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Agricultura

Argentina produzirá e exportará mais trigo

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O principal destino será o Brasil – Foto: Paulo kurtz/ Embrapa

 

A Argentina deve produzir e exportar mais trigo em 2024-25 devido ao aumento da área plantada, conforme um relatório do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção de trigo está estimada em 18,6 milhões de toneladas, acima dos 15,7 milhões de toneladas de 2023-24. A área plantada subiu para 6,2 milhões de hectares, graças às melhores condições climáticas em abril e maio, incentivando os agricultores a plantar mais do que o previsto inicialmente.

As exportações de trigo são estimadas em 12,4 milhões de toneladas, superando as 9,2 milhões de toneladas da temporada anterior. O principal destino será o Brasil, seguido pela Indonésia e diversos países africanos, segundo o FAS.

Por outro lado, a produção de milho está estimada em 49 milhões de toneladas, uma queda de 2 milhões de toneladas em relação a 2023-24, com a área de plantio reduzida em 200.000 hectares. O plantio da nova safra começará no final de agosto ou início de setembro, mas ainda há incertezas sobre a área total devido aos danos severos causados por uma doença de nanismo do milho no centro-norte da Argentina, que reduziu a produção em mais de 15%. Em resposta, muitos agricultores do norte plantaram trigo para manter alguma rotação de culturas.

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As exportações de milho estão estimadas em 35,5 milhões de toneladas em 2024-25, comparadas a 34 milhões em 2023-24. Segundo o FAS, as vendas dos agricultores estão mais lentas do que o normal, pois muitos estão em uma boa situação financeira e estão segurando milho e soja, esperando uma recuperação nos preços.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Governo lança programa para barrar praga que ameaça pomares de laranja

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Fabiana Assis/G1

 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou uma nova portaria criando o Programa Nacional de Prevenção e Controle do Huanglongbing (PNCHLB), uma das doenças mais graves que atingem pomares de laranja, limão e outros cítricos no Brasil. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (07.07) no Diário Oficial da União (DOU).

Também conhecida como greening dos citros, a doença é causada por bactérias transmitidas por um inseto vetor (o psilídeo Diaphorina citri) e pode devastar plantações inteiras, reduzindo drasticamente a produção de frutas.

A portaria estabelece regras para prevenir, monitorar e controlar a doença em todo o país, com obrigações tanto para produtores rurais quanto para órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal.

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Áreas livres e áreas contaminadas

Cada Estado brasileiro passará a ser classificado como livre ou com ocorrência do HLB. Para manter o status de livre, o estado deve fazer inspeções anuais em pomares e viveiros, controlar a entrada de mudas e monitorar o inseto vetor. Se a doença for detectada, o governo estadual deve avisar imediatamente o Ministério da Agricultura e tomar medidas de contenção.

Plantas doentes devem ser eliminadas Nos Estados onde o greening já está presente, os produtores são obrigados a vistoriar os pomares a cada três meses e eliminar, às suas custas, todas as plantas com sintomas da doença — sem direito a indenização. Também precisam controlar o inseto transmissor para evitar que a praga se espalhe.

Para quem produz mudas de citros, a nova regra exige que toda a produção seja feita em ambiente protegido por telas especiais que impedem a entrada do inseto vetor.

Trânsito controlado

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O transporte de frutas frescas entre estados também passa a ter regras mais rígidas. Por exemplo: frutos vindos de áreas contaminadas só poderão circular sem folhas e galhos e devem ter documentação sanitária comprovando o cumprimento das exigências.

Os órgãos estaduais de defesa agropecuária são responsáveis por fiscalizar os produtores e viveiros. O não cumprimento das regras pode gerar multas e outras punições previstas na legislação de defesa sanitária vegetal.

Lucione Nazareth/VGNAgro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Mapeamento da vegetação de MT leva à descoberta de planta inédita

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Reprodução

 

A descrição científica da Tibouchina triprovincialis como nova espécie da flora brasileira marca não apenas um avanço para a botânica nacional, mas também destaca os primeiros resultados concretos do Mapeamento da Vegetação de Mato Grosso — um trabalho iniciado há mais de 15 anos e ainda em fase de homologação.

A planta foi identificada a partir de uma amostra coletada durante expedição técnica à Estação Ecológica do Rio Roosevelt, unidade de conservação estadual. A coleta integrou os esforços para elaboração do Mapa da Vegetação Primária de Mato Grosso, realizado por meio de cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com apoio do Programa REM MT.

Pertencente à família Melastomataceae, a Tibouchina triprovincialis ocorre no bioma Amazônico, com registros apenas nos estados de Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. A coleta no território mato-grossense foi realizada pelos técnicos Juraci de Ozeda Ala Filho, Lisandro de Souza Peixoto Neto e Sebastião Souza Silva.

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O trabalho contou com apoio técnico do Herbário Central da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus Tangará da Serra. O Programa REM MT também financiou a iniciativa, garantindo contratação de profissionais, aquisição de equipamentos e apoio logístico às expedições.

A nova espécie é um arbusto de pequeno porte, com 20 a 80 centímetros de altura, folhas minúsculas recobertas por escamas, inflorescências compactas e flores com características únicas. Seu habitat são áreas campestres alagadas sazonalmente — conhecidas como campinaranas — no coração da Amazônia.

Mapeamento inédito e estratégico para a conservação
O Mapa da Vegetação Primária de Mato Grosso, atualmente em fase final de homologação pelo IBGE, representa um marco no conhecimento sobre a vegetação nativa do estado. Segundo Juraci de Ozeda Ala Filho, geólogo e técnico da SEPLAG, “Mato Grosso carecia desse levantamento. Até hoje, as decisões sobre supressão vegetal se baseavam no RADAM, produzido na década de 1970”.

Desde o início do projeto, em 2008, foram realizadas expedições por todo o território estadual, com amostragens e análises da vegetação, além da identificação de espécies arbóreas e arbustivas. A previsão é de que o trabalho seja finalizado em 2025, com a publicação e disponibilização oficial do mapa.

O levantamento servirá como ferramenta essencial para o combate ao desmatamento ilegal, definição de áreas de reserva legal, planos de manejo em unidades de conservação e estratégias de preservação da biodiversidade. A descoberta da Tibouchina triprovincialis é apenas um exemplo do potencial científico revelado por esse esforço de mapeamento.

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Redação/VGN

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Produtores de soja são autuados por descumprir vazio sanitário em MT

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Indea

 

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) realizou 2.061 fiscalizações entre 8 de junho e 6 de julho, durante o primeiro mês do período do vazio sanitário da soja — intervalo em que o cultivo e a presença de plantas vivas de soja estão proibidos por 90 dias. A medida, que visa conter a ferrugem asiática nas lavouras, segue até 6 de setembro.

Durante as ações, a Coordenadoria de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV) aplicou 12 autos de infração, totalizando 1.643 Unidades de Padrão Fiscal (UPFs) em multas. Todos os produtores autuados descumpriram a obrigação de eliminar plantas vivas de soja em suas propriedades.

Segundo o diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, a presença de soja durante o vazio sanitário favorece a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática. A doença antecipa o amarelecimento das folhas e sua queda, o que afeta diretamente a formação dos grãos e pode comprometer a produtividade da safra seguinte.

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Ainda em junho, o Indea coletou 60 amostras de folhas de soja em diferentes regiões do estado. Dessas, 22 apresentaram resultado positivo para ferrugem asiática, conforme análise feita pelo Núcleo Laboratorial de Sanidade Vegetal (NLSV), em Cuiabá.

Na safra 2024/2025, Mato Grosso contabilizou 16.299 unidades de produção de soja, que somam cerca de 11,3 milhões de hectares

Redação/VGN

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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