Agricultura
Desafios Persistem: Custos de Fertilizantes Ainda 53% Mais Elevados que Pré-Pandemia
Divulgação
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) destaca que os custos de fertilizantes importados continuam a impactar significativamente os agricultores do estado, permanecendo 53% mais altos em comparação aos níveis pré-pandemia.
Elevação de Preços e Impacto nos Agricultores
De acordo com análise das Comissões de Política Agrícola e Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, os insumos apresentam, em média, uma alta de 53% em relação aos preços registrados antes da pandemia. O fosfato monoamônico (MAP) surge como o fertilizante com a maior elevação de preço, com um aumento de 91% desde março de 2020 até março de 2024, passando de R$ 2.023 para R$ 3.855 por tonelada.
Redução nas Importações e Principais Fornecedores
Devido aos preços elevados, as importações desses produtos registraram uma redução no primeiro trimestre de 2024, apesar de uma queda em relação aos picos de 2022. Os principais fornecedores de fertilizantes para Mato Grosso incluem a Rússia, o Canadá e a China, com destaque também para Israel e Egito em segmentos específicos.
Desafios e Perspectivas de Redução de Custos
Embora tenha havido uma redução média de 51% nos custos desde o pico registrado em 2022, os valores ainda estão muito acima dos observados antes da pandemia, representando um desafio contínuo para os produtores. A desvalorização do real frente ao dólar e a elevação da taxa Selic também contribuíram para esse cenário desafiador.
Impacto Global e Desafios Estruturais
O Brasil figura entre os maiores demandantes de fertilizantes no mundo, importando cerca de 80% dos produtos utilizados. A concentração da produção global em apenas seis países e os fatores estruturais de mercado contribuem para os preços elevados, tornando necessário o desenvolvimento de políticas que visem a mitigar esses desafios.
Perspectivas Futuras
Apesar de alguns sinais de redução de preços, os desafios persistem e exigem medidas estratégicas para garantir a sustentabilidade econômica dos produtores agrícolas. A Aprosoja-MT destaca a necessidade de acompanhamento e ação contínua para lidar com os custos crescentes de produção, buscando alternativas que garantam a competitividade e o desenvolvimento do setor agrícola no estado.
Portal Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Venda da safra da soja em Mato Grosso chega a 99%
Divulgação
A comercialização da soja para a safra 2023/24 em Mato Grosso alcançou 99,23% da produção, mês passado, representando um avanço de 0,69 ponto percentual em relação a outubro e 1,19 ponto percentual acima da média dos últimos anos. A demanda pela oleaginosa no mês permaneceu aquecida, especialmente no mercado interno. Contudo, alguns produtores optaram por aguardar melhores preços para comercializar o restante da produção. Em relação ao valor médio da oleaginosa, o preço em novembro fechou em R$ 139,32/saca, incremento mensal de 0,29%, impulsionado pela baixa oferta no Estado.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) informou que, para a safra 24/25, a comercialização de soja em Mato Grosso alcançou 41,09% da produção estimada, avanço de 2,74 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Com as condições das lavouras no Estado dentro do esperado até o momento, os produtores retomaram as negociações de grandes volumes.
Além disso, a alta nas cotações da soja, impulsionada pela valorização do dólar, contribuiu para o avanço das vendas. Assim, o preço médio negociado no estado fechou em R$ 111,68/saca, uma alta de 0,62% em relação ao mês de outubro.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Venda da safra de milho chega a 89% e preço médio aumenta
foto: arquivo/assessoria
As vendas da safra 2023/24 de milho em Mato Grosso avançaram 3,96 pontos percentuais em novembro. Com isso, as negociações atingiram 89,75% da produção, com o preço médio de R$ 58,28/saca, incremento de 15,02% ante outubro.
O avanço na comercialização é pautado pelo aumento do preço do cereal no estado. Sendo assim, os negócios para a safra disponível estão 7,08 p.p. à frente aos da temporada passada. Já para a temporada 24/25, as vendas totalizaram 23,84% da produção estimada, aumento de 3.11 pontos percentuais em relação a outubro, 8,14 pontos percentuais à frente do mesmo período da safra passada, mas 14,37 pontos percentuais atrás das médias das últimas cinco safras.
O incremento mensal nos negócios em Mato Grosso foi impulsionado pela valorização no preço do milho e pela necessidade dos produtores em travar seus custos com insumos para a próxima temporada. Dessa maneira, o preço comercializado para a safra 2024/25 ficou em R$ 44,32/saca, aumento de 3,98% no comparativo com outubro.
A informação é do IMEA (Instituto Mato-grossense Economia Agropecuária) no boletim semanal do milho.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Bahia cresce na produção de laranja e fortalece a citricultura nacional
Reprodução
A Bahia reforça sua importância na citricultura brasileira ao registrar um crescimento de 6,95% na produção de laranja, conforme a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM 2023), do IBGE. O estado, que ocupa o quarto lugar no ranking nacional, produziu 610.084 toneladas em 2023, com destaque para Rio Real, maior produtor baiano, responsável por 251.430 toneladas.
Apesar dos avanços, o estado ainda está distante de São Paulo, líder absoluto com mais de 13 milhões de toneladas, seguido por Minas Gerais e Paraná. A produção nacional de laranja, estimada em 15,3 milhões de toneladas para 2024, mantém o Brasil como maior produtor global, respondendo por 34% da oferta mundial, segundo o USDA.
A citricultura é vital para o agronegócio brasileiro, abrangendo laranja, tangerina, limão e lima ácida. O setor é impulsionado por exportações robustas, com 396,4 mil toneladas exportadas entre janeiro e maio de 2024, gerando US$ 310,3 milhões. Paraguai, Uruguai e Argentina lideram como principais destinos.
Na Bahia, o fortalecimento do setor é impulsionado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que capacitou mais de 260 municípios em gestão e técnicas agrícolas. Atualmente, 164 produtores da região Norte, especialmente próximo a Rio Real, recebem assistência técnica e gerencial.
Leia Também: Governo libera mais R$ 5 bilhões em recursos para atender produtores rurais
A laranja é a cultura que mais oferece retorno na região, permitindo investimentos sem necessidade de crédito bancário, além de atender à demanda interna, 70% da produção baiana é destinada a São Paulo, mostrando o potencial competitivo do estado no mercado nacional.
Embora o estado enfrente desafios para expandir sua participação, a crescente produtividade indica que a Bahia caminha para se consolidar como um polo estratégico na citricultura brasileira.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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