Economia
Agrishow 2025 deve movimentar R$ 65 bilhões

Foto: Agrishow
A Agrishow 2025, principal vitrine de tecnologia para o agronegócio da América Latina, chega à sua 30ª edição com expectativas otimistas e foco em inovação, sustentabilidade e inclusão. O setor de máquinas e equipamentos agrícolas deve faturar R$ 65 bilhões neste ano — um crescimento de 8% em relação a 2024 — impulsionado pela busca por maior produtividade no campo. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que aponta o avanço da automação como peça-chave nessa evolução.
De 28 de abril a 2 de maio, a feira será realizada em Ribeirão Preto (SP), reunindo mais de 800 marcas expositoras e cerca de 195 mil visitantes de mais de 50 países, reforçando seu papel estratégico na difusão de soluções de ponta para o agronegócio.
Tecnologia como motor de transformação no agro
De acordo com Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, a indústria brasileira está cada vez mais preparada para entregar soluções inteligentes que otimizam o uso de recursos naturais e elevam a eficiência das lavouras. Tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Big Data, drones e sensores já transformam o manejo agrícola em propriedades de diferentes perfis, incluindo o pequeno produtor.
“O agronegócio está em constante evolução, buscando atender à crescente demanda por práticas sustentáveis, sem abrir mão da produtividade”, afirma Estevão. Para ele, o desafio agora é democratizar o acesso às inovações, garantindo que a agricultura digital beneficie todos os segmentos da produção rural.
Infraestrutura aprimorada e foco na experiência do visitante
Em 2025, a Agrishow contará com melhorias na infraestrutura e no acesso, como asfaltamento de vias internas, ampliação de bilheterias, nova sinalização e parceria com a Polícia Rodoviária para facilitar o fluxo nos horários de pico. O estacionamento também foi reestruturado, com tickets variando entre R$ 70 e R$ 110 por dia.
“A feira está cada vez mais preparada para proporcionar uma experiência qualificada, segura e confortável para expositores e visitantes”, comenta Liliane Bortoluci, diretora da Agrishow – Informa Markets.
Mulheres no agro ganham mais espaço
Outro destaque da edição é a valorização da presença feminina no setor. Atualmente, as mulheres representam quase 30% do público da Agrishow. A iniciativa “Agrishow Pra Elas” ganhou uma área coberta e climatizada voltada exclusivamente à troca de experiências e capacitação de mulheres no agro.
“Trabalhamos intensamente neste ano para ampliar a participação feminina e refletir essa realidade crescente dentro do evento”, diz João Marchesan, presidente da Agrishow.
Educação e oportunidades para o futuro do campo
O evento também fortalece seu compromisso com a formação de novas gerações. Um projeto inédito levará mais de 1.150 alunos da rede pública de Ribeirão Preto para conhecerem de perto as oportunidades do agronegócio. “Quando mais jovens entenderem o papel do agro no Brasil, mais chances teremos de transformar a realidade local com educação e qualificação”, destaca o prefeito Ricardo Silva.
Uma celebração histórica dos 30 anos da feira
Com o tema “O Futuro do Agro de A a Z”, a feira celebra três décadas de contribuição ao desenvolvimento do setor com uma linha do tempo interativa, conteúdos audiovisuais exclusivos e exposições que resgatam a trajetória da Agrishow. Para João Marchesan, a edição de 2025 é um marco: “Celebrar 30 edições é reconhecer a relevância da Agrishow como um espaço essencial de inovação, negócios e conhecimento”.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Etanol mantém valorização em São Paulo com oferta controlada e chuvas que limitaram a moagem

Foto: Secom-MT
O mercado de etanol iniciou novembro com preços sustentados no estado de São Paulo, reflexo da postura firme das usinas e da oferta mais controlada de produto no mercado spot. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apenas alguns compradores realizaram novas aquisições na primeira semana do mês, enquanto parte dos vendedores preferiu se manter fora das negociações, restringindo os volumes disponíveis.
Entre as usinas que permaneceram ativas, houve oferta de lotes a valores mais altos, o que contribuiu para manter as cotações firmes. As chuvas registradas no início da semana, que dificultaram o avanço da moagem de cana, também ajudaram a sustentar os preços.
Entre 3 e 7 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado — usado diretamente como combustível — fechou em R$ 2,7997 por litro (valor líquido de ICMS e PIS/Cofins), representando alta de 0,78% em relação ao período anterior. Já o etanol anidro, misturado à gasolina, registrou R$ 3,2094 por litro (líquido, sem PIS/Cofins), com valorização de 0,92% na mesma comparação.
Com a proximidade do fim da safra e o cenário climático instável, o setor sucroenergético segue atento ao ritmo da colheita e ao comportamento da demanda, que tende a se intensificar nas próximas semanas em razão do aumento de consumo típico do fim de ano.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Cotações Agropecuárias: Exportação de farelo de soja é recorde

Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná
Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que, de janeiro a outubro, o Brasil exportou 19,6 milhões de toneladas de farelo de soja, um recorde para o período.
Segundo o Centro de Pesquisas, a demanda está aquecida, sobretudo por parte de novos países e/ou de destinos pouco tradicionais, como Espanha, Dinamarca, Bangladesh e Portugal. No Brasil, consumidores também estão mais ativos nas aquisições do derivado.
Quanto à soja em grão, na parcial deste ano, o País embarcou 100,6 milhões de toneladas, 6,7% acima do volume escoado em igual intervalo de 2024.
Desse total, 78,8 milhões de toneladas foram enviadas à China, ainda conforme números da Secex analisados pelo Cepea.
No campo, chuvas generalizadas beneficiaram as atividades de campo em grande parte do Brasil.
Segundo a Conab, a semeadura de soja atingiu 47,1% da área estimada até 1º de novembro, abaixo dos 53,3% observados no mesmo período de 2024 e da média de 54,7% dos últimos cinco anos.
FEIJÃO: Exportação segue registrando desempenho recorde
As exportações brasileiras de feijão seguem apresentando desempenho recorde, tanto no volume mensal quanto no acumulado de 12 meses.
De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, o Brasil embarcou 91,1 mil toneladas de feijões em outubro, a maior quantidade mensal registrada pela Secretaria desde o início da série histórica, em 1997.
Em 2025, já foram exportadas 452,9 mil toneladas e, no acumulado de 12 meses, o volume soma 537,17 mil toneladas – ambos recordes históricos.
No mercado interno, levantamentos do Cepea mostram que prevaleceram variações positivas nos preços do feijão carioca na última semana; já no caso do feijão preto, as cotações oscilaram entre estabilidade e leve queda.
No campo, a semeadura da primeira safra 2025/26 brasileira avançou para 34,2% da área estimada até o dia 1º de novembro, segundo dados da Conab.
O Paraná lidera as atividades, com 85% da área cultivada, seguido por Santa Catarina (68,3%), Rio Grande do Sul (50%), Bahia (30%), Minas Gerais (25%) e Goiás (3%). Em MG e GO, as chuvas recentes favoreceram o avanço das operações, à medida que melhoraram as condições de umidade do solo.
(Com Cepea)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Pesquisadores estudam a eficácia de planta amazônica com potencial para novos anticoagulantes

Pequeno arbusto de apenas 30 cm de altura, com grandes folhas ovaladas de cor verde escuro brilhantes e opostas – Foto por: Arquivo/Pesquisadora
Pesquisadores buscam nas propriedades farmacológicas da Psychotria ipecacuanha, conhecida popularmente como poaia, ipeca ou ipecacuanha, novas possibilidades terapêuticas para o tratamento de doenças cardiovasculares. O estudo avaliou a atividade anticoagulante e antiplaquetária in vitro do extrato de P.ipecacianha, tradicionalmente utilizada na medicina popular por suas propriedades eméticas e antiparasitárias.
O equilíbrio da coagulação sanguínea, conhecido como hemostasia, é essencial para a manutenção da circulação e prevenção de hemorragias. Alterações nesse sistema podem resultar em tromboses e outras doenças cardiovasculares, que estão entre as principais causas de mortalidade no mundo. Embora existam medicamentos eficazes para controlar essas condições, o alto custo e os efeitos colaterais ainda limitam o uso prolongado em muitas populações.
Nesse contexto, o projeto coordenado pela professora doutora Celice Alexandre Silva, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em colaboração com os professores doutores Douglas Siqueira Chaves e Flavia Fratani, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), investigou o potencial da poaia (Psychotria ipecacuanha) como fonte de compostos naturais com ação anticoagulante, em busca de alternativas mais acessíveis e de origem vegetal.
Widson Ovando | Fapemat
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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