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Agronegócio

Colheita da cebola avança com expectativa de aumento na produção

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Foto: Aires Mariga/Epagri

 

A colheita da cebola já iniciou em Santa Catarina e o estado projeta um desempenho superior ao da safra passada. As estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa) apontam para um crescimento de 7,30% na produção, o que representa 40 mil toneladas a mais do que no ciclo passado.

O avanço não se explica pelo aumento de área — que cresceu apenas 1,41% —, mas sim pelos ganhos de produtividade observados em regiões como Ituporanga (10,04%), Rio do Sul (11,03%) e Canoinhas (8,09%). A maior parte das lavouras está em boas condições e se encontra na fase de frutificação.

Segundo a analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Lillian Bastian, o cenário para a próxima safra é bastante favorável. “A região de Ituporanga, principal polo produtor de cebola do estado, apresenta lavouras em excelente condição, resultado de um ciclo favorecido pelo clima e pelo manejo adequado”, destaca.

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Preços e estratégia de mercado

O preço médio pago ao produtor permanece sem novas referências desde junho de 2025, quando a saca de 20kg foi cotada a R$ 30,29, em valores nominais. No atacado, os valores ficaram estáveis em relação a setembro, com leve alta de 9,49%, chegando a R$ 41,06, também em valores nominais.

De acordo com Lillian, com a expectativa de que a produção de cebola do Sul do país passe a abastecer o mercado nacional nas próximas semanas, o armazenamento se torna uma estratégia recomendada. “Em Santa Catarina, as estruturas de guarda permitem que os produtores mantenham parte da safra estocada, aguardando períodos de menor oferta em 2026”, diz ela.

A analista explica que a colheita das áreas precoces já começou, mas grande parte desse volume inicial está sendo destinada ao armazenamento. “A estratégia é aguardar preços mais favoráveis, algo provável diante do recuo da oferta nacional previsto para as próximas semanas”, afirma. A expectativa é de uma valorização gradual e de preços mais atrativos no primeiro trimestre de 2026, período em que historicamente ocorre redução na disponibilidade do produto. A colheita segue em Santa Catarina até meados de janeiro.

Cenário nacional

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No mercado brasileiro, o abastecimento segue elevado. Em outubro, o país zerou a importação de cebola devido à forte produção nacional — fato que não ocorria para o mês desde 2007. A interrupção das compras externas é explicada pela alta oferta proveniente do Cerrado, cuja colheita se estende até o início de novembro. Esse cenário coincide com o avanço da safra catarinense, reforçando a projeção de que com ausência da importação de cebola os preços ao produtor possam aumentar.

Por Epagri

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Casal de Bom Jesus do Araguaia expande produção com apoio da Seaf e da Empaer

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Fotos: Divulgação

 

O casal Flávio José Cândido Ferreira e Narya Xavier são proprietários de uma área de 37 hectares em Bom Jesus do Araguaia, a 866 km de Cuiabá. Eles são um dos milhares de produtores beneficiados pelos investimentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT), e pelo apoio técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Eles começaram cultivando apenas meio hectare e hoje já produzem em quatro hectares, com expectativa de chegar a sete nos próximos anos.

Flávio conta que o avanço na produção aconteceu graças ao apoio recebido. “Aqui em nosso município nós temos a Empaer, trocamos uma ideia com o técnico e ele nos falou do apoio por meio da Seaf e da assistência técnica. Conseguimos kit de irrigação, orientação com a atualização de defensivos sobre as nossas plantas e até as sementes conseguimos com eles também, como o milho. Calcário, fizemos a análise de solo e também nos atenderam com outras demandas”.

Atualmente, o casal cultiva melancia, abóbora kabotiá, melão e mel, e a comercialização já alcança outras cidades. “Nós começamos a comercializar aqui em nosso município a melancia e agora entregamos em outros municípios. Também atendemos as escolas estaduais e municipais, e até escolas em Serra Nova Dourada. A gente vai melhorar cada vez mais, com o apoio do Governo por meio da Seaf e o apoio técnico da Empaer sempre nos auxiliando. Acredito que vamos aumentar ainda mais a produção”, afirmou Flávio.

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Flávio também lembra que o mel surgiu de forma inesperada: “Começamos com o mel a partir de um vídeo. Aí entramos no mercado, e hoje estamos com dez colmeias de abelha africanizada.”

A rotina intensa fez com que Narya tomasse uma decisão importante. “A demanda é grande. Nós dois éramos servidores públicos, eu ainda estou no município. Sou grata, mas a partir que colocamos a mão na massa e o trabalho foi aumentando, ficou difícil atender tudo. Então pedi licença para o município por dois anos. A nossa rotina é pesada, agora estamos nos dedicando à nossa propriedade, mas isso é muito gratificante”.

O casal tem planos de continuar crescendo. “O nosso sonho é que aumente e que a gente possa produzir as sete hectares. Iniciamos com meia hectare. Em breve vamos começar a produzir banana-da-terra, também com apoio da Seaf e da Empaer.”, completou Flávio.

Investimentos

Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso investiu cerca de R$ 8,5 milhões em Bom Jesus do Araguaia, com entregas de máquina, equipamentos, caminhões caçamba e isotérmico, veículos, calcário, resfriadores de leite, tendas de feira, doses de sêmen e prenhes,  ações que têm impulsionado a agricultura familiar e fortalecido a produção local.

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Vânia Neves | Seaf/Empaer/AguaBoaNews

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cotações Agropecuárias: Liquidez do feijão é baixa

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Foto: Divulgação/Epagri

 

As negociações envolvendo feijões carioca e preto seguiram ocorrendo de formal pontual. Segundo pesquisadores do Cepea, no geral, a fraca liquidez foi parcialmente influenciada pelo feriado dessa quinta-feira, 20, do Dia da Consciência Negra.

Quanto aos preços, os do feijão carioca de notas acima de 9,0 e/ou peneira 12 foram pressionados na semana passada.

Colheita da cebola avança com expectativa de aumento na produção

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Pesquisadores do Cepea indicam que as colheitas no sudoeste do estado de São Paulo garantiram novas ofertas de lotes de melhor qualidade. Contudo, a maior disponibilidade fez com que os preços cedessem, e vendedores de outras regiões também tiveram de reajustar negativamente os valores pedidos.

Já para o feijão carioca notas de 8 e 8,5, o maior interesse do comprador e a oferta um pouco mais restrita elevaram os preços médios na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea.

Quanto ao feijão preto, diante da necessidade financeira e da liberação de armazéns, as cotações foram pressionadas, sobretudo nas regiões do Sul do País.

No campo, dados da Conab apontaram que 39,5% da área destinada ao feijão de 1ª safra 2025/26 havia sido cultivada no Brasil até o dia 17 de novembro.

MILHO: Produtor segue focado na semeadura; demanda está pontual

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A retração de vendedores, que seguem focados nas atividades envolvendo a semeadura da safra verão, mantém firmes os preços do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.

A demanda está pontual, com negócios ocorrendo conforme a necessidade de recomposição dos estoques. Já no mercado internacional, os preços estão em queda, influenciados por estimativas apontando maior produção mundial entre as temporadas 2024/25 e 2025/26.

No entanto, as baixas foram contidas pela forte demanda internacional pelo grão dos Estados Unidos.

No front externo, os embarques brasileiros estão mais intensos em novembro – segundo a Secex, a média diária de embarques está 7,6% acima da de novembro/24.

Com isso, em 10 dias úteis de novembro, foram embarcadas 2,67 milhões de toneladas de milho. Caso o atual ritmo seja mantido até o encerramento deste mês, as exportações brasileiras de milho podem somar 5 milhões de toneladas.

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No campo, a semeadura da safra de verão vem apresentando bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras do País.

Segundo a Conab, até 15 de novembro, 52,6% da área da safra de verão havia sido semeada no Brasil, avanço semanal de 4,9 p.p., mas leve atraso de 0,4 p.p. frente à média dos últimos cinco anos.

Com Cepea

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Turismo rural impulsiona queijarias artesanais e fortalece economia local em diversas regiões do Brasil

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Turismo rural amplia oportunidades para produtores de queijo artesanal

Transformar pequenas queijarias em destinos turísticos tem se mostrado uma estratégia eficaz para gerar renda, valorizar o campo e promover o desenvolvimento regional. Essa tendência vem crescendo em todo o país, impulsionada pela busca dos consumidores por produtos autênticos e experiências que conectam gastronomia, cultura e natureza.

Durante décadas, o queijo mineiro — especialmente o da Serra da Canastra — foi sinônimo de tradição e qualidade. Hoje, porém, outras regiões também se destacam, conquistando reconhecimento internacional e ampliando o cenário da produção artesanal de queijos no Brasil.

Rota do Queijo São Paulo valoriza produtores e cultura local

Entre as iniciativas mais recentes, o Governo de São Paulo lançou a Rota do Queijo São Paulo, projeto que reúne 102 queijarias em 77 municípios. O objetivo é fortalecer a produção artesanal, integrar turismo e gastronomia e valorizar a identidade cultural do estado.

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De acordo com Ana Rita Scozzafave, jurada internacional de queijos, médica-veterinária e CEO do Grupo SCZ Agro & Agrointeligência, a proposta reflete a diversidade e a qualidade dos produtores paulistas. “Esse projeto mostra o quanto as receitas autorais e o cuidado dos produtores vêm elevando o padrão da queijaria artesanal no Brasil”, destacou.

A rota está dividida em oito circuitos temáticos, que abrangem regiões como Alta Paulista, Cuesta, Mantiqueira e Vale do Paraíba, Mogiana Paulista e Sudoeste Paulista, entre outras. Além de estimular o turismo, o projeto fomenta a economia regional e amplia a visibilidade dos produtores.

Crescimento da produção artesanal e reconhecimento internacional

Desde 2022, o número de produtores artesanais de queijo em São Paulo cresceu 300%, somando quase 60 queijarias reconhecidas oficialmente. O estado também conquistou destaque internacional ao emplacar quatro queijos entre os dez melhores do mundo no Mondial du Fromage, realizado na França.

“Pequenos produtores descobriram que podem agregar muito valor ao leite fabricando queijos únicos”, comenta Scozzafave. Segundo ela, além de São Paulo, há movimentos semelhantes em estados como Amazonas, Mato Grosso e regiões do Norte e Nordeste, que também vêm se destacando em concursos internacionais.

Queijos artesanais conquistam consumidores e fortalecem a identidade regional

O interesse crescente pelos queijos artesanais reflete uma mudança no comportamento do consumidor. Hoje, as pessoas valorizam mais a origem, a história e o trabalho por trás de cada produto, buscando experiências gastronômicas completas.

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“Degustar um queijo vai muito além do sabor. O público quer se conectar com a história e a autenticidade do produtor, e muitos estão dispostos a pagar mais por produtos exclusivos”, observa a jurada internacional.

A especialista destaca ainda que muitas pequenas queijarias surgiram como resposta à baixa valorização do leite, encontrando na produção artesanal uma forma sustentável e rentável de permanecer no campo.

Turismo rural transforma propriedades em experiências

O turismo rural vem ganhando força como um novo modelo de negócio para produtores de queijo. As propriedades abrem suas portas para visitas, degustações e passeios, oferecendo experiências autênticas no campo.

“O turismo rural atrai pessoas das grandes cidades que buscam contato com a natureza e produtos locais. Além dos queijos, os produtores podem comercializar outros itens típicos, como geleias, cafés, bolachas e delícias regionais”, explica Scozzafave.

Essa integração entre produção, gastronomia e lazer tem contribuído para manter as famílias no campo e diversificar as fontes de renda.

Profissionalização e apoio técnico fortalecem o setor

Para incentivar a profissionalização das pequenas propriedades, a SCZ Agro & Agrointeligência oferece consultoria técnica, assessoria legal e suporte em certificações e autorizações municipais e estaduais. A empresa também auxilia na padronização para o SISP ARTESANAL (Serviço de Inspeção São Paulo), essencial para comercialização e participação em concursos de queijo.

A jurada internacional ressalta que os concursos são uma vitrine importante para os produtores. “Um bom queijo vai além do sabor. Avaliamos textura, aroma, cor e consistência. A atenção aos detalhes é o que garante destaque nas competições”, afirma.

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Premiações nacionais e internacionais destacam queijarias brasileiras

O Brasil conta hoje com importantes eventos voltados à valorização dos queijos artesanais, como o Concurso Internacional de Queijo Artesanal (Araxá International Cheese Awards), parte da ExpoQueijo Brasil, que reúne 47 categorias com diferentes tipos de leite.

Outro destaque é o Prêmio Queijo Brasil, realizado anualmente em Blumenau (SC), que em 2025 registrou recorde de inscrições, com produtores de 20 estados e mais de 260 cidades.

Já o Mundial do Queijo do Brasil (Mondial du Fromage – edição brasileira) acontece em São Paulo (SP) e alterna com o evento francês. A próxima edição será em abril de 2026, reunindo degustações, rodadas de negócios e palestras com especialistas.

“O Mundial é uma oportunidade única para os produtores brasileiros apresentarem seus queijos ao mercado internacional e ganharem visibilidade. Estamos prontos para apoiar quem deseja dar esse passo”, finaliza Scozzafave.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]m

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