Agricultura
Chilenos desenvolvem feijão resistente à seca

Este trabalho exige colaboração multidisciplinar entre agrônomos, biólogos, bioquímicos e outros especialistas – Foto: Divulgação
Diante da crise hídrica que ameaça a produtividade agrícola na América Latina, pesquisadores chilenos desenvolvem uma variedade de feijão resistente à seca para garantir a segurança alimentar na região. O feijão, essencial na dieta humana por fornecer proteínas e minerais, é cultivado em cerca de 150 variedades ao redor do mundo. No entanto, a crise hídrica demanda novas variedades que possam enfrentar a falta de água.
A equipe liderada pelo Dr. Patricio Arce, do Instituto de Ciências Aplicadas da Universidade Autônoma, em colaboração com a Universidade de la Frontera e a Universidade Católica de Temuco, está desenvolvendo o Projeto Ring, intitulado “Sustentabilidade alimentar em condições de estresse hídrico: Phaseolus como planta modelo”. Eles estão usando a edição genética para criar uma variedade de feijão mais resistente à seca. A pesquisa foca na edição de genes relacionados à abertura dos estômatos para reduzir a transpiração sem afetar a fotossíntese, promovendo plantas mais eficientes no uso da água.
O feijão é vital para a alimentação, especialmente em países como Chile, Brasil e México, onde o cultivo depende da água da chuva. “Se as chuvas diminuem, a produtividade do feijão e a alimentação da população também diminuem”, afirma Arce. A pesquisa é crucial diante de previsões que apontam para aumentos de temperatura e redução das chuvas, o que afetará a produtividade e qualidade das culturas.
Este trabalho exige colaboração multidisciplinar entre agrônomos, biólogos, bioquímicos e outros especialistas, além de profissionais de propriedade intelectual e marketing. A criação de feijões mais resistentes representa um passo importante para enfrentar os desafios climáticos e garantir a segurança alimentar na América Latina.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
O papel do calcário na sustentabilidade da agricultura

O calcário contribui para maior porosidade, facilitando a infiltração de água – Foto: Canva
Segundo informações da calcário Milenium, o uso do calcário é uma prática essencial para aliar produtividade e responsabilidade ambiental na agricultura brasileira, especialmente em regiões com solos naturalmente ácidos, como o Cerrado. A calagem, processo de aplicação de calcário, tem se consolidado como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento sustentável do agronegócio.
O primeiro benefício é a correção da acidez do solo, condição que limita o crescimento das culturas. O calcário neutraliza essa acidez, eleva o pH e reduz a toxicidade de elementos como o alumínio, permitindo o pleno desenvolvimento das plantas sem a necessidade de desmatamento para abertura de novas áreas de plantio. Essa prática contribui diretamente para a preservação ambiental.
Além disso, o calcário fornece nutrientes essenciais, como cálcio e magnésio, que fortalecem as plantas e aumentam sua resistência. Ele também potencializa a absorção de outros nutrientes e melhora a eficiência dos fertilizantes, o que reduz a dependência de adubos químicos e protege a microbiota do solo. Com isso, é possível manter a fertilidade do solo de forma mais equilibrada e natural.
Outro ponto importante é a melhoria da estrutura física do solo. O calcário contribui para maior porosidade, facilitando a infiltração de água e o desenvolvimento das raízes. Isso resulta em solos mais saudáveis, com menor compactação e menor risco de erosão. Especialmente no Cerrado, essa prática tem sido decisiva para o aumento da produtividade de culturas como soja, milho, arroz e feijão, garantindo eficiência agrícola sem comprometer o meio ambiente.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Manejo assertivo da mancha-alvo evita perdas na safra

FOTO: ADAMA
A mancha-alvo, doença causada pelo fungo Corynespora cassiicola, tem ganhado espaço nas lavouras de algodão do Mato Grosso, especialmente nas últimas duas safras. Tradicionalmente, o foco dos cotonicultores é a ramulária, mas a crescente presença da mancha-alvo exige atenção redobrada no manejo fitossanitário para evitar prejuízos na produtividade.
As principais causas do aumento dessa doença estão associadas à sucessão de cultura soja-algodão, bem como, a queda de eficiência de controle na mancha-alvo de alguns produtos comerciais, especialmente as carboxamidas, resultando num ambiente favorável à maior severidade do patógeno no algodão. Com a aproximação do período crítico para o controle da doença, que normalmente acontece entre os meses de março e maio, o manejo eficiente passa a ser uma prioridade.
De acordo com especialistas, a mancha-alvo se intensificou devido à falta de produtos específicos para o algodão e à utilização de fungicidas prioritariamente voltados para o controle da ramulária. “Como o cotonicultor sempre esteve mais atento à ramulária, ele acabou sendo surpreendido pela agressividade da mancha-alvo nos últimos dois anos. Além disso, com a rotação soja-algodão, o fungo necrotrófico sobrevive nos restos culturais, aumentando a pressão da doença ano após ano”, explica Marcelo Gimenes, gerente de Fungicidas da ADAMA.
A gravidade do cenário mobilizou diferentes entidades do setor. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT) estão unidas para reforçar o manejo à mancha-alvo, alertando os produtores para a necessidade de ajustes nas estratégias de controle. “O uso de fungicidas adequados, em momentos-chave do ciclo da cultura, é fundamental para evitar que a doença comprometa o rendimento da lavoura.
Nesse sentido, a ADAMA, tem conduzido um trabalho robusto em parceria com as mais renomadas instituições de pesquisa do cerrado brasileiro, em especial com o pesquisador Dr. Rafael Galbieri (fitopatologista do IMAmt – Instituto Mato-grossense do Algodão), gerando uma recomendação assertiva de fungicidas para manejo de mancha-alvo no algodão”, ressalta Gimenes.
(Com ADAMA)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Contagem regressiva para o Dia de Campo da C.Vale

Foto: Reprodução/Assessoria
Dia de campo de inverno está chegando. Na próxima quarta-feira, 23 de abril, a C.Vale vai promover o Tour Técnico – Milho Safrinha 2025. Mais de 118 parcelas de híbridos, novidades, recomendações e manejos na cultura do milho para aumento de produtividade serão apresentados no circuito. O evento será a partir das 13h30, na área de pesquisas da cooperativa, em Palotina.
Segundo Mateus Mattiuzzi, encarregado técnico do campo experimental da C.Vale, amanhã (23) acontece a primeira etapa. “Vamos ter a apresentação de manejos com milhos em diversos estádios de crescimento, desde milho bem novinho, recém-implantado, recém-cultivado, até milhos que vão estar lá no final, lá quase já no espigamento final. Vamos ter parcelas com inseticida, com fungicidas e produtos biológicos”.
Mattiuzzi também destaca que o evento contará também com apresentação de herbicidas que podem ser utilizados na cultura do milho, e outros herbicidas que podem trazer algum efeito se for aplicado antes da cultura do milho. ” Vários manejos que podem ser realizados dentro da cultura do milho e também os manejos que a gente pode realizar após a cultura do milho, já pensando aí no futuro plantio da soja. Então convidamos aí todos os produtores que quiserem vir acompanhar o nosso tour”.
A programação conta com várias atrações, com várias mini palestras. Já no campo experimental da C.Vale, ao lado das instalações da esmagadora. o portão lateral estará aberto. “O produtor pode se dirigir até lá pertinho das parcelas e estacionar o carro bem pertinho de onde está ocorrendo o evento”, diz Mateus, reforçando o convite.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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