Agronegócio
Aromas cítricos ganham força diante da crise

“Nosso objetivo é oferecer à indústria alternativas” – Foto: Canva
O mercado da laranja atravessa um período de forte volatilidade, influenciado por fatores climáticos, pela propagação do greening nas últimas safras e pelas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. Esse cenário tem pressionado a indústria de alimentos e bebidas, que busca alternativas para manter a estabilidade de custos e preservar a consistência sensorial dos produtos.
“As tendências de consumo e, consequentemente, as necessidades específicas da indústria, estão sempre em mente quando desenvolvemos nossas soluções e existe um grande dinamismo que exige respostas eficazes e personalizadas. Por isso, nos últimos anos, agregamos novas tecnologias ao nosso portfólio de aromas, incluindo tecnologias de extração de óleos essenciais para a formulação de aromas cítricos. Hoje existe uma ampla gama de produtos que permite a aromatização seja em bebidas, panificação ou doces, e que contribui para que se utilize menos as matérias-primas in natura afetadas por flutuações de preço”, explica Tiago Coroa, Gerente de Desenvolvimento de Produtos e Criação da ADM na América Latina.
No Brasil, maior produtor mundial de laranja, atender à demanda por sabores autênticos é um desafio crescente. Para isso, a ADM conta com soluções como a Corefold®, que concentra óleos essenciais preservando o frescor, a CitrusFlex, que substitui o suco de laranja em formulações de bebidas, e a EZCore®, que recria diferentes perfis de sabor a partir de ingredientes naturais.
“Nosso objetivo é oferecer à indústria alternativas que garantam competitividade e agradem o consumidor em diferentes cenários de mercado. Contamos com novas tecnologias e capacidade técnica para desenvolver soluções que superem possíveis barreiras e adaptem os sabores às preferências específicas de cada região. A tendência é que cada vez mais tenhamos inovações nesse sentido”, finaliza Coroa.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Epagri incentiva cultivo de mirtilo na Serra Catarinense e fortalece renda de pequenos produtores

Foto: Epagri
A Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina) reforça ações para diversificação da produção agrícola na Serra Catarinense, estimulando pequenos produtores a investirem no cultivo de mirtilo, fruta saborosa, saudável e economicamente promissora.
Dia de Campo em Palmeira mostra potencial do mirtilo
Na última quarta-feira (24), a Epagri promoveu um Dia de Campo em Palmeira, município com cerca de 2,7 mil habitantes, localizado a 40 km de Lages. Agricultores de diversas cidades participaram do evento, visitando a propriedade Palm Berries, onde Celso Claudino e o genro João Carneiro cultivam aproximadamente três mil pés de mirtilo em uma área de dois hectares.
Cada planta produz entre cinco e dez quilos de frutas, comercializadas em todo o Brasil. O quilo do mirtilo chega a R$ 60 no varejo e R$ 30 no atacado, sem embalagem. Durante o evento, os produtores compartilharam experiências, esclareceram dúvidas e deram dicas práticas sobre manejo e cultivo.
Cultura rápida e rentável para pequenos produtores
Segundo João Carneiro, o mirtilo oferece retorno financeiro mais rápido em comparação a culturas de longo prazo, como o pinus. “Se o produtor plantar agora uma muda de qualidade, já poderá colher no ano que vem. Nosso projeto inicial prevê dez toneladas por hectare, o que representa cerca de R$ 250 mil por safra”, afirma.
Ele destaca ainda que a produção é prazerosa e de fácil manejo, especialmente em sistemas orgânicos, exigindo cuidados manuais como roçada, mas sem grande complexidade operacional.
Adaptação do mirtilo à Serra Catarinense
A extensionista rural Maêve Silveira Castelo Branco, da Epagri em São Joaquim, ressalta que o mirtilo se adapta bem ao clima da Serra Catarinense e à convivência com florestas de pinus. “Originalmente, o mirtilo vem da América do Norte, de regiões de sub-bosque, e se desenvolve bem em áreas com ou sem pinus. É uma cultura simples, desde que haja atenção ao solo e à disponibilidade de água. É uma alternativa viável para diversificar a produção, gerar empregos e aumentar a renda local”, explica.
Sucesso da Palm Berries inspira outros produtores
O modelo de sucesso da Palm Berries tem despertado interesse de agricultores em toda a região. Pedro Donizete de Souza, secretário de Agricultura de Lages, destaca que o mirtilo é ideal para pequenos produtores e famílias, com mercado crescente e possibilidade de renda significativa.
Produtores como Ana Claudia Wawrzyniak, de Cerro Negro, percorreram mais de 200 km para participar do Dia de Campo. Atualmente, ela possui 130 pés de mirtilo e pretende expandir sua produção após aplicar os aprendizados adquiridos no evento.
Epagri reforça papel de incentivo à diversificação
O Dia de Campo em Palmeira evidencia o papel da Epagri em levar conhecimento técnico aos produtores e mostrar alternativas de culturas adaptadas ao clima local. José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, ressalta: “O mirtilo é uma cultura nova, mas com resultados concretos. Nosso objetivo é oportunizar aos produtores a diversificação da produção, baseada no clima da região, promovendo renda e qualidade de vida”.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportação de Açúcar do Brasil Totaliza 2,9 Milhões de Toneladas em Setembro

Divulgação
As exportações brasileiras de açúcar e outros melaços registraram receita diária média de US$ 58,069 milhões em setembro de 2025, considerando 20 dias úteis, segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O valor representa uma queda de 31,6% na receita diária em comparação com setembro de 2024, quando o país havia registrado US$ 84,931 milhões por dia.
Volume exportado atinge quase 3 milhões de toneladas
No período, o Brasil exportou 2.915.946 toneladas de açúcar, com receita total de US$ 1,161 bilhão. O preço médio por tonelada ficou em US$ 398,30, indicando uma redução de 13,4% em relação aos US$ 459,70 praticados em agosto de 2024.
O volume médio diário de exportações em setembro de 2025 chegou a 145,797 mil toneladas, 21,1% menor que as 184,738 mil toneladas embarcadas diariamente no mesmo mês do ano anterior.
Tendência de queda no setor açucareiro
Os dados refletem um cenário de retração nas exportações de açúcar, com impacto tanto no volume embarcado quanto nos preços médios. Analistas apontam que fatores como variações na demanda internacional e flutuações cambiais podem ter influenciado a queda observada em setembro.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Celulose brasileira amplia espaço no mercado dos Estados Unidos

Divulgação
O mercado norte-americano permanece estruturalmente dependente de importações de celulose, que representaram cerca de 11% da demanda total em 2024. Nesse cenário, o Brasil consolidou-se como principal fornecedor de celulose de fibra curta (hardwood), com 82% de participação, impulsionado por custos reduzidos, florestas de eucalipto de rápido crescimento e plantas industriais de grande escala.
Além disso, a produção brasileira de celulose deve continuar crescendo até 2029, com novos projetos já em construção ou em fase de planejamento.
Brasil se fortalece como potência global da celulose
O Brasil respondeu por mais da metade das exportações globais de celulose de fibra curta em 2024, resultado de fatores como:
*baixos custos de produção;
*ciclos curtos do eucalipto, de cerca de sete anos, apoiados em pesquisa genética avançada;
*investimentos contínuos em fábricas integradas de grande porte.
Entre os projetos de expansão estão:
*Projeto Sucuriú da Arauco (MS): previsão de 3,5 milhões de toneladas anuais até 2027;
*Projeto Natureza da CMPC (RS): pode adicionar até 2,5 milhões de toneladas até 2029;
*Expansões da Bracell (MS): potencial de mais de 5 milhões de toneladas até 2029.
Diferença de preços favorece a fibra curta brasileira
A diferença de preços entre a celulose de fibra longa (softwood) e a de fibra curta (hardwood) aumentou para até US$ 300 por tonelada no mercado da Costa Leste dos EUA. Esse cenário fortalece a preferência pela celulose de eucalipto brasileira, mais barata e de alto desempenho, especialmente em segmentos como papel tissue e embalagens.
Mesmo considerando o frete marítimo, os custos da celulose brasileira continuam mais competitivos em comparação aos fornecedores norte-americanos e europeus.
Comércio e câmbio reforçam competitividade do Brasil
Enquanto a celulose europeia enfrenta tarifas de 15% nos EUA, a brasileira está sujeita a 10% — percentual que, aliado ao câmbio favorável e ao frete competitivo, garante vantagem no custo final.
Apesar de setores como madeira processada e móveis enfrentarem tarifas de até 50%, a celulose brasileira permanece entre os produtos mais estratégicos para importadores norte-americanos.
Logística impulsiona participação no mercado
Outro fator que favorece o Brasil é a logística. O transporte marítimo até a Costa Leste dos EUA não enfrenta gargalos como os canais do Panamá ou de Suez, garantindo prazos mais confiáveis. Além disso:
*há proximidade com grandes fábricas no sudeste dos EUA (Geórgia, Alabama e Carolina do Sul);
*os custos de frete marítimo são competitivos, em torno de US$ 100 a US$ 150 por tonelada;
*portos norte-americanos receberam investimentos bilionários em infraestrutura, ampliando a capacidade de recebimento.
Perspectivas: Brasil deve expandir participação nos EUA
Com a China reduzindo as importações de celulose devido ao aumento da produção doméstica, os EUA se consolidam como destino estratégico para a fibra brasileira.
Nos próximos cinco anos, a expansão da produção no Brasil deve fortalecer ainda mais essa posição. Além disso, aquisições de ativos nos EUA por empresas brasileiras podem ampliar sinergias, substituindo celulose local de maior custo por produto importado do Brasil.
Segundo análise da RaboResearch, o Brasil está bem-posicionado para se consolidar como líder no fornecimento de celulose ao mercado norte-americano, sustentado por baixos custos, investimentos em capacidade produtiva e logística favorável.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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