação variam regionalmente: áreas de fronteira agrícola recente, como o norte do Mato Grosso e o sul do Pará, concentram muitos pastos pobres, enquanto regiões de pecuária intensiva no Sudeste, por exemplo, exibem pastos de melhor qualidade, na média.
Fonte: Consultoria Itaú BBA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Mato Grosso pode ter chuva acima da média mês que vem e outubro podendo favorecer a soja

foto: Só Notícias/arquivo
A semeadura da soja da safra 2025/26 em Mato Grosso, está se aproximando e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária informou, no boletim semanal, que aumentaram as incertezas quanto ao comportamento das precipitações no Estado. A projeção do Australian Bureau of Meteorology (BoM) indicou neutralidade do fenômeno Enso nos próximos meses. Em anos neutros, é comum observar bons volumes de chuva, com distribuição mais regular, o que pode ser favorável ao cultivo de soja no Estado.
Além disso, o satélite NOAA estimou a média das anomalias de precipitação do modelo NMME (mm/dia). As previsões indicam que, em setembro e outubro, as chuvas devem ocorrer acima da média histórica em grande parte do Estado, o que, se confirmado, favorecerá o desenvolvimento inicial da soja
O IMEA informa que o vazio sanitário da soja se encerra em 7 de setembro, conforme o ministério da Agricultura. No entanto, para que os produtores iniciem a semeadura, é necessário que o solo tenha recebido pelo menos 10 milímetros de chuva acumulada, garantindo umidade suficiente para a germinação.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Gangorra nas temperaturas: Termômetros começam a subir

Foto: Geraldo Bubniak/AEN
No Paraná, duas cidades registraram temperaturas negativas e em quatro municípios foi registrada a temperatura mais baixa do mês de julho. Na maioria das regiões paranaenses, entretanto, os valores nos termômetros começaram a subir. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a massa de ar frio e seco que derrubou as temperaturas nesta semana perde ainda mais a força nesta sexta-feira (01).
As menores temperaturas (e únicas negativas) desta quinta-feira (31) foram em General Carneiro, com -2,6°C, e São Mateus do Sul, que registrou -0,7°C. A quinta-feira ainda trouxe o amanhecer mais gelado do mês de julho para as cidades de Antonina (6,2°C), Cambará (2,9°C), Cornélio Procópio (6,5°C) e Guaraqueçaba (4,3°C). Novamente houve registro de geada na Região Metropolitana de Curitiba.
Apesar do frio, as temperaturas já estavam mais amenas do que no dia anterior. Na quarta-feira (30), apenas Guaratuba, Loanda e Paranaguá haviam amanhecido com temperaturas acima de 10°C. Já nesta quinta-feira (31) a temperatura mínima foi acima de 10°C em dez cidades paranaenses.
MUDANÇAS
A gangorra nas temperaturas foi impactante ao longo da semana. Na segunda-feira (28), Curitiba amanheceu com 13,7°C, mas ao longo do dia uma frente fria saiu do Paraná, e chegou a massa de ar frio. Na terça (29) a Capital amanheceu com 5,6°C. Na quarta (30), com 2,8°C. Nesta quinta (31), com 3,4°C. Já nesta sexta-feira (1º) a previsão é de temperatura mínima de 9°C, e no fim de semana as mínimas devem ficar acima de 10°C na Capital.
As temperaturas máximas, que não devem passar dos 16°C nesta quinta (31) em Curitiba, podem chegar aos 25°C no fim de semana. Entretanto, com a aproximação de uma nova frente fria na segunda-feira, as máximas voltam a cair e chegam a 13°C na terça-feira (5). As mínimas na próxima semana seguem na faixa dos 10°C.
As mudanças do tempo para os próximos dias estão relacionadas ao afastamento rápido, para o alto-mar, da massa de ar frio e seco que está sobre o Estado. “As massas de ar que predominaram em junho e julho sobre o Paraná tinham comportamento continental, isto é, o núcleo delas avançava sobre o continente e ficava por mais tempo. O frio era mais rigoroso na faixa Norte. Na massa de ar frio atual o núcleo está no oceano e o frio intenso não chegou com força no Norte, tanto que nesta quinta já deve aquecer por lá”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Seca avança e atinge maior severidade no Ceará em junho

Foto: Pixabay
Apesar de a área total com seca no Ceará ter permanecido em 76% entre os meses de maio e junho, a condição de severidade no estado se agravou de forma significativa no último mês, conforme os dados mais recentes do Monitor de Secas, ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
De acordo com o levantamento, houve um salto expressivo na área com seca moderada no estado, que passou de 2% em maio para 34% em junho — o que representa a condição mais severa no território cearense desde dezembro de 2024, quando 43% do estado registravam seca grave.
Segundo análise da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que participa mensalmente da elaboração dos dados do Monitor, a intensificação da seca no Ceará está diretamente ligada à redução das chuvas a partir de maio, após o encerramento do principal período chuvoso do estado, conhecido como quadra chuvosa (fevereiro a maio).
Entre os possíveis impactos associados à seca moderada estão a diminuição no plantio, déficits hídricos prolongados, pastagens e culturas agrícolas que não se recuperaram totalmente, além de danos mais evidentes às lavouras, áreas de pasto e aos recursos hídricos, como córregos, reservatórios e poços com níveis mais baixos.
O Monitor de Secas é uma ferramenta de acompanhamento contínuo da situação da estiagem no Brasil. Seus resultados são divulgados mensalmente por meio de uma mapa que apresenta a intensidade e a abrangência da seca em cada unidade da federação. A iniciativa é coordenada pela ANA, com apoio de instituições parceiras nos estados — no caso do Ceará, a Funceme é responsável pela operacionalização e análise local.
O monitoramento serve como subsídio importante para decisões em áreas como agricultura, recursos hídricos e planejamento de políticas públicas, especialmente em regiões historicamente vulneráveis à variabilidade climática, como o semiárido nordestino.
FUNCEME – FUNDAÇÃO CEARENSE DE METEOROLOGIA E RECURSOS HÍDRICOS
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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