Meio Ambiente
Análise do DNA do solo movimenta mercado de bioinsumos e gera novas oportunidades para revendas de insumos agrícolas

Michelle Zibetti Tadra, fundadora e CEO do Grupo GoGenetic, criador da GoSolos – Divulgação
O mercado de bioinsumos brasileiro tem crescido quatro vezes mais que a média global. É o que afirma recente pesquisa realizada pela CropLife Brasil em parceria com a Blink e a Marketstrat. No mundo, os bioinsumos movimentaram entre US$ 13 e 15 bilhões em 2023, com uma previsão de crescimento anual entre 13% e 14% até 2032, alcançando US$ 45 bilhões. No Brasil, esse crescimento é ainda mais acelerado, com uma taxa média anual de 21% nos últimos três anos, quatro vezes acima da média global. As vendas de bioinsumos no Brasil atingiram R$ 5 bilhões na safra 2023/2024, refletindo a crescente demanda por soluções agrícolas mais sustentáveis.
“O mercado de bioinsumos está cada vez mais protagonista no agro brasileiro. Essa informação é muito útil para as vendas agropecuárias, uma vez que aponta oportunidades de expansão de uma ampla cadeia tecnológica e de inovações como é o caso da análise microbiológica de solo que identifica milhares de microrganismos que podem, de alguma forma, interferir na produtividade ou até mesmo ser aliado na implantação de uma cultura em determinada região”, explica Michelle Zibetti Tadra, fundadora e CEO do Grupo GoGenetic, criador da GoSolos.
Cada vez mais próxima do canal de distribuição de insumos agrícolas, a GoSolos, startup de biotecnologia que nasceu na UFPR, em 2016, participa pela segunda vez do Congresso, ampliando a sua presença no evento. O estande, com 44m², contará com uma “ilha de produtos” onde os visitantes poderão ver de perto como funciona a inovação da coleta de amostras do solo, explicações sobre a análise do DNA e seus benefícios para o produtor.
Com uma ampla agenda de plenária e área mais de 24 mil m² de exposição, o Congresso Andav é um dos principais eventos agropecuários do mundo e chega à sua décima terceira edição amplificando o conhecimento para os novos caminhos e tendências que envolvem todo o setor da distribuição de insumos agropecuários.
“Podemos agora afirmar que será praticamente inviável pensar em produtividade e na sustentabilidade sem os conhecimentos da genética do solo, que facilitarão seu entendimento de forma natural, assim como foi com plataformas digitais que ganharam o mundo da comunicação”, analisa Tadra.
Venda consultiva de tecnologia ajudará a consolidar os bioinsumos
Para a GoSolos, agregar valor ao produto, segurança à sua utilização e aspectos de sustentabilidade alinhados com a produtividade, são alguns dos desafios do mercado de bioinsumos mundo afora, que tem sido foco em suas pesquisas e desenvolvimento (P&D) de soluções tecnológicas em microbiologia do solo. A análise molecular será essencial nessa troca de conhecimento, na fidelização entre revendas agropecuárias e produtores, aspectos que, por si só, levarão a uma diferenciação de concorrência.
“No mercado de bioinsumos, a venda especializada, consultiva, já é vista como um ponto de atenção. Sem ela, seu crescimento natural pode não ser confirmado. Aspectos que envolvem soluções onfarm também é um fator para se levar em conta. Sem o conhecimento e aplicabilidade adequados, os produtos podem gerar mais desconfiança sobre a qualidade empregada do que um benefício ao ser cada vez mais empregado”, finaliza Tadra.
Sobre a GoSolos
A GoSolos é uma empresa de biotecnologia que integra o grupo GoGenetic, um hub de inovação que reúne expertise em pesquisa, análises para desenvolvimento e produção de bioinsumos e metagenômica de solo. A empresa oferece soluções completas para todo o ciclo do bioinsumo, desde a prospecção de novos produtos biológicos até a avaliação do produto no solo e as modificações na microbiota do solo.
Élcio Ramos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
O Clima para a segunda metade de abril

Ilustração
Abril tem um clima já típico de outono com o início da estação das folhas e ainda guarda mais características de verão no começo. Por isso, dias de calor são menos comuns em abril, embora ainda ocorram.
Os dias com madrugadas amenas ou frias também aumentam em abril pela climatologia e em alguns anos ocorrem até episódios de frio muito intenso.
Outra característica do mês de abril é o aumento da frequência de dias com registro de nevoeiro e neblina entre a madrugada e o período da manhã à medida que cresce o número de madrugadas de temperatura mais baixa. Em algumas ocasiões, o nevoeiro pode ser denso e perdurar por várias horas.
Na primeira metade de abril, a chuva ficou abaixo da média na maior parte do Sudeste do Brasil, mas áreas próximas da costa tiveram precipitação acima da média, casos das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
No Sul do Brasil, por sua vez, a chuva teve distribuição muito variável com áreas em que choveu abaixo e acima da média do mês. Onde mais choveu foi no Sul e no Leste do Rio Grande do Sul, até com inundações em cidades costeiras, e no Leste catarinense, onde nos últimos dia pancadas intensas localizadas causaram transtornos.
Já a temperatura na primeira metade do mês perto da média na maior parte do Centro-Sul do Brasil com mínimas abaixo das normais históricas mais no Rio Grande do Sul e máximas inferiores à climatologia em muitos pontos dos estados do Sul, Centro-Oeste e Sudeste.
Uma massa de ar frio de maior intensidade no começo do mês contribuiu para reduzir a média de temperatura nos estados mais ao Sul do Brasil, inclusive proporcionando as primeiras ocorrências de geada deste ano na região.
CHUVA NA SEGUNDA QUINZENA DE ABRIL
Os maiores acumulados de chuva na segunda quinzena de abril devem se dar no Norte do país, onde ainda se experimenta o período denominado de inverno amazônico, com a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ainda favorecendo chuva mais expressiva perto da região equatorial.
Onde a chuva pode ficar mais acima da média durante a segunda quinzena de abril será entre o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil, onde nesta época do ano as precipitações já deveriam estar em diminuição.
Uma faixa entre o Mato Grosso do Sul, parte de Goiás e do interior de São Paulo, e parte de Minas Gerais, pode ter os acumulados de chuva mais acima da média. 7
Na Região Sul, embora a saída de hoje do modelo europeu aponte volumes altos para a Metade Norte gaúcha, acreditamos que o Paraná deverá ter os mais altos acumulados de precipitação nesta segunda metade de abril com precipitação perto ou abaixo da média na maior parte do território gaúcho.
E A TEMPERATURA?
Para os próximos 15 dias no Centro-Sul do Brasil, a tendência maior de temperatura acima da média se concentra no Centro do país, em particular nos estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais nesta segunda metade de abril.
Por sua vez, na Região Sul, a perspectiva é de temperatura perto ou abaixo da média na maioria das áreas nos próximos 15 dias. O Rio Grande do Sul em especial pode ter marcas nos termômetros mais abaixo da média histórica do período.
É o que faz com que áreas do Sudeste e do Centro-Oeste mais próximas da Região Sul tenham a tendência no período de temperaturas mais perto da climatologia ou mesmo um pouco abaixo, como no Mato Grosso do Sul, o Leste paulista e o Rio de Janeiro.
De acordo com a análise da MetSul Meteorologia, existe a possibilidade de duas incursões de ar mais frio até o fim do mês no Sul do Brasil.
A primeira se daria no domingo de Páscoa, que não deve ser significativa, e uma segunda mais para o fim de abril.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Cinco cidades ultrapassam a média de chuva de abril em menos de 15 dias

Foto: José Fernando Ogura
Uma das características do outono é a chuva irregular e abril está demonstrando isso. Enquanto o Norte Pioneiro segue com volumes abaixo da média prevista para o mês, cinco cidades que ficam no Centro-Sul, Leste e Litoral do Estado já a ultrapassaram esse limite em menos de 15 dias.
Até a madrugada desta segunda-feira (14), Antonina atingiu 138,6 mm de chuva e a média é de 118,1 mm em abril; Cerro Azul registrou 82 mm, com média de 63,6 mm para o mês; Fazenda Rio Grande chegou a 94 mm (média de 76,8 mm); Palmas atingiu 156,4 mm, sendo a média para abril de 152,3 mm; e em Pinhão choveu 151,2 mm (média de 118 mm).
Algumas cidades também estão perto de atingir as médias climatológicas: Cianorte e União da Vitória precisam de um acumulado de apenas 13 mm.
“Em contrapartida, por exemplo, temos o Norte Pioneiro com pouquíssima chuva, chuvas inferiores aos 15 milímetros de acumulado nesses primeiros 15 dias do mês, ou seja, ainda existe uma irregularidade muito grande sobre o Estado. Nas outras áreas, o percentual ainda é de 50% a 60% da média climatológica. Assim espera-se que até o fim do mês os valores normais ou climatológicos sejam atingidos normalmente”, explica Lizandro Jacobsen, meteorologista do Simepar.
Cornélio Procópio e Ubiratã registraram apenas 1,6 mm de chuva até o momento. Cruzeiro do Iguaçu, que historicamente soma 223,4 mm no mês de abril inteiro, teve um acumulado, até o momento, de apenas 24,6 mm.
PREVISÃO
Nos próximos dias deve ocorrer bastante variação das condições do tempo. “Terça-feira áreas de instabilidade se formam rapidamente no Paraguai e avançam para cima do Paraná, e com isso o tempo muda rápido entre o Oeste e Noroeste, com pancadas de chuva e trovoadas, mas esse sistema atravessa todo o Estado e deixa o tempo instável também nas outras regiões paranaenses”, acrescenta Jacobsen.
“Na quarta-feira, uma nova frente fria avança pelo Sul do Brasil, mas com fraca intensidade, provoca muito mais ocorrência de chuva localizada ou aumento da nebulosidade do que propriamente a ocorrência de temporais. De quinta-feira em diante teremos a atuação de uma massa de ar não tão frio, mas que deixa a temperatura um pouco mais amena”, ressalta o meteorologista.
SIMEPAR
Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até incêndios e secas.
Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.
(Da Assessoria AEN)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
2ª safra de milho: Chuva trouxe alívio aos produtores

Divulgação
Chuvas registradas na última semana em importantes áreas produtoras do centro-sul do Brasil e a previsão de mais precipitações ao longo de abril trouxeram alívio para produtores da segunda safra de milho, a principal colheita do cereal do país, de acordo com especialistas.
“A semana passada teve uma nova rodada de chuvas muito bem-vindas em diversas áreas produtoras de milho safrinha do centro-Sul do Brasil”, afirmou a consultoria AgRural, em relatório nesta segunda-feira (7).
A segunda safra, que deve responder por mais de 75% da colheita de milho do Brasil em 2024/25, está no foco do mercado de grãos, agora que a maior parte da soja já foi colhida, com um recorde sendo confirmado para a oleaginosa.
Mas havia preocupações sobre o milho segunda safra, e os preços no mercado interno chegaram a atingir os maiores níveis em três anos em março, antes de recuarem na semana passada. No acumulado do mês até sexta-feira, o milho caiu 3,5%, para 84,63 reais por saca de 60 kg, segundo o indicador do Cepea, da Esalq/USP, que citou em relatório um retração de consumidores, além das chuvas.
“A exemplo do que já havia acontecido na semana anterior, a melhora da umidade ajuda a estancar as perdas de potencial produtivo causadas pelo tempo quente e seco que predominou em parte da região durante o mês de março”, disse a AgRural.
A consultoria, contudo, afirmou que a distribuição das precipitações foi irregular, e “ainda existem áreas precisando de mais umidade com urgência”.
Questionado se o cenário climático ajudou a pressionar os preços, o analista da AgRural Adriano Gomes admitiu que isso pode ter favorecido, mas citou outras questões também.
“Pode ter ajudado, porém um movimento de correção das máximas (de preços) de março e também o avanço da colheita do milho verão deram uma pressionada ou seguraram novas altas no mercado físico brasileiro”, disse Gomes.
Além disso, em algumas regiões do Brasil, compradores já conseguiram se abastecer e “agora saíram um pouco do mercado para não impulsionar novas altas”, acrescentou ele.
No principal Estado produtor de milho do Brasil, Mato Grosso, o clima segue favorável ao desenvolvimento das lavouras, destacou a consultoria.
A produção total de milho do Brasil em 2024/25 está estimada para crescer menos do que o consumo do cereal no país, que tem tido demanda adicional da indústria de etanol, indicando algum aumento das importações brasileiras do grão amarelo, na avaliação do Rabobank feita à Reuters.
Mais chuvas
A empresa de meteorologia Rural Clima afirmou que uma nova frente fria está avançando pelo Rio Grande do Sul, trazendo chuvas já nesta segunda-feira para o Estado.
Essas precipitações avançarão mais para outras partes do Sul e Mato Grosso do Sul, disse nesta segunda-feira o agrometerologista Marco Antônio dos Santos, acrescentando que outras áreas centrais do país receberão mais umidade a partir do meio da semana.
Entre os dias 17 e 21 de abril, “bons volumes” de chuvas são previstas para importantes regiões produtoras de segunda safra, comentou o especialista.
“Tudo está caminhando para que as chuvas se estendam um pouco mais agora e parem por volta do dia 20. Ou seja, condição excepcional para lavouras de segunda safra”, afirmou Santos, acrescentando que as precipitações podem atrapalhar a colheita de cana-de-açúcar, mas sendo “mais benéficas do que prejudiciais, já que não há indícios de invernada”.
Dados meteorológicos do terminal da LSEG indicam que até o dia 20 algumas regiões de Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Paraná verão chuvas de mais de 100 milímetros, ficando acima da média histórica.
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, entre outros Estados, também terão chuvas acima da média no período, segundo a LSEG.
A AgRural informou mais cedo, também, que a colheita da safra 2024/25 de soja no Brasil alcançou 87% da área cultivada até a última quinta-feira, contra 82% registrados uma semana antes e 78% no mesmo período da safra 2023/24.
De acordo com a consultoria, os trabalhos de colheita da oleaginosa estão concentrados agora no Rio Grande do Sul, onde “relatos de produtividade seguem confirmando a quebra por estiagem da safra do Estado”.
Já para o milho 1ª safra, a colheita na região centro-sul atingiu 88% da área, ante 85% há um ano, apontou o levantamento.
(Com Forbes Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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