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Agronegócio

Colheita de Milho da Segunda Safra no Paraná Alcança 42% da Área

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Reprodução

 

A colheita da segunda safra de milho 2023/24 no Paraná avançou na última semana, atingindo 42% da área estimada em 2,42 milhões de hectares. Entretanto, a Previsão Subjetiva de Safra referente a junho, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, revelou uma nova redução na estimativa de produção, que caiu de 13,2 milhões de toneladas previstas em maio para 12,9 milhões de toneladas.

“Essa redução já era esperada devido ao impacto contínuo do clima”, afirmou Edmar Gervásio, analista da cultura no Deral. Comparado à projeção inicial do ano passado, há uma diminuição de 1,8 milhão de toneladas. “É provável que haja uma nova redução até o final da safra, embora não possamos quantificar isso no momento”, acrescentou Gervásio.

A colheita tem se concentrado principalmente nas regiões Oeste, Centro-Oeste e Noroeste do Paraná, com aproximadamente 70% da área já colhida. No Norte do Estado, que possui a maior área plantada de milho da segunda safra, com 918 mil hectares, a colheita ainda não alcançou 10%. Apesar disso, o volume de 42% colhido na média do Estado é o maior já registrado historicamente.

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Feijão

A colheita do feijão também está próxima do fim, com uma expectativa de rendimento de 662 mil toneladas nesta segunda safra. “Foi uma safra muito boa, bem maior que a do ano passado (480,5 mil toneladas), principalmente devido ao aumento de 40% na área plantada (de 295 mil para 413 mil hectares). Isso resultou em uma oferta significativa, mantendo os preços mais baixos, embora ainda remuneradores para os produtores”, analisou Carlos Hugo Godinho, engenheiro agrônomo.

Trigo

O trigo, principal cultura de inverno no Paraná, já foi semeado em 94% dos 1,15 milhão de hectares, faltando apenas o plantio nas regiões mais frias do Estado. “As chuvas no Sul do Estado facilitaram o plantio, que estava atrasado em alguns municípios”, informou Godinho. No entanto, nas regiões do Norte, a situação é mais desafiadora, com até 45 dias sem chuva, afetando os primeiros trigos plantados em abril e podendo causar perdas. A previsão de produção para o Estado é de 3,8 milhões de toneladas, 5% acima dos 3,6 milhões do ciclo anterior.

Olericultura

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No setor de olericultura, as principais culturas são batata, tomate e cebola. “As três safras colhidas agora foram influenciadas pelo clima, com chuvas na primavera e verão e calor excessivo em fevereiro”, explicou Paulo Andrade, engenheiro agrônomo do Deral. A batata deve registrar uma perda entre 15% e 20% na segunda safra, com uma previsão de 302 mil toneladas, uma redução de 10% em relação à safra anterior. A área colhida subiu de 49% para 82% nas últimas quatro semanas.

O tomate da primeira safra já foi praticamente todo colhido, com uma expectativa de 146 mil toneladas. A segunda safra, com 96% plantada, está com 77% já colhido. A nova safra de cebola está começando, com expectativa de manutenção dos preços do último ciclo. “A análise dos produtores é baseada no bom preço do ano passado”, disse Andrade. Com isso, a área plantada de cebola, 50% dos 2,7 mil hectares, tem potencial para colher 89 mil toneladas.

Boletim de Conjuntura Agropecuária

O Deral também divulgou nesta quinta-feira o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho. Além das culturas mencionadas, o documento analisa a exportação do complexo soja, que atingiu 7 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2024, totalizando US$ 3,2 bilhões.

O comércio da arroba do boi gordo também foi destaque, mostrando pouca variação nos preços e lentidão nos negócios no Paraná, mesmo em período de entressafra. Já as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde no último mês, com 239,5 mil toneladas ao valor de US$ 1,05 bilhão.

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A análise do boletim também destacou o crescimento de 371% na produção de carne suína em abatedouros inspecionados pelo Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) na última década. Em 2013, foram produzidas 34 mil toneladas, enquanto no ano passado o número subiu para 161 mil toneladas. No primeiro trimestre deste ano, foram produzidas 37 mil toneladas, superando todo o ano de 2013.

A produção de ovos também foi abordada, com base na Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos do IBGE. O Brasil produziu quase 1,1 bilhão de dúzias no primeiro trimestre, com o Paraná ocupando o segundo lugar, com 111,2 milhões de dúzias, atrás de São Paulo, que produziu 290 milhões de dúzias.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

IBGE projeta safra recorde de 333,3 milhões de toneladas para 2025, com alta em cereais, leguminosas e oleaginosas

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Imagem Ilustrativa

 

Estimativa geral da safra 2025

O IBGE divulgou em junho a previsão para a produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2025, que deve atingir 333,3 milhões de toneladas. Esse volume representa um crescimento de 13,9% em relação a 2024 (292,7 milhões de toneladas) e um aumento de 0,2% em comparação ao dado estimado em maio, com acréscimo de 698,6 mil toneladas.

Área a ser colhida em crescimento

A área estimada para colheita chega a 81,2 milhões de hectares, 2,7% maior do que em 2024, com incremento de 2,1 milhões de hectares. Em relação a maio, houve estabilidade na área, com leve aumento de 15,3 mil hectares.

Principais culturas e suas participações

Arroz, milho e soja são os destaques, respondendo juntos por 92,6% da produção estimada e 88% da área a ser colhida. Outros destaques na área são o algodão herbáceo (crescimento de 5,6%), arroz em casca (11,4%), soja e milho (3,3% cada), e sorgo (5,5%). Já o feijão e o trigo tiveram redução na área cultivada, com quedas de 5% e 14,7%, respectivamente.

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Variações na produção por cultura

O IBGE aponta crescimento na produção para várias culturas: algodão herbáceo (5,3%), arroz em casca (16%), feijão (4,2%), soja (13,9%), milho (14,6%), sorgo (9%) e trigo (5,9%).

Estimativas específicas para as principais culturas
  • Soja: Produção estimada em 165,1 milhões de toneladas.
  • Milho: Total previsto de 131,4 milhões de toneladas (26 milhões na 1ª safra e 105,4 milhões na 2ª safra).
  • Arroz em casca: 12,3 milhões de toneladas.
  • Trigo: 8 milhões de toneladas.
  • Algodão herbáceo (em caroço): 9,3 milhões de toneladas.
  • Sorgo: 4,3 milhões de toneladas.
Distribuição regional da produção

As regiões com maior crescimento anual na produção foram: Centro-Oeste (17,5%), Sul (8,2%), Sudeste (14,7%), Nordeste (9,2%) e Norte (15,2%). No comparativo mensal, Norte (0,6%), Nordeste (0,4%) e Sul (0,5%) apresentaram alta, enquanto Sudeste e Centro-Oeste mantiveram suas estimativas estáveis.

Líderes na produção nacional

Mato Grosso segue como maior produtor, com 31,5% do total nacional, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,6%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,5%). Juntas, essas unidades federativas respondem por quase 80% da produção total. Por regiões, o Centro-Oeste lidera com 51%, seguido do Sul (25,4%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,4%) e Norte (6,3%).

Destaques mensais e variações por estados

Entre maio e junho, houve aumentos na produção estimada de cevada (+30,3%), café canephora (+10,8%), aveia (+1,2%), algodão herbáceo (+0,8%), café arábica (+0,8%), milho 1ª safra (+0,6%) e milho 2ª safra (+0,4%). Houve quedas nas estimativas de feijão 2ª safra (-0,7%), trigo (-0,6%), feijão 1ª safra (-0,4%) e soja (-0,0%).

Os estados com maiores variações positivas foram Paraná (+447,1 mil toneladas), Bahia (+177,6 mil toneladas), Tocantins (+108,9 mil toneladas), Rondônia, Espírito Santo, Amazonas e Rio de Janeiro. As maiores quedas ocorreram em Pernambuco, Ceará, Sergipe, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Amapá.

Análise das principais culturas
  • Algodão herbáceo (em caroço): A produção estimada é de 9,3 milhões de toneladas, com crescimento mensal de 0,8% e anual de 5,3%. A área plantada e a colhida cresceram 5,6%, renovando expectativa de recorde.
  • Café (arábica e canephora): Produção total estimada em 3,5 milhões de toneladas (57,5 milhões de sacas), aumento de 4% em relação ao mês anterior. O arábica deve atingir 2,3 milhões de toneladas, com queda anual de 6,2%, refletindo a bienalidade negativa da cultura. O canephora está estimado em 1,2 milhão de toneladas, com crescimento mensal de 10,8% e anual de 17,3%, impulsionado por melhor manejo e condições climáticas favoráveis.
  • Cereais de inverno (trigo, aveia e cevada):
    • Trigo: 8 milhões de toneladas, queda mensal de 0,6% e crescimento anual de 5,9%. A Região Sul responde por 86,2% da produção, com destaque para RS e PR.
    • Aveia: Produção prevista de 1,3 milhão de toneladas, crescimento mensal de 1,2% e anual de 24,8%. RS e PR lideram a produção.
    • Cevada: Estimada em 545,9 mil toneladas, alta mensal de 30,3% e anual de 31,2%, com Paraná como principal produtor.
  • Feijão: Produção total de 3,2 milhões de toneladas, queda mensal de 0,4% e alta anual de 4,2%. A produção está dividida em três safras, com o Paraná, Minas Gerais e Goiás como principais produtores. Há variações regionais e safras específicas com leves ajustes nas estimativas.
  • Milho: Estimativa total de 131,4 milhões de toneladas, aumento mensal de 0,4% e anual de 14,6%. A 1ª safra está prevista em 26 milhões de toneladas, com queda na área plantada mas aumento no rendimento. A 2ª safra deve bater recorde com 105,4 milhões de toneladas, crescimento em área e produtividade. Mato Grosso lidera a produção da 2ª safra, seguido por Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.
  • Soja: Estimativa de produção recorde em 165,1 milhões de toneladas, crescimento anual de 13,9%. Mato Grosso mantém liderança com 50,2 milhões de toneladas, seguido por Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, com variações regionais influenciadas por clima e produtividade.

Esses dados reafirmam a importância do agronegócio brasileiro, com crescimento significativo e diversificação regional da produção, apesar de desafios climáticos e de mercado.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Santa Catarina bate recorde histórico nas exportações de carne suína e impulsiona agronegócio no primeiro semestre de 2025

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Foto: RPF Group

 

Santa Catarina alcançou um marco histórico nas exportações de carne suína no primeiro semestre de 2025, consolidando sua posição como líder nacional no setor. Entre janeiro e junho, o estado exportou 369,2 mil toneladas, gerando receita recorde de US$ 904,1 milhões — o melhor desempenho em volume e valor desde o início da série histórica, em 1997.

Em junho, foram embarcadas 69,8 mil toneladas de carne suína, movimentando US$ 178 milhões, o maior faturamento mensal já registrado pelo setor e o segundo melhor volume da série. O crescimento foi puxado pela forte demanda de países asiáticos, especialmente Japão, China e Filipinas. O Japão, em particular, destacou-se com aumento de 58,1% nas receitas na comparação com o primeiro semestre de 2024. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Autoridades ressaltam confiança e qualidade

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O governador Jorginho Mello destacou o rigor no controle sanitário como fator decisivo para a confiança dos mercados mais exigentes. “Temos um histórico de excelência com esses mercados e um potencial enorme. Recentemente, reforcei no Japão o pedido para autorizar a exportação de carne bovina catarinense. Estamos prontos para avançar”, afirmou.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, ressaltou que Santa Catarina foi responsável por mais de 53% das receitas nacionais com exportação de carne suína no período. “Este recorde reflete a expansão e diversificação de produtos e mercados, além da qualidade, sanidade e confiabilidade que entregamos”, complementou.

Exportações de frango mantêm desempenho positivo apesar de desafios

No segmento de frango, o estado também teve resultado positivo no primeiro semestre de 2025, com 573,1 mil toneladas exportadas e receita de US$ 1,18 bilhão — crescimento de 1,8% no volume e 9,9% nas receitas em relação ao mesmo período de 2024.

Porém, em junho, as exportações sofreram quedas de 6,3% em volume e 5,9% em faturamento, totalizando 76,4 mil toneladas e US$ 159,3 milhões. O recuo foi consequência dos embargos impostos por diversos países após a suspensão temporária das exportações devido a um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granja no Rio Grande do Sul, que já foi declarado erradicado.

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Chiodini afirmou que, mesmo diante dos embargos, o setor de frango manteve um desempenho sólido no semestre, demonstrando capacidade de adaptação e reforçando o compromisso com a defesa sanitária.

Recuperação parcial nas exportações de frango em junho

Alexandre Giehl, analista da Epagri/Cepa, destacou que em junho houve recuperação parcial nas exportações para mercados importantes, com crescimento expressivo nas vendas para Japão (136,9% em quantidade e 146,2% em receitas), Arábia Saudita (34% e 27,7%) e Emirados Árabes Unidos (87,2% e 75,9%).

Entre os dez principais importadores da carne de frango catarinense, apenas os Países Baixos registraram queda nas compras, o que impactou o total exportado pelo estado no mês.

Santa Catarina registra recorde em exportações totais de carnes

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Considerando todas as carnes — frango, suína, bovina, peru e outras — o estado exportou 974,2 mil toneladas no primeiro semestre, com faturamento recorde de US$ 2,15 bilhões, o melhor resultado desde o início da série histórica em 1997.

Somente em junho, foram exportadas 151,4 mil toneladas, gerando receita de US$ 348,8 milhões.

Programa Estrada Boa Rural para fortalecer o agronegócio
Na primeira semana de julho, o governador Jorginho Mello lançou o Programa Estrada Boa Rural, que prevê investimento de R$ 2,5 bilhões para pavimentar 2.500 quilômetros de vias rurais em todos os 295 municípios catarinenses.

O objetivo do programa é melhorar a infraestrutura viária para reduzir os custos de transporte, facilitar o escoamento da produção agrícola e fortalecer a cadeia agroindustrial do estado, potencializando ainda mais o desempenho do agronegócio catarinense.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Famato alerta para impacto da tarifa de Trump e cobra reação firme do Brasil

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Foto: Mapa / Divulgação

 

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) manifestou preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A entidade destaca que a medida representa uma ameaça direta ao agronegócio mato-grossense, especialmente à cadeia da carne bovina, uma das principais forças econômicas do estado.

“Como maior produtor de carne bovina do país, com rebanho superior a 30 milhões de cabeças, Mato Grosso pode ser diretamente afetado pela medida, que traz insegurança ao comércio internacional e pressiona o custo de produção no campo”, aponta a Famato em nota.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apenas em 2024 Mato Grosso exportou 39.039 toneladas de carne bovina para os Estados Unidos, de um total de 303.149 toneladas embarcadas pelo Brasil. Até junho de 2025, o estado já soma 26,55 mil toneladas enviadas ao mercado norte-americano, o que reforça a importância da relação comercial entre as duas nações.

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Para a Famato, a imposição da tarifa pode provocar reflexos em toda a cadeia produtiva, desde o produtor rural até os frigoríficos, e comprometer o desempenho das exportações em um momento de instabilidade econômica global.

A entidade cobra uma postura firme por parte do governo brasileiro, com foco na preservação da competitividade do agro nacional e na garantia da segurança jurídica nas relações comerciais internacionais. “É essencial uma resposta diplomática à altura, que assegure previsibilidade e estabilidade ao setor produtivo”, reforça a federação.

A fala da Famato se soma a outras manifestações de entidades mato-grossenses, como a Fiemt e lideranças políticas, entre elas o governador Mauro Mendes e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Todos compartilham a preocupação com os efeitos da decisão americana e defendem ações institucionais para proteger os interesses brasileiros no comércio exterior.

Alline Marques

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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