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Agricultura

Agricultores devem ficar em alerta com os perigos da requeima em cultivos da batata e do tomate

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Reprodução

 

A requeima, causada pelo Phytophthora Infestans, prolifera rapidamente nas lavouras do tomate e da batata sob condições climáticas com baixas temperaturas entre 12°C e 18°C e alta umidade relativa do ar, superior a 90%. Essa doença fúngica também costuma se alastrar mais rapidamente em áreas onde as plantações são densas. Um único foco de requeima pode rapidamente se espalhar para toda a plantação, causando perdas significativas, em qualidade e em quantidade.

Segundo dados da Embrapa, as perdas na batata podem variar de 10% a 50% da produção, enquanto no cultivo de tomate, o impacto pode resultar em uma redução de produtividade entre 20% e 70%. Em casos graves, os prejuízos podem alcançar 100% em ambos os casos, dependo das condições de clima e manejo.

Por isso, é essencial que o agricultor monitore sua lavoura a fim de evitar que a doença se alastre, ficando atento aos sintomas causados nos cultivos como manchas irregulares e escuras nas folhas. Quando há alta umidade e a temperatura abaixa, essas manchas aumentam e apresentam aspecto encharcado e, rapidamente, os sintomas evoluem para necrose dos tecidos e morte dos folíolos, ficando com aspecto similar a queima da folha. Nos frutos de tomate, aparecem manchas irregulares, de coloração marrom-pardo, de aspecto oleoso e de consistência firme, causando a podridão dura e sem queda. Nos tubérculos de batata, as lesões são castanhas, superficiais e com bordos definidos, sendo que a necrose é irregular, de coloração marrom, aparência granular e mesclada.

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O engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Marcos Vilhena, destaca que devido à alta disseminação e poder destrutivo, é necessário agir no momento certo. “A requeima é uma infestação silenciosa, que muitas vezes só é detectada quando já está disseminada. Por isso, é essencial manter um manejo integrado e preventivo”. Ele alerta ainda que apesar das condições climáticas do outono contribuírem para uma maior incidência e proliferação deste fungo, essa é uma doença muito séria. “Para se ter uma ideia, no século XIX essa doença contaminou plantações de batata por toda a Europa, marcando principalmente a história da Irlanda como responsável pela grande fome, período que dizimou 25% da população. Atualmente, a requeima ainda persiste nas lavouras em todas as regiões produtoras do Brasil, sendo considerada a doença mais agressiva para a cultura da batata”, explica Vilhena.

Foco no combate da requeima

Por conta disso, a IHARA tem uma atenção especial para a requeima, ofertando para o produtor soluções inovadoras para diferentes etapas do manejo da doença. Os principais produtos do portfólio têm indicação para o controle em diferentes níveis de incidência, que vai desde o manejo preventivo até o combate de focos com severidade.

Para o manejo preventivo, o agricultor pode contar com o fungicida de proteção ABSOLUTO FIX, que apresenta ação multissítio e forte fixação nas folhas, conferindo maior segurança e amplo espectro de ação para fungos, sendo aplicado quando o clima ainda é desfavorável à doença como em alta temperatura e baixa umidade, antes mesmo do patógeno infectar os tecidos da planta.

Em fase de alerta, quando o clima começa a se tornar favorável à requeima, com temperatura amena e umidade elevado, o ideal é recorrer a um produto mais específico como o TOTALIT, fungicida multicultura que oferece maior período de controle e atua com duplo mecanismo de ação: protetora e sistêmica.

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Quando as condições climáticas apresentam baixa temperatura e alta umidade, o agricultor pode adotar uma solução de combate imediato como é o caso do COMPLETTO, com alto poder de controle e efeito curativo. Essa tecnologia tem ação sistêmica antiesporulante – o que significa que é capaz de inibir a disseminação dos esporos do fungo na plantação.

“Juntas, essas tecnologias proporcionam o melhor controle do mercado por possuir efeito protetor, curativo, ação antiesporulante e alta resistência a lavagem pela chuva. Os resultados dos testes desse mix de soluções da IHARA comprovam alta eficácia no combate da requeima, superior aos demais produtos para esse tipo de manejo”, afirma o gerente de Marketing Regional da IHARA.

O executivo enfatiza ainda a importância do manejo integrado de pragas e doenças, plantio em áreas bem drenadas e em épocas adequadas, o espaçamento entre plantas, o uso de variedades resistentes, a nutrição adequada das plantas, rotação de culturas e eliminação de restos culturais a fim de preservar a qualidade dos cultivos, o potencial produtivo e rentabilidade dos cultivos.

Sobre a IHARA

A IHARA é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento que há 59 anos leva soluções para a agricultura brasileira, setor no qual é reconhecida como fonte de inovação e tecnologia japonesa como uma marca que tem a credibilidade e a confiança dos seus clientes. A empresa conta com um portfólio completo de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais somando mais de 80 soluções que contribuem para a proteção de mais de 100 diferentes tipos de cultivos, colaborando para que os agricultores possam produzir cada vez mais alimentos, com mais qualidade e de forma sustentável. Em 2022, a IHARA ingressou no segmento de pastagem, oferecendo soluções inovadoras para o pecuarista brasileiro. Para mais informações, acesse o site da IHARA.

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Iara Soriano

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

No pódio do agro: a produtora de soja premiada que ‘abraçou’ a sustentabilidade

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Foto: Vanessa Bomm/Arquivo Pessoal

“Me apaixonei pelo agronegócio.” Essa é a frase que resume a trajetória de Vanessa Bomm, arquiteta de formação e produtora de soja que, por escolha, decidiu se arriscar no mundo do pai e se apaixonou pelo campo. No início, a agricultora, natural de Palotina, conciliava sua rotina entre obras e lavouras, dois universos distintos, mas ainda predominantemente dominados por homens.

Após 20 anos de profissão como arquiteta, Vanessa decidiu trocar a fita métrica pelas máquinas. “Quando entrei no mundo do plantio, sabia que estava entrando em um grupo muito masculino e estava acostumada a lidar com isso, porque nas obras a maioria eram homens”, diz a produtora.

Aprendizado semeado

Foto: Vanessa Bomm

Há sete anos, Vanessa semeia a soja na propriedade de sua família, no município de Terra Roxa. Neta de italianos vindos do Rio Grande do Sul, ela sempre teve uma conexão com o campo, embora tenha iniciado sua trajetória profissional em outra área. Quando seu pai a convidou para se juntar a ele na lavoura, ela não hesitou. Ouviu o chamado do patriarca e não pensou duas vezes. Mergulhou de cabeça.

Desde então, Vanessa tem vivido e aprendido o ritmo e os desafios do agro e as coisas têm caminhado de forma promissora. Com muito trabalho e dedicação, ela ajudou a consolidar o sucesso da propriedade. “Estamos passando por anos com desafios. Nem sempre conseguimos demonstrar uma grande produção, mas sabemos que não perderemos tudo se adotarmos práticas sustentáveis e outras estratégias.”

Para ela, o segredo está em adaptar-se às dificuldades do clima e do solo, sem deixar de lado uma abordagem responsável e inovadora para garantir a produtividade e a longevidade da lavoura.

Sustentabilidade adotada pela produtora de soja

Vanessa diz que mesmo com muitos desafios, como o clima e as condições do solo, a adoção de práticas mais sustentáveis tem mostrado resultados positivos na lavoura de soja+. “Hoje, técnicas como o plantio de cobertura e a diversificação de raízes têm contribuído para reduzir os impactos no ambiente e criar um sistema produtivo mais resiliente.” Segundo a produtora, as práticas melhoram a qualidade do solo e ajudam a manter a água no solo e a reduzir a erosão, tornando o sistema agrícola mais robusto. Descarbonizacao de carbono, sequestro de carbono.

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A produtora faz parte do Programa PRO Carbono, iniciativa da Bayer, voltada à inovação para uma agricultura sustentável. Algumas ferramentas, desenvolvidas em parceria com a Embrapa, se destacam pela criação de técnicas de baixa emissão e sequestro de carbono, além de quantificar os benefícios ambientais.

E o controle de pragas não fica de fora! O plantio de cobertura, com plantas como aveia, nabo, trigo mourisco, sorgo, milheto e capins braquiária e crotalária, além de controlar pragas de maneira ecológica, protege o solo contra a erosão, melhora a retenção de água e cria um ambiente mais saudável para o crescimento das culturas.

Quando Vanessa entrou para o universo do agro, pôde perceber a dimensão do setor e sua importância para o Brasi. A produtora também destacou a transformação tecnológica que a agricultura está vivendo, com o uso crescente de agricultura digital e tecnologias como o feed view para monitoramento das lavouras.

“No ano em que entrei na fazenda, pude visualizar o impacto dessas inovações no campo. Com o auxílio dessas ferramentas, consegui perceber o desempenho de cada talhão, facilitando o manejo e a tomada de decisões mais assertivas”, detalha Vanessa.

No pódio do agro

Em outubro deste ano, a produtora de soja conquistou o primeiro lugar no Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria Grande Propriedade. Essa é uma premiação que reconhece as contribuições das mulheres no setor agropecuário. O reconhecimento, que celebra o impacto feminino no agro, marca um dos maiores feitos na trajetória de Vanessa que, ao longo dos anos, tem se dedicado a transformar o campo por meio de práticas sustentáveis, inovação tecnológica e um trabalho que integra tradição e modernidade no agronegócio.

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Agricultura

Exportações de soja devem ultrapassar 2 milhões de toneladas

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Fonte: Appa

As exportações brasileiras de soja em grão devem somar 2,456 milhões de toneladas em novembro, segundo o levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). No mesmo mês de 2023, as exportações de soja atingiram um volume expressivo de 4,599 milhões de toneladas. Segundo a Safras & Mercado, em comparação, em outubro de 2024, o Brasil embarcou 4,443 milhões de toneladas, evidenciando uma leve redução, mas ainda mantendo um ritmo forte de exportações.

Na semana encerrada em 23 de novembro, o Brasil exportou cerca de 480 mil toneladas de soja. Para o período de 24 a 30 de novembro, a ANEC estima um aumento nos embarques, com a previsão de exportação de mais de 660 mil toneladas, o que indica uma aceleração no ritmo de embarques até o final do mês.

Quanto ao farelo de soja, as exportações devem registrar um volume semelhante ao do ano passado, com uma leve queda em relação ao mês anterior. Em novembro, a expectativa é de embarques próximos a 1,9 milhão de toneladas, um valor inferior ao exportado em 2023, mas consideravelmente abaixo do total de outubro de 2024. Na última semana, as exportações de farelo de soja somaram pouco mais de 370 mil toneladas, com uma previsão de aumento nos embarques para o final deste mês.

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Agricultura

Ministro apoia PL da Reciprocidade, que protege exportações brasileiras de regras desiguais

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Foto: Mapa/divulgação

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, manifestou apoio ao projeto de lei 1406/2024, o chamado PL da Reciprocidade, em declaração realizada nesta terça-feira (26). A proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, busca impedir que exportações brasileiras sofram prejuízos devido a regras ambientais consideradas rigorosas e desiguais impostas por outros países.

O projeto prevê a não aceitação de acordos internacionais que possam restringir de forma discriminatória o comércio de produtos brasileiros. Segundo Fávaro, o Brasil já adota normas sanitárias e ambientais rígidas, garantindo uma produção de alimentos sustentável e respeitosa ao meio ambiente.

“É muito cabível que a gente possa cobrar a reciprocidade”, afirmou o ministro. Ele ressaltou que o Brasil está preparado para discutir boas práticas ambientais, rastreabilidade e transparência em seus processos com qualquer país ou bloco comercial. O objetivo é assegurar aos consumidores a qualidade e a sustentabilidade dos produtos brasileiros.

O que diz o PL 1406/2024?

O PL propõe alterações na Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Entre as mudanças, está a criação do Programa Nacional de Monitoramento da Isonomia Internacional de Políticas Ambientais.

O programa terá como função acompanhar as políticas ambientais de países que mantêm relações comerciais com o Brasil, garantindo isonomia e cobrando a aplicação de práticas sustentáveis globalmente.

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